Buscar

Mapa de Risco legislação e elaboração

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA tem como objetivo prevenir doenças e acidentes no trabalho e promover a saúde e integridade física dos trabalhadores. Tem sua regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por intermédio da Norma Regulamentadora n° 5 (NR-5). Ela tem papel fundamental nos programas de saúde e segurança do trabalho, sendo a responsável pela elaboração da SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho). O objetivo do evento é desenvolver a consciência e orientar os colaboradores sobre a importância da prevenção de acidentes, normas de seguranças e a utilização dos EPIs. (MEDERIROS, 2017).
A elaboração de Mapas de Riscos está mencionada na alínea “a”, do item 5.16 da NR 05, com redação dada pela Portaria nº 25 de 29/12/1994: “identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o MAPA DE RISCOS, com a participação do maior numero de servidores, com assessoria do SESMT, onde houver”. Com base na Norma regulamentadora n° 5, do (MET), portaria n.º 3.214 de 08 de junho de 1978, os riscos presentes no ambiente de trabalho deverão ser representados em plantas baixas ou esboço do local (croqui) e os tipos de riscos relacionados a eles. Após a definição dos riscos e elaboração dos mapas, esses deverão ser afixados em locais visíveis em todas as seções para o conhecimento dos trabalhadores, permanecendo no local até uma nova gestão da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), quando, então, os mesmos deverão ser refeitos. (BRASIL,).
Dentre os objetivos do Mapa de Riscos estão:
· Reunir informações suficientes para o estabelecimento de um diagnóstico da situação de segurança e saúde no trabalho do estabelecimento; 
· Possibilitar a troca e divulgação de informações entre os servidores, bem como estimular sua participação nas atividades de prevenção. (EMBRAPA, 2015).
	ETAPAS DE ELABORAÇÃO DO MAPA DE RISCOS
	1. Conhecer o processo de trabalho no local analisado: - os servidores: número, sexo, idade, treinamentos profissionais e de segurança e saúde, jornada de trabalho; - os instrumentos e materiais de trabalho; - as atividades exercidas; - o ambiente;
	2. Identificar os riscos existentes no local analisado;
	3. Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia: - medidas de proteção coletiva; - medidas de organização do trabalho; - medidas de proteção individual; - medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer, etc;
	 4. Identificar os indicadores de saúde: - queixas mais freqüentes e comuns entre os servidores expostos aos mesmos riscos; - acidentes de trabalho ocorridos; - doenças profissionais diagnosticadas; - causas mais frequente de ausência ao trabalho;
	5. Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local;
	6. Elaborar o Mapa de Riscos, sobre o layout do órgão, indicando através de círculos: - o grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada; - o número de trabalhadores expostos ao risco; - a especificação do agente (por exemplo: químico – sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico – repetitividade, ritmo excessivo); - a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos círculos.
Adaptado Embrapa, 2015. 
O grupo de risco ocupacional, representados pela cor verde, que por sua vez referem-se aos riscos de exposição aos mais variados tipos de ruído, calor, frio, pressão atmosférica anormal, umidade extrema, radiações ionizantes, não ionizantes, vibrações, entre outros (SANGIONE et al., 2013).
 A cor vermelha representa o grupo dois de risco ocupacional, risco químico, relacionado à exposição a poeiras, fumos, gases, névoas, neblinas, etc., provocados por substâncias, compostos ou produtos químicos (BAHIA, 2001).
 O grupo três de risco ocupacional, risco biológico, indicado pela cor marrom, representa a exposição de indivíduos à contaminação por variados microrganismos, como fungos, bactérias, vírus, protozoários, parasitas, além de insetos, organismos geneticamente modificados (OGM’s), animais usados em experimentos e materiais oriundos de seres vivos (sangue, urina, fezes, etc.), podendo gerar contaminações graves ao ser humano (SOUZA et al., 2013). 
