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Direito Civil

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Direito de família
09/02/17
Prova até união estável
a) Conceito
- Entidades familiares 
- Parentesco
- Institutos de proteção
É uma parte do direito civil que estuda as entidades familiares, o parentesco e os institutos de proteção. 
As entidades familiares são as formas de constituição da família (artigo 226, CF). Existem as formas positivadas e as não positivadas. A parte minoritária da doutrina entende que só existem as formas positivadas, pois é um rol taxativo. 
As formas positivadas são: casamento, união estável (reconhecida em 1994, com o surgimento da lei), família monoparental (mãe ou pai viúvo, mãe ou pai solteiro). As não positivadas são: união homo afetiva (reconhecida pelo STF em 2010), sociedade pluri afetiva (triangulo ou quarteto amoroso, não tem pronunciação do STF ou STJ neste sentido, pois são casos recentes). 
O parentesco pode ser consanguíneo, por afinidade ou civil. O consanguíneo é o parentesco que decorre do aspecto biológico, do sangue, podendo ser em linha reta ou colateral. Em linha reta é a relação entre ascendentes e descendentes (pais e filhos, avós e netos). Na linha colateral é a busca do ascendente em comum (irmãos são parentes consanguíneos colaterais de segundo grau, tios e sobrinhos são parentes consanguíneos na linha colateral de terceiro grau, primos são parentes de quarto grau). 
*Tios e sobrinhos: busca do ascendente comum – avós dos sobrinhos – duas gerações entre avós e netos e mais uma geração entre os avós e os tios, portanto, são três graus. 
*Primos: busca do ascendente comum – avós – duas gerações de cada um, portanto, são quatro graus. 
O parentesco civil é o parentesco de decorre da lei, chamado de adoção. A principal característica da adoção é a ruptura do vinculo jurídico biológico. 
O parentesco por afinidade surge com a constituição de uma entidade familiar, ou seja, a pessoa passa a ser parente dos seus parentes. “Adquire” essa espécie de parentesco enquanto existir um casamento, uma união estável. 
O parente por afinidade se dissolve com o fim do casamento, ou união estável, mas não pode casar com os parentes consanguíneos da esposa ou esposo. Por exemplo, mesmo se o homem se separar da sua mulher, ele não pode casar com a sogra, mas pode casar com a cunhada, porque não é parente em linha reta, é colateral. Isso é uma exceção para efeitos matrimonial. 
 
15/02/17
b) Princípios 
1) Igualdade 
- Filhos
- Homem e mulher
- Entidades familiares 
Direito fundamental do ser humano. Um dos princípios constitucionais mais relevantes. 
Aqui é a igualdade dentro do direito de família, que tem nesse caso três vertentes: filhos; homem e mulher; entidades familiares. 
*Artigos 226 e 227 CF
Filhos: há no caso concreto a necessidade de trabalhar a igualdade que deve existir entre os filhos. Ambos tem os mesmos direitos e deveres, independentemente da procedência (origem). Todos são filhos. Anteriormente tinha uma hierarquia de tratamento entre os filhos, tinham os chamados legítimos e ilegítimos. Atualmente ambos os filhos tem igualdades de direitos e deveres, mesmo que sejam adotivos.
*Poder constituinte originário – qualquer lei que impor de forma diversa, é inconstitucional. 
Homem e mulher: artigos 226 e 229. Temos, sem duvida nenhuma, uma cultura paternalista. A mulher, até o estatuto da mulher casada era considerada relativamente incapaz, e só poderia praticar atos da vida civil com a anuência (permissão) do seu marido. Somente com a CF/88 essa igualdade foi de fato efetivada (houve a busca pela igualdade entre os gêneros. A mulher ganha de 30% a 35% a menos que o homem, exercendo a mesma função. 
A independência da mulher influencia diretamente nas entidades familiares. 
Essa igualdade está bem consolidada no aspecto jurídico, mas no âmbito social/cultural já é bem mais difícil a sua efetivação.
Entidades familiares: estão positivadas expressamente na CF/88, são 3: casamento, união estável e família monoparental. 
A união homo afetiva também é reconhecida pela jurisprudência. No CC existe hierarquia entre as entidades. 
