Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Faculdade de Minas DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NA ALFABETIZAÇÃO E NO LETRAMENTO 2 Faculdade de Minas Sumário INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 Alfabetização ................................................................................................. 14 As dificuldades de aprendizagem .................................................................. 16 As causas das dificuldades de aprendizagem ............................................... 19 Os transtornos de aprendizagem................................................................... 20 A atuação do psicopedagogo na escola ........................................................ 24 Referências ................................................................................................... 26 3 Faculdade de Minas NOSSA HISTÓRIA A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz de oferecer serviços educacionais em nível superior. O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos, técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras normas de comunicação. Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade. 4 Faculdade de Minas INTRODUÇÃO Sabemos que o processo de alfabetização inicial no Brasil é marcado por um enorme fracasso e consequentemente reproduz um grande número de desistência dos alunos principalmente quando nos referimos a crianças de escola pública e assim vem apresentando um resultado negativo e uma defasagem muito grande, e isso certamente tem prejudicado a aprendizagem dos educandos que saem das séries iniciais. O fato é que essa realidade existente nas escolas brasileiras e de modo geral, formam alunos que mal conseguem ler e escrever, que não sabem ao menos interpretar e produzir pequenos textos e sem dúvidas estes são reflexos das diversas Dificuldades de Aprendizagem, dificuldades estas que na maioria das vezes não são consideradas como questões ligadas ao desenvolvimento geral do processo escolar. Guiomar Namo de Mello em seu artigo diz que: “as últimas estatísticas do MEC dão conta de que em 1982, como não há pelo menos quatro décadas, cerca de 50% dos alunos matriculados na primeira série do 1º grau não conseguiram concluí-la. Fracassaram logo no início da escolaridade, por abandono da escola ou repetência”. 5 Faculdade de Minas Por isso, no primeiro momento é fundamental considerar que o processo de ensino e aprendizagem não existe por si só e então se faz necessário considerar os diversos fatores que acompanham o mesmo. Pois a aprendizagem surge desde o convívio familiar interligando o processo escolar, processo este que tem como fundamento possibilitar uma melhor reflexão, avaliação e solução em relação às diversas Dificuldades de Aprendizagem existentes no ambiente escolar que obviamente envolve o educando interferindo em seu desenvolvimento e sem dúvida é importante considerar desde já os aspectos cognitivos, pois é através dos estímulos que a criança identifica não somente os símbolos, mas também as letras. As chamadas dificuldades estão presentes a partir de diversos aspectos, dificuldades estas que podem parecer simples, mas certamente tem uma grande influência no desenvolvimento da criança e muitas vezes surgem a partir da interação com o meio em que vive e a relação com o ambiente escolar, envolvendo também a coordenação motora e os aspectos cognitivos. É possível considerar também que as diversas dificuldades de aprendizagem muitas vezes estão associadas a problemas de outra natureza, principalmente comportamentais e emocionais. Segundo GRIGORENKO, STERNEMBERG, 2003, p.29, “Dificuldade de aprendizagem significa um distúrbio em um ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos”. Com a permanência das diversas Dificuldades de Aprendizagem envolvendo alunos da escola pública no processo de Alfabetização e Letramento, diversas pesquisas relatam que são muitas as crianças encaminhadas para atendimentos especializados, pois cada vez mais aumenta o índice de reprovação, porém diante das pesquisas envolvendo este tema é fundamental considerar que o papel do professor neste processo é de grande importância para identificação e atuação junto a toda equipe interdisciplinar na escola. Diante desse assunto, é possível levar em 6 Faculdade de Minas consideração os últimos resultados envolvendo o número de crianças com Dificuldades de Aprendizagem no Brasil. Diante das diversas potencialidades existentes é fundamental que o professor com seu papel fundamental na busca por uma educação de qualidade ultrapasse a mera questão da alfabetização, sendo que cada criança apesar das dificuldades é capaz de superá-las sendo persistente nesse processo, mas para que isso aconteça é necessário um olhar significante na busca por uma melhoria, considerando que algumas crianças terão uma forma diferenciada de aprender. Sendo assim, a partir do momento em que a criança é inserida no ambiente escolar a mesma