O grupo de risco ocupacional ergonômico, sendo representado pela cor amarela. Esse risco relaciona-se às atividades rotineiras dos indivíduos envolvidos, ressaltase a esse risco problemas ocasionados por trabalho noturno, repetitividade, ritmo excessivo de trabalho, transporte e levantamento de peso, monotonia, etc. Portanto, considera-se o risco ergonômico como qualquer ocorrência que interfira nas características psíquicas ou fisiológicas do indivíduo, gerando desconforto ou afetando sua saúde (GARCIA et al., 2004). 
Por último, a cor azul representa o grupo de risco ocupacional de acidente. Esse risco está relacionado à inadequação de área física e de equipamento, iluminação inadequada, por incêndio e explosão, por eletricidade, equipamentos sem proteção, quedas, animais peçonhentos, entre outros (BAHIA, 2001).
1.  Identificar possíveis riscos à saúde em laboratório farmacêutico ▪
O Mapa de Riscos é a representação gráfica dos riscos de acidentes nos diversos locais de trabalho, inerentes ou não ao processo produtivo, devendo ser afixado em locais acessíveis e de fácil visualização no ambiente de trabalho, com a finalidade de informar e orientar todos os que ali atuam e outros que, eventualmente, transitem pelo local. (EMBRAPA, 2015).
De acordo com a Portaria nº 25, o Mapa de Riscos deve ser elaborado pela CIPA, com a participação dos trabalhadores envolvidos no processo produtivo e com a orientação do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) do estabelecimento, quando houver. É considerada indispensável à colaboração das pessoas expostas ao risco. (EMBRAPA, 2015).
Tabela 01- Descrição dos Riscos Ambientais
	RISCOS AMBIENTAIS
	Grupo I
	Grupo II
	Grupo III
	Grupo IV
	IV Grupo V
	Poeira
	Ruído
	Vírus
	Trabalho físico pesado
	Arranjo físico deficiente
	Fumos Metálicos
	Vibração
	Bactérias
	Posturas incorretas
	Máquinas sem proteção
	Névoas
	Radiações ionizantes e não ionizantes
	Fungos
	Treinamento inadequado inexistente
	Matéria-prima fora de especificação
	Gases
	Pressões anormais
	Protozoários
	Jornadas prolongadas de trabalho
	Equipamentos inadequados defeituosos ou inexistentes
	Vapores
	Temperaturas extremas
	Bacilos
	Trabalho noturno
	Ferramentas defeituosas inadequadas ou inexistentes
	Produtos químicos em geral
	Frio, Calor
	Parasitas
	Responsabilidade, conflito, tensões emocionais
	Iluminação deficiente
	Substâncias, compostos ou produtos químicos em geral.
	Umidade
	
	Desconforto, monotonia
	Armazenamento, eletricidade, incêndio, edificações/inseto, cobras, aranhas e etc.
Adaptado,
Com as informações anotadas, a CIPA deve fazer uma reunião para examinar cada risco identificado na visita ao órgão. Nesta fase, faz-se a classificação dos perigos existentes conforme o tipo de agente, de acordo com a Tabela de Riscos Ambientais. Também se determina o grau ("tamanho"): pequeno, médio ou grande. (EMBRAPA, 2015)
A intensidade do risco também deve ser explicitada, e esta é demostrada através de círculos com diâmetros diferentes, que indicam pequena, média e grande gravidade nas diversas atividades. A cor do círculo representa o tipo de risco. (BAHIA, 2001).
Caso haja a necessidade de orientações ou recomendações nos locais de trabalho, as mesmas devem constar no Mapa de Riscos, através de negociação com os membros da CIPA e do SESMT. O Mapa de Riscos deve ficar em local visível, alertar sobre os riscos de acidentes em cada ponto marcado com os círculos. O objetivo é conscientizar sobre os riscos e contribuir para eliminá-los, reduzi-los ou controlá-los. (EMBRAPA, 2015).
