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MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 1 ANÁLISE DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA EM RELAÇÃO À ATIVIDADE FÍSICA COMO PROMOTORA DA SAÚDE. Izabella de Almeida Cabral Graduada em Educação Física pelo Unileste-MG izabella_cabral@hotmail.com Maria Aparecida de Amorim Sousa Graduada em Educação Física pelo Unileste-MG cidinhaedf@bol.com.br Florisbela Pires Sampaio Raydan Docente do Unileste-MG raydanbela@zipmail.com.br RESUMO Estudos comprovam que a prática de atividade física promove inúmeros benefícios para a saúde em vários aspectos. Diante dessa concepção o profissional de Educação Física desponta como mediador da prática de atividade física, tendo importante papel em relação a saúde na sua promoção, educação e prevenção, contribuindo assim para hábitos de vida mais saudáveis. O presente estudo teve como objetivo investigar o grau de conhecimento dos profissionais de Educação Física referente a sua atuação em programas de promoção da saúde. A amostra foi composta por 27 profissionais atuantes em academias da cidade de Itabira MG. Para a realização do estudo foi aplicado um questionário elaborado e validado por Battaglion Neto (2003). Os resultados obtidos foram analisados pela estatística descritiva. Concluiu-se que os resultados apresentados nesse estudo, 75% demonstraram ter conhecimento ao prescrever um programa de atividade física e 62,5% apresentaram conhecimento sobre os fatores de riscos para a saúde. Palavras chave: atividade física, promoção da saúde, benefícios da atividade física. ANALYSIS OF THE PHYSICAL EDUCATION PROFESSIONALS’ KNOWLEDGE IN RELATION TO THE ACTIVITY PHYSICS AS PROMOTER OF THE HEALTH ABSTRACT Studies prove that the practice of physical activity promotes countless benefits for the health in several aspects. Due to that conception the professional of physical education blunts as mediator of the practice of physical activity, tends important paper in relation to health in it promotion, education and prevention, contributing like this to healthier life habits. The present study had as objective investigates the degree of the professional’s of physical education knowledge regarding his performance in programs of promotion of the health. The sample was composed by 27 active professionals in academies of Itabira MG’s city. For accomplishment of the study a collaborated questionnaire was appraised for Battaglion Neto (2003). The obtained results were analyzed by the descriptive statistics. It is ended that the MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 2 results presented in that study, 75% demonstrated to have knowledge when prescribing a program of physical activity and 62,5% presented knowledge about the risk factors for the health. Key words: Physical activity, promotion of the health, benefits of the physical activity INTRODUÇÃO A saúde não contempla apenas a ausência de doenças. Segundo a Organização Mundial de Saúde - OMS (1987), a saúde é definida como sendo um estado de completo bem estar físico, mental e social e não apenas ausência de doenças. Nesse sentido a saúde é um fenômeno que abrange aspectos como: moradia, nutrição, saneamento, condições de trabalho, incluindo o projeto existencial de cada indivíduo, sua sensação pessoal do corpo e da mente, ou seja, a relação dinâmica do homem com o seu ambiente (RAMOS e GONÇALVES, 2000). Entendendo saúde nesse sentido amplo remete-se a necessidade de investimento na geração de conhecimentos para obtenção de hábitos de vida saudável. Menestrina (2000), afirma que a aquisição desses hábitos se tornou uma necessidade contemporânea, cujo resultado é a promoção da saúde. A idéia de promoção de saúde, nas mais diversas formulações, se preocupa com o controle da saúde e condições de vida da população no plano individual e coletivo. Candeias (1997), conceitua promoção em saúde como sendo uma combinação de apoio educacional e ambiental que visa atingir ações e condições de vida conducentes à saúde. Essa combinação segundo o autor refere-se à necessidade de mesclar os múltiplos determinantes de saúde (fatores genéticos, ambientes, serviços de saúde e estilo de vida), como múltiplas intervenções ou fontes de apoio. Uma das principais intervenções na promoção da saúde está contemplada pelas ações educativas. Levy et al. (1999) citado por Raydan (2002), afirmam que a educação em saúde é um dos pilares da concepção de promoção da saúde, e essa deve ter como objetivo, promover o senso de identidade, autonomia e responsabilidade dos indivíduos. O indivíduo educado para a saúde se compromete consigo mesmo ao praticar hábitos saudáveis no seu estilo de vida. Por estilo de vida, entende-se a necessidade individual que leva a pessoa a escolher determinadas alternativas dentre outras também possíveis (MORAGAS, 1997). O autor afirma ainda, que atualmente, o estilo de vida é responsável por mais agressão ao organismo do que a combinação de todas as doenças infecciosas do passado. A confirmação é comprovada através dos resultados epidemiológicos atuais das doenças prevalentes. Essas são na sua maioria classificadas como crônico-degenerativas, que têm no estilo de vida uma grande parcela de responsabilidade. Entre os diversos hábitos que compõem um estilo de vida, o sedentarismo apresenta-se como a principal a causa de muitos efeitos prejudiciais sobre o organismo. Segundo Dishman e Buckworth (1993) citado por Ramos e Gonçalves (2000), o sedentarismo é responsável, na Saúde Pública nos E.U.A, de cerca de 200 mil mortes anualmente por doenças coronarianas, câncer de cólon, diabetes, hipertensão, obesidade, osteoporose e depressão. De acordo com autores citados, a atividade física regular é considerada medida efetiva coadjuvante para o tratamento primário e secundário para essas enfermidades. MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 3 Nos diversos programas que buscam promover a saúde, a atividade física sistematizada se encontra relacionada em sua maioria. Nesse sentido o Ministério da Saúde (MS) a inclui como indicador alternativo de serviços de promoção, recuperação e prevenção da saúde para todas as faixas etárias do indivíduo. A atividade física sistematizada tem na Educação Física sua principal ação pedagógica, seja ela manifestada pelos exercícios físicos, pelos esportes individuais ou coletivos, pela ginástica, pela dança e lutas. Numa análise histórica observa-se que a Educação Física é marcada por tendências sanitárias e educativas. Ghiraldelli Júnior (1988), afirma que a concepção higienista torna a Educação Física como agente de saneamento público, na busca de uma “sociedade livre de doenças infecciosas e dos vícios deteriorados da saúde e do caráter do homem do povo”. Ghiraldelli Júnior (1988) aponta a Educação Física como uma atividade educativa, ou seja, presente nos currículos escolares. Dessa forma: “a Educação Física pedagogicista vai reclamar da sociedade a necessidade de encarar a Educação Física não somente como uma prática capaz de promover a saúde ou de disciplinar a juventude, mas de encarar a Educação Física como uma prática eminentemente educativa”. Surgem novos valores para Educação Física. O Manifesto Mundial da Educação Física (FIEP, 2000), contempla a Educação Física de valores como; educação para a saúde, educação para o lazer, meio de promoção cultural instrumento contra a discriminação e exclusão social; fator para a cultura da paz, meio de consciência ambiental. Os novos rumos destinados a Educação Física norteiam seus profissionais a serem legitimados como profissionais da saúde pela resolução nº218,de 6 de março de 1997 ( CONFEF, 1997). Esse novo mercado de trabalho configura novas intervenções e saberes, levando o profissional de Educação Física a ser agente principal na definição de objetivos e metas a partir de diagnósticos elaborados por equipes multiprofissionais. Freire et al. (2002), aponta que o profissional de Educação Física, para desempenhar com sucesso o seu trabalho, necessita dominar técnicas, procedimentos e habilidades que formam um saber fazer. Nesse sentido, este profissional contempla as três dimensões do conhecimento denominadas: procedimental, conceitual e atitudinal. Os avanços tecnológicos, a falta de oportunidade de envolvimento em programas de atividades físicas, são alguns dos fatores que alteram o estilo de vida das pessoas (POLLOCK e WILMORE 1993 citados por LOPES e PIRES-NETO, 2001). As pessoas que praticam atividades físicas, consequentemente têm melhores hábitos de saúde do que as que são sedentárias, as que praticam atividades geralmente não fumam e faz uso em menor quantidade de bebidas alcoólicas, procurando manter uma alimentação saudável e controlando o seu estresse. Os indivíduos inseridos em programas de atividades físicas sentem maior motivação em melhorar seus hábitos de saúde (SPIRDUSO, 2005). Fatores como dieta balanceada, a obesidade e o estilo de vida sedentário, contribuem significativamente para ocorrência de morbidade e mortalidade devido às doenças em crianças, adolescentes e em adultos com incidência maior (RICHMOND 1995 citado por LOPES e PIRES-NETO, 2001). Para Assumpção et al. (2002) a Educação Física determina uma forte relação entre a prática de atividade física e um comportamento saudável. Vários estudos referentes à fisiologia do exercício embasam essa tese. Matsudo e Matsudo (2000), MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 4 citados pelo mesmo autor, afirmam que a prática de atividade física proporciona importantes benefícios à saúde, relativos aos aspectos, antropométricos, neuromusculares, metabólicos e psicológicos, sendo que os