Artigo 1845 – não existindo herdeiros necessários, pode-se dispor de 100% do seu patrimônio, desde que não comprometa a sua subsistência. 
A doutrina majoritária entende que só é herdeiro necessário o cônjuge, com base na norma restritiva de direito. 
A jurisprudência majoritária entende que existindo herdeiro necessário (ascendente/descendente/cônjuge), só pode dispor de 50%. Quem vive em união estável também é herdeiro necessário. 
Artigos 1829 e 1750 tratam da sucessão, o primeiro do casamento e o segundo da união estável.
O STF entende que deve-se aplicar o artigo 1829 para ambas as entidades, colocando fim à hierarquia entre as entidades.
Ex: direito real de habitação – no CC cônjuge de viúvo tem direito real a habitação enquanto estiver vivo, desde que seja o único imóvel da família. Já em relação à união estável, o CC não cita nada e por isso foi necessário mais uma interpretação do STJ, dizendo que é valido para todas as entidades. 
16/02/17
2) Afetividade 
Concepção de família que ultrapassa o vínculo consanguíneo. 
Família = afeto + carinho 
Ex: adoção a brasileira
A principal característica da adoção é a ruptura do vínculo jurídico biológico. 
- Registro (duplo STJ): pai biológico x pai afetivo 
- Adoção por casais homo afetivos 
- União pluri afetiva 
É um conceito mais amplo, que ultrapassa o vínculo jurídico consanguíneo. 
Adoção a brasileira: registra o filho perante o cartório de registro civil, tendo consciência de que não é o pai. Quem registra é o pai afetivo e não o biológico. Primeiro, teria que passar pelo procedimento da adoção, cumprindo todos os requisitos. 
Ex: pai afetivo que acompanhou a gravidez, o parto, foi presente em todos os momentos. Após a separação, continuou pagando pensão, só que posteriormente, a mãe descobriu que o pai biológico ganhou uma herança e pleiteou a anulação do registro. O STJ determinou que o pai é o afetivo. 
Registro: é possível o registro duplo. A jurisprudência analisará o caso concreto, e, havendo o aspecto afetivo, ele prevalecerá. Direitos e deveres são de ambos. 
Adoção por casais homo afetivos: o problema é não aceitar a princípio o relacionamento homo afetivo. 
União pluri afetiva: já existem decisões do TJ favoráveis. Não é preciso uma família monogâmica para ser feliz, ou não é preciso seguir algo que é imposto pela sociedade.
22/02/17
3) Princípio do Livre Planejamento Familiar 
Artigo 227, CF
- Não interferência do Estado na formação da família
- Decisão do “casal”
Críticas 
- Ausência de Políticas Públicas 
- Não observância dos Direitos Fundamentais 
4) Princípio da Função Social da Família 
- Junção de todo os princípios 
- Família: base do Estado 
O Estado surge em virtude da formação da família, surgindo a necessidade de estabelecer regras, dando um equilíbrio na sociedade. 
Entidades Familiares 
I) Casamento 
a) Conceito 
É preciso uma vontade livre e consciente das partes, sendo que precisam ter no mínimo 16 anos, mediante autorização dos pais. Havendo divergência ou negação da autorização dos pais, a parte pode buscar um suprimento judicial, ou seja, quem decide é o juiz, analisando o caso.
A única exceção para o casamento de menor de 16 anos é para mulher grávida, necessitando de autorização judicial, não se estendendo ao homem. 
Além disso, para existir o casamento, é necessário pessoas de sexo diferente.
A solenidade deve ser celebrada por autoridade competente, ou seja, juiz de paz. Excepcionalmente, admite casamento religioso como efeito civil. É preciso de uma certidão levada ao cartório no prazo de 90 dias.
23/02/17
b) Natureza jurídica 
Correntes 
Negócio jurídico – entendimento de que o casamento é uma manifestação de vontade lícita e consciente, portanto é um pacto, um contrato.
Instituição – entendimento de que o casamento tem regras e características diferenciadas, próprias, como por exemplo regime de bens, alimentos, responsabilidadecivil dos pais, por isso é um instituto. 
Mista – entendimento de que o casamento é um negócio jurídico, bem como uma instituição, ou seja, surge de um acordo de vontade, porém, com regras autônomas do código civil. 
