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Português Aula 08 Pronomes

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CURSO ON-LINE – PORTUGUÊS REGULAR 
ADAPTADO AO ACORDO ORTOGRÁFICO 
PROFESSORA: CLAUDIA KOZLOWSKI 
 
www.pontodosconcursos.com.br 
1 
 
AULA 8 - PRONOMES 
Pronome é o vocábulo que, ao pé da letra, “fica no lugar do nome” (chamado de 
pronome substantivo) ou o determina (pronome adjetivo). 
Para compreender melhor a função dos pronomes, precisamos saber o conceito de 
coesão textual, pois essas palavras, assim como os conectivos (conjunção e 
preposição – a serem estudados na próxima aula), são responsáveis por estabelecer 
nexo entre as ideias do texto. 
Coesão textual é a ligação entre os elementos da oração e delas em relação ao texto. 
A incoerência de um texto muitas vezes se deve à falta de coesão, exatamente porque 
a leitura fica prejudicada pelo emprego inadequado de pronomes, conjunções ou 
outros elementos textuais, inclusive a pontuação. Por exemplo, o uso inapropriado de 
“porquanto” ou de “a ele” pode levar o leitor a uma conclusão diversa da que se 
pretendia dar, ou até mesmo a nenhuma conclusão (alguns chamam de “ruptura 
semântica”). 
Os pronomes exercem um papel decisivo na construção de um texto coeso e coerente, 
a partir de indicações corretas aos seus elementos. 
Muitas questões de prova abordam esse conhecimento. Algumas vezes, a banca 
(especialmente, ESAF e CESPE) faz afirmações sobre as referências textuais e o 
candidato deve verificar se estão corretas essas indicações. Para isso, a compreensão 
correta do texto e o domínio do significado de seus elementos são decisivos. 
DEFINIÇÃO 
Pronomes são palavras que determinam um substantivo ou ocupam o seu lugar. Daí, a 
designação pronomes adjetivos ou pronomes substantivos, respectivamente. 
Servem para, no primeiro caso, acompanhar um substantivo, determinando-lhe a 
extensão (assim como o faz um adjetivo) e, no segundo, representar o próprio 
substantivo, ficando em seu lugar. 
Todo pronome tem uma função sintática, que pode ser própria do substantivo (sujeito, 
objeto direto, objeto indireto) ou do adjetivo (adjunto adnominal, predicativo do 
sujeito, predicativo do objeto). 
Este produto é importado. (pronome adjetivo / função de adjunto adnominal) 
Isto é importado. (pronome substantivo / função de sujeito) 
Os pronomes podem ser pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, 
interrogativos e relativos. 
PESSOAIS ¾ representam as três pessoas do discurso - a que fala (1ª 
pessoa), a com quem se fala (2ª pessoa) e a de quem se 
fala (3ª pessoa); 
¾ dividem-se em retos e oblíquos. Regra geral, os retos 
exercem a função de sujeito ou de predicativo do sujeito, 
enquanto que os oblíquos funcionam como complementos 
(objetos diretos, indiretos ou adjuntos); 
¾ os pronomes oblíquos devem obedecer a certas regras de 
colocação (sintaxe de colocação pronominal), a serem 
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estudadas mais à frente. 
DE TRATAMENTO ¾ categoria dos pronomes pessoais que designa a forma de 
tratamento a ser usada no trato com certas pessoas. 
¾ a pessoa com quem se fala pode ser expressa também 
pelo pronome de tratamento, que leva tanto o verbo 
quanto os pronomes para a 3ª pessoa; 
¾ os únicos pronomes de tratamento que admitem o uso do 
artigo acompanhando-os são: senhor, senhora, 
senhorita. 
POSSESSIVOS ¾ estabelecem relação de posse entre os elementos regente 
e regido; 
¾ como já vimos em aula anterior, há casos em que um 
pronome pessoal oblíquo é usado com valor possessivo, 
ponto a ser estudado mais adiante. 
DEMONSTRATIVOS ¾ indicam a posição dos seres no espaço e no tempo 
(função dêitica dos pronomes demonstrativos) ou em 
referência aos elementos do texto (função anafórica ou 
catafórica); 
¾ também podem substituir algum termo, expressão, 
oração ou ideia, evitando sua repetição, no papel de 
termos vicários (“Há muito tempo eu planejo sair de 
férias e vou fazê-lo no meio desse ano.” – fazê-lo = 
fazer isso = sair de férias, ou “Eu lhe jurei que seria 
fiel e vou sê-lo” – ser isso – ser fiel – o pronome 
permanece neutro, sem flexão de gênero ou número, 
assim como acontece com o “isso”). 
INDEFINIDOS ¾ têm sentido vago ou indeterminado. 
INTERROGATIVOS ¾ pertencem a uma subclasse dos pronomes indefinidos. 
Muito importante é compreender a distinção entre eles e 
os pronomes relativos, já que a grafia é a mesma em 
alguns casos (como, quando, quem etc): os pronomes 
indefinidos são usados nas interrogações, diretas ou 
indiretas, enquanto que os pronomes relativos 
apresentam referência a termos antecedentes – veja mais 
detalhadamente a seguir. 
RELATIVOS ¾ referem-se a um termo anterior chamado antecedente 
ou referente (substantivo ou pronome substantivo); 
¾ sempre dão início a orações subordinadas adjetivas. 
 
1 - PESSOAIS 
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1.1 - CLASSIFICAÇÃO 
Designam as três pessoas do discurso. Classificam-se em RETOS e OBLÍQUOS. 
RETOS: funcionam como sujeito ou predicativo do sujeito. Por isso, Rocha Lima os 
denomina pronomes subjetivos (no papel de sujeito). 
Tu não és eu. 
O fato de ele reconhecer o erro não importa. 
OBLÍQUOS: funcionam como complemento, motivo pelo qual Rocha Lima os chamou 
de pronomes objetivos. 
Vi-o na rua 
Deu-lhe um bom presente 
Quero comprá-las 
Fi-los entrar 
Nesse último exemplo (Fi-los entrar.) vemos um caso excepcional em que o pronome 
oblíquo exerce a função sintática de sujeito (do verbo entrar), assunto que será 
apresentado mais adiante (caso 1.3). 
QUADRO RESUMO DOS PRONOMES PESSOAIS 
 
PESSOA CASO RETO 
CASO OBLÍQUO 
ÁTONO 
TÔNICO 
(sempre com preposição) 
S
IN
G
U
L
A
R
 
 
1ª EU ME MIM, COMIGO 
2ª TU TE TI, CONTIGO 
3ª ELE/ELA SE, O, A, LHE SI, ELE*, ELA* 
P
L
U
R
A
L
 1ª NÓS NOS NÓS*, CONOSCO 
2ª VÓS VOS VÓS*, CONVOSCO 
3ª ELES/ELAS SE, OS, AS, 
LHES SI, ELES*, ELAS* 
OBSERVAÇÕES: 
1:(*) Quando oblíquos, são sempre preposicionados: “Nem ele entende a nós, 
nem nós a ele.”. A preposição está na frase por força do uso do pronome, sendo o caso 
de objeto direto preposicionado. Na linguagem coloquial informal, costumam ser 
usados acompanhados de numerais (Encontrei elas duas.) ou pronome indefinido 
(Trouxe todas elas.), construção não abonada pela linguagem culta formal 
(Encontrei-as, as duas. / Trouxe-as todas.). 
Os oblíquos “nós/vós” podem ser usados acompanhados da preposição com e 
elementos reforçativos, como os pronomes demonstrativos “MESMOS” ou “PRÓPRIOS”. 
Ex.: Só podemos contar com nós mesmos. 
2: Os pronomes me, te, se, nos, vos podem exercer as funções de objeto 
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direto ou indireto, de acordo com a transitividade do verbo. Uma boa técnica de 
saber se o pronome está na função de complemento direto ou indireto é trocar o 
pronome por um NOME, ou seja, por um substantivo: 
“Ele não me obedece.” – trocamos o “me” por “o pai”: “Ele não obedece ao pai”. 
Como o complemento verbal foi antecedido de preposição, o pronome “me” exerce a 
função de objeto indireto. 
Não adiantaria nada trocar o “me” por “a mim”, pois, como vimos acima, esse 
pronome oblíquo sempre será preposicionado. 
3: Os pronomes oblíquos podem ser, ainda, reflexivos e recíprocos. Os 
primeiros, quando o objeto direto ou indireto representa a mesma pessoa ou coisa que 
o sujeito do verbo; os recíprocos exprimem reciprocidade da oração. 
Vamos ver como isso já foi objeto de prova? 
1 - (FCC / TRE PI / 2002) Afinal, os papéis não haviam ficado......, mas sim 
...... . 
(A) contigo - com nós mesmos 
(B) contigo - conosco mesmos 
(C) com ti - conosco mesmo 
(D) com tu - conosco mesmos 
(E) com tu - com nós mesmos 
Na função de complemento, não se deve usar pronomes retos, como sugerem as 
opções d e e (“com tu”). 
A preposição com já faz parte da forma “contigo”, que deve preencher a primeira 
lacuna. 
Em seguida, o preposição com antecede o “nós”. Como esse pronome oblíquo está 
acompanhado de um pronome demonstrativo mesmos, está correta a forma da opção 
A – contigo / com nós mesmos. 
 
