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Resumo 2 B Processo Penal IP

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Resumo de Prova Bimestral – 2° B – Processo Penal
Inquérito Policial
Conceito- é procedimento administrativo, inquisitorial e preparatório com presidência da autoridade policial, formado por um conjunto de diligências efetivadas pela policia investigativa, objetivando colher fontes de provas para que o MP possa oferecer a denúncia.
Fontes de Prova – qualquer elemento de elucidação do crime.
TCO – é procedimento escrito, suscinto nos JECRIM para apuração das infrações de menor potencial ofensivo, composto da oitiva da vítima e do autor e o rol de testemunhas ( não tem oitiva de testemunhas).
Crimes de menor potencial ofensivo – pena máxima igual ou inferior a 2 anos.
É possível instaurar IP em crimes de menor potencial ofensivo : fato complexo e se autor não for citado ( não foi encontrado) para comparecer na audiência no JECRIM.
O Inquérito Policial tem natureza instrumental pois destina a esclarecer os fatos.
O IP tem duas funções: 1) preservadora: evita abertura de ação penal sem provas e sem elementos; 2) função preparatória : fornece elementos para propositura da ação penal e protege os meios de prova.
Natureza Jurídica do IP - procedimento de natureza administrativa, informativo e preparatório para a ação penal. Vícios no IP não anulam a ação penal. No IP não existem partes, nem contraditório e nem ampla defesa.
O Inquérito Policial é dispensável na propositura da Ação Penal.
Medidas cautelares de natureza Pessoal (prisão preventiva ) podem se basear nos elementos de informação colhidos no IP.
A titularidade do IP não é exclusiva da Polícia, exemplos:
Inquéritos Parlamentares – produzidos pelas CPIs. Prisão em flagrante nas dependências do Congresso – acionar autoridade policial para lavratura do APF.
Inquéritos Policiais Militares – para apurar crimes militares próprios e impróprios praticados por militares que estejam de serviço.
Inquérito Civil – fornece elementos de informação para a Ação Civil Pública presidida pelo MP.
Autoridade Policial poderá investigar parlamentar, obtendo apenas autorização prévia da casa legislativa para a investigação.
Valor Probatório do IP é relativo – fornece elementos informativos. E dispensável.
Características do Inquérito Policial:
Peça escrita e rubricada pela autoridade policial; permitida gravação ambiental
Peça dispensável para a propositura da Ação Penal;
Procedimento sigiloso: porém não alcança o juiz, o MP, o advogado. O advogado tem acesso a tudo, exceto as diligências em andamento e aos procedimentos cautelares.
Procedimento Inquisitorial – não existe contraditório e a ampla defesa.
Procedimento discricionário – a autoridade policial conduz o IP com discricionariedade ( necessidade e oportunidade), não é rito procedimental rígido.
Procedimento Indisponível – a autoridade policial não pode arquivar o IP.
Procedimento oficioso – nos crimes de ação penal pública incondicionada a autoridade policial é obrigada a instaurar o IP.
Peça temporária – o IP tem prazo para ser concluído. 
Formas de Instauração do Inquérito Policial:
Ação Penal Privada e na Ação Penal Pública Condicionada a Representação – para se instaurar o IP pelo delegado através de portaria é necessário (indispensável) a manifestação da vítima. (representação ou queixa-crime).
Ação Penal Pública Incondicionada:
De ofício- basta a autoridade policial ter conhecimento da infração penal por PM, bombeiro, PRF, PRE e instaurar o IP de ofício por portaria. 
Por requisição de Juiz ou MP – havendo esta requisição o delegado é obrigado a instaurar o IP. Em caso do MP requerer instauração de IP em caso de fato atípico ou prescrito o delegado poderá deixar de fazê-lo e oficiar o MP com a justificativa pertinente.
Requerimento da vítima ou representante legal – o delegado não é obrigado a atender esta requisição (discricionariedade).
Auto de Prisão em Flagrante Delito – o próprio APF é a peça inaugural do IP. O promotor pode oferecer a denúncia só com base no APF.
Por Notícia oferecida por qualquer do povo – o delegado deverá apurar a veracidade dos fatos antes de instaurar o IP. Temos o delatio criminis simples – comunicação à autoridade policial verbal ou escrita de infração penal. A delatio criminis postulatória é a autorização dada pela vítima no caso da Ação Penal Pública Condicionada.
A contagem do prazo decadencial para a representação da vítima ou de seu representante legal na Ação Penal Pública Condicionada (06 meses) é de natureza penal. 