Não tem uma corrente que prevalece na doutrina, é bem divido. Existem até outras correntes. 
c) Espécies de casamento 
Casamento civil – é o casamento celebrado perante autoridade competente (juiz de paz), geralmente no cartório com a presença de testemunhas. 
Casamento religioso com efeito civil – celebrado por autoridade religiosa, na igreja, no templo. O que tem de diferente é que ao invés de juiz de paz, será a autoridade religiosa (padre, pastor). As partes tem o prazo de 90 dias para realizar o registro civil, mediante certidão extraída do casamento religioso. Considera-se casado desde o dia da cerimonia religiosa, mesmo que o registro aconteça depois (registro retroage à data da cerimônia, portanto é uma certidão declaratória). Se um dos cônjuges morrer antes do registro, o outro pode registrar mesmo assim, no prazo de 90 dias. É um prazo decadencial, não admitindo suspensão e nem interrupção, portanto, se não registrar nesse prazo, considera-se solteiro juridicamente. Se ambos os cônjuges falecerem antes do registro, não é possível uma terceira pessoa registrar. É um direito subjetivo das partes. 
Casamento por procuração – é o casamento onde não estão presentes as partes contratantes. Através de escritura pública nomeia-se um representante para manifestar a vontade em seu nome. 
Casamento inexistente – quando há a ausência de algum requisito (acordo de vontade, autoridade competente e sexo diferente). Quando tiver coação física (“vis absoluta”) é considerado casamento inexistente, porque não existe vontade. A coação moral (“vis compulsiva”) é vício do negócio jurídico, ou seja, existe uma vontade, mas é uma vontade viciada, portanto, gera o ato anulável. Incompetência relativa é exemplo de casamento anulável, ou seja, incompetência em razão do território não causa inexistência do casamento, mas somente competência absoluta, ou seja, em razão da matéria. Por exemplo: um delegado não pode celebrar um casamento, somente um juiz de paz. 
Casamento nulo – descumprimento dos impedimentos matrimoniais e falta de desenvolvimento mental (artigos 1521 e 1548, CC). Qualquer um dos interessados pode ingressar com a ação declaratória, como o juiz pode se manifestar de ofício, bem como o MP. O ato jurídico não ocorre a convalidação pelo decurso do tempo, ou seja, uma vez nulo, o casamento será sempre nulo. 
02/03/17
Impedimentos matrimonias – artigo 1521, CC (hipóteses de casamento nulo)
Parentesco consanguíneo – em linha reta (relação entre ascendentes e descendentes) e colaterais até terceiro grau (desde comprovado que não há incompatibilidade de gêneros por dois laudos médicos e autorização judicial. Há decisões que admitem casamento de parentes colaterais de terceiro grau, ou seja, tios e sobrinhos, e há decisões que não admitem. O TJ entende que é possível. Entre parentes colaterais de quarto grau é possível o casamento, ou seja, entre os primos) 
Parentesco por afinidade – vedado em linha reta (sogra, sogro ou qualquer outro em linha reta)
Obs: O parentesco por afinidade em linha colateral é limitado até o segundo grau, ou seja, só o cunhado ou cunhada são parentes por afinidade em linha colateral. Ex: os tios ou sobrinhos da sua esposa não é seu parente
Parentesco civil (se da com a ruptura do vínculo jurídico biológico) – hipóteses:
Adotante e adotado (pais e filhos)
Adotado e filho do adotante (irmãos adotivos, obedecendo o critério da moralidade) 
Adotante e cônjuge do adotado (relação de sogros e genros)/adotado e cônjuge do adotante (relação de pais e filhos)
Obs: mesmo com a ruptura do vínculo jurídico biológico, a pessoa ainda não pode casar com a família biológica, pois continua sendo parentes colaterais ou em linha reta
Excepcionalmente é possível ter efeitos jurídicos ao casamento nulo, chamado de casamento putativo. Por exemplo: irmãos se casam sem saber que são irmãos e na constância do casamento os cônjuges tem um filho e adquirem bens. Depois de um tempo, descobrem que são irmãos e o casamento é nulo, por meio de ação declaratória, retroagindo desde a data do ato e não ocorre convalidação pelo decurso do tempo. Porém, o filho terá os mesmos direitos que qualquer outro filho (alimentos), excepcionalmente. 