agrega conhecimentos e cria habilidades na aprendizagem, fator muito importante para seu desenvolvimento na sociedade acadêmica, mas para que isso aconteça de forma positiva é importante considerar a inserção da família como peças fundamentais que devem fazer parte durante todo este período. No entanto, a partir da colaboração de toda equipe escolar e familiar é possível observar se a criança apresenta dificuldades em sua aprendizagem em sala de aula com maior facilidade, e assim, certamente será mais fácil planejar e oferecer novos métodos para trabalhar com a criança e desenvolver conhecimentos em seu ambiente escolar, e assim o alfabetizar terá mais possibilidades e se tornará um processo qualitativo. Quando pensamos nas Dificuldades de Aprendizagem presentes no meio escolar, não devemos pensar simplesmente que este é um processo que interfere apenas no período de alfabetização, pois sem dúvidas ultrapassa a questão do ensinar a ler e escrever, pois a escola é o espaço que permite às crianças receberem, não apenas conhecimentos formais, mas também toda a bagagem histórica, cultural e social que a humanidade construiu durante os séculos. Sendo assim, este trabalho tem o intuito de apresentar as Dificuldades de Aprendizagem, ultrapassando uma formação ética com o intuito de preparar o educando para a sociedade, ou seja, é fundamental que toda equipe gestora em prol de uma educação qualificada busque uma junção eficiente entre pais, professores e comunidade para identificar os problemasexistentes no meio educacional e assim proporcionar diversas possibilidades de mudança pensando em um mundo melhor. 7 Faculdade de Minas Segundo Pérez (2002, p. 66) a alfabetização, “é um processo que, ainda que se inicie formalmente na escola, começa de fato, antes de a criança chegar à escola, através das diversas leituras que vai fazendo do mundo que a cerca, desde o momento em que nasce e, apesar de se consolidar nas quatro primeiras séries, continua pela vida afora. Este processo continua apesar da escola, fora da escola paralelamente à escola”. Portanto, sabemos quão amplo é o processo de alfabetização, mas sabemos também que dentro desse processo existem diversas intermediações no qual de certa forma pode interferir seja positivamente ou negativamente e As Dificuldades de Aprendizagem quando identificadas certamente podem influenciar constantemente o processo de ensino e aprendizagem, mas para que isso seja visto de forma positiva e tratado com um olhar qualitativo é preciso que a Instituição de Ensino juntamente com toda equipe escolar trabalhem juntos com objetivos voltados para possibilidades de superação e não com a exclusão das mesmas e é claro sendo o professor um mediador e uma peça fundamental nesse processo. Quando pensamos no processo de alfabetização, logo nos vem à mente o grande avanço e sem dúvida é possível considerar a alfabetização como uma grande conquista, pois até o final da Segunda Guerra Mundial uma boa parte da população era analfabeta, e foi a partir daí que a escola passou a ser um lugar importante com uma fundamentação voltada para a urbanização e a industrialização. A partir dessa era em meados de 1950, além de existir grande imigração da população que residia na zona rural para a zona urbana, houve uma grande preocupação em preparar as novas gerações para a sociedade aumentando então o número de crianças matriculadas, mas o analfabetismo continua até os dias de hoje e com um marco muito grande na sociedade atual. Certamente a alfabetização, ou melhor, o ato de ensinar a ler e escrever é uma das maiores riquezas de nosso país, pois o mesmo possibilita uma construção ética, 8 Faculdade de Minas moral, social e cultural para o indivíduo e facilita sua relação na sociedade em que vive. Segundo Ávila: (…) alfabetização, em sentido comum, é o ensino das técnicas de leitura e escrita. Entretanto, como a leitura e escrita são apenas instrumentos para a formação humana, constituindo parte do processo educativo tomado como um todo, o termo alfabetização tem hoje um sentido mais amplo e funcional, abrangendo a soma de conhecimentos, habilidades, hábitos e atitudes que permitem ao indivíduo não só apossar- se dos elementos culturais entesourados pela humanidade através da linguagem escrita, mas, sobretudo, participar de maneira mais consciente e efetiva na vida comunitária. (apud ANDRADE, 1999, p.15) Mesmo sendo a alfabetização um processo fundamental para o desenvolvimento geral da sociedade, a escola ainda carrega características históricas muito fortes que partem desde o fracasso escolar atingindo também a estrutura física e a formação continuada de professores e isso é um dos resultados do ainda existente analfabetismo no Brasil e certamente todos estes aspectos colaboram para o surgimento das Dificuldades de Aprendizagem. O fato é que, quando paramos para refletir em relação à educação envolvendo a alfabetização, é possível relembrar também que vários são os reflexos trazidos desde a antiguidade até os dias de hoje, pois partindo das humildes escolas com salas de aulas adaptadas, com alunos de diversas séries, pouco material pedagógico, muito vale o esforço do professor e do aluno para superar esses obstáculos e é claro essa realidade ainda existe em escolas de pequenos povoados em alguns Estados e isso de certa forma colabora para o fracasso escolar, ou seja, a qualidade de ensino das escolas públicas em nosso país é tão corriqueira que tem a capacidade de formar alunos que mal sabem ler e escrever. 