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Leitura e Escrita na Educação Brasileira

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AULA 01 – A Formação de Leitores e Escritores no Brasil
Para início de conversa, pense no seu processo de formação como leitor e escritor e reflita sobre as questões a seguir.
Qual é a função social da leitura e da escrita?
Quais pessoas foram fundamentais no seu processo de formação como leitor e escritor?
Por que existem tantos analfabetos funcionais?
Essas são algumas das questões que discutiremos nesta aula.
Ao pesquisarmos a iconografia brasileira, concluímos que a representação de leitores e escritores passa a ser apresentada somente no período republicano. Fato que nos remete a uma elitização desses processos, pois as grandes camadas da população não tinham acesso à escolaridade.
Educação na Colônia: A educação era representada pela ação dos jesuítas da Companhia de Jesus, liderada pelo Padre Manuel da Nóbrega. Não havia qualquer ação educativa sistemática para os negros que trabalhavam nas lavouras.
Educação no Império: Em 1824, é outorgada a primeira Constituição brasileira que preconizava a "instrução primária e gratuita para todos os cidadãos”. Mas na prática, ainda não havia uma organização educativa por parte do Estado.
Educação na República: José Ferraz de Almeida Jr (Brasil,1850-1899) Moça com livro, 1879, MASP.
O percentual de analfabetos no ano de 1900, segundo o Anuário Estatístico do Brasil, do Instituto Nacional de Estatística, era de 75%.
Brasil Atual: Atualmente, temos vários programas de incentivo à leitura. Dentre eles, o PROLER que foi Instituído em 13 de maio de 1992 pelo Decreto nº. 519, e está vinculado à Fundação Biblioteca Nacional (FBN).
Reflita, agora, sobre o panorama atual brasileiro. 
A partir do Censo Escolar da Educação Básica de 2009 – Anexo I, analise os números de alunos que estão estudando nas redes de ensino estaduais e municipais urbanas e rurais.
Tendo como base os dados do Censo, pense sobre as seguintes questões:
são 14.346.603 alunos matriculados no ensino fundamental e 2.773.290 alunos matriculados no EJA da educação pública. Este parece um quantitativo representativo da democratização do ensino em nosso país?
será que a quantidade de alunos matriculados na rede pública acompanhou a evolução das pesquisas sobre os métodos de alfabetização?
como será o aproveitamento desses alunos no que se refere a sua formação como leitores e escritores?
E por falar em formação de leitores...
Vamos dialogar com Marlene Carvalho (2001).
Marlene Alves de Oliveira Carvalho lecionou durante mais de dez anos em escolas municipais. Formou-se em pedagogia pela UFRJ, onde também fez mestrado em Educação. Na Bélgica, concluiu o Doutorado, com uma tese sobre classes de alfabetização. Criou o Curso de Extensão em Alfabetização para Professores do Município do Rio de Janeiro. Atualmente, é professora do Mestrado da UCP e assessora pedagógica do Programa de Alfabetização de Jovens e Adultos organizado pela UFRJ.
Diante de sua vasta experiência na formação de professoras alfabetizadoras, Marlene afirma que: “Produzir bons leitores é um desafio para a escola em todas as partes do mundo. Da escola primária à universidade, professores se queixam de que a maioria dos alunos lê mal e não sabe usar os livros para estudar”. (pág. 09).
Essa afirmação da pesquisadora nos ajuda a refletir sobre os critérios de qualidade e eficiência nos métodos de alfabetização que são utilizados na educação básica.   
Ler é uma atividade bastante complexa que vai exigir o trabalho de vários processos psicológicos (concentração, percepção, análise, síntese e interpretação) e mecanismos cerebrais.
PROCESSOS PSICOLÓGICOS: Leitores eficientes reconhecem a palavra de forma rápida e automática, focalizam sua atenção no significado e apresentam uma boa memória. Por outro lado, pessoas sem proficiência na leitura apresentam dificuldades nos processadores visuais e/ou auditivos. Sendo assim, será muito comum cometerem distorções, inversões, trocas e omissões de letras que comprometerão a compreensão do texto lido.