Identificação Criminal – exigido para quem não é civilmente identificado. São aceitos passaporte, carteira de trabalho, carteira funcional. O indiciado pode ser conduzido coercitivamente para a identificação criminal.
Notitia Criminis – conhecimento pela autoridade policial espontâneo ou provocado de uma infração penal. 
Cognição imediata – espontânea e instaura o IP de ofício;
Cognição Mediata – delatio criminis postulatório – Ação Penal Pública Condicionada e Ação Penal Privada. 
Cognição Coercitiva – conhecimento ao delegado pelo APF.
Incomunicabilidade do preso – o art. 21 do CPP não foi recepcionado pela CF/88. 
Indiciamento : é atribuir no bojo do relatório final do IP, a autoria de uma infração penal. Indiciado já tem indícios fortes de ser o autor do crime (deve haver indícios fortes de autoria e materialidade) . O indiciamento é ato privativo da autoridade policial. O indiciamento poderá ser feito no APF ou na portaria.
Exceções de pessoas que não podem ser indiciadas:
Membros do MP – a autoridade policial encaminha os autos para o PGJ. 
Juízes – os autos são remetidos ao Tribunal competente ou órgão especial competente.
Parlamentares – o IP e o indiciamento são condicionados a autorização prévia do Ministro-relator do STF. 
Conclusão do Inquérito Policial:
Prazo para encerramento do IP: réu preso em APF (conversão de APF em prisão preventiva) – 10 dias. Prazo este improrrogável.
Prazo para réu solto – 30 dias podendo ser prorrogado por mais 30 dias. Esta dilação é determinada pelo juiz com vista do MP. 
O Prazo de conclusão do inquérito para o réu preso é de natureza material penal (conta-se do dia da prisão e não está sujeito a causas interruptivas ou suspensivas). 
Para o réu solto este prazo é de natureza processual. 
Prazo para réu preso em crimes de entorpecentes – 30 dias prorrogado por mais 30 dias.
Prazo para réu preso por prisão preventiva em crimes hediondos – 30 dias + 30 dias. 
Prazo para réu preso em IP federal – 15 dias + 15 dias. 
Relatório da Autoridade Policial – Conclusão do IP se dá com a confecção do relatório final pela autoridade policial de caráter descritivo (só tem juízo de valor nos crimes de drogas). Este relatório é dispensável no IP, apesar de ser o mais adequado.
Destinatário do IP – Juiz que abre vista ao MP. 
Providências a serem adotadas pelo MP após remessa do IP:
Se a ação penal é privada os autos ficam em cartório aguardando queixa da vítima.
Em ação penal pública – o MP adotará uma das seguintes hipóteses:
Oferecimento de denúncia;
Promoção de Arquivamento;
Requisição de novas diligências.
Pedido de declínio de competência;
Suscitar conflito de competência ou atribuição.
Conflito de Competência:
O órgão que julga o conflito de competência – órgão jurisdicional superior e comum a ambos os juízes em conflito. 
Conflito de Atribuições – ocorre quando duas autoridades administrativas (promotores de justiça) entram em conflito acerca de qual delas tem a atribuição para a propositura da ação penal. 
Arquivamento do IP:
Somente é feita por decisão judicial e a requerimento do MP ( o juiz não pode de ofício) . Existe o arquivamento de peças de informação que ainda não configura IP. 
Fundamentos que autorizam o Arquivamento do IP:
Ausência de pressupostos processuais ou condições da ação (faz coisa julgada formal);
Ausência de justa causa para oferecimento de denúncia (faz coisa julgada formal);
Atipicidade formal ou material (faz coisa julgada formal e material);
Causa excludente de ilicitude (faz coisa julgada formal);
Causa excludentede culpabilidade (faz coisa julgada formal e material);
Causa extintiva de punibilidade (faz coisa julgada formal).
Coisa Julgada Formal- é imutável a decisão apenas dentro do processo.
Coisa Julgada Material – torna a decisão imutável dentro e fora do processo. 
Decisão de desarquivamento do IP – notícia de provas novas (só em casos em que há coisa julgada formal) . Provas novas – capazes de alterar o contexto probatório. A autoridade policial representa ao MP pela reabertura, o MP requer ao juiz o desarquivamento. 
Resumo de Direito Processual Penal – Avaliação Bimestral – 2º Bimestre
Inquérito Policial
Conceito: procedimento de natureza administrativa que subsidia a investigação para que o MP possa avaliar o oferecimento de denúncia ou de queixa crime (caráter informativo e preparatório).