9 Faculdade de Minas Mas é necessário que haja muita garra para que o desânimo não deixe que as dificuldades consigam vencer as potencialidades, pois a partir da tomada de várias decisões pensando na necessidade dos alunos quanto ao compromisso de encontrar um método que se adéque a este processo. E é claro que diante das diversas dificuldades existentes é preciso buscar uma base teórica para a compreensão da maneira pela qual a criança aprende e é claro que na atualidade pensando-se na necessidade de novos métodos cabe ao professor familiarizar-se ao construtivismo de Emília Ferreiro e Jean Piaget para um melhor discernimento e assim buscar conhecimento sobre os princípios teóricos e também metodológicos da alfabetização e é claro que o alfabetizar não tem uma receita pronta, então cabe ao educador adaptar a sua metodologia as necessidades do educando na busca de identificar os principais caminhos e assim superar as possíveis dificuldades. É muito comum que alguns alunos ao ser alfabetizados, no início do aprendizado não compreendam a forma coerente da composição da palavra, pois em alguns casos constata-se que nesse início os mesmos não aprendem a soletrar, por isso é fundamental que o professor sendo um mediador e peça fundamental nesse processo procure uma metodologia no qual não apresente atos falhos quanto a esta questão, pois uma simples falha pode acarretar um fator atrativo para as chamadas Dificuldades de Aprendizagem. As várias transformações existentes no processo de ensino e aprendizagem partem desde os diversos métodos curriculares, metodologia de ensino, e também da formação continuada de professores, métodos estes que partem do tradicionalismo atingindo o construtivismo. Mas é claro que as transformações metodológicas relacionadas à alfabetização e letramento não são suficientes para que os resultados positivos aconteçam, por isso é imprescindível a constante observação em relação à criança como um ser que vem de uma determinada sociedade e apresentam diversas dificuldades, dificuldades estas que partem desde o meio social atingindo todo o seu desenvolvimento. 10 Faculdade de Minas E assim certamente compromete o interagir desse aluno, pois o mesmo está diretamente relacionado com seu meio no processo da aprendizagem de símbolos e seus significados na pré-alfabetização. No entanto, é fundamental que ao pensar em alfabetizar seja levado em consideração o aspecto social da criança, pois é preciso criar possibilidade para que essa criança seja estimulada e assim será possível demonstrar as diversas habilidades, potencialidades, sendo a criança um ser capaz apesar das diversas dificuldades existentes. De acordo com (Soares, 1998), é fundamental que a escola crie possibilidade para uma constante construção do conhecimento, possibilidades estas que partem desde os diversos caminhos oferecidos para a aprendizagem seja ela consciente ou não, possibilitando que os alunos atuem de forma crítica na sociedade em que vivem, pois certamente para que haja uma transformação é necessário que a escola esteja ciente que seu papel político é lutar contra as diversas desigualdades sociais capacitando o educando socialmente e culturalmente. E certamente é a partir das interações sociais e interpessoais que a criança constrói seu sistema interativo e isso se inicia no convívio familiar através do pensamento e também do raciocínio, pois estes são passos importantes para o aprendizado e consequentemente compreende a leitura e escrita, por isso é fundamental uma formação continuada do professor para o desenvolvimento desse processo. Quem se propõe a alfabetizar baseado ou não no construtivismo, deve ter um conhecimento básico sobre os princípios teórico-metodológico da alfabetização,para não ter que inventar a roda. Já não se espera que um método milagroso seja plenamente eficaz para todos. Tal receita não existe. (CARVALHO, 2008, p. 17). Para tanto, é importante também que o educador considere as primeiras produções escritas pelo educando, pois estas são de fundamental importância e sem dúvida estão representando algo que pode ser identificado a partir de codificação e decodificação. 