efeitos metabólicos mencionados pelos autores são o aumento da potência aeróbia, do volume sistólico e ventilação pulmonar; melhora do perfil lipídico e sensibilidade à insulina; diminui a pressão arterial e freqüência cardíaca em repouso e no trabalho submáximo. Já os aspectos antropométricos e neuromusculares apresentam uma diminuição da gordura e desenvolvimento da força, da massa muscular da densidade óssea e flexibilidade. Em relação ao aspecto psicológico a atividade física exerce melhora da auto-estima, auto conceito, imagem corporal, funções cognitivas e socialização; diminui o estresse, a ansiedade e o uso de medicamentos. Guedes e Guedes (1995) citado por Assumpção et al. (2002) relatam que a prática habitual de atividades físicas, além de promover a saúde, colabora na reabilitação de algumas patologias associadas a morbidade e mortalidade. Os mesmos autores ainda ressaltam que a interrelação entre atividade física, aptidão física e saúde ocorrem reciprocamente. A atividade física provoca o aumento da ação de bombeamento do músculo esquelético e do retorno venoso redistribuindo desta forma o sangue para o músculo ativo o que reduz a resistência periférica total. Tais fatores aumentam de acordo com os níveis de exercícios, provocando aumento de 2 a 4 vezes a freqüência cardíaca (MONTEIRO FILHO, 2004; LIMA et al., 1998; LACOURSE; LAWRENCW, 2001; MCARDLE et al., 1998 citados por FRANCO et al. 2005). Atividade física e saúde estão inter-relacionadas, nota-se através de estudos realizados, que o baixo nível de atividade física é um importante fator para o aparecimento de doenças comprometendo assim a saúde do indivíduo (BLAIR et al. 1996 citado por BANKOFF e ZAMAI, 1999). Para Haskell (1999) citado por Bankoff e Zamai (1999), o exercício físico diminui o risco de doenças cardíacas, diabetes, câncer de colo, alivia a ansiedade, depressão, diminui a pressão arterial, aumenta o tônus muscular, ajuda na construção e manutenção dos ossos, músculos e articulações, atuando como um ótimo medicamento, melhorando a qualidade de vida. A prática correta e programada de exercícios físicos segundo Berge e Macinman (1993) citados por Samulski e Noce (2000), resultam em benefícios para a saúde do indivíduo, melhorando seu humor, sua função orgânica geral, provocando também maior rendimento no trabalho, aumentando assim sua disposição física e mental. Observa-se que a saúde e atividade física estão diretamente relacionadas e que a prática regular de atividades físicas aeróbias interfere de maneira benéfica no tempo de reação, no controle da pressão arterial e colesterol, redução de fraturas no caso de osteoporose (SHEPHARD E BOUCHARD 1993 citados por FURTADO 1991, citado por COSTA E DUARTE, 2002). Relatados os fatos que envolvem esta categoria profissional, o presente estudo buscou investigar a respeito do conhecimento específico dos profissionais da área de Educação Física referente a sua atuação em programas de promoção à saúde. METODOLOGIA A população foi constituída por 30 profissionais de Educação Física, atuantes em 10 academias na cidade de Itabira MG, sendo que participaram efetivamente da MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 5 amostra 8 academias e 27 profissionais com no mínimo um ano de atuação. Foi utilizado como instrumento um questionário parcial elaborado e validado por Battaglion Neto nos seus estudos “O conhecimento e a prática dos acadêmicos de Educação Física com atuação na Saúde Pública” (2003). Os questionários foram entregues aos profissionais que responderam as questões sendo sua participação voluntária. Os resultados obtidos foram analisados pela estatística descritiva e freqüência simples, sendo considerados para o resultado final os percentuais de acerto acima de 66% para a conclusão da média. O estudo teve como cuidado ético preservar a identidade do estabelecimento bem como dos participantes sem qualquer julgamento ou comprometimento. RESULTADOS E DISCUSSÃO TABELA 1 – Caracterização da amostra. Tempo de atuação N° graduado N° não graduado N° provisionado 1 ano Mais de 1 ano 05 5 anos 04 01 Mais de 5 anos 07 03 01 Não responderam 01 02 03 Total 17 06 04 Nota: população referente aos profissionais atuantes em academias na cidade de Itabira-MG TABELA 2 - Análise do conhecimento dos profissionais de Educação Física atuantes em academias relacionadas à prescrição de exercícios físicos para a saúde. QUESTIONAMENTOS REALIZADOS ACERTO % ERRO % Objetivo para prescrição de exercício físico. 24 88,9 03 11,1 Característica da dosagem do exercício 22 81,5 05 18,5 Avaliação final do trabalho do orientador de atividade física. 07 25,9 20 74,1 Finalidade do período de resfriamento e alongamento. 18 66,7 09 33,3 Pressão arterial que necessite de supervisão médica ao iniciar atividade física. 20 74,0 07 26,0 Objetivos na prescrição de exercícios para diabéticos. 