Resumo de Direito do Trabalho Av Bimestral 2 B DN7B

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Resumo de Direito do Trabalho – Av. Bimestral 2º B 
Contrato de Trabalho – Art. 442 da CLT – o contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego.
Parágrafo único – qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados,nem entre estes e os tomadores de serviços daquela.
Art. 442-A – para fins de contratação, o empregador não exigirá do candidato a emprego comprovação de experiência prévia por tempo superior a 6 meses no mesmo tipo de atividade.
b) Natureza Jurídica do Contrato de Trabalho – contratual
c) Características do Contrato de Trabalho:
Direito Privado – as partes estão limitadas às normas trabalhistas e estabelecem seu próprio regulamento.
Consensual – não é solene, não depende de formas especiais para ter validade, bastando simples consentimento das partes.
Sinalagmático –é aquele que as partes se obrigam mutuamente, significa, que é uma convenção, as partes se obrigam entre si, é um contrato bilateral em que cada uma das partes se obriga à uma prestação.
Comutativo – é o conhecimento prévio pelas partes, o empregado sabe quanto receberá pelos serviços prestados e o empregador sabe quais atividades laborais poderá exigir do empregado.
Trato Sucessivo – não é instantâneo, não se exaurindo em uma única prestação, deve ser continuado decorrente de uma série de operações.
Oneroso – o empregador deve pagar ao menos um salário mínimo ao empregado.
d) Condições de Validade de um Contrato de Trabalho:
* agente capaz, forma prescrita ou não defesa em lei, objeto lícito, expresso ou tácito, indeterminado (regra geral) e determinado – Art. 445 da CLT.
Contratos por Prazo Determinado
Conceito – forma de contrato só admitido em lei, é um contrato flexível de trabalho porque distancia do contrato a tempo e duração indeterminada, que é principal figura contratual da sociedade industrial, com transposições para alguns setores de serviços, mas incompatível com atividades de avanço da tecnologia do século XX e dos sistemas de produção adotados por alguns setores da economia moderna. 
Modalidades: 
Termo Certo – tem dia certo para terminar;
Termo Incerto – previsão da conclusão do serviço.
Hipóteses Legais – Art. 443, § 2° da CLT:
Serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo;
Atividades empresariais de caráter transitório;
Contrato de experiência – é uma modalidade de ajuste a termo, de curta duração, que propicia às partes uma avaliação recíproca, e possibilita ao empregador verificar as aptidões técnicas e o comportamento do empregado e este avaliar as condições de trabalho. No caso do contrato de experiência, suas características são : uma faculdade, qualquer função, é um contrato especial, somente por escrito (não admite forma oral), novo contrato para a mesma função.
Características do Contrato por Prazo Determinado:
Aplicável nas hipóteses das alíneas “a”, “ b” e “c” do Art. 443 da CLT.
Prazos do contrato de trabalho por prazo determinado – Art. 445 da CLT – o contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 anos, sendo que se for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo.
Prorrogação – Art. 451 CLT – o contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Exceção ao contrato de experiência. 
Fim do contrato e início do novo – Art. 452 CLT – considera-se por prazo indeterminado todo contrato que suceder, dentro de 6 meses, a outro contrato por prazo determinado, salvo se a expiração deste dependeu da execução de serviços especializados ou da realização de certos acontecimentos. 
Suspensão e Interrupção – Art. 472, § 2° - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a respectiva terminação. 
Efeitos rescisórios – se a rescisão se der pelo empregador, será devido a multa rescisória do Art. 479 com indenização de 50% do tempo restante do termo contratual. Se a rescisão for pelo empregado (Art. 480) sem justa causa, deverá indenizar o empregador dos prejuízos.
Férias 
Conceito – as férias são uma forma de interrupção do contrato de trabalho, em que o empregado tem direito de paralisar suas atividades, após 12 meses de trabalho na empresa, sem prejuízo de sua remuneração. Férias = remuneração e adicionais + 1/3.
Espécies de Férias:
Simples – serão remuneradas de forma simples – Art. 146 da CLT.
Dobradas – serão remuneradas em dobro, pois não foram gozadas no período concessivo correto.