11 Faculdade de Minas Outro aspecto importante que deve ser considerado é a leitura de mundo que de certa forma está envolvida com o educando antes mesmo da iniciação da alfabetização possibilitando ao mesmo um constante desenvolvimento. Para Freire (1996, p. 69) “à leitura do mundo precede a leitura da palavra, deste modo, o autor atenta para o respeito do saber de experiência do educando. O ato de ler e escrever deve começar a partir de uma compreensão muito abrangente do ato de ler o mundo, coisa que os seres humanos fazem antes de ler a palavra. Até mesmo historicamente, os seres humanos primeiro mudaram o mundo, depois revelaram o mundo e a seguir escreveram as palavras”. Mas certamente o trabalho do professor não pode diminuir a partir daí, pois a criança precisa constantemente de caminhos com diversas possibilidades e é através delas que o mesmo progride, principalmente quando nos referimos às determinadas regras no processo sistêmico, sendo assim o professor deve entender que sua responsabilidade vai muito além do ensinar, pois o processo de aprendizagem é constante e boa parte é de sua responsabilidade, para tanto, cabe ao mesmo buscar uma ampliação em relação à interação professor e aluno, pois certamente a partir daí haverá ainda mais clareza para a identificação e superação das possíveis dificuldades que surgirão no decorrer do processo. Sendo assim, quando refletimos em relação ao processo de Alfabetização e Letramento, nos deparamos com as consequentes Dificuldades de Aprendizagem que em fundamentos biológicos podem ser consideradas como deficiência mental, privação cultural, entre outras. Federal Register 1997, p.65083, citado por Correia, 1991, nos faz refletir da seguinte forma: “Dificuldades de aprendizagem específica” significam uma perturbação num ou mais dos processos psicológicos básicos envolvidos na compreensão ou utilização 12 Faculdade de Minas da linguagem falada ou escrita, que pode manifestar-se por uma aptidão imperfeita de escutar, pensar, ler, escrever, soletrar, ou fazer cálculos matemáticos. O termo inclui condições com problemas perceptivos, lesão cerebral, disfunção cerebral mínima, dislexia e afasia de desenvolvimento. O termo não engloba as crianças que tem problemas de aprendizagem resultantes principalmente de deficiências visuais, auditivas ou motoras, de deficiência mental, de perturbação emocional ou de desvantagens ambientais, culturais ou econômicas. (Federal Register, 1997, p.65083, citado por Correia, 1991). Por isso, é importante que haja uma análise reflexiva em relação às Dificuldades de Aprendizagem apresentadas no meio escolar, pois a partir desse intuito e logo após a observação cabe à equipe escolar propiciar meios de intervenção verificando métodos capazes de tratá-las positivamente sem agredir o aluno ou assustá-lo causando assim uma evasão escolar. É fundamental que desde a iniciação do processo escolar seja disponibilizado possíveis recursos envolvendo a leitura e escrita para que a criança no primeiro momento consiga expressar suas dificuldades e potencialidades. Para tanto nesse processo é necessário levar em consideração que longo é o caminho do desenvolvimento da criança, caminho este que vai da dependência para a autonomia total, passando pela importante construção da identidade individual e social. Nesse processo, diversos fatores podem influenciar e fazer a diferença, entre estes a importância do brincar que certamente é um recurso fundamental quando o assunto é Dificuldades de Aprendizagem na Alfabetização e Letramento. Então, reconhecendo que a escola é um dos principais meios de socialização da criança no mundo, e que o brincar é uma atividade prática da criança no mundo, podemos dizer que certamente o brincar na escola possibilitará ampliação do conhecimento de mundo em todos os aspectos, tornando-o um ser crítico, ético, e autônomo, mas é claro que cabe a Instituição de Ensino buscar recursos fundamentais para o desenvolvimento de determinados aspectos e envolver constantemente o professor como mediador e responsável por grande parte da transformação existente, mas antes de tudo é preciso levar em 13 Faculdade de Minas consideração o quão importante é considerar que o aluno é um ser capaz e basta receber estímulos para se desenvolver constantemente. Assim, fica claro que o professor como mediador deve além da observação buscar métodos junto à equipe gestora com o intuito de solucionar as dificuldades de aprendizagem evitando assim o abandono escolar. Nesta medida, vários são os objetivos a serem atingidos a partir da superação das diversas dificuldades, a construção da identidade e do desenvolvimento do conhecimento do aluno, por isso é importante levar em consideração a autonomia da criança, interatividade e participação, tornando-os seres críticos, reflexivos e preparados para enfrentar desafios desde a mais tenra idade. 