25 92,6 02 7,4 Objetivos na prescrição de exercícios para obesos. 07 25,9 20 74,1 Exercícios isotônicos. 19 70,4 08 29,6 Avaliação da intensidade do exercício físico. 19 70,4 07 29,7 Exercícios físicos aeróbicos e anaeróbicos. 23 85,2 03 14,8 Prescrição dos exercícios físicos e o uso de medicação anti-hipertensiva 25 92,6 02 7,4 Vasodilatadores causam a hipotensão durante a prática do exercício físico. 09 33,4 15 66,6 Nota: as porcentagens foram calculadas embasadas no número de entrevistados onde % = n/27 Na tabela 2, foram analisados o conhecimento dosprofissionais de Educação Física atuantes em academias relacionadas a prescrição de exercícios físicos para a saúde. Dos 27 indivíduos entrevistados, 88,9% demonstraram ter conhecimentos sobre a finalidade da prescrição de exercícios físicos para a saúde, e apenas 11,1% demonstraram a falta desse conhecimento. Nieman (1999) salienta que quanto mais o indivíduo pratica atividade física regularmente, mais o coração se torna forte e maior, o que faz com que mais sangue seja bombeado durante o exercício aumentando a liberação de oxigênio para os músculos. O aumento do VO2 máx é decorrente dos seguintes fatores: maior débito cardíaco e maior extração de oxigênio pelas células aumentando sua captação de 10 a 20 por cento. O mesmo MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 6 autor aponta que indivíduos treinados possuem um maior volume sistólico, isso faz com que a freqüência cardíaca de repouso seja menor. Já em relação à dosagem do exercício 81,5% da amostra, demonstraram consciência ao prescrever o exercício e 18,5% apresentaram preocupação em apenas uma das características apresentadas. De acordo com Powers e Howley (2000), a dose de exercício físico se caracteriza pela intensidade que é representada pela capacidade de absorção de VO2 máx, percentual (%) da freqüência cardíaca e pelo limiar de lactato; pela freqüência que inclui a quantidade de dias da semana e vezes por dia; a duração é descrita pelo tempo gasto durante o exercício e pelo gasto total de quilocalorias; o tipo de exercício se relaciona com a endurance cardiovascular e a resposta são as alterações metabólicas do VO2 máx, pressão arterial de repouso, sensibilidade a insulina, depressão e peso corporal. Quando questionados sobre o resultado final do trabalho do orientador de atividade física, 25,9% da amostra entrevistada responderam corretamente, que é desenvolver o senso da auto responsabilidade para a saúde pessoal, enquanto que 74,1% demonstraram não possuir conhecimento da atenção primária da saúde que é o empoderamento da população em relação à auto responsabilidade. Segundo Rappaport (s.d.) citado por Minkler (1992) citado por Teixeira (2002), o empoderamento é um processo no qual a sociedade, as pessoas e entidades adquirem o controle sobre as decisões nas suas vidas. Tones et al. (1990) e Airhihenbuwa (1994) citados por Teixeira (2002), relatam que o modelo preventivo desse empoderamento consiste no processo de decisão individual para adoção de um comportamento saudável prevenindo assim as doenças. Quanto a recomendação do período de resfriamento com caminhada e alongamento ao final de uma sessão de atividade física, observou-se que 66,7% dos entrevistados possuíam conhecimento da mesma, bem como o seu benefício, enquanto 33,3%, não demonstraram conhecimento dos fatores apresentados. Foss e Keteyian (2000), apontam que quando se realiza uma atividade leve após exercício intenso faz com que a bomba muscular continue ativa evitando a estagnação do sangue nas extremidades reduzindo além da rigidez e dor muscular as possibilidades de acometimento de desmaios ou vertigens. Em relação ao nível máximo de pressão arterial, que não deve iniciar um programa de exercício físico com o indivíduo sem a supervisão médica, 74,0% responderam que é de 150/94 mmhg sendo a resposta correta, e 26,0% desconhecem esta recomendação. Durante a prática de atividade aeróbia intensa a pressão arterial sistólica pode subir acentualmente, enquanto que a diastólica, mantém-se ou sofre pequena elevação no pico mais intenso da atividade. Estas alterações ocorrem devido ao aumento da movimentação de sangue pelo coração durante o exercício máximo (MCARDLE et al. 1998). Segundo Nieman (1999), quando o indivíduo apresenta pressão arterial superior a 180/110mmhg, é indicado pelos especialistas o uso de medicamento para sua redução antes de começar um programa de atividade física. Quanto aos objetivos fundamentais na prescrição de exercícios físicos para diabéticos 92,6% dos entrevistados responderam corretamente, enquanto 7,4% não foram corretos ao responder. De acordo com Neiman (1999), para o tratamento de qualquer tipo de diabetes é necessário manter um equilíbrio entre a glicose e a insulina. O mesmo autor, ainda, salienta que sessões