Férias Indenizadas – corresponde ao período de férias cujo direito tenha adquirido.
Férias Proporcionais – corresponde ao período aquisitivo incompleto (proporção de 1/12 avos) com mais de 14 dias trabalhados (15 dias).
Férias Coletivas – são aquelas concedidas, por interesse do empregador ou em virtude de negociação coletiva, a todos os empregados da empresa ou de determinado estabelecimento ou setor da empresa.
Anualidade – contada do dia de início do contrato de trabalho (da admissão).
Obrigatoriedade – Art. 134 da CLT – as férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. 
Art. 135 CLT – a concessão das férias será participada, por escrito, ao empregado, com antecedência de, no mínimo 30 dias.
Art. 145 CLT – o pagamento da remuneração das férias e, se for o caso, o do abono de 1/3 serão efetuados até 2 dias antes do início do período concessivo.
Regime Parcial – Art. 130-A: na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias em proporções discriminadas nos incisos.
Ausência Justificadas – Art. 131 e Art. 473 do CLT.
Não terão direito às férias, o empregado que no curso do período aquisitivo: I – deixar o emprego e não for readmitido dentro de 60 dias; II – permanecer em gozo de licença com recebimento de salários mais de 30 dias; III – deixar de trabalhar com recebimento de salário por mais de 30 dias por paralisação parcial ou total dos serviços da empresa; IV – tiver recebido auxílio –doença ou por acidente de trabalho por mais de 6 meses. 
Férias Dobradas – Art. 137 – sempre que as férias forem concedidas após o período concessivo (12 meses), o empregador pagará em dobro as férias devidas.
Prazo Prescricional – Começa a ser contado para os trabalhadores urbanos e rurais, a partir do término do período concessivo, tendo o empregado 5 anos para reclamar a concessão das férias, estando em vigor o contrato de trabalho.
O empregado terá 2 anos a contar da cessação do contrato de trabalho, para propor a ação. Ajuizada a ação nesse prazo poderá reclamar as férias dos últimos 5 anos a contar do término do período concessivo correspondente. 
 FGTS 
Conceito- consiste em recolhimentos pecuniários mensais feitos pelo empregador em uma conta específica aberta em nome do empregado junto à CEF. O deposito deverá ser até o 7° dia de cada mês, corresponde à 8% da remuneração mensalmente.
Incide FGTS sobre valores de horas extras e outros adicionais de remuneração do empregado.
Não incide FGTS sobre lucros e participação da empresa, diárias e ajudas de custo que não excedam 50% salário, sobre férias indenizadas e sobre o abono de férias.
Incide FGTS nas hipóteses de interrupção do contrato de trabalho e em caso de suspensão para as hipóteses de: serviço militar obrigatório e licença de acidente de trabalho.
Incide FGTS sobre o aviso prévio trabalhado ou indenizado. 
A prescrição para o FGTS é de 30 anos e após a extinção do contrato de trabalho é de 2 anos. 
As contas do FGTS em nome do trabalhador são absolutamente impenhoráveis
Hipóteses de saque FGTS:
Com a extinção do contrato de Trabalho:
Dispensa sem justa causa, dispensa indireta, extinção por culpa recíproca e forçamaior;
Em caso de falecimento ou aposentadoria voluntária do trabalhador.
Em caso de extinção da empresa ou falecimento do empregador;
Na vigência do contrato de Trabalho:
Para pagamento de prestação do SFH;
Amortização do saldo devedor de financiamento imobiliário;
Pagamento total ou parcial para moradia própria.
Quando o empregado ou seus dependentes for acometido por câncer, HIV, ou estágio terminal de doença grave.
Trabalhador com mais de 70 anos
Em caso de desastre natural ou calamidade pública.
Multa de 40% do FGTS é devida em caso de dispensa se justa causa, dispensa indireta, por culpa recíproca ou força maior (mas em ambos os casos é de 20%), nos casos de dispensa por férias coletivas, em caso de extinção da empresa, falência.
Aviso Prévio
Conceito – notificação dada por uma das partes contratantes à outra, comunicando sua intenção de rescindir o contrato sem justa causa. 
Fundamentação legal – art. 7º, inciso XXI da CF, Art. 487 ao Art. 491 da CLT e Lei 12.506/2011. 