 O mapa é dinâmico, podem ser acrescentados novos círculos, por exemplo, quando se começa um novo processo, se constrói uma nova seção no Órgão ou Entidadeou se descobre perigos que não foram encontrados quando se fez o primeiro mapa. Os círculos mudam de tamanho, desaparecem ou surgem. Deve ser revisado quando houver modificações importantes que alterem a representação gráfica (círculos) ou no mínimo de ano em ano, a cada nova gestão da CIPA. (EMBRAPA, 2015).
O agente mapeador é uma pessoa capacitada para elaborar o Mapeamento de Riscos Ambientais na empresa. (EMBRAPA, 2015).
Tabela 2 - Características do agente mapeador 
	CARACTERISTICAS NCESSÁRIAS
	Observação
	Educação / descrição
	Percepção
	Bom senso
	Criatividade
	Capacidade de organização
	Visão Global
	Receptividade a segurança
	Objetividade, poder de síntese
	Persistência/ agente de mudança
	Capacidade de comunicação
	Simpatia
Adaptado
O mapeador deve conhecer os membros que compõem a Cipa e o Serviço de Engenharia de Segurança e Medicina Trabalho. Deve também conhecer elementos básicos de segurança patrimonial, como o bombeiro industrial e a vigilância.O mapeador deve conhecer como funcionam os diversos setores do órgão em que trabalha (produção, administração, suprimentos etc.). O agente mapeador deve ter noção de responsabilidade civil e criminal nos acidentes do trabalho, de acordo com a legislação. (EMBRAPA, 2015).
Cabe ao mapeador, ainda, solicitar apoio de outros profissionais para conhecer melhor as atividades desenvolvidas nos diversos setores dos órgãos, tais como: centro de processamento de dados, departamento jurídico, departamento de recursos humanos (com suas áreas de assistência social, psicologia do trabalhador, setor de pessoal, seleção e recrutamento), projeto e desenvolvimento de produtos etc.( EMBRAPA, 2015)
Segundo, Embrapa 2015, são as seguintes fazes do trabalho do agente:
· Levantamento dos riscos; 
· Elaboração do mapa; 
· Análise dos riscos; 
· Elaboração do relatório;
· Apresentação do trabalho;
· Implantação e acompanhamento; 
· Avaliação.
MEDEIROS, Maria; ARRUDA, Fábio; SAMENE, Sarah. Caso: plano estruturado da CIPA de engajamento da força de trabalho no Porto de Ponta da Madeira. Revista de Ciência & Tecnologia, v. 21, n. 41, p. 73-85, 2017. Disponível em:<https://www.metodista.br/revistas/revistas-unimep/index.php/cienciatecnologia/article/view/4069/2235>. Acesso em: 31 Maio. 2020.
EMBRAPA. Gado de Corte. Manual da Cipa. Dezembro de 2015. Disponível em: <https://cloud.cnpgc.embrapa.br/cipa/files/2015/01/MANUAL-DA-CIPA-dezembro-2015.pdf>. Acesso em: 01 Maio. 2020.
BAHIA. Secretaria da Saúde. Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde. Diretoria de Vigilância e Controle Sanitário. Universidade Federal da Bahia. Instituto de Ciências da Saúde. Manual de Biossegurança. Salvador: 2001.
GARCIA, L. P.; ZANETTI-RAMOS, B. G. Gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde: uma questão de biossegurança. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 3, p. 744-752, 2004.
SOUZA, L. P. S. et al. Mapeamento dos riscos ambientais do laboratório de análises clínicas de um hospital de ensino: relato de experiência. Revista Eletrônica Gestão & Saúde, v. 4 , n. 1, p. 1791- 1799, 2013.
SANGIONE, L.A et al. Princípios de biossegurança aplicados aos laboratórios de ensino universitário de microbiologia e parasitologia. Ciência Rural, Santa Maria, v. 43, n. 1, p. 91-99, 2013.

Continue navegando