Pessoas já casadas 
Cônjuge sobrevivente com o condenado por homicídio ou tentativa do seu consorte 
Aspectos processuais 
Ação declaratória 
não suscetível de prescrição e decadência
08/03/17
Casamento anulável – artigo 1550, CC
Hipóteses
a) ausência de idade núbil – idade mínima para o casamento, no caso 16 anos para o homem e para a mulher. No caso de mulher gravida, excepcionalmente, é admitido o casamento com menos de 16 anos, mediante autorização judicial, mesmo com aceitação de ambos os pais. 
b) ausência de consentimento dos pais – na situação de casal entre 16 e 18 anos, sendo necessária a autorização de ambos os pais. Há a possibilidade do suprimento judicial, ou seja, pleitear autorização judicial quando tiver divergência na autorização dos pais ou se ambos negam. Caso não tiver suprimento judicial quando os pais negaram ou apenas um negou, o casamento é anulável.
c) revogação de mandato – na hipótese de casamento pro procuração. 
d) autoridade incompetente – a incompetência em razão da matéria (incompetência absoluta) é casamento inexistente. Já a incompetência em razão do território (incompetência relativa) é casamento anulável. O ato anulável pode ser válido pelo decurso do tempo. 
e) coação – o que gera o casamento anulável é apenas a coação moral (“vis compulsiva”). Ou seja, pressão psicológica exercida sobre a pessoa, o que acaba viciando a manifestação de vontade dela. Se for coação física, o casamento é inexistente. 
f) erro essencial quanto à pessoa -> artigos 1556 – 1558, CC
Pressupostos: causa anterior ao casamento que não tenha ciência + insuportabilidade da vida em comum 
Se a pessoa entrar com uma ação de anulação, quando, na verdade era pra ter entrado com ação de divórcio, ela vai ser extinta sem julgamento do mérito por falta de interesse processual. 
Para entrar com uma ação de anulação, é preciso preencher uma das seguintes hipóteses, sendo que o cônjuge toma ciência durante o casamento. Ou seja, antes de se casar ele ou ela não sabia da causa que gera a anulação. Mas, essa causa tem que tornar insuportável a convivência. Tem que haver também o dolo da outra parte.
Hipóteses: 
identificação, honra e boa forma 
desconhecimento de crime anterior 
defeito físico – impotência. A infertilidade não gera a anulação do casamento, pode gerar o divórcio. 
moléstia grave transmissível – genética, herança biológica 
Prazos: artigo 1560, CC -> 180 dias – 4 anos 
09/03/17
d) Efeitos do casamento
Sociais – sociedade jurídica 
Jurídicos – pessoais e patrimoniais (regime de bens, alimentos, usufruto e administração dos bens dos filhos menores, bem de família)
Efeitos pessoais 
Direitos e deveres dos cônjuges decorrentes do casamento
Não se discute mais culpa. Na ação não é necessário explicar a causa do divórcio mais. 
Os efeitos patrimoniais será estudado de forma coletiva com as outras entidades familiares. 
Deveres – rol
1) Mútua assistência – apoio no âmbito moral e no âmbito material. O apoio moral é a busca do incentivo para o desenvolvimento do outro cônjuge, desenvolvimento da família, apoio para desenvolvimento profissional, religioso. O apoio material é em relação ao patrimônio do casal, alimentos. 
2) Fidelidade recíproca – hoje a jurisprudência discute sobre danos morais decorrente da infidelidade. Já existem algumas condenações.
3) Guarda, educação e sustendo dos filhos – a partir de 12 anos o juiz pode ouvir o adolescente, em alguns casos, a jurisprudência admite com idade menor. 
4) Lealdade – dever de honestidade, ou seja, a transparência que deve existir narelação entre o casal no dia a dia. Por exemplo: cônjuge não ter egoísmo inerente ao ser de forma individual e compartilhar tudo com seu companheiro, questões financeiras, pessoais. 