OBS: conforme a CF, a duração do AP deve ser proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias. 
A Lei 12.506/2011 regulou a proporcionalidade do AP de acordo com o tempo de serviço do empregado: cômputo do acréscimo ao AP:
Regra base – art. 1° da lei em seu caput – 30 dias, pouco importando a tempo de serviço; 
Regra adicional – art. 1°, parágrafo único – para cada ano de serviço em favor do empregado será acrescido 03 dias. Então 30 dias (1° ano) + 3 dias para cada ano a mais trabalhado, completo ou não. 
OBS: Súmula 441 TST- o direito ao AP proporcional ao tempo de serviço somente vigora para as rescisões ocorridas a partir de 13/10/2011 (lei 12.506).
A proporcionalidade só se aplica em dispensa sem justa causa ou de rescisão indireta do contrato de trabalho. 
Súmula 380 TST – aplica-se a regra do art. 132 do CC à contagem do prazo do AP, excluindo-se o dia do começo e incluindo o do vencimento. 
Súmula 44 TST – em caso de cessação da atividade da empresa é devido o AP
OBS: o AP integra o tempo de serviço para todos os efeitos legais, e durante o AP, o contrato de trabalho gera todos os seus efeitos. 
Se o empregador não quiser que o AP seja cumprido pelo empregado – gera o AP indenizável – art. 487, § 1° da CLT. 
A rescisão contratual só é efetiva após o prazo do AP. 
Súmula 305 TST – o pagamento relativo ao período de AP, trabalhado ou não, está sujeito à contribuição para o FGTS. 
Súmula 371 TST – no caso de concessão de auxílio-doença no curso do AP, só se concretizam os efeitos da dispensa depois de expirado o benefício previdenciário. 
OBS: somente a comprovação de que o empregado obteve um novo emprego exime o empregador do pagamento do AP. 
Súmula 348 TST – a estabilidade no emprego é incompatível com o instituto do AP. 
Art. 477, § 6° da CLT – o pagamento das verbas rescisórias deverá ser feito no 1º dia útil após o término do AP. 
Se o AP for indenizável o pagamento da VR deverá ser até o 10º dia após a comunicação do AP. 
Em caso de pedido de demissão o empregado deve conceder aviso prévio ao empregador, podendo este descontar do AP as faltas no período correspondente.
O AP pode ser reconsiderado, até antes do seu término, desde com a aceitação da outra parte (faculdade). 
O pedido de reconsideração e sua aceitação poderá ser tácita.
Em caso de justa causa pelo empregado durante o AP, implicará na perda dos direitos do período restante e das verbas indenizatórias. 
Extinção do Contrato de Trabalho 
O contrato de trabalho é caracterizado pelo haver consentimento mútuo das partes. Poderá se extinguir : 
* adimplemento da prestação ( prazo determinado), 
* por ato volitivo das partes, 
* impossibilidade de continuidade na execução do trabalho alheio à vontade das partes, 
* por inadimplemento das partes. 
Causas da dissolução: resolução, resilição unilateral, rescisão, extinção e revogação.
Resilição – ocorre quando as próprias partes desfazem o ajuste que haviam firmado no contrato de trabalho.pode ser mútuo ou unilateral.
Distrato – forma de resilição, onde há o acordo mútuo para a extinção do contrato de trabalho.
Resolução – ocorre quando há a inexecução faltosa por uma das partes (justa causa); somente os contratos por prazo determinado podem ter condição resolutiva;
Rescisão – ocorre quando é declarada a nulidade do contrato de trabalho;
Extinção por força maior – o contrato é dissolvido por circunstâncias que impossibilitam a sua continuidade alheia à vontade das partes.
Sinonímia – extinção, término ou rescisão do contrato de trabalho. 
OBS: Súmula 212 TST – o ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
OBS: o Brasil não ratificou a Convenção 158 do OIT , ou seja, não adotou a motivação jurídica para a dispensa do empregado, sendo assegurado o direito de dispensa sem justa causa pelo empregador. 
Das Verbas Rescisórias (VR) – direitos trabalhistas devido ao empregado pela extinção do contrato de trabalho.