14 Faculdade de Minas Alfabetização A alfabetização é o processo em que as crianças se apropriam do ensino e da aprendizagem, principalmente no que se refere à leitura e a escrita, no entanto, esse processo não acontece apenas na escola. De acordo com Ferreiro, Teberosky (1999), “as crianças se apropriam da leitura e da escrita mesmo quando ainda não as fazem convencionalmente”. Nessa perspectiva, as crianças aprendem naturalmente no meio em que vivem, através de estímulos visuais, sonoros. A leitura está presente na vida cotidiana sempre buscando compreensão e significados para o mundo. Para Paulo Freire (2000, p.5), “leitura boa é a leitura que nos empurra para a vida, que nos leva para dentro do mundo, que nos interessa a viver”. Para que a criança desperte sua curiosidade pela leitura é preciso que o educador faça sempre leituras interessantes e atividades que favoreçam a participação das mesmas, possibilitando-as uma compreensão sobre o significado das palavras. Isso só ocorrerá realmente por intermédio das práticas de alfabetização que estimulam a leitura e a escrita, levando-os ao prazer de estarem sempre lendo e desta forma aprender a escrever com autonomia. 15 Faculdade de Minas Segundo o Referencial curricular nacional para educação infantil (1998, p. 151): Diz-se que um ambiente é alfabetizador quando promove um conjunto de situações de usos reais de leitura e escrita nas quais as crianças tem a oportunidade de participar. Se os adultos com quem as crianças convivem utilizam a escrita no seu cotidiano e oferecem a elas a oportunidade de presenciar e participar de diversos atos de leitura e de escrita, elas podem, desde cedo, pensar sobre a língua e seus usos, construindo ideias sobre como se lê e como se escreve. Portanto, o processo de alfabetização só ocorrerá quando o aluno souber ler, escrever, interpretar e elaborar produções de textos simples ou complexos com eficiência e qualidade. Esse processo tem início na alfabetização e estende-se por toda vida. E para que esse processo realmente aconteça os alunos necessitam de mediadores que venham contribuir através de um trabalho interativo, contextualizado e bem planejado. Não basta apenas a criança apropriar-se do código escrito, mas fazer uso da leitura e da escrita no cotidiano, apropriando-se da função social dessas duas práticas. Sabe-seque muitas vezes a criança não está conseguindo dominar as habilidades de leitura e escrita e culpa-se a família e/ou a falta de interesse dos mesmos, mas, é preciso que o professor quando perceber que determinados alunos não estão avançando na aprendizagem, buscar subsídios para que estes problemas sejam solucionados. Também, torna-se relevante o educador se autoavaliar, examinado sua prática pedagógica, pois muitas vezes o aluno é rotulado como alguém que não “aprende nunca”, causando sérios constrangimentos e traumas em sua vida. As crianças que apresentam realmente dificuldades em aprender, precisam ser acompanhadas pelo profissional responsável nessa área que é o psicopedagogo, pois, através do diagnóstico que ele fará, dependendo do problema observado, ele saberá o melhor caminho a percorrer para que essas crianças possam avançar em 16 Faculdade de Minas suas aprendizagens. As dificuldades de aprendizagem O conceito de dificuldades de aprendizagem remete-se também as necessidades educacionais especiais, mas também aos maiores recursos educacionais necessários para atender essas necessidades e evitar maiores complicações. Ao falar de dificuldade de aprendizagem e evitar a terminologia da deficiência ênfase situa-se na escola, na resposta educacional. De acordo com Grigorenko; Ternemberg (2003 p.29): Dificuldade de aprendizagem significa um distúrbio em um ou mais processos psicológicos básicos envolvidos no entendimento ou no uso da linguagem, falada ou escrita, que pode se manifestar em uma aptidão imperfeita para ouvir, pensar, falar, ler, escrever, soletrar ou realizar cálculos matemáticos. Frequentemente são identificadas crianças dentre as que frequentam a escola, aquelas que, por alguma razão, não conseguem cumprir de modo satisfatório as 17 Faculdade de Minas expectativas da escola e dos pais. Habitualmente, os familiares ou responsáveis por estas crianças são orientadas no sentido de procurar um profissional a fim de que este possa diagnosticar o “problema da criança” com o objetivo de corrigir ou sanar as dificuldades presentes, pois, se essas crianças não tiverem um acompanhamento adequado não terão rendimento escolar satisfatório. Muitas vezes a criança apresenta alguma dificuldade na aprendizagem e a família não mostra nenhum interesse em ajudá-la, deixando que a escola se encarregue de encontrar a solução. Sabemos que é de grande importância que a escola receba esses alunos, mas é também preciso que a família colabore no sentido de ajudá-los em relação a formação da criança, bem como é responsável por modelar e programar o comportamento e a identidade do indivíduo. É preciso que a família acompanhe de perto a vida escolar dos filhos. Os pais não podem pensar que todos os problemas de aprendizagem dos filhos é obrigação somente da escola resolvê-los. É papel dos pais, estarem sempre acompanhando todo processo de formação de seus filhos, dedicando-se ao máximo, propiciando momentos de cumplicidade, amor e atenção. O vínculo afetivo da família desempenha um papel importante no desenvolvimento da criança. Observamos que diversas