1.2 - RELAÇÃO ENTRE PREPOSIÇÃO E PRONOME 
As preposições de e em contraem-se com o pronome oblíquo de 3ª pessoa ele(s) e 
ela(s): 
A pasta é dele, e nela está o meu livro. 
Normalmente, após preposição usa-se o pronome oblíquo. 
Entre mim e ti existe um abismo profundo. 
Entretanto, se após a preposição, especialmente a preposição para, o pronome estiver 
como sujeito do verbo no infinitivo, permanece sendo pronome reto e, segundo a 
norma culta, não poderá se contrair, embora na linguagem coloquial já se admita a 
contração. Observe os exemplos. 
1) Apesar de ela não saber nada, passou no concurso. 
(quem não sabia nada? Resposta: “ela” – sujeito Î pronome reto) 
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2) Isto não é trabalho para eu fazer. 
(quem não vai fazer o trabalho? Resposta: “eu” - sujeito Î pronome reto) 
3) Isto não é trabalho para mim. 
(O trabalho é para quem? Resposta: “para mim” = complemento nominal Î 
pronome oblíquo) 
4) O milagre de ele existir tinha-se dado naquele momento. 
(quem existe? Resposta: “ele” - sujeito Î pronome reto) 
5) Pouco depois de ela sair, fomos embora. 
(quem saiu? Resposta: “ela” – sujeito Î pronome reto) 
Faça agora um teste: 
Para mim comparecer a essa reunião foi um prazer. 
Até o corretor ortográfico do Word cai nessa pegadinha. Ele sugere a troca do “mim” 
pelo “eu”. Será que isso estaria correto? Vejamos. 
Primeira pergunta: o que foi um prazer? 
Resposta: “comparecer a essa reunião”. 
Então, na ordem direta (SUJEITO + VERBO + COMPLEMENTO), teríamos: 
“Comparecer a essa reunião foi um prazer”. Ótimo! 
Isso (comparecer a essa reunião) foi um prazer para quem? 
Resposta: “para mim”. Então, complementando a estrutura acima, teríamos: 
“Comparecer a essa reunião foi um prazer para mim.” 
O que levou o Word (e muitos alunos) a imaginar um erro (que não existe) foi o 
deslocamento do complemento nominal para o início do período, causando, assim, a 
aproximação do “mim” (que atua como complemento nominal de “prazer”) com o 
verbo “comparecer” (que faz parte do sujeito oracional). 
Nessa, até o Bill Gates caiu!!! Sorte dele não precisar fazer um concurso público aqui 
no Brasil....rs.... 
Veja, agora, como já caiu em prova. 
2 - (FUNDEC / TJ MG / 2002) 
Tendo em conta o emprego das formas pronominais "eu" e "mim", assinale a 
alternativa INCORRETA. 
a) Toda a conversa entre eles e eu se deu a portas fechadas. 
b) Seria muito penoso para mim comparecer ao julgamento. 
c) Quando me aproximei, notei que falavam sobre você e mim. 
d) Não há diferença entre eu lhes dar a notícia ou qualquer outra pessoa. 
 
O gabarito foi letra a. A conversa rolou entre eles e MIM. Após uma preposição 
(entre), o pronome a ser usado é o oblíquo: MIM. 
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Só se usa pronome reto após preposição quando este pronome exerce a função de 
sujeito da forma verbal no infinitivo, como na construção da letra d: quem vai dar a 
notícia? Resposta: “eu ou qualquer outra pessoa”. Como o pronome é o sujeito do 
verbo dar, está correto o emprego do pronome reto (eu). 
A opção b apresenta estrutura idêntica à do exemplo que apresentamos. 
Muitas vezes, quando o “mim” fica perto de um verbo no infinitivo, muita gente tem 
cólicas e sai por aí berrando: “mim fazer” quem diz é índio!!! Em parte, tem razão. 
Mas só em parte, pois é preciso analisar a estrutura para verificar se este “mim” é 
mesmo o sujeito do verbo no infinitivo, antes de sair por aí condenando a estrutura. 
Na ordem direta, a construção seria: “Comparecer ao julgamento seria muito penoso 
para mim.”. O pronome, nesse caso, é complemento nominal ao adjetivo “penoso” (É 
penoso para quem? Para mim.) e não sujeito de comparecer, que está sendo usado 
em sentido genérico (verbo impessoal). 
Note que o verbo continuaria inflexível qualquer que fosse o pronome: Comparecer ao 
julgamento seria penoso para nós. Isso porque este verbo é impessoal (não tem 
sujeito) e está sendo usado em sentido amplo (O ato de comparecer). 
Está perfeita a construção da letra c. Após a preposição “sobre”, foi empregado 
corretamente o oblíquo “mim” e o pronome de tratamento “você”. 
 
1.3 - PRONOME OBLÍQUO ÁTONO SUJEITO DE UM INFINITIVO 
CASO 1 - Mandei que ele saísse. 
CASO 2 - Mandei-o sair. 
Nos dois casos, o sujeito do verbo mandar é o mesmo e está indicado pela desinência 
verbal: (eu) mandei. 
No entanto, apresentam complementos diferentes. Verificamos que o objeto direto do 
verbo mandar (Eu mandei o quê?) é expresso: 
- no CASO 1: pela oração que ele saísse. 
- no CASO 2: pelo pronome seguido de infinitivo o sair. 
Agora, vamos analisar as orações que exercem a função de complemento do verbo 
mandar. 
CASO 1: oração desenvolvida (iniciada pela conjunção “que”) = que ele saísse. Quem 
vai sair? Resposta: ele. Então, o sujeito de “saísse” é o pronome pessoal reto “ele”. 
CASO 2: o sair = Quem vai sair? Resposta: o. Esse pronome oblíquo, que representa 
algum substantivo (menino, rapaz, aluno etc.), é o sujeito do verbo “sair”. 
Esse é o caso especial de que tratamos logo no início da nossa aula. Geralmente, a 
função de sujeito é exercida por um pronome pessoal reto, enquanto que cabe aos 
pronomes oblíquos a função de complemento verbal. 
Pois essa é a única exceção: VERBOS CAUSATIVOS (mandar, deixar, fazer) ou 
SENSITIVOS (ver, sentir, ouvir) acompanhados de complemento representado por um 
pronome oblíquo na função de sujeito e um verbo no infinitivo. 
Para treinar, vamos analisar a construção desta belíssima canção: 
“Deixe-me ir, preciso andar 
Vou por aí a procurar 
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Rir pra não chorar 
Quero assistir ao sol nascer 
Ver as águas do rio correr 
Ouvir os pássaros cantar 
Eu quero nascer, quero viver.” 
(Preciso me encontrar, de Candeia) 
Quem é o sujeito de “ir”, na primeira estrofe? O pronome oblíquo “me”. 
Nas passagens “Ver as águas dos rios correr / Ouvir os pássaros cantar”, vimos que, 
em relação à concordância do verbo correr/cantar, no infinitivo, quando se apresenta 
um sujeito nominal (substantivo), não há consenso entre os gramáticos. Uns indicam a 
flexão verbal obrigatória (Ver as águas dos rios correrem/ Ouvir os pássaros 
cantarem); outros proíbem a flexão (Ver as águas dos rios correr / Ouvir os pássaros 
cantar); há também os que facultam indistintamente essa flexão (Ver as águas dos 
rios correr/correrem, Ouvir os pássaros cantar / cantarem). 
Contudo, se no lugar dos nomes estiverem os pronomes oblíquos correspondentes, são 
unânimes em afirmar que obrigatoriamente o verbo no infinitivo permaneceria sem 
flexão: “Vê-las correr / Ouvi-los cantar”. 
Na dúvida, releia o item 10.d da Aula 5 – Concordância – parte 2. 
É muito comum, na linguagem coloquial, usar o pronome reto no lugar do oblíquo: 
Mandaram eu sair. Vi ela sair. 
O curioso é que tal incorreção não se repete quando se constrói uma oração negativa:Não me mandaram sair. Não a vi sair. 
Para fixar esse conceito, a partir de agora, procure usar a construção correta: Ouvi-o 
dizer (e não “Ouvi ele dizer”) e afins. 
Para terminar o ponto, vejamos como a ESAF abordou o tema. 
3 - (FISCAL MS / 2001) Marque a palavra, a seqüência ou o sinal de 
pontuação sublinhado, que foi mal empregado. 
Vivemos um período de adversidade,(A) mas contamos com o apoio de uma 
política econômica adequada para contorná-lo(B). Prova disso é a atuação do 
Banco Central no câmbio, que mantêm(C) também os juros sob(D) controle. 
No passado, víamos os juros subirem(E) de 15% a 45% de uma só vez. 
(Fernando Xavier Ferreira, adaptado) 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
O gabarito foi a letra C. 
ACORDO ORTOGRÁFICO : O trema foi abolido. Assim, registra-se agora “sequência”. 
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Na verdade, a questão versava sobre concordância. 
O sujeito do verbo manter (pronome relativo que) tem como referente o substantivo 
atuação, devendo ficar no singular. Afinal, é a atuação do Banco Central que 
mantém os juros sob controle. 
Mas, mesmo que a sua interpretação seja de que o pronome relativo se refere a 
“Banco Central” (“O Banco Central mantém os juros sob controle.”), o verbo 
continuaria no singular. 
Na aula sobre concordância, alertamos bastante para as construções com verbos 
derivados de pôr, ter e vir. Suas formas plurais não apresentam nenhuma distinção 
fonética em relação às formas singulares (mantém/mantêm, convém/convêm), o que 
poderia enganar o ouvido do candidato. O mesmo pode ocorrer com outros verbos 
(compor, propor, contrapor, supor, pressupor). 
Observe, agora, o item (E) – “No passado, víamos os juros subirem(E)”. 
Em estruturas como: 
VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + PRONOME OBLÍQUO + INFINITIVO 
o verbo no infinito NÃO PODE SE FLEXIONAR, por apresentar como sujeito um 
pronome (Vi-os sair / Não os deixe fazer isso.). 
Nessa questão, o verbo sensitivo (ver) vem acompanhado de um substantivo (juros) 
que é o sujeito de um infinitivo (subirem). 
Oração reduzida do infinitivo – “Víamos os juros subirem.” 
Nessas construções, quando o sujeito do infinitivo vem sob a forma de um 
substantivo (e não um pronome), há divergência doutrinária. Contudo, a banca da 
ESAF considerou CORRETA a flexão verbal. Como não há consenso, a ESAF tratou de 
definir o gabarito em outra opção, de modo que, passando ao largo da discussão, não 
restasse dúvida acerca da resposta correta (apresentou um erro crasso de 
concordância na opção C). 
Resumindo: 
VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + PRONOME OBLÍQUO + INFINITIVO Î 
INFINITIVO SEM FLEXÃO 
VERBO CAUSATIVO/SENSITIVO + SUBSTANTIVO + INFINITIVO Î O VERBO PODE 
OU NÃO FLEXIONAR-SE (depende do autor, há divergência doutrinária) = busque nas 
demais opções a resposta. 
 
1.4 – ALTERAÇÃO GRÁFICA DOS VERBOS EM FUNÇÃO DA COLOCAÇÃO DOS 
PRONOMES 
Quando os pronomes átonos o, a, os, as se associam a uma forma verbal, pode haver 
alterações gráficas nessa última: 
- verbos terminados em r, s, z – caem essas consoantes e os pronomes são grafados 
sob as formas lo, la, los, las. 
Mandaram prender + o = Mandaram prendê-lo 
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- verbos terminados em terminação nasal (ão, õe, am, em) – os pronomes assumem 
as formas no, na, nos, nas. 
Sempre que meus pais têm roupas velhas, dão-nas as pobres. 
 