de exercícios causam uma melhora na sensibilidade à insulina, que dura em média de um a dois dias antes de voltar para os níveis anteriores aos exercícios. Andersen (1981) citado por Martins e Duarte (1998), descreve que no período do trabalho muscular, aumenta MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 7 consideravelmente, o consumo de glicose, ocorrendo a liberação dos hormônios de insulina e glucagon para a regulação do fornecimento de energia ao músculo. A insulina estimula a entrada da glicose na célula, diminuindo o nível de glicose no sangue. Em contrapartida o glucagon aumenta o desdobramento do glicogênio do fígado em glicose, repondo a mesma no sangue. Relativo aos objetivos propostos na prescrição de exercícios para obeso, somente 25,9% acertaram que é regulação dos padrões e ingestão alimentar e redução do peso e da gordura corporal. Segundo Damaso et al. (1994) citado por Cyrino e Nando Júnior (1996), os exercícios aeróbios de média ou longa duração são os melhores para combater a obesidade, pois trabalham mais os grandes grupamentos musculares demandando um dispêndio calórico de moderado a alto. O mesmo autor cita ainda Rowland (1990), descreve que os efeitos do treinamento físico no organismo são a regulação do apetite podendo provocar a redução da ingestão de alimentos, redução relevante da gordura e peso corporal e aumento da massa magra. Em relação aos exercícios isotônicos 70,4% acertaram a resposta demonstrando conhecer o que caracteriza o exercício isotônico e 29,6% desconhecem. O movimento é a principal característica dessa classe de exercícios. Powers e Howely (2000), relatam que muitos exercícios ou atividades esportivas envolvem contrações, o que irá resultar no movimento. A tensão muscular é aumentada e os ângulos articulares são modificados quando partes do corpo mexem. Sobre a maneira mais prática de avaliar a intensidade do exercício físico ser através da pressão arterial, 70,3% acertaram respondendo que a afirmativa é falsa, 29,7% erraram. Mcardle et al. (1998), salienta que a melhor forma para classificar o exercício em relação a intensidade é através da freqüência cardíaca. Essa forma é possível porque o VO2 máx e a freqüência estão diretamente relacionados. Em relação ao conhecimento da definição de exercícios físicos aeróbios e anaeróbios, 85,2% respondeu correto e 13,8% incorreto. Exercícios físicos aeróbicos são executados com baixa intensidade e longa duração. Foss e Keteyian (2000), descrevem que qualquer exercício que possa ser mantido por períodos de tempo relativamente longos (10 minutos ou mais) são incluídos nessa categoria. Já os exercícios anaeróbicos são executados com alta intensidade e curta duração, nele o ritmo de trabalho só pode ser mantido por dois ou três minutos. Referente a atuação dos vasodilatadores que diminuem a resistência vascular periférica total causando hipotensão durante a execução de atividade física somente 33,4% acertaram e 66,6% erraram. Powers e Howley (2000), descrevem que durante o exercício, a vasodilatação é mantida e aumentada pela auto regulação, que é o fator mais importante na regulação do fluxo sanguíneo aos músculos durante o exercício. A vasodilatação reduz a resistência vascular, o que gera aumento no fluxo sanguíneo. Forjaz et al. (1998), aponta que o efeito vasodilatador do exercício físico pode ser devido ao acúmulo de metabólitos musculares causado pelo exercício(potássio, lactato e adenosina) ou à dissipação do calor produzido pelo exercício físico. MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 8 TABELA 3 – Análise do conhecimento dos profissionais de Educação Física atuantes em academias relacionados aos fatores de risco. QUESTIONAMENTOS REALIZADOS CERTO % ERRO % Sinais de advertência do diabetes tipo I. 15 55,5 12 44,5 Tratamento básico do diabetes tipo II. 26 96,3 01 3,7 Classificação de acordo com OMS quanto a gordura corporal. 18 66,7 09 33,3 Causas da osteoporose. 10 37,0 17 63,0 Diabético tipo I reduz a dose de insulina antes de iniciar atividades 06 22,2 21 77,8 Infarto no miocárdio é a formação de coágulo sanguíneo nas artérias. 23 85,2 04 14,8 Arteriosclerose é o estreitamento das artérias coronárias. 19 70,3 08 29,7 Osteoporose atinge mais as mulheres do que os homens. 