Início do Inquérito Policial – o inquérito instaura-se ou por lavratura do auto de prisão em flagrante ou por portaria. 
1.3) fases procedimentais após o conhecimento da notícia crime pela autoridade policial:
* 1º passo: avaliar se trata-se de Ação Penal Pública Incondicionada ou Ação Penal Pública Condicionada
* 2º passo: verificar a pena máxima do crime (menor potencial ofensivo): a) pena máxima inferior ou igual a 2 anos – lavratura de TCO; b) pena máxima superior a 2 anos – Inquérito Policial.
* 3º passo: verificar a idade e a existência de prerrogativas pelo agente do delito: a) maior de 18 anos – TCO ou IP; b) menor de 18 anos e maior de 12 anos – ato infracional – BOC; c) menor que 12 anos – ato infracional – não é responsabilizado.
O menor que é apreendido em flagrante lavra-se o Auto de Apreensão em Flagrante.
Características do Inquérito Policial:
No inquérito policial não existe contraditório e a ampla defesa, pois trata-se de sistema inquisitivo no procedimento investigativo.
O destinatário do Inquérito Policial é o Poder Judiciário;
O inquérito policial tem caráter informativo, buscando elementos de informação sobre o crime. 
A Lei 11.343 (Lei de Tráfico de drogas) – trata-se de ação pública incondicionada, sendo o uso de drogas tipificado como crime, constituindo o tráfico como crime permanente e o flagrante poderá ocorrer a qualquer momento, conforme o art. 33 da referida Lei. 
Classificação do flagrante:
Próprio- o agente é preso no ato do cometimento do delito, estando ele ainda no local do crime;
Impróprio – o autor do crime é perseguido logo após a prática do crime, configurando uma perseguição ininterrupta;
Presumido – o agente é encontrado num prazo de até 12 horas com o produto ou instrumento do delito.
Procedimento Investigativo e Preventivo – Inquérito Policial
É possível ser instaurado inquérito em crime de menor potencial ofensivo? Sim. 
Resposta: Sim, havendo a ocorrência de uma das três seguintes hipóteses: a) Em se tratando de fato complexo, ou seja, em crimes em que seja necessário ser ouvido testemunhas; b) quando o autor praticar vários crimes em concurso formal, que individualmente seja de menor potencial ofensivo, todavia com a soma das penas máximas, ultrapasse os 2 anos; c) nos casos de competência do JECRIM, em que não existe a citação, quando o réu não for encontrado para responder ao processo no âmbito do juizado especial, nesse caso o juiz determinará o rito sumário, requerendo à autoridade policial a instauração do inquérito policial para o curso do procedimento em rito sumário. 
Nas 1ª e 2ª hipóteses, apenas é possível ser lavrado o flagrante em crime de menor potencial ofensivo, sendo na 3ª hipótese impossível sua aplicação, pois já houve decurso da tempestividade – Lei 12.403/11.
Importante: O advogado poderá acompanhar qualquer oitiva de produção de provas, também poderá requerer diligências ao delegado, podendo este se negar por seu poder discricionário, exceto em caso de exame de corpo delito, que a autoridade policial não poderá se negar em determinar a pedido do advogado dos interessados.
 Nota importante: O flagrante delito sempre será lavrado no local da prisão.
OBS: A competência de lavratura do flagrante de crime cometido por servidor público federal em razão de sua função é da Polícia Federal.
OBS: O instrumento para relaxamento do flagrante é o HC, tirando a força coercitiva, com posterior liberação do preso.
OBS: Não existe nulidade do inquérito e a existência de processo criminal ou inquérito policial não influenciará na dosimetria da pena para agravamento da mesma. 
Inquéritos Parlamentares: são produzidos pelas CPI’s e seus relatórios encaminhados aos PGR ou PGJ dos Estados. A presidência fica a cargo do presidente da CPI instaurada. Na ocorrência de flagrante nas dependências do CN, deverá ser acionada a autoridade policial para lavratura do APF e presidência do IP. 
O entendimento dominante é que autoridade policial pode investigar parlamentares com prévia autorização da casa legislativa. 
Presidência investigativa de Deputado Federal e Senador – STF.
Competência (Atribuição) da Autoridade Policial para investigar – fixação de competência da autoridade judiciária:
Justiça Estadual : Polícia Civil e Polícia Federal;
Justiça Eleitoral : Polícia Federal;
Justiça Federal : Polícia Federal;
Valor Probatório do IP:
Não há contraditório e ampla defesa – valor probatório relativo.O juiz não pode condenar com base exclusivamente em elementos informativos do IP.

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