vezes, os próprios pais cometem erros gravíssimos quando se referem aos filhos que apresentam alguma deficiência na aprendizagem, dizendo: “ele não tem jeito, não aprende nunca”. Isso muitas vezes é a causa das crianças não aprenderem mesmo, devido os traumas causados dentro da própria casa. Não existe criança que não aprenda. Ela sempre aprenderá alguma coisa, umas de modo mais rápido, outras mais lentamente, mais a aprendizagem certamente se processará, independentemente da via neurológica usada, mas utilizando-se associações infalíveis, baseada em uma vertente básica: ambiente adequado + estímulo + motivação. Talvez seja a chave que procuramos para 18 Faculdade de Minas encaminhar os distúrbios de aprendizagem e as dificuldades de escolaridade. (CIASCA, 2004, p.8). Nessa perspectiva, entende-se que toda criança tem a capacidade de aprender, mesmo que tenha problemas neurológicos, dependendo da maneira como ela receber as informações, algo com certeza vão ficar registrados em sua mente. Em relação a essa abordagem, torna-se de grande relevância o papel do professor que precisa estar se capacitando constantemente, tanto em prol de sua formação como em saber atuar frente aos desafios de sua profissão. Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso para constatar, constatando, intervindo, intervindo educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (FREIRE, 2004, p.29). O professor tem um papel importante no desenvolvimento do educando, cabendo a ele, perceber as dificuldades dos alunos, ajudando e incentivando para que eles não se sintam fracassados, achando que nunca vão conseguir aprender. Algumas crianças por diversas razões, não chegam a desenvolver habilidades comunicativas por meio da fala, como, por exemplo, crianças com deficiência auditiva, algumas portadoras de paralisia cerebral, autistas etc. Nesses casos, a inclusão dessas crianças nas atividades regulares favorece o desenvolvimento de várias capacidades, como a sociabilidade, a comunicação, entre outras. Convém salientar que existem certos procedimentos que favorecem a aquisição de sistemas alternativos de linguagem, como a que é feita por meio de sinais, por exemplo, mas que requerem um conhecimento especializado. Cabe ao professor uma ação no cotidiano, visando à integração de todas as crianças no grupo. As crianças com problemas auditivos criam recursos variados para se fazerem entender. O professor, deve também buscar diferentes possibilidades para entender e falar com elas, valorizando várias formas de expressão. Além da inclusão em classes regulares, as crianças portadoras de necessidades especiais 19 Faculdade de Minas deverão ter paralelamente um atendimento especializado. Ensinar e aprender são processos lentos, individuais e estruturados. Quando esses processos não se completam, por alguma falha ou falta, interna ou externa, surgem os distúrbios e as dificuldades de aprendizagem que levam a criança não só à desmotivação, mas ao desgaste e à reprovação social. A criança se transforma num rótulo dentro da escola, perturba pais e professores que passam a buscar, a partir daí, todo e qualquer tipo de solução na tentativa de descobrir causas, classificá-las e, se possível, entender de forma objetiva um quadro que, apesar de não se mostrar claro, sugere uma perturbação, e implica em prejuízo contínuo em uma fase da vida extremamente importante, o início da escolarização. As causas das dificuldades de aprendizagem É notável que os fatores sociais sejam determinantes na manutenção dos problemas de aprendizagem, e entre eles o ambiente escolar e o contexto familiar https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.passeidireto.com/arquivo/35765403/mapa-conceitual&psig=AOvVaw2NaCNAzypPqItBRGWkCuzn&ust=1574797667489000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOjU1qSShuYCFQAAAAAdAAAAABAO 20 Faculdade de Minas são os principais componentes desses fatores. Quanto ao ambiente escolar, é necessário verificar a motivação e a capacitação da equipe de educadores, a qualidade da relação professor-aluno-família, a proposta pedagógica, e o grau de exigência da escola, que, muitas vezes, está preocupada com a competitividade e põe de lado a criatividade de seus alunos. A real etiologia dos transtornos de aprendizagem ainda não foi esclarecida pelos cientistas, embora existam algumas hipóteses sobre suas causas. Sabe-seque sua etiologia é multifatorial, porém, ainda são necessárias pesquisas para melhor identificar e elucidar essa questão. O CID-10 esclarece que a etiologia dos transtornos de aprendizagem não é conhecida, mas que há “uma suposição de primazia de fatores biológicos, os quais interagem com fatores não-biológicos”. O desenvolvimento cerebral do feto é um fator importante que contribui para o processo de aquisição, conexão e atribuição de significado às informações, ou seja, da aprendizagem. Dessa forma, qualquer fator que possa alterar o desenvolvimento cerebral do feto, facilita o surgimento de um quadro de transtorno de aprendizagem, que possivelmente só será identificado quando acriança necessita expressar suas habilidades intelectuais na fase escolar. Os transtornos de aprendizagem As pesquisas científicas sobre distúrbios de aprendizagem são relativamente recentes e ganharam relevância a partir dos anos 1980. Ainda existem testes padronizados mundialmente para diagnosticá-los embora haja referências importantes. Com isso, é difícil encontrar crianças com diagnóstico fechado de outros transtornos, além dos mais conhecidos como dislexia e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). 