Saldo de salário – dias trabalhados que ainda não foram pagos.
Aviso Prévio (AP);
Férias Vencidas acrescidas de 1/3 – férias indenizadas simples ou em dobro;
Férias Proporcionais acrescidas de 1/3 – relativa ao período incompleto de férias;
13° Salário proporcional;
Multa de 40% do FGTS
Das Formas de Extinção do Contrato de Trabalho
Extinção do contrato de trabalho por prazo determinado pelo seu decurso normal – Verbas rescisórias:
Saldo de salário; 13° salário proporcional; férias vencidas + 1/3, férias proporcionais + 1/3; liberação do FGTS sem multa.
Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado pelo empregador – dispensa sem justa causa:
Saldo de salário; 13° salário proporcional, férias vencidas + 1/3; férias proporcionais + 1/3; liberação do FGTS; Multa do Art. 479 da CLT (valor de 50% do salário do período restante). Multa de 40% FGTS.
Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado pelo empregado – pedido de demissão:
Saldo de salário; 13° salário proporcional; férias vencidas + 1/3; férias proporcionais + 1/3. 
Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado por qualquer das partes com cláusula assecuratória de rescisão:
Saldo de salário; AP ; 13° salário proporcional; férias vencidas e proporcionais + 1/3; se for sem justa causa – multa de 40% FGTS.
Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado por justa causa do empregado: 
Saldo de salário e férias vencidas + 1/3.
Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado por justa causa pelo empregador: 
Saldo de salário; AP; 13° salário proporcional, férias vencidas e proporcionais +1/3, multa de 40% FGTS.
Rescisão antecipada do contrato de trabalho por prazo determinado por culpa recíproca:
Saldo de salário; 50% do AP; 50% do 13° salário proporcional; férias vencidas + 1/3; 50% das férias proporcionais + 1/3, Multa de 20% FGTS.
Modalidades de extinção de contrato de trabalho por prazo indeterminado:
Dispensa sem justa causa pelo empregador :
Saldo de salário; AP; 13º salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, Multa de 40% FGTS. 
Extinção do contrato por cessação das atividades da empresa ou por falência: 
Saldo de salário, AP, 13 ° salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, Multa de 40% do FGTS. Obs: não incide a estabilidade provisória no emprego. 
Dispensa com justa causa pelo empregador: pena disciplinar – Art. 482 da CLT
Saldo de salário, férias vencidas + 1/3. Justa causa( improbidade, incontinência de conduta, mau procedimento, negociação habitual ou em serviço, condenação criminal sem sursis, desídia, embriaguez habitual em serviço, violação de segredo da empresa, indisciplina, insubordinação, abandono de emprego, ato lesivo da honra e boa fama, ofensas físicas, prática dejogos de azar . inclui também as hipóteses de justa causa do Art. 158 e Art. 240 da CLT.
Extinção do contrato por prazo indeterminado por pedido de demissão:
Saldo de salário, 13° salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3.
O pedido de demissão não afasta do empregado o direito às férias proporcionais nem do 13° salário proporcional. 
Extinção por dispensa indireta – forma de extinção do contrato de trabalho por iniciativa do empregado provocada por ato faltoso do empregador. Trata-se de aviso prévio indenizável, requer declaração judicial da prática de justa causa pelo empregador. Art. 483 do CLT ( exigir do empregado serviços superiores às suas forças, exigir do empregado serviços defesos por lei, exigir do empregado serviços contrários aos bons costumes, exigir do empregado serviços alheios ao contrato, tratar o empregado com rigor excessivo, colocar o empregado em situação em que corra perigo manifesto de mal considerável, não cumprir as obrigações do contrato, praticar contra o empregado, ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama, ofender fisicamente o empregado, salvo em caso de legítima defesa, reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente seu salário.
VR : saldo de salário, AP, 13° proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, Multa de 40% FGTS. 
Extinção por culpa recíproca – prática de ato faltoso grave pelo empregado e pelo empregador – art. 484 da CLT. Reconhecimento judicial.
Saldo de salário, 50% do AP, 50% do 13° salário proporcional, 50% das férias proporcionais + 1/3, férias vencidas integral + 1/3, Multa de 20% do FGTS. 