24 88,9 03 11,1 Nota: as porcentagens foram calculadas embasadas no número de entrevistados onde % = n/27 A tabela 3 apresenta o conhecimento dos profissionais sobre os fatores de risco para a saúde do indivíduo. Quando questionados sobre os sinais de advertência em relação a diabetes tipo I, 55,5% responderam ser fraqueza e fadiga, sendo essas afirmativas corretas, e 44,5% não acertaram. Neiman (1999) descreve que o diabetes insulinodependente apresenta os sintomas repentinamente sendo eles micção excessiva e freqüente, fome exarcebada, aumento da sede, náuseas, vômitos, tonturas, fraqueza, fadiga extrema, dentre outros. Em relação ao tratamento básico da diabetes tipo II, 96,3% marcaram a alternativa correta e 5,6% não definiram a resposta, demonstrando falta de conhecimento desse fator. De acordo com Vranic e Wasserman (1990) citado por Martins e Duarte (1998), os exercícios moderados ajudam a melhorar a secreção de insulina e hemoglobina glicolisada, em portadores de diabetes não dependente de insulina podendo ocorrer tais fatores independentemente da manutenção da massa corporal. O mesmo autor descreve o que afirma o American Diabetes Association (1993) também citado por Martins e Duarte (1998), que uma dosagem pequena de atividade física feita frequentemente gera uma diminuição da glicemia sanguínea, que pode permanecer durante horas ou dias devido ao aumento da sensibilidade à insulina pelo músculo. A respeito da classificação dada de acordo com a OMS a um indivíduo do sexo feminino com 1,80 mt da estatura e peso corporal de 90 kg apresentando 27% de gordura corporal, 66,7% responderam sobrepeso sendo esta resposta a correta e 33,3% não acertaram. O IPC (Índice de Peso Corporal), que é o peso corporal dividido pela altura ao quadrado é um método muito simples utilizado por clínicos e pesquisadores para avaliar a “normalidade” do peso corporal do indivíduo. Mcardle et al. (1998), estabeleceu que para a condição de sobrepeso o IPC deveria estar entre os valores de 25 a 30%, sendo que valores maiores que 30 correspondem a obesidade e é considerado categoria de risco. Em relação às causas de osteoporose, 37,0% responderam que a desnutrição protéica é causadora da doença, 63,0% não acertaram. A proteína tem importância relevante na composição do corpo humano. Segundo Mcardle et al. (1998), o conteúdo protéico do músculo esquelético contém cerca de 65% de toda proteína do organismo, podendo a mesma ser aumentada através do trabalho regular de atividade física. A absorção da proteína é maior durante a primeira e segunda infância sendo a mesma utilizada no anabolismo tecidual, ocorrendo um crescimento MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 9 rápido do indivíduo. Com o declínio do crescimento ocorre também a diminuição da captação protéica pelo organismo. Matsudo (2002), relata que com o avanço da idade ocorre perdas de massa óssea no músculo esquelético e na água corporal total e consequentemente da força sendo classificado como sarcopenia. A sarcopenia é um termo genérico que indica a perda de massa, força e qualidade do músculo esquelético, causando conseqüências funcionais no andar e no equilíbrio ocorrendo maior risco de quedas e doenças crônicas dentre elas a osteoporose. A redução de cálcio no organismo é outro fator relevante que contribui para o surgimento da osteoporose, pois provoca a desmineralização gradual do tecido ósseo, tornando-o enfraquecido, sendo mais comum manifestar nas mulheres no período pós-menopausa estando relacionado a falta de ingestão de cálcio, a queda do nível de estrogênio, a quantidade e tipo de atividade física. A ingestão de cálcio no nível adequado através de dieta, associado à prática de atividades físicas regulares promovem a deposição de cálcio no osso, diminuindo as chances de desenvolver a osteoporose (FOSS e KETEYIAN, 2000). Quando questionados sobre a diminuição da dose de insulina antes de iniciar uma caminhada de 3 horas com subida, 77,8% da amostra incorporada na pesquisa não acertaram a resposta dizendo ser falsa, e 22,2% responderam ser verdadeira sendo a mesma correta. Neiman (1999) cita que o indivíduo diabético insulino dependente, não deve realizar atividade física no momento de pico do efeito da insulina, devendo o mesmo reduzir a dosagem para mais ou menos 1/3 ou aumentar a ingestão alimentar antes de iniciar um programa de atividade física por causa do efeito “insulina like” da contração muscular, (como os músculos contraem durante o exercício não necessitam de muita insulina para transportá-la para o interior das células que estão em atividade, chegando de 7 a 20 vezes a captação da glicose), não deve aplicar a insulina nos músculos que farão atividade. Observa-se que quando perguntados se o infarto do miocárdio é conseqüência da formação de coágulo sanguíneo nas artérias causando ataque cardíaco, 85,2% dos indivíduos envolvidos na pesquisa acertaram afirmando ser verdadeira e 14,8 % errou. De acordo com Mcardle et al. (1998), o infarto do miocárdio ocorre devido uma perfusão inadequada de sangue nas artérias coronárias ou de um desequilíbrio na demanda de oxigênio durante a atividade física. Uma diminuição brusca resulta da formação de um coágulo que se formou devido ao acúmulo de uma placa em um ou mais vasos coronários. A respeito da aterosclerose ser um termo utilizado para descrever o estreitamento das artérias coronárias, 70,3% disseram ser