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Introdução a Biossegurança Patrícia Borelli Noronha Histórico • Década de 70 – construção do conceito de biossegurança- reunião na Califórnia- discussão sobre impacto da engenharia genética na sociedade- considerado práticas preventivas do trabalho contra agentes patogênicos para o homem • Década de 80 – OMS incorpora os riscos periféricos (riscos químicos, físicos e ergonômicos) em ambientes laboratoriais que trabalham com agentes patogênicos para o homem • Década de 90 – Mudanças significativas no conceito de biossegurança- inclusão de temas como ética em pesquisa, meio ambiente, animais e processos envolvendo tecnologias de DNA recombinante (seminário do Instituto Pasteur- Paris) Histórico • Lei nº8.974 de 5 de janeiro de 1995 – evolução no que se refere ao uso de normas e técnicas seguras em laboratórios e serviços de saúde • Portaria nº228-28 de abril de 1998- Ministério do Exército- conceitua a biossegurança como • “conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando a saúde do homem e animais, a preservação do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.” Definições • Biossegurança ou segurança biológica – Conjunto de conhecimentos, hábitos, comportamentos e sentimentos associados a técnicas e equipamentos com a finalidade de se desenvolver de forma segura uma atividade – Condições nas quais os agentes infecciosos podem ser seguramente manipulados e contidos de forma segura Biossegurança legal Biossegurança no Brasil • Organismos geneticamente modificados (lei 8.974- 05/01/1995) tem sua atenção voltada para os riscos relativos as técnicas de manipulação de organismos geneticamente modificados. • Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio) que integra profissionais de diversos ministérios e indústrias biotecnológicas Exemplos: alimentos transgênicos Alimentos Transgênicos Prática da biossegurança • Indústrias, Hospitais • Estabelecimentos ligados a saúde • Laboratórios de saúde pública, análise clínicas • Hemocentros, universidades – Prevenção dos riscos gerados envolvidos em processos em que o risco biológico se faz presente ou não Componentes vitais da biossegurança Componentes Ocupacional Condições de segurança no espaço laboratorial (instalações elétricas, hidráulicas, manuseio, descarte de substs químicas e materiais biológicos e fatores ergonômicos do ambiente) Educacional Perfil de qualificação compatível com as exigências do trabalho Social Programas de qualidade de vida Informacional Informação trabalhadores e mídia Normativo Ações reguladoras internas e externas necessárias para as atividades laboratoriais Organizacional Organização da empresa Tecnológico Tecnologias e prática pela instituição Biossegurança 14 Saúde • De acordo com a OMS é o estado de relativo equilíbrio da forma e função do organismo, resultante do ajustamento dinâmico e satisfatório das forças que podem perturbá-lo. • Luta permanente entre organismo do hospedeiro e dos estímulos que tentam romper este equilibrio Saúde Pública no Brasil... Assim dá pra seguir as normas de biossegurança?? Mundo ideal... Segurança no trabalho Segurança no trabalho Princípios e cuidados • Desenvolver a biossegurança no ambiente de trabalho Avaliação da biossegurança no contexto global da instituição – Aplicar com planejamento as ferramentas da qualidade (ex. normas ISO 9000- Organização Internacional para Padronização) – Aplicar com planejamento normas da série OHSAS (Occupational Health and Safety Administration) 18000 que estabelece padrões básicos de segurança e higiene no trabalho. Normas básicas de segurança no ambiente de trabalho Riscos Mecanismos de contenção 1. Técnicas e práticas de laboratório 2. Equipamentos de segurança 3. Design do laboratório Técnicas e práticas de laboratório 1. Aplicação de práticas e técnicas consideradas padrão em microbiologia 2. Treinamento e atualização de trabalhadores que manipulam agentes infeccciosos em relação às técnicas de biossegurança 3. Manual de biossegurança desenvolvido por cada laboratório identificando riscos e como contorná-los Equipamentos de segurança • Considerados barreiras primárias de contenção • Visam a proteção do trabalhador e ambiente laboratorial junto às boas práticas laboratoriais • Classificados como: – EPI equipamento de proteção individual (óculos, luvas, calçados, jaleco...) – EPC equipamento de proteção coletiva (cabines de segurança biológica, chuveiros de descontaminação, extintores de