MECANISMOS CEREBRAIS: De acordo com ARAÚJO (s/d), há vários mecanismos cerebrais envolvidos na atividade da leitura. A palavra escrita é registrada na forma visual, no lobo occipital, depois é ligada à forma auditiva, situada no gyro angular, área temporal, especificamente área de Wernick. A atividade passa para a área de Broca, pelas fibras de fascículo (arcuate fasciculus).
“Neste processo, o leitor constrói os significados do texto e os compreende. Reparem que se disse construir e não captar os significados. O leitor tem papel ativo, não é apenas receptor” (pág. 10). É um modelo dialógico de leitura e interpretação em que o leitor é um co-criador do texto lido e precisa experienciar essa atividade desde a primeira infância quando começa a interpretar os contos de fadas e as primeiras reportagens de jornal. 
CARVALHO, M. Guia Prático do Alfabetizador. Rio de Janeiro, Ática: 2001.
As novas técnicas de neuro imagem são capazes de fornecer dados neurofisiológicos para a neurociência que auxiliam a compreensão do processo de leitura, na medida em que identificam as estruturas cerebrais envolvidas e, sobretudo, descrevem o funcionamento da leitura.
Muitas áreas do cérebro estão envolvidas durante o processo de leitura. As regiões parietais inferiores esquerdas, incluindo os giros supramarginal e angular, estão implicados no processamento fonológico normal, na recuperação da palavra, na visualização das palavras e na leitura oral. 
“Os processamentos de leitura visual, linguístico e ortográfico, se concentram principalmente na região extra-estriada do lobo occipital. O processamento fonológico ativa tanto o giro frontal inferior quanto o lobo temporal, envolve mais o giro temporal superior do que faz o processamento fonológico ou o ortográfico” (Rotta, 2006, p. 156).
ROTTA, N. T. (et al) (orgs.) Transtornos da Aprendizagem – Abordagem neurobiológica e Multidisciplinar. Porto Alegre. ArtMed: 2006.
O leitor vai sofisticando as suas habilidades de ler, compreender e interpretar o texto, um exemplo bem contemporâneo são as leituras cada vez mais rápidas, baseadas em imagem e escritas pictográficas e abreviadas a partir da interação com as novas mídias digitais.
É no contexto da cibercultura, onde o texto se transformou em hipertexto e onde os links fazem a nossa leitura estabelecer diálogos em rede com conceitos que apresentam inúmeras estratégias de organização.
O que vem a ser a leitura?
Conheça alguns conceitos e pense sobre a resposta.
Modelo de decodificação:
É um processo bem diferente da leitura, pois se limita a decodificação do sistema linguístico: letra, palavras e frases, sem, no entanto, ter maior atenção sobre o significado do que se está lendo. 
Esta concepção está fundamentada no ensino da leitura como se fosse uma lógica combinatória entre os fonemas, que memorizados mecanicamente pelo leitor, são sonorizados no ato da leitura.
Modelo psicolinguístico :
É um processo de interação entre as estruturas cognitivas que o sujeito apresenta e as informações do texto. O objetivo principal da leitura é a compreensão e, para isso, no processo de leitura, o leitor utilizará seus pressupostos subjetivos que o auxiliarão na compreensão do texto.
Modelo interativo:
É uma concepção fundamentada no diálogo, na troca, na interação que ocorre entre o leitor, o autor do texto e o próprio texto. Há uma espécie de co-autoria do texto pelo leitor, na medida em que ele inaugura os significados construídos no ato da leitura. Desta forma, a leitura é um processo perceptivo e cognitivo que só se torna possível dentro de um contexto sociocultural.
Após conhecer os conceitos, responda a seguinte questão: Em qual dos modelos estudados ocorreu a sua aprendizagem e vivência como leitor no espaço escolar?
Existe um segredo para uma boa leitura?
“O bom leitor não se faz por acaso. Quase sempre é formado na infância, antes mesmo de saber ler, através do contato com a literatura infantil e as experiências positivas no início da alfabetização.” (CARVALHO, 2001, pág. 11).