1.5 - PRONOME OBLÍQUO COM VALOR POSSESSIVO 
Já falamos sobre isso nos comentários à questão 4 da aula 6 - 
Sintaxe de Regência. 
O pronome oblíquo pode ser usado com sentido possessivo, exercendo a função 
sintática de ADJUNTO ADNOMINAL (Bechara chama de “objeto indireto de posse”1). 
Roubou-lhe a voz, então não pôde mais reclamar. (= Roubou sua voz) 
 
1.6 - COMBINAÇÕES E CONTRAÇÕES DOS PRONOMES ÁTONOS 
Vamos ver agora construções raríssimas na linguagem moderna. 
Quando numa mesma oração ocorrem dois pronomes átonos, um na função de objeto 
direto e outro, objeto indireto, estes pronomes podem combinar-se, observadas as 
seguintes regras: 
¾ o pronome se associa-se aos me, te, nos, vos, lhe(s), e NUNCA aos o(s), 
a(s). 
¾ antepostos, conservam-se separados e, pospostos, ligam-se por hífen. 
1) Eu quero paz. Dê-ma 
Î ma = me (a mim) + a (a paz) = Dê a paz (= a) a mim (= me) 
2) Apesar de não receber cartas minhas, envio-lhas sempre. 
Î lhas = lhe (a ela) + as (as cartas) = Envio as cartas a ela = Envio-lhas. 
3) Justiça se lhe faça. 
Î se (pronome apassivador = Justiça seja feita / Justiça se faça) + lhe (a 
ele/ela) = Justiça seja feita a ela. 
 
1.7 - COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
Adoro essa parte da matéria! É o momento em que posso ajudá-lo(a) a nunca mais 
errar uma questão sobre colocação pronominal. Basta que você estude bem o que será 
apresentado a seguir. 
Para começar, precisamos conhecer a terminologia que será usada. 
Ênclise Î o pronome aparece após o verbo. 
Próclise Î o pronome surge antes do verbo. 
Mesóclise Î o pronome é colocado no meio do verbo. 
 
1 Cf. EVANILDO BECHARA, Lições de Português pela Análise Sintática, 16ª edição, p.78. 
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Agora, a fim de facilitar a sua vida, resumimos a três todas as regras de colocação 
pronominal: PRÓCLISE OBRIGATÓRIA / CASOS DE PROIBIÇÃO / EMPREGO 
FACULTATIVO. 
REGRA GERAL: ÊNCLISE 
Segundo a norma culta, a regra é ênclise, ou seja, o pronome após o verbo. Isso tem 
origem em Portugal, onde essa colocação é mais comum. No Brasil, o uso da próclise 
(antes do verbo) é mais frequente, por apresentar maior informalidade. Mas, como 
devemos abordar os aspectos formais da língua, a regra será ênclise, usando 
próclise em situações excepcionais. 
 
a) CASOS DE PRÓCLISE OBRIGATÓRIA: 
¾ Desde que não haja pausa (normalmente marcada na escrita pela vírgula), as 
PALAVRAS INVARIÁVEIS atraem o pronome. Por “palavras invariáveis”, 
entendemos as que não se flexionam (olhe o quadro da aula 2!!!): os 
advérbios; as conjunções; alguns pronomes, como o pronome relativo que, 
os pronomes indefinidos quanto/como/ninguém, os pronomes 
demonstrativos isso/aquilo/isto. 
Ele não se encontrou com a namorada. (advérbio de negação) 
Quando se encontra com a namorada, ele fica muito feliz. (conjunção) 
Havendo pausa, não ocorre a atração. 
Aqui se aprende a estudar.(sem pausa, advérbio atrai) 
Aqui, aprende-se a estudar. (com pausa, recai na regra geral) 
 
¾ ORAÇÕES EXCLAMATIVAS ou que expressam desejo, chamadas de 
OPTATIVAS – próclise obrigatória. 
“Vou te matar!” 
“Que Deus o abençoe!” 
“Macacos me mordam!” 
 
¾ ORAÇÕES SUBORDINADAS 
“... e é por isso que nele se acentua o pensador político” 
(oração subordinada adverbial causal) 
Há pessoas que nos querem bem. 
(oração subordinada adjetiva restritiva) 
Não se preocupe com esses “nomes e sobrenomes” das orações. Tudo isso será objeto 
de aula específica (Períodos). 
 
b) CASOS DE PROIBIÇÃO: 
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¾ Iniciar período com pronome - a forma correta é: Dá-me um copo d’água (e 
não “Me dá”), Permita-me fazer uma observação (e não “Me permita”); 
¾ Pronome átono após verbo (ênclise) no particípio, no futuro do presente e 
no futuro do pretérito. Com essas formas verbais, usa-se a próclise (desde 
que não caia na proibição acima – iniciar período), modifica-sea estrutura 
(troca o “me” por “a mim”) ou, no caso dos futuros, emprega-se o pronome 
em mesóclise. 
Concedida a mim a licença, pude começar a trabalhar. 
(Não havia outra saída. A troca foi necessária por não podermos colocar o pronome 
após o particípio - “concedida-me” – nem iniciar período com ele – “me concedida” Î 
esse são dois CASOS DE PROIBIÇÃO). 
Recolher-me-ei à minha insignificância. 
(Não poderia ser “recolherei-me” nem “Me recolherei” Î CASOS DE PROIBIÇÃO). 
 
c) EMPREGO FACULTATIVO: 
¾ Com o verbo no INFINITIVO, mesmo que haja uma palavra “atrativa”, 
a colocação do verbo pode ser enclítica (após o verbo) ou proclítica 
(antes do verbo). Tanto faz, desde que não recaia em um dos casos 
proibidos (como iniciar período). 
Para não me colocar em situação ruim, encerrei a conversa. 
Para não colocar-me em situação ruim, encerrei a conversa. 
Assim, com infinitivo está sempre certa a colocação, desde que não 
caia em um caso de proibição (começar período, por exemplo). 
CUIDADO!!! 
NÃO CONFUNDA INFINITIVO COM FUTURO DO SUBJUNTIVO – Na maior parte 
dos verbos, essas formas são iguais (para comprar = INFINITIVO /quando comprar 
= FUTURO DO SUBJUNTIVO). 
Contudo, a regra da colocação pronominal só se aplica ao infinitivo. Se o verbo 
estiver no futuro do subjuntivo, aplica-se a regra geral. 
Para ter certeza de que é o infinitivo mesmo e não o futuro do subjuntivo, troque o 
verbo por um que apresente formas diferentes, como o verbo trazer (para trazer / 
quando trouxer), fazer (para fazer/ quando fizer), pôr (para pôr/ quando puser), 
e tire a prova dos noves. Se for infinitivo, pode colocar o pronome antes ou depois, 
tanto faz. De qualquer jeito, estará certo, mesmo que haja uma palavra atrativa 
(invariável). 
Observação importante: quando houver DUAS palavras invariáveis, o pronome 
poderá ser colocado entre elas. A essa intercalação dá-se o nome de APOSSÍNCLISE. 
“Para não levar-me a mal, irei apresentar minhas desculpas.” – como vimos, com 
infinitivo está sempre certa a colocação (caso facultativo), mesmo que haja uma 
palavra invariável (no caso, são duas – para e não). 
COLOCAÇÕES IGUALMENTE POSSÍVEIS: 
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(1) “Para não me levar a mal, ...”- O pronome foi atraído pelo advérbio não. 
(2) “Para me não levar a mal, ...” – O pronome foi atraído pela preposição para. 
 
1.8 - COLOCAÇÃO PRONOMINAL EM LOCUÇÃO VERBAL 
Locuções verbais são construções que apresentam um só conceito verbal sob a forma 
de um verbo auxiliar (ou mais) e um verbo principal. O auxiliar (o primeiro, no caso de 
mais de um) irá se flexionar, enquanto que o verbo principal ficará em uma das 
formas nominais: infinitivo, particípio ou gerúndio (assim como os demais auxiliares). 
Em relação à colocação pronominal, valem os conceitos já apresentados. 
1 – COM INFINITIVO ESTÁ SEMPRE CERTO; 
2 – COM GERÚNDIO – ARROZ COM FEIJÃO: REGRA GERAL É ÊNCLISE – HAVENDO 
PALAVRA INVARIÁVEL, O PRONOME É ATRAÍDO (PRÓCLISE); 
3 – COM PARTICÍPIO, A ÊNCLISE (PRONOME APÓS O VERBO) É PROIBIDA. 
A colocação do pronome será analisada em relação a cada um dos verbos que 
compõem a locução. 
COM O VERBO PRINCIPAL NO INFINITIVO 
1. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO AUXILIAR 
- Eu lhe devo pedir um favor. Próclise ao verbo auxiliar – CERTO 
Ainda que a regra seja a ênclise, 
modernamente não se condena a próclise 
em estruturas como essa, desde que não 
recaia em algum caso de proibição (iniciar 
período, por exemplo). 
- Não lhe devo pedir um favor. Próclise ao verbo auxiliar - CERTO 
Como o advérbio atrai, está CERTÍSSIMA 
a colocação! Caso de próclise 
obrigatória. 
- Eu devo-lhe pedir um favor. Ênclise ao verbo auxiliar – CERTO 
- Não devo-lhe pedir um favor. Ênclise ao verbo auxiliar – ERRADO. 
O advérbio atrai o pronome, devendo ser 
empregada a próclise. 
2. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO PRINCIPAL 
- Eu devo lhe pedir um favor. A norma culta condena a próclise ao verbo 
principal, ou seja, o pronome “solto” no 
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meio da locução verbal. 
Na linguagem coloquial, é o mais usado. 
- Não devo lhe pedir um favor. 
 