Extinção do contrato por morte do empregado:
Saldo de salário, 13° salário proporcional, férias vencidas + 1/3, férias proporcionais + 1/3.
Extinção do contrato por morte do empregador com cessação da atividade da empresa:
Saldo de salário, AP, 13° salário proporcional, férias vencidas + 1/3, férias proporcionais + 1/3, Multa de 40% FGTS. Obs ; em caso de manutenção da atividade da empresa pelos herdeiros, também terá direito a multa 40% FGTS.
Extinção por força maior : decorre de acontecimento inevitável e alheio a vontade do empregador : VR – saldo de salário, AP, 13° salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, multa de 20% do FGTS.
Extinção por factum principis – ocorre quando a paralisação do serviço for motivada por ato de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou resolução, inviabilizando a continuidade da atividade – art. 486 da CLT: VR – saldo de salário, AP, 13° salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3, multa de 40% do FGTS a cargo do governo.
Extinção por aposentadoria por idade ou por tempo de serviço:
Saldo de salário, 13° salário proporcional, férias vencidas e proporcionais + 1/3. Em julgamento de ADI o STF decidiu que a aposentadoria voluntária do empregado não rompe o contrato de trabalho, então se o empregado continua a desenvolver suas atividades e for despedido terá direito à multa de 40% FGTS.
A aposentadoria por invalidez não é causa de extinção do contrato de trabalho e portanto segundo súmula 160 TST – cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após 5 anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, sendo facultado ao empregador, indenizá-lo na forma da lei. 
Dos Efeitos da Extinção do Contrato de Trabalho: incidências das verbas rescisórias. 
Formalidades na extinção do contrato de Trabalho: 
Documento de formalização – TRTC termo de rescisão de contrato de trabalho.
Deverá o menor de 18 anos ser assistido pelo seu representante legal. 
Homologação da rescisão do contrato de trabalho para empregados com mais de 1 ano de serviço – em sindicato da categoria no Ministério do Trabalho.
A quitação na rescisão do contrato de trabalho abrange apenas as parcelas expressas no instrumento da rescisão ou recibo de quitação – art. 477 da CLT.
Prazo para pagamento das VRs – em caso de cumprimento de AP (1° dia útil após o término do contrato, ou seja, do AP; já em caso de AP indenizável ( 10° dia após a rescisão contratual). Em caso de pagamento fora do prazo – multa do art. 477, § 8° da CLT. 
Do Seguro Desemprego
Direito assegurado ao trabalhador urbano e rural por desemprego involuntário. Fundamentação no Art. 7°, inciso II da CF. tem a finalidade de prover a assistência financeira temporária ao trabalhador em caso de dispensa sem justa causa ou dispensa indireta. 
Tem direito ao benefício – Lei 7.998/90 - art. 3º:
Dispensado sem justa causa ou dispensa indireta;
Recebeu salário nos últimos 6 meses anteriores;
Foi empregado por 15 meses nos últimos 24 meses;
Não recebe nenhum benefício previdenciário, exceto auxílio-acidente
Não recebe auxílio desemprego;
Não possui renda própria de qualquer natureza. 
O seguro desemprego será suspenso:
Trabalhador admitido em novo emprego;
Recebimento de benefício previdenciário, exceto auxílio-acidente;
Recebimento de auxílio desemprego;
O seguro desemprego será cancelado:
Recusa do trabalhador em ser admitido em outro emprego;
Comprovação de falsidade de informações;
Comprovação de fraude
Morte do segurado. 
Da Interrupção e Da Suspensão do Contrato de Trabalho
Conceito – Suspensão do contrato de trabalho- verifica-se a paralisação temporária total de sua execução. Em regra desobriga aos efeitos dos contratos de trabalho. 
Conceito de interrupção do contrato de trabalho são as hipóteses em que se verifica uma paralisação parcial dos efeitos do contrato de trabalho. 
Ambas as causas, de interrupção como de suspensão, tem caráter transitório.
Suspensão – não tem salário, não há trabalho, não conta tempo de serviço.
Interrupção – há salário, não há trabalho, conta tempo de serviço. 