Quanto maissouber sobre o autor, suas intenções e condições de produções do texto – em que época, em que lugar, por que foi escrito – mais facilmente o leitor criará expectativas que serão muito úteis para ajudá-lo na interpretação. O leitor não deve apenas ter expectativas sobre o que o autor vai comunicar, mas deve principalmente ter uma razão para fazer a leitura. Os objetivos do leitor determinam suas estratégias de leitura e o ritmo que imprime à atividade. Dependendo daquilo que se busca – informação, distração, idéias novas ou confirmação de outras já conhecidas – a leitura é feita de uma forma diferente. Quando quer apenas localizar uma data, um nome, um número de telefone, uma informação precisa, a atenção do leitor pode ser eficientemente dirigida para a busca daquele único detalhe, descartando o que não interessa a seus objetivos imediatos. Quando se quer estudar, aprender através do texto, naturalmente a leitura é mais elaborada, mas vagarosa: é preciso destacar os argumentos principais, verificar as conclusões, fazer a ligação entre o que já conhecemos e as idéias novas expostas pelo autor. (págs.10-11).
Com essas assertivas, Carvalho (2001) nos propõe uma leitura contextualizada, dialógica (Podemos dialogar com o autor, concordar ou discordar, fazer perguntas, procurar respostas. Podemos criticar) em que o leitor assume um papel ativo na construção dos significados do texto e na busca por informações.
A autora ainda abre a possibilidade para crítica de algumas práticas que são reproduzidas no interior da escola mesmo tendo sido amplamente divulgadas em sua ineficácia.
Aprender a ler como se fosse um ato mecânico, separado da compreensão é um desastre que acontece todos os dias. Estudar palavras soltas, sílabas isoladas, ler textos idiotas e repetir sem fim exercícios de cópia, resulta em desinteresse e rejeição em relação à escrita” (...) “O trabalho de alfabetização em nossas escolas (seja qual for o método adotado) parte do pressuposto de que o importante é ensinar o mecanismo de decodificação porque depois a compreensão virá automaticamente.
O pressuposto está errado. Antes mesmo de ensinar a decodificar letras e sons, é preciso mostrar aos alunos o que se ganha e o que se obtém com a leitura: mas isso só será possível por meio de atividades que façam sentido, atividades de compreensão da leitura desde as etapas inicias da alfabetização (2001, pág. 11).
Assim fazemos mais algumas perguntas. 
Porque são mantidas práticas ineficazes de alfabetização? Seria uma decisão política?
Qual é o resultado imediato destas metodologias na formação dos leitores e escritores?
Você já ouviu falar dos analfabetos funcionais?
Analfabetismo funcional – uma realidade que pode ser transformada
O conceito de analfabeto funcional é utilizado para designar pessoas incapazes de utilizar a leitura, a escrita e a capacidade de calcular de forma pragmática no seu cotidiano, sendo que estas têm uma história de escolarização.
O analfabetismo funcional não é uma realidade apenas brasileira, aliás, ele foi primeiramente diagnosticado nos Estados Unidos, ocasião da Segunda Guerra Mundial quando os soldados do exército não eram capazes de ler as instruções para utilização dos armamentos, após terem passado, contraditoriamente, por anos de escolarização.
A partir da evidência, a UNESCO definiu um novo conceito para a alfabetização em suas pesquisas educacionais e estatísticas.
Novo conceito para a alfabetização - indivíduos que sejam capazes de desempenhar tarefas em que a leitura, a escrita e o cálculo sejam utilizados para o seu próprio desenvolvimento e para o desenvolvimento de sua comunidade.
Diante desta nova categorização, cresce o número de pessoas que passaram mais de quatro anos na escola e não são capazes de utilizar a leitura, a escrita e o cálculo matemático em suas atividades diárias.
Conheça os três níveis distintos de alfabetização que foram revelados pelo Instituto Nacional de Alfabetismo Funcional (INAF) para avaliar as habilidades para numeração (matemática) e letramento (leitura/escrita) na população adulta.
O nível pleno é considerado satisfatório, pois, permite que a pessoa possa utilizar com autonomia a leitura como meio de informação e aprendizagem. 
A partir daí, perguntamos: 
Há um percentual significativo da população brasileira que apresenta as competências do letramento no nível pleno de alfabetização?