incêndio...) Design do laboratório • Importante e proporciona uma barreira física capaz de proteger o trabalhador dentro do laboratório Programa de controle médico de saúde ocupacional (PCMSO) • PCMSO (NR-7) – Preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores nas empresas ou instituições Caráter preventivo- deve ser instituído independente do número de trabalhadores em todas as empresas – Coordenado pelo médico do trabalho Inclui: exame de saúde admissional, periódico, de retorno ao trabalho, de mudança de função e demissional PCMSO Exames admissionais Realizados antes do trabalhador inciar suas funções Exames periódicos de saúde Para estabelecimentos com pessoas expostas a riscos ou situações que possam desencadear ou agravar doenças ocupacionais. Em portadores de doenças crônicas deverão ser realizados anualmente ou em intervalos menores Riscos aos trabalhadores • Risco: – Condição biológica, química ou física que apresenta potencial para causar dano ao trabalhador, produto ou ambiente – Modifica de acordo com o tipo de trabalho • Ao longo do tempo comprometem gradativamente a saúde do trabalhador resultando nas doenças do trabalho • Adicional de insalubridade e de periculosidade Metodologia para o levantamento de riscos • 2 grupos: – Retrospectivas (baseadas em antecedentes) • Lista de atos e condições inseguras • Árvore de causas – Prospectivas de caráter exploratório (permitem a antecipação) • Método LEST • Mapa de risco (mais utilizado) Riscos ocupacionais • Fatores existentes no processo de trabalho capazes de gerar acidentes, doenças e outros agravos à saúde do trabalhador. • Podem ser caracterizados de acordo com: – natureza da fonte – área de alcance de ação – relação com o exercício da atividade – relação com o tipo de lesão (aguda ou crônica) Cargas de trabalho • Resultante de diversos elementos que interatuam dinamicamente no processo de trabalho • Consideradas em 3 dimensões interrelacionadas: – Físicas – Cognitivas – Psíquicas • Para a ergonomia são determinadas por fatores relativos aos processos de trabalho como: – Organização do trabalho – Condições ambientais – Fatores do indivíduo (sexo, idade, nível de aprendizagem, estado de saúde, emocional, motivação, interesse) MAPA DE RISCO • Ferramenta desenvolvida a partir da experiência do trabalhador • Objetivo de melhorar as condições de trabalho prevenindo a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais – Identificação e avaliação de riscos – Adoção de medidas preventivas (programa de controle médico e de saúde ocupacional- PCMSO) MAPA de RISCO (MR) • Anos70: – Importância do processo de reforma sanitária italiana, lei nº833 de 23/9/78 que instituiu o Serviço Sanitário Nacional (artigo 20) – MR obrigatório no Brasil para empresas regidas pelo CLT (Consolidação das leis trabalhistas) • Portaria nº5 de 17/8/92 do Ministério do Trabalho alterou a NR-9 atribuindo a CPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) a confecção do MR • Portaria nº25 de 29/12/94 transferiu a NR-9 para NR-5 apresentando roteiro para construção do MR • Em 1999 houve alteração para a portaria nº8 (23/9/99) construção do MR com outras metodologias Construção do MR • Levantamento e sistematização do processo de produção 1. Fluxograma de produção (identificação de passos do processo de trabalho) 2. Descrição dos equipamentos e instalações 3. Descrição dos produtos, materiais e resíduos 4. Descrição das equipes de trabalho 5. Descrição das atividades dos trabalhadores 6. Preenchimento da tabela. Grupos de risco; local/atividade; sintomas/sinais; acidentes/doenças; recomendações • Construção da representação gráfica Riscos Grupo Riscos Grupo 1 Riscos Físicos – Identificado pela cor verde Ruído, calor, frio, pressão atmosférica, radiações ionizantes e não ionizantes, vibração. Grupo 2 Riscos químicos- identificados pela cor vermelha Poeiras, fumos, gases, vapores, névoas, neblinas, substâncias químicas em geral Grupo 3 Riscos biológicos- identificados pela cor marrom Fungos, bactérias, parasitas, protozoários Grupo 4 Riscos ergonômicos- identificados pela cor amarela Esforço físico intenso, levantamento e transporte manual de peso, repetitividade Grupo 5 Riscos de acidentes- identificados pela cor azul Máquinas e equipamentos, iluminação inadequada, eletricidade... Classificados em grupos e se for um laudo pericial sugere-se adotar a classificação utilizada pela legislação brasileira: Mapa de risco
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