21 Faculdade de Minas Tanto o CID-10, como o DSM-IV apresentam basicamente três tipos de transtornos específicos: o transtorno da leitura, o transtorno da matemática, e o transtorno da expressão escrita. A caracterização geral destes transtornos não diferem muito entre os dois manuais. Distúrbio de leitura e de escrita: é uma nomenclatura genérica, utilizada para definir as alterações que impedem ou dificultam a aquisição e continuidade do processo de leitura e escrita, variando segundo a etiologia e sintomatologia podem apresentar-se de muitas formas como: “Distúrbio da escrita: são distúrbios neurológicos que afetam especificamente a produção da escrita e podem aparecer de maneira isolada ou combinados a outras patologias, como dislexia” (JARDIM, 2003, P. 28) Essa dificuldade ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia. Isso não significa que todos os problemas da fala, leitura e escrita possam ser associados à dislexia. A dislexia independe de causas intelectuais, emocionais e culturais. “Há uma discrepância inesperada entre seu potencial para aprender e seu https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https://www.nucleodoconhecimento.com.br/psicologia/alfabetizacao-da-crianca-com-tdah&psig=AOvVaw2NaCNAzypPqItBRGWkCuzn&ust=1574797667489000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCOjU1qSShuYCFQAAAAAdAAAAABA6 22 Faculdade de Minas desempenho escolar”. (JARDIM, 2003, p. 36). Isso quer dizer que, apesar de condições adequadas para a aprendizagem, capacidade cognitiva apropriada e oportunidade sociocultural a criança disléxica falha no processo da linguagem. A língua alfabética é fundamentada na relação grafema/fonema. Os disléxicos, ao exibirem representações fonológicas mal especificadas, adotam um modelo diferente de decodificar ou representar os atributos falados das palavras. “Portanto, essa falta de sensibilidade fonológica inibe a aprendizagem dos padrões de codificação alfabética subjacentes ao reconhecimento fluente de palavras”. (FRANÇA,2006, p. 169). Isso quer dizer que a criança reconhece a letra, mas não consegue associar ao som. Desta forma, a leitura fica prejudicada e, paulatinamente, ocorrem outros problemas na realização de tarefas que exigem memória fonológica. A dislexia normalmente é hereditária. Estudos mostram que desleixos possuem pelo menos um familiar próximo com dificuldade na aprendizagem da leitura e escrita. Esse transtorno envolve percepção, memória e análise visual. O desleixo geralmente demonstra insegurança e baixa autoestima, sentindo- se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isso criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas. Distúrbio da matemática: O distúrbio da matemática é conhecido como discalculia. Esse distúrbio não afeta as habilidades básicas da matemática como contagem, e sim, as atividades que exigem raciocínio. Esse distúrbio vem sempre em junção com outros, como o da leitura e da escrita. O distúrbio na matemática caracteriza-se da seguinte forma (Sanchez, 2004, p.177): A capacidade matemática para a realização de operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, capacidade intelectual e nível de escolaridade do indivíduo não atinja a média esperada para sua idade cronológica. 23 Faculdade de Minas As dificuldades da capacidade matemática apresentada pelo indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que exigem tal habilidade. Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades matemáticas ultrapassem aquelas que geralmente estão associadas. Diversas habilidades podem estar prejudicadas nesse transtorno, como as habilidades linguísticas (compreensão e nomeação de termos, operações ou conceitos matemáticos e transposição de problemas escritos ou aritméticos, ou agrupamentos de objetos em conjuntos), de atenção (copiar números ou cifras, observar sinais de operação) e matemáticas (dar sequência a etapas matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de multiplicação). Observa-se, pelo exposto, que as dificuldades de aprendizagem em matemática podem ser diversas e que não existe uma forma única de solucioná-las em função de suas peculiaridades. Todavia, conhecer essas dificuldades possibilitará aos profissionais da educação, condições de melhor analisar o desempenho de seus alunos a fim de propor alternativas para conduzir o trabalho pedagógico com eles. Transtorno da expressão escrita: Não se trata apenas de uma dificuldade na caligrafia ou ortografia, ao contrário trata-se de um transtorno que engloba desde a competência de elaborar um texto até a ausência de uma boa escrita e de tudo que está ligado a mesma. O transtorno da expressão escrita é algo que ainda não há um tratamento específico, pois, sabe-se pouco sobre o tratamento. No entanto, há alguns critérios que podem evidenciar o transtorno e que podem auxiliar no diagnóstico. Uma criança com esse transtorno possui habilidades na escrita inferior às outras crianças de sua série ou faixa etária, tal dificuldade influencia em atividades no seu cotidiano. 