NÍVEL PLENO: Localiza mais de um item de informação em textos mais longos, compara informação contida em diferentes textos, estabelece relações entre as informações (causa/efeito, regra geral/caso, opinião/fato). Reconhece a informação textual mesmo que contradiga o senso comum.
NÍVEL BASICO: Localiza uma informação em textos curtos ou médios (uma carta ou notícia, por exemplo), mesmo que seja necessário realizar inferências simples.
NÍVEL RUDIMENTAR: Localiza uma informação simples em enunciados de uma só frase, um anúncio ou chamada de capa de revista, por exemplo.
E por falar em escrita, existe alguma correlação entre a escrita e a civilização?
Para compreender essa questão, vamos fazer um diálogo com José Juvêncio Barbosa (1994).
Se existe um marco da passagem da pré-história para a história é a escrita, pois ela tem “origem no momento em que o homem aprende a comunicar seus pensamentos e sentimentos por meio de signos. Signos que sejam compreensíveis por outros homens que possuem ideias sobre como funciona esse sistema de comunicação” (1994, pág. 34).
Evolução da escrita
Conheça as fases da evolução cultural da escrita.
PINTURA: Antes utilizada como representação estética, a pintura e os desenhos começaram a ser utilizados como símbolos para identificar pessoas ou objetos. Foi uma etapa descritiva que não apresentava relação com os idiomas. Progressivamente, um mesmo desenho passou a ser utilizado para representar o mesmo objeto, sendo que este símbolo era compartilhado por um grupo social. Neste momento, foi inaugurada a etapa da escrita mnemônica.
ESCRITA IDEOLÓGICA: Representando ideias e não palavras, esta modalidade de representação foi encontrada na Sumária num templo que recebeu o nome do seu rei em 3150 a.C.
ESCRITA CUNEIFORME: “Sinais gráficos em forma de cunha, traçados em tijolos de argila por meio de instrumentos de metal”. (Barbosa, 1994, pág. 35). Geralmente silábicos, representavam nomes pelo desenho dos sons desses nomes, os chamados hieróglifos.
Para Barbosa (1994, pág. 36), com a introdução do sistema de fonetização, abrem-se enormemente os horizontes para os registros escritos. Passa a ser possível representar todas as formas linguísticas, até as mais abstratas, por meio de símbolos escritos. Os símbolos passam a ter valores silábicos convencionais: convenção de formas e de princípios. Os signos foram normatizados para que todos desenhassem da mesma maneira; estabeleceram-se correspondência entre signos, palavras e sentidos. 
O primeiro alfabeto foi criado por volta de 3000 a.C. e compreendia 24 consoantes.
Leitura e escrita contemporâneas – influência das mídias digitais
Desde 1444, quando Johannes Gutenberg criou a imprensa tornando possível a disseminação e a conservação da cultura através da escrita, muitas transformações ocorreram nas práticas de leitura e escrita da humanidade.
Atualmente, temos o internetês que são neologismos que abreviam a palavra para tornar sua escrita mais rápida no ambiente digital.
Esse tema será aprofundado na aula teletransmitida.
Para quem se surpreendeu com o universo que apresentamos sobre a leitura e a escrita, Lya Luft tem algo a nos dizer em seu conto: Pensar é transgredir (2004).
Pensar é transgredir
 “Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
 Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E comas obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. 
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
 Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. 
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. 
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
 Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada. 
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado. 
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
 Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas, mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade. 
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
 E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer”.
	1a Questão (Ref.: 201602742236)
	 Fórum de Dúvidas (1)       Saiba  (0)
	