Note que o advérbio está próximo do 
verbo auxiliar, e não do principal. 
Este verbo auxiliar atua como uma pausa, 
reduzindo o “poder” da palavra invariável. 
Como já mencionamos, a norma culta 
condena essa colocação “solta” do 
pronome no meio da locução. 
- Eu devo pedir-lhe um favor. Ênclise em relação ao verbo principal – 
CERTO. Essa é a construção abonada pela 
gramática normativa. 
- Não devo pedir-lhe um favor. Como já observamos, há uma “distância” 
entre o advérbio e o verbo principal. 
Assim, está CORRETA a colocação do 
pronome após o verbo. 
COM O VERBO PRINCIPAL NO GERÚNDIO (igualzinho ao anterior) 
1. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO AUXILIAR 
Eu lhe estou pedindo perdão. Próclise ao verbo auxiliar – CERTO 
Não lhe estou pedindo perdão. Próclise ao verbo auxiliar - CERTO 
Como o advérbio atrai, está CERTÍSSIMA 
a colocação! 
Caso de próclise obrigatória. 
Eu estou-lhe pedindo perdão. Ênclise ao verbo auxiliar – CERTO 
Não estou-lhe pedindo perdão. Ênclise ao verbo auxiliar – ERRADO. 
O advérbio atrai o pronome, devendo ser 
empregada a próclise. 
 
2. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO PRINCIPAL 
Eu estou lhe pedindo perdão. A norma culta condena a próclise ao verbo 
principal, ou seja, o pronome “solto” no 
meio da locução verbal. 
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Na linguagem coloquial, é o mais usado. 
Não estou lhe pedindo perdão. Note que o advérbio está próximo do 
verbo auxiliar, e não do principal. 
Este verbo auxiliar atua como uma pausa, 
reduzindo o “poder” da palavra invariável. 
Como já mencionamos, a norma culta 
condena essa colocação “solta” do 
pronome no meio da locução. 
Eu estou pedindo-lhe perdão. Ênclise em relação ao verbo principal – 
CERTO. 
Essa é a construção abonada pela 
gramática normativa. 
Não estou pedindo-lhe perdão. Como já observamos, há uma “distância” 
entre o advérbio e o verbo principal. 
Assim, está CORRETA a colocação do 
pronome após o verbo principal. 
 
 
COM O VERBO PRINCIPAL NO PARTICÍPIO 
1. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO AUXILIAR 
Eu lhe tenho obedecido. Próclise ao verbo auxiliar – CERTO 
Não lhe tenho obedecido. Próclise ao verbo auxiliar - CERTO 
Como o advérbio atrai, está CERTÍSSIMA 
a colocação! 
Caso de próclise obrigatória. 
Eu tenho-lhe obedecido. Ênclise ao verbo auxiliar – CERTO 
Não tenho-lhe obedecido. Ênclise ao verbo auxiliar – ERRADO. 
O advérbio atrai o pronome, devendo ser 
empregada a próclise. 
 
2. PRONOME EM RELAÇÃO AO VERBO PRINCIPAL 
Eu tenho lhe obedecido. A norma culta condena a próclise ao verbo 
principal, ou seja, o pronome “solto” no 
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 meio da locução verbal. 
Na linguagem coloquial, é o mais usado. 
Não tenho lhe obedecido. Note que o advérbio está longe do verbo 
principal. 
Este verbo auxiliar atua como uma pausa, 
reduzindo o “poder” da palavra invariável. 
Como já mencionamos, a norma culta 
condena essa colocação “solta” do 
pronome no meio da locução, construção 
bastante comum na linguagem coloquial. 
Eu tenho obedecido-lhe. (ERRADO!) Está INCORRETA a colocação do 
pronome após o verbo principal, pois ele 
está no PARTICÍPIO, e pronome apósparticípio é um dos casos de PROIBIÇÃO. 
Não tenho obedecido-lhe. (ERRADO!) 
Veja, agora, como esse assunto já foi abordado em prova. 
4 - (CESGRANRIO / MPE RO / 2005) 
Indique a opção em que o pronome oblíquo NÃO está colocado corretamente, 
de acordo com a norma culta. 
(A) O professor levou a moto para ser consertada – levou-a. 
(B) O professor levará a moto para ser consertada – levá-la-á. 
(C) O professor levaria a moto para ser consertada – a levaria. 
(D) O professor tinha levado a moto para ser consertada – tinha levado-a. 
(E) O professor estava levando a moto para ser consertada – a estava levando. 
A banca apresentou a letra d como o gabarito, e cheia de razão para isso. O pronome 
está INDEVIDAMENTE após um verbo no PARTICÍPIO, um dos casos de proibição. 
Veja as demais opções: 
a) Construção certinha. Como vimos, segundo a norma culta, a regra é a ênclise. 
Assim, a forma “levou-a” é abonada pela gramática. 
b) Em “levá-la-á” temos um caso de mesóclise. A forma verbal está no futuro do 
presente do indicativo. Seria válida também a próclise, uma vez que o pronome não 
iria iniciar período: “O professor a levará ...”. Aproveite para observar a acentuação 
dessa forma mesoclítica. Cada segmento é considerado um vocábulo para as regras de 
acentuação (lá do início do nosso curso, lembra-se ainda?). 
c) Como o verbo está no futuro do pretérito do indicativo (levaria), o examinador 
apresentou o pronome proclítico ao verbo. Também estaria correta a forma 
mesoclítica: O professor levá-la-ia. 
e) Desta vez, optou-se pela próclise em relação à locução verbal (O professor a estava 
levando). As demais colocações possíveis seriam: O professor estava-a levando 
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(ênclise ao verbo auxiliar, menos recomendável por formar um eco “va-a”) ou 
O professor estava levando-a (ênclise ao verbo principal). 
Como podemos ver, nenhuma das opções apresentou próclise ao verbo principal 
(aquela do pronome ‘solto’ no meio da locução verbal). 
 
1.9 – PRONOMES DE TRATAMENTO 
Entre os pronomes pessoais, destacam-se os pronomes de tratamento, que são usados 
no trato com as pessoas. 
O pronome a ser utilizado vai depender da intimidade (você, senhor, senhora) e/ou da 
cerimônia que se tenha com essa pessoa, de acordo com seu cargo, função, título etc. 
Esses são pronomes da segunda pessoa do discurso, ou seja, representam a pessoa 
com quem falamos. Para isso, usamos um pronome de 2ª pessoa (vós) – Vossa 
Majestade, Vossa Excelência, Vossa Senhoria etc. 
Não obstante serem usados ao nos dirigirmos a alguém (2ª pessoa do discurso), esses 
pronomes de tratamento levam o verbo e os pronomes possessivos à 3ª pessoa: 
Vossa Excelência tem manifestado sua opinião. 
Para simplificar, basta lembrar o mais famoso pronome de tratamento: VOCÊ. 
Tudo o que acontece com VOCÊ vai acontecer com qualquer outro pronome de 
tratamento. 
Você sabia que seu desempenho em Português tem melhorado bastante? 
Então, se usássemos “Vossa Senhoria”, a construção seria: 
Vossa Senhoria sabia que seu desempenho em Português tem melhorado bastante? 
Isso tudo se explica: originalmente, a forma de tratamento era “Vossa Mercê”, que 
variou para “vosmecê”, dando origem a “você”. Hoje em dia, na linguagem cotidiana, 
chegamos a abreviar ainda mais: falando, usamos “cê" (‘Cê soube da última?); na 
escrita, é comum colocarmos “vc”, especialmente em textos coloquiais e da internet. 
Assim, encolhemos cada vez mais o pobrezinho! Qualquer dia ele some... rs... 
Quando nos referimos a pessoa de cerimônia (sem nos dirigirmos a ela), o pronome a 
ser usado passa a ser de 3ª pessoa: Sua Majestade, Sua Excelência, Sua Senhoria etc. 
Raramente, esse tema é objeto de prova. Vejamos uma dessas raras questões: 
5 - (FUNDEC / TRT 2ª Região / 2003) 
Se na festa de inauguração dos trens alguém resolvesse dirigir-se ao 
Governador do Estado para agradecer a obra realizada, usando uma linguagem 
correta e adequada, deveria expressar-se de acordo com a forma da opção: 
A) Senhor Governador, Vossa Excelência tem conhecimento das dificuldades do 
povo e sabe que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra. 
B) Senhor Governador, Vossa Excelência tendes conhecimento das dificuldades 
do povo e sabeis que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra. 
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C) Senhor Governador, Sua Excelência tem conhecimento das dificuldades do 
povo e sabe que todos lhe são extremamente agradecidos por esta obra. 
D) Senhor Governador, Sua Excelência tens conhecimento das dificuldades do 
povo e sabes que todos te são extremamente agradecidos por esta obra. 
E) Senhor Governador, Vossa Senhoria tem conhecimento das dificuldades do 
povo e sabe que todos te são extremamente agradecidos por esta obra. 
Para nos dirigirmos cerimoniosamente a uma autoridade, usamos o pronome de 
tratamento “Vossa Excelência”. Quem acompanha os debates do Congresso Nacional 
vê que cortesia e cerimônia se resumem ao emprego do pronome – o teor do discurso 
e o timbre da voz derrubam qualquer centelha de respeito entre os parlamentares. 
De volta à questão, vamos eliminar a opção e, por apresentar a forma “Vossa 
Senhoria”, que se usa especialmente em ofícios, correspondências e outros 
tratamentos cerimoniosos a pessoas “comuns”. 
Vimos que os pronomes de tratamento, apesar de se dirigem às segundas pessoas do 
discurso (com quem se fala), levam o verbo e os pronomes para a 3ª pessoa 
(exatamente como faz o pronome “você”). Então, podemos eliminar, também, as 
opções b e d (que empregam verbos nas segundas pessoas, respectivamente do plural 
e do singular: tendes/tens). 
Ao nos dirigirmos à pessoa do Governador (como indica o enunciado), devemos usar o 
pronome sob a forma de “Vossa Excelência” (pronome de 2ª), como apresentado na 
opção a (gabarito), e não “Sua Excelência”, utilizado em referência a ele (O 
Governador chegou à capital. Sua Excelência – ELE - deve permanecer na cidade até 
sexta-feira – pronome de 3ª pessoa). 
 