24 Faculdade de Minas A atuação do psicopedagogo na escola Dentro da escola, a participação do psicopedagogo com suas experiências de intervenção junto ao professor, num processo de parceria, possibilita uma aprendizagem muito importante e enriquecedora, principalmente se os professores forem especialistas na área. Não só a sua intervenção junto ao professor é positiva, também com a participação efetiva dos pais nas reuniões, esclarecendo o desenvolvimento de seus filhos na escola, bem como acompanhando e sugerindo atividades, buscando estratégias e apoio necessário para cada criança com dificuldade. Segundo Bossa (1994, p.23), (...) “cabe ao psicopedagogo perceber eventuais perturbações no processo aprendizagem, participar da dinâmica da comunidade educativa, favorecendo a integração, promovendo orientações metodológicas de acordo com as características e particularidades dos indivíduos do grupo, realizando processos de orientação”. 25 Faculdade de Minas A intervenção psicopedagógica possibilita o acompanhamento do trabalho junto aos professores, visando à solução de problemas de aprendizagem. É preciso que ele faça um diagnóstico, ou seja, um processo que se realiza numa atitude investigadora, até a intervenção. É importante que essa investigação prossiga durante todo o trabalhocom o objetivo de observação ou acompanhamento da evolução do sujeito. No diagnóstico psicopedagógico “as perturbações na leitura e escrita expressam uma mensagem” (FERNANDES, 1991 p.43). Para a autora as dificuldades na leitura e escrita requerem uma atenção rebuscada pelo fato do não aprender desencadear omissões, negações, desinteresse e até mesmo aversão pela escola. Segundo Weiss (2001, p.97): preciso resgatar, desde o diagnóstico, o hábito de ler com satisfação e compreensão daquilo que se propõe a ler abrangendo capacidades desenvolvidas no processo de alfabetização que habilita o aluno a participação ativa nas práticas sociais e na contribuição da sua aprendizagem. Quando diagnosticada, a criança passa primeiramente por um longo caminho de busca, que começa em postos de saúde e chega à rede terciária de atendimento ou a consultórios particulares, sempre procurando um substrato que justifique o fato de não aprender. Nesses serviços, as crianças são submetidas a uma série de exames clínicos, psicológicos, oftalmológicos, neurológicos e pediátricos, entre outros, cuja conclusão em sua grande maioria, é pela a não constatação de anormalidades que justifiquem o problema escolar. 26 Faculdade de Minas Referências BOSSA, N. A. A. Psicopedagogia no Brasil: contribuições a partir da prática. Porto Alegre, Artes Médicas, 2000. CIASCA, S. M. (org) Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação interdisciplinar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003, 220p. FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada: Uma abordagem psicopedagógica clínica da criança e sua família. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991. 261p. p. 23, 43. FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2ª ed, Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. FRANÇA, C. apud NUTTI, J. Z. Distúrbios, Transtornos, Dificuldades e Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002. GRIGORENKO, Elena L. TERNEMBERG, Robert J. Crianças Rotuladas – O que é necessário saber sobre as Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, Artmed, 2003. JARDINI. R. S. R. Método das boquinhas: Alfabetização e reabilitação dos distúrbios da leitura e escrita. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. JOHSON E MYKLEBUST. Enciclopédia livre: Discalculia. Disponível em <HTTP://pt. Wikipedia.org/Wiki/ Discalculia>. Acesso em: 15/09/2013. SANCHEZ, Jesus Nicasio Garcia. Dificuldades de aprendizagem e intervenção psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2004. SCOZ, Beatriz. Psicopedagogia: O caráter interdisciplinar na formação e atuação profissional. Porto Alegre. Artes Médicas, 1986. 27 Faculdade de Minas STRICK. C e SMITH, L. Dificuldade de Aprendizagem de A a Z. Um guia completo para pais e educadores, Porto Alegre: Artmed, 2001. TIBA, Içami, Quem ama Educa. 165 edição. São Paulo: Gente, 2002. WEISS, M. L. L. Psicopedagogia Clínica: Uma visão diagnóstica dos problemas de aprendizagem escolar. Rio de Janeiro: Ed. DP&A. 8ª edição, 2001. P. 95, 97.
Compartilhar