15/03/17
II) União Estável 
Artigos 1723 – 1727, CC
a) Breve evolução histórica 
Até a década de 80, não existia união estável no ordenamento jurídico, o que existia era o concubinato, o qual era subdividido em concubinato puro e impuro. O puro era a união fática e jurídica de duas pessoas desimpedidas de contrair o casamento. O impuro ocorre quando uma das pessoas, ou as duas, estão impedidas de contrair casamento, é quando existe a infidelidade. 
Os tribunais começaram a reconhecer alguns direitos e deveres do concubinato puro, como direito previdenciário, tributário, locação. 
Junto com a constituição em 1988, a união estável é reconhecida como entidade familiar. 
O nome foi mudado porque tinham uma visão negativa sobre o concubinato, devido ao impuro, assim, nomearam como união estável. 
O legislador constitucional criou a união estável (“nos termos da lei”), mas não deu plena aplicabilidade, sendo necessário do legislador infraconstitucional. Assim, somente em 1994, surge a lei 8971/94, efetivando a união estável. Porém, era incompleta, deste modo, surge a lei 9278/96. Haviam divergências entre as duas leis, como por exemplo o prazo, sendo que não ficou estabelecido se a lei de 96 complementava a lei de 94 ou se revogava. 
O projeto Miguel Reale do CC, aprovado pela câmara dos deputados em 1984, não falava de união estável. Foi aprovado no senado em 1997. Nesse intervalo de tempo, surgiu a constituição, a qual previa a união estável. Assim, foi necessário inserir a união estável no CC, adaptando. Por isso possui poucos artigos, de forma breve. 
b) Requisitos objetivos
- União fática – não é preciso converter união estável em casamento para gerar direitos e deveres 
- Pessoas de sexo diferente – pessoas de sexo igual é união homo afetiva e não união estável
- Duradoura – não é estabelecido prazo para ser considerado união estável, apenas deve manter uma relação de companheirismo, cumplicidade
- Contínua – ideia de se evitar intervalos no relacionamento 
- Pública – o casal se apresenta como marido e mulher
- Pessoas desimpedidas de contrair casamento 
c) Elemento subjetivo
- Intenção de constituir família – “affectio” 
Efeitos pessoais – idem no casamento – direitos e deveres dos conviventes 
16/03/17
Coabitação
Coabitação significa viver sob o mesmo teto. A coabitação não é obrigatória na união estável, assim como no casamento. 
Serve como elemento probatório, ou seja, pode ser um elemento a mais para demonstrar a união estável. 
Pelo menos 90% dos casos de união estável tem coabitação. 
Os elementos obrigatórios para existir união estável são os objetivos e o subjetivo. 
Aspectos processuais 
Ação de reconhecimento de união estável – qualquer meio de prova admitido em direito. É uma ação declaratória.
A união estável pode ser documentada por meio de escritura pública lavrada em cartório. 
Caso as partes entram com uma ação de reconhecimento de sociedade de fato, o juiz extinguirá por carência de ação, falta de interesse de agir, tendo em vista que a união estável não é uma sociedade de fato e sim uma entidade familiar. 
Na união estável, para ser reconhecida, não é necessário entrar com uma ação ou lavrar escritura pública em cartório, porque é uma união informal.
A união estável pode ser comprovada única e exclusivamente por testemunhas. Os documentos podem ser cartão de crédito, conta conjunta, imposto de renda, plano de saúde, contratos assinados em conjunto (por exemplo de locação). 
*Artigo 1725, CC – presume-se a comunhão parcial de bens quando não tiver contrato escrito. 
Conteúdo 
Reconhecimento + dissolução – para partilha de bens; alimentos entre os conviventes e para os filhos, levando em consideração o binômio necessidade e possibilidade; guarda; visita; nome. 
É uma ação de conhecimento, logo, é uma ação de rito ordinário. 
União estável é estado civil. 
NP2
III) Família monoparental
Entidade familiar constituída por apenas um dos genitores e os descendentes 
Exemplos: 
IV) União homo afetiva 
Meio de 2010 – STF
a) Requisitos 
Idêntico a união estável, exceto, necessidade de pessoas do mesmo sexo na constituição da entidade familiar 
b) Efeitos pessoais 
Idêntico ao casamento
Adoção

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