2. POSSESSIVOS 
Esses pronomes referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes posse dos 
elementos possuídos. 
 PESSOA POSSESSIVOS 
S
IN
G
U
L
A
R
 
1ª – EU MEU, MINHA, MEUS, MINHAS 
2ª – TU TEU, TUA, TEUS, TUAS 
3ª – ELE / ELA / VOCÊ SEU, SUA, SEUS, SUAS 
P
L
U
R
A
L
 1ª – NÓS NOSSO, NOSSA, NOSSOS, NOSSAS 
2ª – VÓS VOSSO, VOSSA, VOSSOS, VOSSAS 
3ª – ELES / ELAS / VOCÊS SEU, SUA, SEUS, SUAS 
Algumas bancas examinadoras exploram bastante a referência textual, solicitando que 
o candidato indique a qual elemento se refere o pronome possessivo. Muitas vezes, é 
preciso voltar a ler o texto para identificar a relação entre os vocábulos destacados 
pelo examinador. 
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O pronome varia em gênero e número de acordo com a coisa possuída. 
O promotor almoçou em sua casa. 
Em função do emprego do pronome possessivo “sua” também em relação ao pronome 
de tratamento “você”, é preciso cuidado para não gerar ambiguidade ao texto. 
No exemplo acima, de quem era a casa: do promotor ou de você? 
Para eliminar a confusão, lança-se mão de expressão dele(s)/dela(s). 
Vimos anteriormente que os pronomes oblíquos podem ser usados com valor 
possessivo. Trata-se de construção que imprime ao texto elegância. 
O vento acariciava-lhe os cabelos. (= os seus cabelos / os cabelos dela) 
 
3. DEMONSTRATIVOS 
Indicam a posição dos seres em relação às três pessoas do discurso.Essa referência 
pode ser em relação a um lugar (posição espacial), a um momento (posição temporal) 
ou aos elementos de um texto (referência textual). 
3.1 – FUNÇÕES DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
No quadro a seguir, serão apresentadas as funções dêitica, anafórica e catafórica 
dos pronomes demonstrativos. 
O que foi??? Algum problema?? Parece que você levou um susto com essas 
expressões. Vamos entender o que cada uma delas significa. 
- FUNÇÃO DÊITICA: é a capacidade de indicar um objeto sem nomeá-lo. Assim, 
quando dizemos “aquele tempo era maravilhoso!”, o pronome demonstrativo indica o 
tempo a que me refiro (tempo distante ocorrido no passado – usamos o pronome 
“aquele” para indicá-lo). 
- FUNÇÃO ANAFÓRICA e CATAFÓRICA: em relação ao texto, o pronome 
demonstrativo pode se referir a algum elemento que já surgiu (referência anafórica – 
passado – para trás) ou que ainda surgirá (referência catafórica – futuro – para a 
frente). 
PESSOA 1ª pessoa 2ª pessoa 3ª pessoa 
PRONOME ESTE, ESTA, ISTO ESSE, ESSA, ISSO 
AQUELE, AQUELA, 
AQUILO 
POSIÇÃO 
ESPACIAL 
Perto do falante Perto do ouvinte Longe do falante e do ouvinte 
Este documento é 
meu. - O documento 
está bem próximo do 
falante (ou mesmo em 
suas mãos). 
Esse documento é 
meu. - O documento 
está bem próximo do 
ouvinte. 
Aquele documento 
que está na mesa é 
seu? - O documento 
está distante tanto do 
falante quanto do 
ouvinte. 
 
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POSIÇÃO 
TEMPORAL 
Em referência a um 
momento presente ou 
que ainda não passou. 
 
Em referência a um 
momento passado. 
Em referência a 
tempos distantes, tanto 
no passado quanto no 
futuro. 
Este ano está sendo 
proveitoso. – O ano a 
que se refere está em 
curso (momento 
presente). 
 
Essa noite sonhei 
com ela. – A noite a 
que se refere já passou 
(passado próximo). 
Naquela 
oportunidade algo 
estranho ocorreu.. – 
Faz-se menção a um 
momento que ocorreu 
em um passado 
remoto. 
REFERÊNCIA 
TEXTUAL 
Em relação ao que se 
vai enunciar (futuro 
próximo). 
 
 
Em relação ao que já 
foi mencionado 
anteriormente. 
 
Em relação ao que se 
encontra mais distante 
no texto, fazendo 
distinção entre dois 
elementos textuais. 
O problema é este: 
ninguém está 
satisfeito com você. 
–ainda será 
mencionado aquilo que 
é indicado pelo 
pronome. 
Ninguém está 
satisfeito com você. 
Esse é o problema – 
O pronome faz menção 
ao que já foi 
apresentado . 
 
João e Mário 
estudam na UERJ. 
Este, Física; aquele, 
Letras. – O pronome 
“este” (Mário) faz 
menção ao mais 
próximo, enquanto que 
“aquele” (João) se 
refere ao mais 
distante. 
Não pense que essa nomenclatura (dêitico / anafórico) é preciosismo da professora. 
Apresento esses nomes a vocês porque eles podem cair em prova. Veja só a questão 
de prova elaborada pelo NCE/UFRJ. 
 
TEXTO – DE UMA VIDA A OUTRA 
Segundo o Ministério da Saúde, em janeiro de 2003 havia 51.760 pessoas na lista de 
espera para transplante. 
Dado o tamanho do país – e, infelizmente, o grau de violência – seria de se esperar 
que o auxílio viesse rápido. De certa forma, a população está mais sensibilizada para o 
problema. O número de doações cresce desde 1997. De lá até o ano passado, 
saltamos de 3.932 para 8.031 transplantes realizados. As estatísticas mostram que o 
Brasil é o segundo do mundo em doações em números absolutos, perdendo dos 
Estados Unidos. 
Proporcionalmente ao tamanho da população, fica em nono lugar. Ou seja, o brasileiro 
é generoso, mas precisa fazer mais. 
Isto É, fevereiro de 2003 
6 - Entre as alternativas abaixo, aquela que apresenta um termo sublinhado de valor 
dêitico: 
(A) “seria de se esperar que o auxílio viesse rápido”; 
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(B) “a população está mais sensibilizada para o problema”; 
(C) “De lá até o ano passado...”; 
(D) “De lá até o ano passado”; 
(E) “mas precisa fazer mais”. 
O gabarito oficial da banca foi a letra D. 
Contudo, questionamos essa resposta. 
Dêixis é a propriedade que têm alguns elementos linguísticos, tais como pronomes 
pessoais e demonstrativos, de fazer referência ao contexto situacional ou ao próprio 
discurso, em vez de serem interpretados semanticamente por si sós. 
Esta definição nos é dada por Aurélio Buarque de Hollanda, em seu consagrado 
dicionário. 
A essa palavra se relaciona o adjetivo DÊITICO, que designa as palavras com 
capacidade intrínseca de situar os elementos presentes no discurso e de fazer 
referência à enunciação realizada. 
Em resumo, uma palavra em uma função dêitica serve como referência a um elemento 
ou informação contextualizada. Essa função exercida “por excelência” pelos pronomes 
demonstrativos, mas que também pode ser observada em um advérbio – cá, lá, aqui, 
agora - ou até mesmo um substantivo. 
Dessa forma, podemos afirmar que na construção “De lá até o ano passado”, tanto o 
advérbio “lá”, que se refere ao ano de 1997, citado na oração imediatamente anterior, 
quanto a expressão “o ano passado”, que se contextualiza com o ano de 2003 
mencionado no primeiro período do texto, seriam exemplos de termos de valor dêitico. 
Assim, por haver duas respostas válidas (opções C e D), foi solicitada a anulação dessa 
questão, mas infelizmente a banca não modificou o gabarito, mantendo apenas a letra 
D. Fazer o quê... 
 
Em relação às referências textuais, podemos simplificar a sua vida um pouquinho. Veja 
a seguir um método para memorizar o correto emprego dos pronomes demonstrativos. 
 
 
3.2 - PRONOMES DEMONSTRATIVOS EM REFERÊNCIAS TEXTUAIS 
Quando um pronome demonstrativo faz referência a algo já mencionado no texto, ou 
seja, a algo que está no “paSSado” do texto, deve-se usar ESSE / ESSA / ISSO (com o 
SS do paSSado). Se a referência ainda vier a ser apresentada (pertence ao fuTuro), 
usa-se ESTE / ESTA / ISTO (com o T do fuTuro) – gostou dessa dica mnemônica? 
Modernamente, reduziu-se o rigor no emprego do pronome demonstrativo em 
referências textuais, inclusive em relação às provas (veremos em seguida). Contudo, 
em textos formais, deve-se observar o correto emprego dos pronomes demonstrativos. 
Veja como isso foi explorado em uma questão de prova da ESAF. 
7 - (TRF 2002.1) Assinale a opção em que uma das duas possibilidades de 
redação está gramaticalmente incorreta. 
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a) A economia americana sobreviveu a muitos percalços e, até o início da curta e 
moderada recessão, da qual parece começar a emergir, conheceu nove anos de 
uma das mais exuberantes expansões de sua história. / A economia americana 
sobreviveu a muitos percalços e conheceu nove anos de uma das mais 
exuberantes expansões de sua história até o início da curta e moderada recessão, 
de que parece começar a emergir. 
b) O professor Paul Kennedy, figura expressiva da “escola do declínio” na década 
de 80, confessa ter mudado de posição. Temia o pior em 1985, quando o esforço 
militar consumia 45% do PIB. / Figura expressiva da “escola do declínio” na 
década de 80, o professor Paul Kennedy confessa que mudou de posição. Temia 
o pior em 1985, quando o esforço militar consumia 45% do PIB. 
c) Pensa hoje que se tornou barato adquirir a hegemonia ao preço de 3,8% de 
PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o momento 
próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. / Seu 
pensamento hoje é esse: tornou-se barato adquirir a hegemoniaao preço de 
3,8% de PIB florescente e produtividade que permite encarar sem susto o 
momento próximo em que os EUA gastarão com a defesa US$ 1 bilhão por dia. 
d) Não quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou possam ignorar 
para sempre alguns ameaçadores desequilíbrios de sua economia e as reações do 
resto do mundo. / Não quer isso dizer que os americanos sejam onipotentes ou 
que alguns ameaçadores desequilíbrios de sua economia e as reações do resto do 
mundo possa por eles serem ignorados para sempre. 
e) Significa apenas reconhecer que a atual configuração do poder mundial está 
longe do declínio e que um país como os Estados Unidos tem uma extraordinária 
capacidade para recuperar-se de erros que para outros seriam provavelmente 
fatais. / Significa apenas o reconhecimento de que a atual configuração do poder 
mundial está longe do declínio e de que um país como os Estados Unidos tem 
uma extraordinária capacidade para recuperar-se de erros que para outros 
seriam provavelmente fatais. 
(Itens adaptados de Rubens Ricupero) 
 
O gabarito foi a letra d. O segundo segmento apresenta um erro de construção da 
locução verbal: alguns ameaçadores desequilíbrios de sua economia e as reações 
do resto do mundo possa por eles serem ignorados. 
O sujeito é composto e tem dois núcleos: desequilíbrios e reações. Em uma locução 
verbal que apresente dois verbos auxiliares (poder + ser + ignorar), o que se flexiona 
é o primeiro verbo auxiliar (PODER), enquanto que o segundo auxiliar e o verbo 
principal ficam sob formas nominais (respectivamente, infinitivo e particípio). O 
correto, portanto, seria “possam ser ignorados”. 
O que nos interessa, para esta aula de PRONOMES, é observar a opção c. Este item foi 
considerado CORRETO pela banca da ESAF. 
Note que, no segundo segmento, o autor usa o pronome demonstrativo esse em 
referência catafórica (algo que ainda será mencionado – para frente): “Seu 
pensamento hoje é esse: tornou-se barato adquirir a hegemonia ...”. 
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Isso, segundo os puristas, seria um erro. Contudo, a banca indicou esse item como 
correto, reforçando a tese de que se reduziu o rigor gramatical no emprego do 
pronome demonstrativo em relação aos elementos textuais. 
E na hora da prova, o que fazer??? Neste caso, o candidato, para indicar a forma 
incorreta, estava diante de uma forma duvidosa de referência pronominal (em vez de 
“este” foi empregado “esse”) e de uma locução verbal com construção totalmente 
inaceitável. Ele deveria ficar com a segunda. Analise todas as opções antes de marcar. 
 