verdadeira, sendo a resposta correta, 29,7% responderam ser falsa. Neiman (1999), diz que a aterosclerose é a formação de placas de gordura na camada interna dos vasos sangüíneos. Ela também pode bloquear vasos sangüíneos cerebrais causando um derrame ou de membros inferiores o que gera a doença arterial periférica. Em relação ao acometimento da osteoporose atingir mais as mulheres do que os homens ser devido à secreção do hormônio testosterona, 88,9% demonstraram domínio sobre o assunto, afirmando ser a mesma falsa, e 11,1% erraram. Para Mcardle et al. (1998), a osteoporose acomete mais as mulheres desde o início de sua vida pela falta de ingestão adequada de cálcio, principalmente no período da puberdade, quando necessitam em maior quantidade para o seu crescimento, após o período de menopausa, agrava ainda mais essa propensão, pois diminui ou cessa a liberação do hormônio estrogênio pelos ovários. MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 10 CONCLUSÃO O profissional de Educação Física ganha novas possibilidades de mercado de trabalho a partir do momento que saúde deixa de ser considerada como ausência de doença e passa a ser concebida no seu sentido mais amplo como um completo bem estar físico, psíquico e social. Neste sentidomudam-se as práticas assistenciais até então centradas na cura das doenças. As novas diretrizes orientam para a promoção, prevenção e recuperação da saúde. Os novos contextos para os serviços de saúde oportunizam a intervenção de outras categorias de profissionais da saúde. Assim o profissional de Educação Física ganha mais um espaço de atuação ao ser reconhecido como profissional de saúde pelo Conselho Nacional de Saúde conforme Resolução 218, de 06/03/97, passando o mesmo a ter como mercado de trabalho os serviços de promoção da saúde. Portanto, o presente estudo buscou avaliar o nível de conhecimento dos profissionais de Educação Física que atuam nas academias da cidade de Itabira- MG em relação a promoção da saúde. Observou-se que esses profissionais, obtiveram 75% de êxito em relação ao conhecimento sobre a prescrição de exercícios físicos para a saúde diante das variáveis apresentadas referentes ao tema, demonstrando que os mesmos apresentam conhecimento ao prescrever exercício. Já em relação aos conhecimentos sobre os fatores de riscos os mesmos apresentaram 62,5% de acertos, relacionado aos fatores mencionados. Os resultados encontrados não considerados positivos quando relacionados à situação de risco para a saúde. Algumas prerrogativas podem ser analisadas para os fatos relatados: - A população estudada tem como especialidade a musculação, que não tem na prevenção da saúde seu objetivo maior. - Na amostra está contido profissionais sem formação profissional acadêmico- superior, sendo que 22,2% da mesma não possuem formação profissional na área e 14,8 % dos mesmos são provisionados, com autorização para atuarem na área especifica da musculação. Nesse sentido recomenda-se investigar profissionais atuantes em outras especialidades da área da Educação Física. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSUMPÇÃO, Luís Otávio Teles et al. Relação entre atividade física, saúde e qualidade de vida. Notas Introdutórias. Revista Digital - Buenos Aires - Año 8 - n° 52 - Septiembre de 2002. Disponível em http://www.fdeportes.com. Acesso em: 11 de nov, 2006. BANKOFF, Antônia Dalla Pria. ZAMAI, Carlos Aparecido. 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( ) 1 ano ( ) mais de 1 ano ( ) 5 anos ( ) mais de 5 anos Academia: _________________________ Número de clientes: ___________________ Parte A – Assinale a alternativa correta: 01- Considerando as finalidades de prescrição de exercícios físicos para a saúde, pode-se afirmar que não é correto o seu objetivo para a: a) Redução do consumo máximo de oxigênio e aumento da freqüência cardíaca em repouso. b) Provisão de oportunidade para uma interação social e promoção do bem estar psicológico. c) Manutenção da capacidade funcional dos sistemas orgânicos ao esforço. d) Redução do risco de doenças crônicas. Alternativa correta: A (BATTAGLION, 2003). 02- A dose do exercício usualmente é caracterizada; a) pela intensidade, freqüência e duração b) pelo tipo de atividade física. c) pela resposta ao exercício físico c) todas as alternativas estão corretas Alternativa correta: D (BATTAGLION, 2003). 03- A avaliação final do trabalho do orientador de atividades físicas é determinada em: a) melhorar a aptidão física motora. b) provocar mudanças mais efetiva no desempenho do grupo. c) desenvolver o senso da auto-responsabilidade para a saúde pessoal. d) registrar dados e rever a prescrição de exercícios apropriados. Alternativa correta: C (BATTAGLION, 2003). 