As hipóteses de suspensão e interrupção podem ser:
Previstas em lei;
De comum ajuste entre as partes, desde que atenda aos interesses do empregado;
Previstas em convenções coletivas ou acordos coletivos de trabalho.
Art. 471 – o empregado tem direito ao retorno ao cargo que exercia e suas vantagens oferecidas durante sua ausência.
Art. 474 – o empregado tem 30 dias para retornar ao emprego, contados da data da cessação da causa do afastamento. 
Em caso de serviço militar obrigatório ao empregado é indispensável que notifique o empregador de sua intenção de retornar ao cargo anterior no prazo de 30 dias. 
Não poderá haver rescisão do contrato durante este período, salvo demissão por justa causa reconhecida pela justiça trabalhista ou extinção da empresa. Poderá haver também a rescisão indireta ou pedido de demissão neste período. 
Hipóteses de Interrupção do Contrato de Trabalho: 
Licença Maternidade – 120 dias (lei 11.770/2008 incentivo para aumentar para 180 dias). Conta o tempo de serviço, tem depósito do FGTS. Receberá salário pela previdência social (INSS).
Abortamento Espontâneo – período de repouso por 2 semanas, remunerado. Necessita de atestado médico.
Licença – Paternidade – período de 5 dias, remunerado e conta tempo de serviço.
Férias – 30 dias, remunerado, conta tempo de serviço. 
Faltas Justificadas – Art. 473 da CLT – remunerados e contam tempo de serviço. Ex: morte do cônjuge, ascendente, descendente, irmão, e dependentes (2 dias); casamento ( 3 dias); doação de sangue ( 1 dia a cada 12 meses); alistamento eleitoral (2 dias); serviço militar (tempo necessário); exame de vestibular ( dias comprovados); comparecimento à justiça ( tempo necessário); representante de entidade sindical (tempo necessário). 
Licença remunerada com permissão do empregador – conta tempo serviço. 
Hipóteses de Suspensão do Contrato de Trabalho:
Suspensão disciplinar – punição disciplinar aplicada pelo empregador de até 30 dias dependendo da falta cometida. 
Eleição para diretor de sociedade anônima – não computa o tempo de serviço, mas é possível o depósito do FGTS.
Licença não remunerada – concedida pelo empregador, necessita de solicitação expressa do empregado. 
Qualificação profissional do empregado – Art. 476-Ada CLT – participação do empregado em curso ou programa de qualificação profissional. Depende de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho e expressa autorização do empregado. Duração mínima de 2 meses e máxima de 5 meses. Este prazo pode ser prorrogado e não poderá ocorrer mais de uma vez no período de 16 meses. 
Não recebe salário, mas recebe benefícios em forma de ajuda compensatória. Não poderá ser dispensado o empregado este período e após 3 meses seu retorno ( multa de 100% sobre o valor da último salário). 
Pontos Controversos:
Afastamento por doença ou acidente – os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador e a partir do 16º dia é paga pelo INSS ( suspensão do contrato). Alguns efeitos são mantidos como: contagem do tempo de serviço em caso de auxílio-doença e benefício por acidente de trabalho; obrigatoriedade para depósito de FGTS em caso de acidente de trabalho. 
Aposentadoria por invalidez – prazo de 5 anos. Incapaz para o trabalho e sem reabilitação para o exercício da atividade. Depende de exame médico. Condição de suspensão do contrato de trabalho. 
Prestação Serviço Militar – conta tempo de serviço, suspensão do contrato do trabalho, tem recolhimento do FGTS pelo empregador, e período aquisitivo de férias.
Encargo público decorrente de ato de vontade do trabalhador – candidato a cargo eletivo – suspensão do contrato de trabalho e desobriga o empregador. 
Eleição para cargo de direção sindical – licença não remunerada (suspensão do contrato de trabalho).
Greve – suspensão do contrato de trabalho sem remuneração, instrumentos de acordo coletivo para termino da greve poderá determinar o pagamento de salários e contagem de tempo de serviço. Não pode haver rescisão do contrato. 
Suspensão e interrupção dos contratos por prazo determinado – acidente de trabalho ou doença ocupacional – tem estabilidade provisória de 12 meses. Após o retorno ao trabalho. – súmula 378. 