3.3 – CONTRAÇÃO DO PRONOME COM PREPOSIÇÃO 
Pode ocorrer a contração dos pronomes demonstrativos com as preposições a, de e 
em. 
Àquela hora morta da madrugada, todos dormiam. 
Daquele dia em diante, nunca mais fumei. 
Ficaremos nesta posição até você chegar. 
OBSERVAÇÃO: Em expressões de tempo (dia, mês, ano, dia da semana), pode-se 
omitir a preposição em. Na linguagem formal, recomenda-se manter a preposição. 
Vou viajar (n)este ano. 
(N)esta segunda-feira, será divulgado o resultado do concurso. 
“(No) Domingo, eu vou ao Maracanã,...” 
 
3.4 OUTROS PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
O pronome o (e flexões - a, os, as) também pode ser demonstrativo e aparecer junto 
ao relativo que ou da preposição de, equivalendo a aquele(s)/ aquela(s) /aquilo. 
Fiz o que você mandou. 
Somos o que podemos ser. 
Prefiro a da direita. 
Pode também figurar sozinho, equivalendo a “isto, isso, aquilo”. 
Ele me pediu para sair da sala, e o fiz. (fiz isso – “sair da sala”) 
Nesse caso, quando um pronome demonstrativo faz referência a algum elemento do 
texto, quer antecedente (referência anafórica), quer subsequente (referência 
catafórica), lança-se mão de um recurso linguístico para evitar a repetição de palavras, 
expressões ou mesmo orações: 
“Os sem-terra ameaçavam invadir a fazenda e isso aconteceu no último domingo.”. 
(isso = invadir a fazenda). 
“Para obter a aprovação em um concurso público, são necessários estes elementos: 
estudo, dedicação e persistência.” (estes = estudo, dedicação e persistência). 
Esse pronome demonstrativo (o) pode, inclusive, representar toda a oração: 
Sua mãe não era fácil, ele mesmo o sabia (= que sua mãe não era fácil). 
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Aparecem ainda como demonstrativos os vocábulos tal, mesmo, próprio e 
semelhante, quando equivalerem aos casos já citados. 
Vimos, inclusive, na aula sobre Concordância (Aula 4 – item 1.5) que, como pronomes 
demonstrativos, essas palavras se flexionam em gênero e número com o substantivo 
que acompanham. 
Estamos no mesmo lugar. (NESSE LUGAR) 
Tal atitude é inaceitável. (ESSA ATITUDE) 
Lucas errou e doeu-se por semelhante descuido. (ESSE DESCUIDO) 
Como realce, estes pronomes também se harmonizam com o substantivo 
correspondente: 
Elas chegaram à conclusão por si próprias, por si mesmas. 
Não há respaldo para o emprego do vocábulo mesmo (e variantes) no lugar de um 
substantivo, como se observa atualmente na linguagem coloquial: 
Para abrir a porta, bata até que a mesma quebre. (Ui! Essa doeu!!) 
Para evitar esse tipo de construção, sugerem os gramáticos a substituição por 
pronomes pessoais ou demonstrativos, por um sinônimo ou até mesmo a repetição da 
palavra. Tudo menos esse mostrengo (é assim mesmo que se escreve essa palavra – 
se não acreditar, procure o Aurélio!). 
Não confunda esse pronome MESMO (demonstrativo) com: 
a) a palavra denotativa de inclusão mesmo (equivalente a até). 
Mesmo uma ameba retardada seria capaz de entender aquela lição. 
b) advérbio mesmo, equivalente a “realmente”, “de fato”, “de verdade”. 
O que ela queria mesmo era me atingir. 
Uma dica: palavras denotativas e advérbios são INVARIÁVEIS! 
 
4 - INDEFINIDOS 
Como o próprio nome já indica, referem-se à terceira pessoa com sentido vago ou 
indeterminado. 
São exemplos: algum, nenhum, todo, outro, muito, certo, vários, demais, tanto, 
quanto, qualquer, alguém, ninguém, tudo, outrem, nada, cada, algo, mais, 
menos, que, quem, (LOCUÇÕES) cada qual, qualquer um, quem quer etc. 
 
4.1 – OBSERVAÇÕES SOBRE ALGUNS PRONOMES INDEFINIDOS 
ALGUM - O pronome indefinido algum, posposto ao substantivo, assume valor 
negativo: 
Problema algum irá me fazer desistir de estudar. (=NENHUM PROBLEMA) 
Acredite se puder: esse conceito já caiu em prova: 
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8 - (NCE UFRJ / INCRA / 2005) 
Assinale a opção em que a mudança na ordem dos termos altera substancialmente 
o conteúdo semântico do enunciado: 
(A) Algum valor deve ser dado a este tipo de quadro / A este tipo de quadro, valor 
algum deve ser dado; 
(B) São duas estas ofertas especiais / Estas ofertas especiais são duas; 
(C) Qualidades que são pelos inimigos reconhecidas / Qualidades que são 
reconhecidas pelos inimigos; 
(D) É isto que permite ao professor ganhar um melhor salário / Isto é que permite 
ao professor ganhar um melhor salário; 
(E) Esta qualidade intelectual pode ser construída aos poucos / Pode esta qualidade 
intelectual ser construída aos poucos. 
A resposta foi, logicamente, a letra A. 
Em “algum problema”, o pronome indica a existência de pelo menos um problema. Já 
em “problema algum”, o pronome passa a ter valor negativo, indicando a presença de 
nenhum problema. 
DEMAIS - Não confunda o pronome indefinido demais com o advérbio homônimo. 
Esse vocábulo é indefinido quando equivale a ‘outros’ e se referema substantivos. Já o 
advérbio indica intensidade, modificando um verbo (Ele bebe demais), adjetivo (Ele é 
alto demais) ou um advérbio (Ele fala alto demais). 
Fiquei com dois cãezinhos. Os demais (= OUTROS) foram vendidos na feira. 
QUALQUER – É o único vocábulo da língua portuguesa que se flexiona “no meio” – 
quaisquer – em virtude do processo de formação (pronome indefinido qual + verbo 
quer). 
TODO – Existe diferença entre o emprego desse pronome diretamente ligado ao 
substantivo e acompanhado de um artigo. Isso só acontece no singular. 
No primeiro caso, assume valor indefinido: 
Toda criança tem direito a assistência familiar. (= qualquer criança) 
No segundo caso, acompanhado de artigo, passa a significar “inteiro”. 
Toda a criança ficou machucada. (= a criança toda – inteira) 
5 - INTERROGATIVOS 
Como os pronomes indefinidos (que no fundo também são), referem-se à terceira 
pessoa de modo vago em interrogações (diretas e indiretas) 
As diretas exigem uma resposta imediata e terminam com um ponto de interrogação. 
Já as indiretas se constroem em períodos compostos (normalmente com verbos saber, 
ver, verificar, ignorar etc.) e não terminam com ponto de interrogação (com ponto 
final, reticências etc). 
Quem vai à praia? / Eu não sei o que você tem feito. 
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Cuidado para não confundir certos pronomes indefinidos com pronomes relativos de 
mesma grafia. 
Os pronomes indefinidos formam perguntas, mesmo que indiretamente. 
Não sei quantas velas serão colocadas em seu bolo de aniversário. 
Î Quantas velas serão colocadas? 
Já os pronomes relativos possuem referentes que já foram mencionados. 
Coloque tantas velas quantas sejam necessárias. 
O pronome relativo quantas se refere a velas. Não poderia ser construída uma oração 
interrogativa direta, como no exemplo anterior. 
 
