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Aulas 09 e 10 semestre 2017-1 Geologia do Brasil 0800055 Principais bacias da Margem Leste (continuação) Principais bacias da Margem Leste (continuação) Correlação entre padrões de preenchimento das Bacias Jacuípe, Camamu-Almada, Jequitinhonha e Cumuruxatiba na Margem Leste: • Registram eventos importantes relacionados à tectônica do sal Evaporitosformando domos e diápiros salinos Principais bacias da Margem Sul (ou sudeste-sul) Principais bacias da Margem Sul (ou sudeste-sul) Bacias e padrões gerais de preenchimento • ESPÍRITO-SANTO - MUCURI Registros mais antigos de processos distensivos correspondem a diques de diabásio, sucedidos por derrames toleíticos da Formação Cabiúnas (aprox. 120-140 Ma), sobre os quais se assentam os sedimentos iniciais da fase rifte na bacia; Ascensão marcada de evaporitos; Ao norte, há ainda a ocorrência de um complexo de cones vulcânicos cenozóicos importante, o Complexo Abrolhos (40-60 Ma), que registra eventos magmáticos mais recentes de afinidade alcalina, e se estende ainda para as bacias de Cumuruxatiba-Jequitinhonha • CAMPOS Tanto a bacia de Campos quanto a Bacia de Santos, se alojam sobre um grande platô Platô de São Paulo, uma região onde o substrato corresponde a uma largura total maior da crosta distendida, durante o rifteamento, quando comparada ao restante da margem. Esta é recoberta pela ocorrência expressiva de evaporitos Aptianos, e limita-se por uma escarpa abrupta, em parte correspondente também ao término destas litologias. A Bacia de Campos possui como embasamento econômico rochas vulcânicas (Formação Cabiúnas – 120-130 Ma), que se intercalam com arenitos e vulcanoclásticas; Estas são sucedidas pela fase de abertura de rifte continental, e na sequência pelo estágio de transição onde há a invasão marinha e a precipitação dos evaporitos. As fases seguintes correspondem à sedimentação em margem passiva rasa, e por fim, em sistema marinho profundo. Pré-Sal: antecede o estágio de transição... Alto de Cabo Frio – originado por vulcanismo terciário (cones) – limite entre Campos e Santos • Fases sin-rifte, transicional e marinha • SANTOS Evolução similar à Bacia de Campos, com o registro de uma fase rifte basal; um sequência transicional intermediária e as sequências de margem passiva no topo, associada a subsidência térmica durante a deriva continental; Se estende do limite norte com a Bacia de Campos (Alto de Cabo Frio), até o alto de Florianópolis, ao sul; Registro do Magmatismo na Bacia - Formação Camboriú - derrames entre 120 e 130 Ma; (correlacionável com a Formação Cabiúnas da Bacia de Campos). - Província de Cabo Frio - Magmatismo mais tardio, formado por uma sequência de cones vulcânicos alinhados de afinidade alcalina; -Idade média entre 40 e 60 Ma. Notar diápirossalinos e “embasamento” vulcânico Montes submarinos alcalinos • PELOTAS • PELOTAS Registra em algumas porções basais resquícios/relictos de rochas sedimentares da Bacia do Paraná, além de rochas vulcânicas abundantes; É uma bacia de estruturação pouco complexa, que não registra o estágio de transição: a abertura é bastante rápida, e a bacia registra pouquíssimos depósitos continentais, entrando quase diretamente em fase marinha; O registro da sequência evaporítica na Bacia de Pelotas é conhecido apenas na porção norte, sobre a Plataforma de Florianópolis, onde ocorre delgada unidade de anidrita e carbonatos. A ausência de evaporitos dá à bacia um aspecto monótono, pouco deformado, em claro contraste com o resto das bacias da margem brasileira. Eventos magmáticos na Bc. de Pelotas: - Formação Imbituba - Derrames toleíticos com idade média de 125 Ma; - Correlacionáveis com a Formação Cabiúnas (Bacia de Campos) e Formação Camboriú (Bacia de Santos); - Magmatismo síncrono a estágios finais da Formação Serra Geral da Bacia do Paraná (?) - Alto de Florianópolis: - Marcado pela ocorrência de Traquiandesitos, com idades em torno de 102 Ma Feição morfológica importante – Cone de Rio Grande: - espesso pacote de sedimentos pós-Paleoceno associada a altas taxas de sedimentação e rápido soterramento, com até 6000 metros; - na área, são abundantes as estruturas ligadas à movimentação gravitacional de argilas mergulho-abaixo; - Rápido soterramento – preservação da M.O e potencial para a geração de de gás nos níveis estratigráficos superficiais; • Recursos Econômicos: alguns conceitos importantes nas bacias - sistema petrolífero, plays e prospectos • O sistema Pré-Sal • Primeira descoberta em 2006: acumulação gigante de gás e condensado de petróleo; • Possível devido ao desenvolvimento de novas tecnologias (sísmica 3D) • Área que se estende do ES a SC; • Exploração em água ultraprofundas: 7-8 mil metros a partir da superfície do mar (4-6 mil metros em subsuperfície); • Grandes volumes de óleo leve (alta qualidade e maior valor de