	Vygotsky considera que há relação entre pensamento e linguagem e, como consequência, afirma que a linguagem percorre um duplo percurso entre sujeito e realidade. Qual das afirmativas abaixo NÃO se relaciona à aplicação das ideias de Vygotsky?
		
	
	Fazer uso da leitura e da escrita é também organizar a nossa linguagem na oralidade, no pensamento, fazendo uso das letras.
	
	A apropriação da leitura e da escrita deve ser pensada dentro de um processo de troca e compreensão de sentidos que se dão nas interações entre os diferentes sujeitos.
	
	A criança, ao chegar à escola, traz consigo sua história e sua cultura e isso deve ser considerado como algo relevante no processo de alfabetização.
	
	Aos 3 anos de idade pensamento e linguagem se unem e nunca mais se dissociam, dando origem aos mecanismos mais complexos de reaciocíno.
	 
	A criança não precisa participar de forma ativa no processo de aprendizagem: suas experiências culturais (não-escolares) com a leitura e a escrita não precisam ser valorizadas pela escola.
	
	
	
	
	 2a Questão (Ref.: 201602920267)
	 Fórum de Dúvidas (1 de 1)       Saiba  (0)
	
	Leia e pense sobre as afirmativas que se seguem: Em entrevista ao Diário do Grande ABC , SP, A autora Magda Soares ressaltou que ¿Como no filme Central do Brasil ¿ alguns personagens conheciam a carta, mas não podiam escrevê-la por serem analfabetos. Eles ditavam a carta dentro do gênero, mesmo sem saber escrever.(...)¿ . Outros apresentavam noção de escrita , sabiam endereços , mas optavam por solicitar à Dora a escrita da carta..... porque O conceito de analfabeto funcional é utilizado para designar pessoas incapazes de utilizar a leitura e a escrita de forma pragmática no seu cotidiano, sendo que estas têm uma história de escolarização. A respeito das asserções acima, assinale a opção correta.
		
	
	Tanto a primeira como a segunda são asserções falsas
	
	A primeira asserção é uma proposição verdadeira, e a segunda é uma proposição falsa.
	 
	As duas asserções são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta que complementa o comentário da primeira
	
	A primeira asserção é uma proposição falsa, e a segunda é uma proposição verdadeira
	
	As duas asserções são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta que complementa o comentário da primeira
	
	
	
	
	 3a Questão (Ref.: 201603399185)
	 Fórum de Dúvidas (1 de 1)       Saiba  (0)
	
	RIO - Cerca de 28% da população ainda pode ser classificada como analfabeta funcional, enquanto somente 25% dominam plenamente o uso da língua. Essas são algumas informações apontas pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) . Em 2009, o percentual de analfabetos funcionais caiu para 28% - 21% possuem nível de alfabetização rudimentar e 7% são analfabetos. Lendo este trecho de uma reportagem nos deparamos com a seguinte dúvida : qual o conceito de Analfabeto Funcional.Nas opções abaixo , assinale a que esclarece a questão corretamente
		
	
	o conceito que classifica o analfabeto funcional é o indivíduo que , quando criança passou pelo processo de alfabetização , lê e escreve , mas não continuou o processo de escolarização fundamental
	
	o analfabeto funcional consegue ler um texto decodificando o código mas não consegue usar este código para escrever ao menos uma palavra
	
	conceito de analfabeto funcional é utilizado para designar pessoas incapazes de utilizar a leitura, a escrita por nunca terem tido a oportunidade de escolarização
	 
	conceito de analfabeto funcional é utilizado para designar pessoas incapazes de utilizar a leitura, a escrita e a capacidade de calcular de forma pragmática no seu cotidiano, sendo que estas têm uma história de escolarização
	
	analfabeto funcional pode ser conceituado pela identificação de pessoas com nível de escolarização completa no ensino fundamental mas que não conseguem ler e escrever corretamente
	
	
	
	
	 4a Questão (Ref.: 201602764100)
	 Fórum de Dúvidas (1 de 1)       Saiba  (0)
	
	Sr. Paulo está preenchendo o cadastro para busca de empregos no setor de construção civil. Quando perguntado sobre sua condição de escolaridade, ele respondeu que era alfabetizado. Entretanto ao preencher as habilidades/competências que têm relacionadas com a leitura e a escrita, o seu nível de alfabetismo foi considerado rudimentar. Marque a opção em que aparecem as características do alfabetismo rudimentar.
		
	 
	Conseguem ler e escrever textos simples e lidar com números familiares e com o sistema monetário.
	
	Capaz de fazer cálculos com algumas variáveis abstratas além de fazer a transformação de um sistema de medida para o outro.
	 