6 - RELATIVOS 
Sem medo de errar, afirmo que a maior parte das questões de prova que tratam de 
PRONOMES exploram o conhecimento do candidato acerca do emprego dos PRONOMES 
RELATIVOS. 
6.1 - DEFINIÇÃO 
Os pronomes relativos referem-se a termos antecedentes. Já falamos sobre 
concordância e regência com pronomes relativos. Agora, veremos quais são esses 
pronomes e como devem ser empregados na oração subordinada adjetiva que 
iniciam, especialmente em relação aos seus referentes e ao emprego de preposição. 
Sempre que abordo “pronomes relativos”, lembro a história da Branca de Neve (é 
sério!!!) – dos sete anões, seis apresentavam características particulares e fisicamente 
eram parecidos (pareciam gnomos); somente um deles se destacava dos demais – era 
completamente diferente (parecia um duende, era mudo) e recebia tratamento 
especial (dizem que era o preferido da princesa... na qualidade de “mãe de meninas”, 
estou por dentro dos detalhes...rs...). 
Agora, vamos fazer uma analogia com os pronomes relativos. 
Os pronomes que/o qual, onde, quando, quanto, como e quem devem ser usados, 
cada qual, de acordo com seus próprios referentes, mas, grosso modo, fazem a 
mesma coisa - referência a um substantivo antecedente. 
Já “cujo” (o “Dunga” do grupo e, sem dúvida, o predileto das bancas examinadoras) é 
diferente de todos – liga dois substantivos com “ideia de posse” (coisa que os outros 
não fazem), flexiona-se em gênero e número com o substantivo subsequente (coisa 
que os outros também não fazem – “o qual” varia, mas de acordo com o antecedente). 
Talvez seja esse o motivo de tanta gente já ter abolido o pobrezinho do seu dia a dia 
(mataram o “Dunga”, e não é o técnico da nossa seleção – é o pronome CUJO!!!), 
usando o “que” indevidamente no seu lugar. 
Não é raro ouvirmos esse erro por aí, inclusive em músicas. Veja um exemplo disso: 
Eu presto atenção em cores que eu não sei o nome/ Cores de Almodóvar/ Cores de 
Frida Khalo... cores 
(Esquadros – Adriana Calcanhoto) 
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O que ela não sabe? O nome das cores. 
Então, a construção seria: Eu presto atenção em cores cujos nomes não sei. 
Mas NINGUÉM IA CANTAR ISSO AÍ!!! A música não faria tanto sucesso...rs... 
Do jeito que está, até hoje toca nas rádios. 
Agora, observe a letra de uma música do fenomenal Chico Buarque: “A Foto da Capa”, 
do disco “Paratodos”. Em sua letra, o compositor usou corretamente o pronome CUJO 
na música e, como eu previ aí em cima, a música não fez sucesso (...rs...). 
Segue a letra para os que não conhecem a canção: 
O retrato do artista quando moço 
Não é promissora, cândida pintura 
É a figura do larápio rastaquera 
Numa foto que não era para capa 
Uma pose para câmera tão dura 
Cujo foco toda lírica solapa 
Era rala a luz naquele calabouço 
Do talento a clarabóia se tampara 
E o poeta que ele sempre se soubera 
Claramente não mirava algum futuro 
Via o tira da sinistra que rosnara 
E o fotógrafo frontal batendo a chapa 
É uma foto que não era para capa 
Era a mera contracara, a face obscura 
O retrato da paúra quando o cara 
Se prepara para dar a cara a tapa 
O foco da câmera solapa (destrói ou oculta, esconde) toda lírica (poesia, beleza) em 
virtude da dureza (rigidez) daquela. A relação de subordinação entre os dois elementos 
(foco da câmera) abona o emprego do pronome relativo CUJO. 
Lindo isso, não é? Tinha de ser mesmo do Chico! 
Outra letra nos foi trazida por Antônio, um querido colaborador do curso passado. A 
canção se chama “Raça Humana” e é de Gilberto Gil (outro campeão de citações do 
curso...rs...). Veja só. 
A raça humana é o cristal de lágrima 
Da lavra da solidão 
Da mina, cujo mapa 
Traz na palma da mão 
Você encontra a letra na íntegra no seguinte endereço eletrônico: 
http://www.gilbertogil.com.br/sec discografia view.php?id=24 
Bom proveito! 
Vou lançar, agora, um desafio. Quero conhecer outras músicas com o emprego do 
pronome CUJO, empregado corretamente (acho que é o mesmo que achar uma 
agulha no palheiro...rs...) ou não. 
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Quem encontrá-las, pode publicar no fórum ou mandá-las para mim 
(claudia@pontodosconcursos.com.br) . Vamos enriquecer nossa aula. Conto com a 
participação de vocês. 
 
6.2 – CARACTERÍSTICAS DOS PRONOMES RELATIVOS 
QUE Pode ser usado com qualquer antecedente, por isso chamado de “pronome 
relativo universal”. Normalmente é empregado em relação a “coisa”, já que 
os demais referentes têm pronomes relativos específicos (lugar, quantidade, 
modo). 
Aceita somente preposições monossilábicas, exceto sem e sob. 
O QUAL Assim como “que”, pode ser usado com qualquer antecedente. Aceita 
preposição com duas ou mais sílabas, locuções prepositivas, além de sem e 
sob (rejeitadas pelo “que”). 
 É usado quando o referente se encontra distante ou para evitar 
ambiguidade: Visitei a tia do rapaz que sofreu o acidente. 
Quem se acidentou? O rapaz ou a tia dele? Para evitar a dúvida, uso “o 
qual” para ele ou “a qual” para ela. 
QUEM Somente usado com antecedente PESSOA. Sempre virá antecedido de 
preposição – Ele é o rapaz de quem lhe falei. 
ONDE Utilizado quando o referente for lugar, ou qualquer coisa que a isso se 
assemelhe (livro, jornal, página etc.) – “A gaveta onde guardei o dinheiro foi 
arrombada.”; pode ser substituído por “em que”. 
COMO Usado com antecedente que indique MODO ou MANEIRA – O jeito como 
escreve mostra a pessoa que é. 
QUANDO O antecedente dá ideia de TEMPO, também equivalente a “em que” – Época 
de ouro era aquela, quando todos andavam tranquilos pelas ruas. 
QUANTO O antecedentedá ideia de QUANTIDADE - normalmente precedido de um 
pronome indefinido (tudo, tanto(s), todos, todas) – Tenho tudo quanto 
quero. Leve tantos quanto quiser. 
Esses pronomes relativos representam sempre substantivos ou pronomes substantivos 
nas orações adjetivas que formam. 
Mais uma vez alertamos para não confundi-los com pronomes interrogativos que idêntica 
grafia. Estes não têm antecedentes e podem aparecer em orações interrogativas diretas 
ou indiretas (Quem bateu? / Não sei onde moras/ Quanto custa? / Como farei? / Preciso 
saber quando estará pronto o almoço. / Que gostaria de saber?). 
CUJO (e flexões) – o mais especial de todos; liga dois substantivos indicando ideia 
de posse (entre os substantivos, haveria uma preposição de) – “O rapaz cuja mãe 
faleceu recentemente procurou por você.” (mãe do rapaz faleceu – rapaz cuja mãe 
faleceu); concorda com o substantivo subsequente, flexionando-se em gênero e número, 
e dispensa o artigo (não existe “cujo o” ou “cuja a”); 
 
 
DICA: 
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Ao usar o pronome relativo, verifique: 
1 – qual deve ser o pronome mais adequado, a depender do antecedente 
(coisa, pessoa, tempo, modo, lugar...); 
2 – se o algum termo na oração adjetiva exige preposição. 
 
Para não errar, os conceitos de regência devem estar “vivinhos” em sua memória. 
Exemplo: 
(1) Este é o livro | que ganhei. 
Oração principal: Este é o livro 
Oração subordinada adjetiva: que ganhei - O verbo ganhar é transitivo direto (eu 
ganhei o livro) e não rege preposição. 
(2) Este é o livro | a que me referi. 
Oração principal: Este é o livro 
Oração subordinada adjetiva: a que me referi – o verbo referir-se é indireto e 
rege a preposição a (eu me referi ao livro). Por isso, a preposição antecede o pronome 
relativo, que está no lugar do termo regido – “livro”. 
(3) Aquele é o professor | por quem eu tenho muita admiração. 
Oração principal: Aquele é o professor 
Oração subordinada adjetiva: por quem eu tenho muita admiração – o substantivo 
admiração rege preposição por, que antecede o pronome relativo que substitui o 
termo regido – “professor” (eu tenho muita admiração pelo professor). 
Algumas bancas, como a Fundação Carlos Chagas, se cansam de apresentar questões 
que envolvem o emprego de preposição (sintaxe de regência) com pronomes relativos. 
Veremos uma série delas nos exercícios de fixação. 
Para compreender a “mecânica” da coisa, vamos treinar: 
9 - (NCE UFRJ / ARQUIVO NACIONAL Agente Adm./ 2006) 
“com a qual ninguém deseja se identificar”; a utilização da preposição COM antes 
do pronome relativo QUE se deve à regência cobrada pelo verbo IDENTIFICAR-
SE. A alternativa em que houve erro num caso semelhante de regência é: 
(A) da qual ninguém desejava afastar-se; 
(B) contra a qual ninguém queria lutar; 
(C) com a qual ninguém discordava; 
(D) sem a qual ninguém podia sair; 
(E) pela qual ninguém escapava. 
O enunciado já ajuda o candidato. Ele apresenta a regência do verbo identificar-se: 
Alguém se identifica COM alguma coisa/alguém. 
O candidato deve marcar o item que apresenta erro no emprego da preposição antes 
do pronome relativo. Para isso, deverá analisar a regência de cada um dos verbos. 
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A) ninguém desejava afastar-se – O verbo afastar-se (pronominal) rege a 
preposição de: Alguém se afasta de algum lugar. 
Por isso, está correto o emprego da preposição antes do pronome relativo “a qual”: da 
qual ninguém desejava afastar-se. 
B) contra a qual ninguém queria lutar – Vamos verificar a regência do verbo lutar: 
Alguém luta contra algo ou alguém. Como devemos usar uma preposição dissílaba, o 
único pronome relativo cabível é “a qual”. Está certa. 
C) com a qual ninguém discordava. O verbo discordar rege a preposição de, e não 
“com”. Alguém discorda de alguma coisa. Por isso, está INCORRETA essa construção. 
Esse é o gabarito. A forma correta seria: da qual ninguém discordava. 
D) sem a qual ninguém podia sair – Vimos também que, com a preposição sem, não 
podemos usar o pronome relativo que; assim, está correta a forma apresentada. 
E) pela qual alguém escapava – Essa era a opção mais difícil. O verbo escapar 
apresenta as seguintes possibilidades de regência: 
- escapar a/de: livrar-se – “eu escapei de ser assaltado.”; 
- escapar a ou escapar-lhe: passar despercebido, ser omitido – “esse assunto escapa 
à minha memória.”; 
- escapar (intransitivo): sobreviver – “O carro bateu fortemente, mas eu escapei.”; 
- escapar por: fugir por algum lugar, indicando direção – o ladrão escapou pelo 
telhado. 
Como outra opção (C) apresentou um erro grosseiro de regência (C), não resta dúvida 
de que o examinador optou pela última construção (escapar por alguma saída = pela 
qual alguém escapava). 
Mais uma questão de prova. 
10 - (FGV / MPE AM / 2002) 
Assinale a alternativa em que a preposição utilizada antes de cuja NÃO é a 
correta. 
(A) Ele é o cronista sobre cuja prosa escrevi alguns artigos. 
(B) Ele é o cronista de cuja prosa já me pronunciei. 
(C) Ele é o cronista com cuja prosa mais me entretenho. 
(D) Ele é o cronista a cuja prosa já fiz reparos. 
(E) Ele é o cronista por cuja prosa mais me interesso. 
 