mercado); Os dados atuais demonstram que a produção diária de petróleo no pré-sal passou da média de aproximadamente 41 mil barris por dia, em 2010, para o patamar de 1 milhão de barris por dia em meados de 2016; Crescimento de quase 24 vezes. A marca de 1 milhão de barris de petróleo por dia no pré-sal foi atingida em menos de dez anos depois da primeira descoberta (contribuição aproximada de 52 poços principais). Pré-Sal na Bacia de Santos: O volume produzido por poço no pré-sal da Bacia de Santos está muito acima da média comum da indústria petrolífera. Dos dez poços com maior produção no Brasil, nove estão localizados nessa área. O mais produtivo está no campo de Lula, com vazão média diária de 36 mil barris de petróleo por dia. • O sistema Pré-Sal – contexto de formação Constitui o reflexo da evolução do rifte de uma bacia continental para transicional, e finalmente marinha Arai (2009) Dava-se neste momento a formação de uma camada de sal que atualmente chega até 2 mil metros de espessura. Essa camada de sal depositou-se sobre a matéria orgânica acumulada, retendo-a por milhões de anos, até que processos termoquímicos a transformasse em hidrocarbonetos (óleo e gás natural). • O Sistema petrolífero Pré-Sal As características gerais divulgadas para o pré-sal, indicam como: • Rochas geradoras: dominantemente folhelhos lacustres, pertencentes à formação Lagoa Feia (Bacias de Campos e ES) e Guaratiba (Bacia de Santos); • Rochas Selantes: pelitos depositados em fase rifte, e o sal da fase transicional; • Rochas reservatório: calcários (esteiras estromatolíticas ou inorgânicos?) e alguns arenitos e conglomerados. Papaterra (2010) Fonte: Carlos Tadeu Fraga (CENPES) Principais bacias Cenozoicas – Terciário e Quaternário *Termo Terciário: apesar de consagrado, atualmente em desuso (= Paleógeno e Neógeno) A sedimentação Cenozoica no Brasil é registrada na forma de Bacias Interiores e coberturas recentes, formando também depósitos inconsolidados ao longo de todo o território. Quanto às bacias, em nível nacional as mais expressivas são, conforme o mapa anterior, as Bacias do Pantanal e Bananal (Quaternárias), de maior área de ocorrência; e as bacias relacionadas ao sistema de riftes Cenozoicos do Sudeste, onde as principais são a de Taubaté e Itaboraí. A Bacia do Pantanal consiste em uma bacia moderna (Quaternária) de grandes dimensões que está em desenvolvimento, caracterizando-se por processos atuais de subsidência e sedimentação. Grande bacia Cenozoica intraplaca; A percepção de que o Pantanal é uma bacia sedimentar moderna (Almeida 1945), decorre da constatação da existência de pelo menos 100 m de espessura de sedimentosquaternários. Atualmente sabe-se que esta espessura é próxima dos 600 m; A área-fonte dos sedimentos está dominantemente a leste da bacia, sendo produto da erosão das rochas paleozóicas da Bacia do Paraná. Dominada por sedimentação fluvial- aluvial, com grandes sistemas de leques (maior delesMegaleque do Taquari) A Bacia do Bananal também corresponde à expressiva acumulação de sedimentos fluviais no Quaternário, sendo constituída por pacotes de sedimentos depositados nas margens do Rio Araguaia (Formação Araguaia); É representada por uma sucessão de camadas que se inicia por conglomerados basais, seguidos por siltes e areias pobremente estratificadas; A Planície do Bananal foi gerada por abatimentos de idade mesocenozoica, os quais foram responsáveis também pelo preenchimento da planície por espessos pacotes de sedimentos quaternários (Formação Araguaia). Bacias relacionadas aos riftes Cenozoicos de Sudeste (ou Terciárias...) O Sistema de Riftes Cenozoicos do Sudeste no Brasil tiveram origem entre o final do Neocretáceo e o Eopaleoceno, datados a partir da idade de fósseis de moluscos das camadas basais da pequena bacia de Itaboraí; Estas bacias depositaram-se em grábens supostamente formados pela reativação de antigas falhas transcorrentes, por processos neotectônicos, ligados à evolução da costa brasileira. Estas constituem diversas e pequenas bacias alongadas de reduzida espessura sedimentar, destacando-se as bacias de Itaboraí e Taubaté (Outras: Volta Redonda, Resende, São Paulo, Curitiba...). A mais antiga bacia nestes sistemas é a bacia calcária de São José de Itaboraí, em Itaboraí (RJ), situada no interior do rifte da Guanabara, entre a Serra dos Orgãos e os Maciços Litorâneos; A Bacia de Taubaté é a maior bacia desse sistema de riftes terciários da região sudeste, sendo controlada por grandes falhas de direção NE; O preenchimento sedimentar da bacia é associado a ambientes continentais lacustres e fluviais. Os eventos tectônicos responsáveis pela formação destas bacias Cenozoicas também controlou o posicionamento das intrusões alcalinas que se estendem desde Poços de Caldas, até o Morro de São João (RJ).
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