	Não consegue resolver tarefas simples que envolvam palavras e pequenas frases, mas são capazes de conhecer e operar com números familiares.
	
	Lê e escreve de forma rápida podendo fazer inferências, elaborar argumentos e tecer conclusões.
	
	Podem ler e escrever desde que a informação esteja em letra bastão e com poucas palavras, pois se orientam mais pelas figuras que pelas palavras.
	
	 Gabarito Comentado
	
	
	 5a Questão (Ref.: 201602738687)
	 Fórum de Dúvidas (1)       Saiba  (0)
	
	O que significa dizer que "A leitura é um ato de dialogismo e interpretaçã" para a concepção sócio-interacionista de conhecimento que fundamenta a alfabetização?
		
	 
	Ao ler um texto, o indivíduo apropria-se das ideias do autor e acrescenta suas próprias ideias ao texto.
	 
	Ler é decodificar, ou seja, é converter letras em sons e, na leitura, a compreensão é consequência natural dessa ação.O leitor deve apenas considerar o que está escrito no texto.
	
	Para o leitor, mais importante que o significado do texto lido é a composição dos fonemas que formam as palavras, pois através da repetição sonora tem-se o significado.
	
	A leitura é uma atividade solitária em que o leitor interage o tempo todo com o autor do texto e se mantém sozinho na tarefa da interpretação.
	
	
	
	
	 6a Questão (Ref.: 201602736290)
	 Fórum de Dúvidas (1)       Saiba  (0)
	
	Em relação ao modelo interativo de leitura, é correto afirmar que ele se fundamenta:
		
	
	no ensino da leitura como se fosse uma lógica combinatória entre os fonemas, que memorizados mecanicamente pelo leitor, são sonorizados no ato da leitura.
	
	em um processo de interação entre as estruturas cognitivas que o sujeito apresenta e as informações do texto.
	 
	em uma concepção baseada no diálogo, na troca, na interação que ocorre entre o leitor, o autor do texto e o próprio texto.
	
	no trabalho com letras, palavras e frases, sem, no entanto, ter maior atenção sobre o significado do que se está lendo.
	
	no processo de decodificação e sonorização das palavras para a sua real compreensão.
	
	
	
	
	 7a Questão (Ref.: 201602779192)
	 Fórum de Dúvidas (1)       Saiba  (0)
	
	
Diante da produção escrita de uma aluna do primeiro ano, apresentada acima, podemos identificar a sugestão do trabalho com texto na alfabetização. Qual é este tipo de texto?
		
	
	Documentos de vida cotidiana
	 
	Lista de coisas
	
	Narrativas cotidianas
	 
	Relatório de observação e pesquisa
	
	Agenda de natureza íntima
	
	
	
	
	 8a Questão (Ref.: 201602736812)
	 Fórum de Dúvidas (1 de 1)       Saiba  (0)
	
	Em pesquisa realizada pelo Instituto Paulo Montenegro em 2009 sobre a quantidade de analfabetos funcionais no Brasil, foi constatado que 26% dos alunos do Ensino Médio são analfabetos funcionais. Das alternativas abaixo, qual responde de forma correta sobre o que é o fenômeno do analfabetismo funcional?
		
	 
	Pessoas que passaram por alguns anos de escolaridade, mas são incapazes de utilizar a leitura e a escrita as suas funções sociais, pois o seu nível de letramento é rudimentar.
	
	Estudantes que tiveram baixo desempenho acadêmico em língua portuguesa, mas que sabem ler e escrever e forma eficiente nas práticas cotidianas de letramento.
	
	Pessoas que nunca foram para a escola, mas utilizam a leitura e a escrita de forma plena em seu dia-a-dia para se orientarem no tempo e no espaço, para trabalharem e terem acesso às atividades de lazer.
	
	Analfabetos funcionais são as pessoas que lêem bem, mas têm dificuldade para escrever, contar e fazer narrativas sobre fatos cotidianos.
	
	Analfabetos funcionais são pessoas que passaram por mais de 4 anos na escola e apresentam somente dificuldades de interpretação dos textos que fazem parte do seu trabalho, por serem técnicos e terem uma linguagem diferente.

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