Agora, vamos botar o preconceito de lado e usar o pronome CUJO (coitadinho...). 
Entre “cronista” e “prosa” (dois substantivos), há uma relação de subordinação (a 
prosa do cronista). 
Então, o pronome adequado é CUJO (... cronista cuja prosa...). 
Não há diferença alguma em relação ao que já vimos. Identifique a preposição 
porventura exigida pelo verbo da oração adjetiva e coloque-a antes do pronome 
relativo, assim como você fez no exemplo anterior. 
Analisando cada uma das opções: 
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A) Eu escrevi alguns artigos sobre a prosa do cronista = sobre cuja prosa eu 
escrevi 
B) Eu já me pronunciei .... a prosa do cronista – bem, no sentido de emitir opinião, o 
verbo PRONUNCIAR-SE aceita as preposições / locuções prepositivas: 
• em - pronunciar-se em algum assunto; 
• sobre - pronunciar-se sobre algum assunto; 
• acerca de - pronunciar-se acerca de algum assunto; 
• a respeito de - pronunciar-se a respeito de algum assunto; 
• por - pronunciar-se por alguém (a favor ou contra). 
 
As possibilidades seriam: Eu já me pronunciei sobre/a respeito da/ acerca da/ na 
prosa do cronista. O verbo não aceita a preposição de. Essa é a opção INCORRETA. 
C) Eu me entretenho com a prosa do cronista = com cuja prosa eu me entretenho 
D) Eu já fiz reparos (fazer observação, comentário crítico) à prosa do cronista– 
(também se admite a preposição sobre) = a cuja prosa eu fiz reparos 
E) Eu me interesso pela prosa do cronista = por cuja prosa eu me interesso 
 
Mais uma questão para treinarmos. 
11 - (FCC / BANCO DO BRASIL / 2006) 
A expressão de que preenche corretamente a lacuna da frase: 
(A) A privação ...... o autor não se conforma é a de itens como aspirina, 
fósforos e leituras. 
(B) O cronista não está nada interessado num tipo de vida ...... muita gente 
aspira. 
(C) Há detalhes desagradáveis da vida rústica ...... muita gente parece omitir, 
no entusiasmo de seus relatos. 
(D) Muitos leitores partilharão das mesmas fobias ...... o cronista enumerou em 
seu texto. 
(E) Há quem veja como supérfluos os recursos urbanos ...... o cronista se 
recusa a abrir mão. 
 
Essa é a banca campeã nesse assunto. 
Nessa questão, o examinador procura a opção que deveser preenchida com DE QUE. 
Para isso, o verbo da oração adjetiva deve reger a preposição DE. Vamos buscá-lo. 
A) O autor não se conforma COM a privação – a preposição que antecede o pronome 
relativo que é COM e não DE. 
B) Muita gente aspira A um tipo de vida – também não é essa a resposta correta. 
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C) Muita gente parece omitir detalhes desagradáveis da vida rústica – o verbo 
OMITIR é transitivo direto e não exige nenhuma preposição nesta acepção. 
D) O cronista enumerou as mesmas fobias – outro verbo transitivo direto. O verbo 
enumerar se liga diretamente ao seu complemento, dispensando a preposição. 
E) O cronista se recusa a abrir mão DOS recursos urbanos – Ufa! Até que enfim! Já 
estava ficando nervosa. Essa expressão (“abrir mão”) exige a preposição DE. É essa a 
resposta correta: gabarito foi letra E. 
 
6.3 – COM A EXPRESSÃO “O QUE” 
O pronome “que” sempre será um pronome relativo após o pronome demonstrativo 
“O”. 
Cuidado com a concordância verbal nesse caso. Por estar se referindo ao 
demonstrativo (que está no singular), o relativo, na função de sujeito, leva o verbo 
também para o singular: 
O que importa para mim são os meus filhos. 
Análise: 
• o = aquilo – pronome demonstrativo 
• que = pronome relativo 
• o que importa = Aquilo que importa para mim são os meus filhos. 
Mais um exemplo: 
O que falta são recursos. 
O sujeito do verbo faltar é o pronome relativo que. O verbo ser concorda com o 
predicativo do sujeito, que está no plural. Essa possibilidade de concordância foi 
abordada na aula específica (item 5.c da Aula 5 – Concordância parte 2). 
Políticos corruptos é o que não falta nesse país. 
Nessa construção, o sujeito de faltar é novamente o pronome relativo, presente no 
segmento “o que não falta”. 
O antecedente do pronome relativo, em todos esses casos, é o pronome demonstrativo 
“o”. 
Quando, em vez de sujeito, o pronome relativo é complemento verbal, todo cuidado é 
pouco com a preposição exigida pelo verbo da oração adjetiva. 
Preciso saber no que ele pensa. 
Alguém pensa em alguma coisa. O verbo pensar rege a preposição em. 
Já o verbo saber, da primeira oração, é transitivo direto (alguém sabe alguma coisa). 
(eu) preciso saber isso: "aquilo em que ele pensa”. 
O registro culto formal da construção deveria ser, portanto: 
Preciso saber o em que ele pensa. 
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Já vamos começar a nos ambientar com a divisão dos períodos. 
Para visualizar melhor, vamos dividir o período em orações: 
1ª oração - Preciso saber o (= isso) 
2ª oração - em que ele pensa. (A preposição é exigida pelo verbo pensar; por isso, 
pertence à segunda oração). 
Em virtude disso, há erro de regência em construção como esta: 
O que mais gosto é chocolate. 
Alguém gosta de alguma coisa. Há necessidade de se empregar a preposição antes do 
elemento que representa essa “coisa”: 
O de que mais gosto é chocolate. 
Só que a proximidade do “o” com a preposição “de” acabou formando, na linguagem 
coloquial: Do que eu mais gosto é (de) chocolate. 
Essa forma recebe a simpatia de muitos gramáticos, embora não seja endossada pelos 
puristas. 
Vamos reproduzir as palavras de Bechara, em seu maravilhoso “Lições de Português 
pela Análise Sintática”: 
“Com freqüência, a preposição que deveria acompanhar o relativo emigra para o 
antecedente deste relativo: 
 Não sei no que pensas (por “o em que”) 
 “Agora, já sabe a fidalga no que ele estraga o dinheiro” 
Estas emigrações de preposição para o antecedente do relativo tornam a construção 
mais harmoniosa e espontânea. Os seguintes exemplos de RUI BARBOSA, embora 
gramaticalmente corretos, trazem o selo do artificialismo: 
 “Assim me perdoem, também, os a quem tenho gravado, os com quem 
houver sido injusto, violento, intolerante...”(Oração aos Moços, 23) 
 “Os meus serão os a que me julgo obrigado...” (Ibid, 61)” 
Acredite: isso já caiu em prova recentemente!!! 
A banca foi Fundação José Pelúcio Ferreira (quem?????...rs...) e a prova foi para o 
cargo de Fiscal da Prefeitura de Porto Velho – RO. Analise o item e me diga se está 
certo ou errado. 
Era eu o a quem vinham referindo-se como mau gestor da coisa pública 
A banca buscava o item com “mau uso do pronome relativo” e esta construção 
encontrava-se na opção A (maldade!!!). Muita gente marcou e partiu para o abraço. 
Pobrezinhos!!! Um aluno, que me encaminhou a dúvida, questionou: “Professora, essa 
questão não está malfeita?”. 
Minha resposta foi: “Não, meu querido, ela está PERFEITA.” 
Para ficar bem claro que esse “o” está em posição correta, troque-o por outro pronome 
– que tal “aquele”? Vamos lá. 
“Era eu AQUELE a quem vinham referindo-se...” 
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O verbo REFERIR-SE rege a preposição “a” (alguém se refere A alguma coisa). Como o 
pronome relativo “quem” sempre se refere a “pessoa” e vem sempre preposicionado, 
está certinha a construção. 
 
Vamos, agora, analisar uma questão de prova da ESAF. 
 
12 - (Analista Comércio Exterior/ 1998) 
Marque o item sublinhado que apresenta erro gramatical ou impropriedade 
vocabular. 
A primeira expedição científica à(A) Amazônia foi feita em 1638 por George 
Marcgrave, um naturalista alemão. Até o final do século XVII, o que se 
procuravam(B) eram animais exóticos, dentro da ótica do "estranho mundo novo": 
peixe que dá choque, aranhas gigantes, mamíferos que vivem submersos nos rios. 
Nos séculos seguintes, o objetivo passou a ser a coleta do maior número possível de 
bichos de diferentes espécies. Até os anos 40, os museus estrangeiros pagavam 
coletores profissionais(C) para levar espécimes(D) da fauna e flora nacionais(E) para 
suas coleções. O Brasil só assumiu a pesquisa científica na Amazônia há poucas 
décadas. Agora, a idéia é conhecer para preservar. 
a) A 
b) B 
c) C 
d) D 
e) E 
 
O gabarito foi letra B 
ACORDO ORTOGRÁFICO: A palavra “ideia” não recebe mais acento agudo. 
O tema era concordância verbal com construção de voz passiva. Na passagem, 
podemos observar a forma abordada neste último ponto – pronome demonstrativo “o” 
acompanhado do pronome relativo “que”. 
Vamos aproveitar para relembrar um pouco de sintaxe de concordância. 
Quando um verbo de transitividade direta ou direta e indireta estiver acompanhado do 
pronome se, todo cuidado é pouco: poderemos estar diante de uma construção de voz 
passiva. 
Para confirmação, temos de fazer duas perguntas: 
1 – O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? 
2 – Existe uma ideia passiva na construção? 
Se ambas as respostas forem SIM, estamos diante de uma construção de voz passiva 
e, então, o verbo deverá se flexionar de acordo com o sujeito paciente. 
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A existência de um objeto direto na transitividade do verbo é necessária pois, como 
vimos na aula sobre verbos, o objeto direto da construção de voz ativa irá exercer a 
função essencial de sujeito da voz passiva. 
Na questão de prova ora comentada, “o que se procuravam eram animais exóticos”, 
temos de fazer duas análises: a primeira, em relação à construção: 
 
1ª pergunta: O verbo é transitivo direto (TD) ou transitivo direto e indireto (TDI)? 
Resposta: O verbo procurar é transitivo direto (alguém procura alguma coisa). 
2ª pergunta: Existe

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