Alteração do Contrato de Trabalho - Art. 468 e Art. 469
Conceito – são modificações de seu conteúdo essencial, daquilo que decorre do ajuste preliminar entre empregado e empregador e de cláusulas que são obrigatoriamente inseridas no contrato por força de lei ou de norma coletiva, como reflexo do dirigismo contratual, e tem fundamento no caráter de trato sucessivo de que o contrato é revestido.
Princípio da obrigatoriedade da convenção – pacta sunt servanda.
Princípio da força obrigatória – inalterabilidade unilateral do pacto.
Alteração bilateral – mútuo consentimento – tem presunção de licitude.
Os regulamentos tem força a partir do momento que os empregados aderem tácita ou expressamente a ele, tornando-se bilaterais.
Os Prejuízos aos empregados devem ser efetivos, mas não necessariamente patrimonial, podendo ser funcional, moral ou psicológico. Pode ser imediato ou mediato.
Art. 468 – princípio da inalterabilidade do contrato de trabalho.
Jus Variandi – é o poder de direção exercido nos espaços em branco do contrato de trabalho, ou seja, em relação ao que não foi ajustado previamente, sendo que por meio dele o empregador introduz unilateralmente, mas sempre dentro de certos limites, variações em relação à prestação de serviço do empregado e à organização empresarial. 
Os limites do Jus Variandi estão nas claúsulas essenciais do contrato de trabalho e em necessidades reais da empresa. O art. 2° da CLT concede ao empregador a faculdade de dirigir a prestação de serviços, exercendo seu poder de direção, e quando necessário tornar a atividade mais produtiva, variando a forma de prestação de serviços, desde que as variações não impliquem em modificações de cláusulas essenciais do contrato de trabalho. 
A inalterabilidade é a regra, sendo a alteração a exceção, que somente terá validade quando estiver nos limites do art. 468 e nas hipóteses da alteração da localidade da prestação de serviços, pelo art. 469.
Os Jus Resistentiae é uma contraposição ao jus Variandi e à possibilidade de alteração contratual pelo empregado. 
Classificação: 
Alteração subjetiva – em caso de sucessão de empresa ou de alteração na estrutura jurídica da empresa. Aplica-se a intangibilidade dos contratos. 
Alteração objetiva – dividem-se em : a) alteração obrigatória que independem da vontade das partes, resultando de lei ou de norma coletiva; b) alteração voluntária determinada pela vontade das partes. 
Alteração de Função – o empregador tem a faculdade de reorganizar a empresa, permitindo uma redistribuição de funções. O limite será o prejuízo que a alteração eventualmente acarretar ao empregado. 
Art. 468 – parágrafo único – trata-se de hipótese de retorno em relação aos ocupantes de cargo de confiança. Não se considera alteração unilateral. Caráter provisório. 
Alteração de Localidade da Prestação de Serviços – transferência – corresponde a uma das cláusulas essenciais do contrato de trabalho. Há transferência quando o empregado passa a trabalhar em localidade diversa, desde que tenha que mudar de domicílio. Hipóteses em que é possível a transferência – Art 469, § 1º : a) empregado que exerça cargo de confiança; b) contrato de trabalho com cláusula expressa de transferência; c) contrato de trabalho do qual decorre condição implícita de transferência ( aeronautas e ferroviários). Tem que haver a comprovação de necessidade de serviço para a transferência. Pode haver a transferência decorrente da extinção do estabelecimento e a transferência provisória ( trabalhador tem direito a receber um adicional de 25% sobre a sua remuneração, enquanto durar a transferência. 
Alteração da Jornada e Turno do Trabalho – tem validade dependendo da concordância do empregado e com a inexistência de prejuízo direto ou indireto ao empregado. Somente por meio de negociação coletiva é possível pactuar redução de jornada com redução de salário, apesar de irredutibilidade salarial ser a regra geral. Não caracterizam redução salarial as hipóteses em que os adicionais de remuneração deixam de ser pagos em razão de não estar mais o empregado laborando nas condições que geraram o seu pagamento ( adicional noturno, adicional de hora extra, adicional de transferência, adicional de insalubridade e periculosidade).