04- No final de uma sessão de atividade física, é recomendado um período de resfriamento com caminhada lenta e alongamento por cerca de 5 minutos para: a) a freqüência cardíaca voltar ao normal b) reduzir a chance de ocorrência de hipotensão. c) a pressão arterial retornar ao normal. d) todas as afirmativas são corretas. Alternativa correta: D (BATTAGLION, 2003). 05- Não devem iniciar um programa de exercícios físicos sem supervisão médica indivíduos com altos riscos hipertensivos, cujos níveis máximo da PA apontam para sistólica de _____ mmHg diastólica de ____ mmHg. a) 120/76 b) 150/94 c)130/88 d)140/90 Alternativa correta: B (BATTAGLION, 2003). 06- Qual das alternativas abaixo é sinal de advertência da diabetes tipo I? a) micção freqüente e ganho de peso c) fraqueza e fadiga b) perda de apetite e formigamento dos membros d) aumento do apetite e da massa muscular. Alternativa correta: C (BATTAGLION, 2003). MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 14 07- O tratamento básico da diabetes tipo II inclui: a) insulina b) dieta c) exercícios físicos d) as alternativas b e c são corretas. Alternativa correta: D (BATTAGLION, 2003). 08- Na prescrição de exercícios físicos para diabéticos, os objetivos fundamentais propostos são: I- Aumentar a capacidade de absorção da insulina II- Regular o nível de glicemia no sangue III- Melhorar a imagem e expressão corporal IV- Diminuição da pressão arterial em repouso. Agora responda: a) estão corretas a afirmativa I, II e IV b) estão corretas as afirmativas I e II. c) estão corretas a afirmativa II, III e IV d) estão corretas a afirmativa III e IV Alternativa correta: B (BATTAGLION, 2003). 09- Na prescrição de exercícios físicos para obesos, os objetivos propostos são: I- Regulação dos padrões de ingestão alimentar II- Regular o nível de glicemia no sangue III- Redução do peso e da gordura corporal IV- Diminuição da pressão arterial em repouso Agora responda: a) estão corretas as afirmativas I e III b) estão corretas as afirmativas II e IV c) estão corretas as afirmativas I, II e III d) estão corretas as afirmativas II, III e IV Alternativa correta: A (BATTAGLION, 2003). 10- Para a OMS, um indivíduo do sexo feminino com 1,80 mt de estatura e pesando 90 kg apresenta 27% de gordura corporal, está classificado _______________________________. a) na faixa recomendável b) abaixo do peso c) com sobrepeso d) na obesidade. Alternativa correta: C (BATTAGLION, 2003). 11- As causas da osteoporose estão relacionadas à: a) Desnutrição protéica para formação da matriz em quantidade suficiente. b) Excesso de secreção estrogênica e ao ciclo menstrual c) Idade avançada e gordura corporal d) Aumento do estresse físico sobre o osso. Alternativa correta: A (BATTAGLION, 2003). Parte B – Leia cuidadosamente e determine se a afirmativa é verdadeira ou falsa. 01- Os exercícios isotônicos são definidos por uma contração na qual o músculo encurta contra uma carga constante resultando no movimento. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: Verdadeiro (BATTAGLION, 2003). 02- A pressão arterial parece ser um meio mais prático para avaliar a intensidade do exercício físico durante o mesmo. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: falso (BATTAGLION, 2003). 03- Exercícios físicos aeróbico são aqueles executados com baixa intensidade e longa duração e os exercícios anaeróbicos são aqueles executados com alta intensidade e curta duração. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: Verdadeiro (BATTAGLION, 2003). MOVIMENTUM - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste-MG - V.2 - N.2 - Ago.dez. 2007. 15 04- A prescrição dos exercícios físicos não deve modificar-se e acordo com a medicação anti- hipertensiva administrada aos indivíduos que participam de um programa de atividade física. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: falso (BATTAGLION, 2003). 05- Os vasodilatadores diminuem a resistência vascular periférica total causando a hipotensão durante a prática do exercício físico. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: Verdadeiro (BATTAGLION, 2003). 06- A dose de insulina deve ser diminuída quando um individuo diabético tipo I está para começar uma caminhada de 3 horas para subir uma montanha. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: Verdadeiro (BATTAGLION, 2003). 07- O infarto no miocárdio é a formação de um coágulo sanguíneo nas artérias causando ataque cardíaco. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: Verdadeiro (BATTAGLION, 2003). 08- A aterosclerose é um termo utilizado para descrever o estreitamento das artérias coronárias. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: Verdadeiro (BATTAGLION, 2003). 09- Estatisticamente, a osteoporose atinge mais as mulheres do que os homens devido à secreção do hormônio testosterona. ( ) falso ( ) verdadeiro Alternativa correta: falso (BATTAGLION, 2003).
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