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A Organização Religiosa, Seu Estatuto e Suas obrigações Legais

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A Organização Religiosa, Seu Estatuto e Suas obrigações Legais
Dr. Sergio Roberto Monello
Advogado – Contabilista e Professor
Salesiano Cooperador
Diretor da Advocacia Sergio Monello
Diretor da Empresa Monello Contadores (Escritório Contábil Dom Bosco)
Presidente Nacional dos (as) Ex-Alunos (as) de Dom Bosco
Conselheiro da Associação dos Salesianos Cooperadores de São Paulo
Conselheiro do Conselho Consultivo do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo
O reconhecimento efetivo da existência das Organizações Religiosas se deu através da Lei
nº 10.825, de 22 de dezembro de 2003 pela inclusão do § 1o e do inciso IV do art. 44 do
Código Civil Brasileiro.
Porém, existem ainda muitas dúvidas e controvérsias na interpretação de como tipificar uma
pessoa jurídica como Organização Religiosa. Essa situação é bastante discutida e não
pacificada. Entender como organização religiosa somente as Igrejas é uma interpretação
restritiva. As Igrejas se constituem, indubitavelmente, num exemplo claro, preciso e evidente
de Organização Religiosa. Esta evidência é demonstrada pelas suas finalidades, pela prática
da fé, do culto e de outros objetivos, que deve ser explícita em seu Estatuto Organizativo.
A Organização Religiosa deve ser entendida como a pessoa jurídica de direito privado, que
tem por escopo a atividade religiosa em seu amplo sentido e não deve ser somente
analisada pelo culto, mas pela prática e pela vivência de uma fé, que poderá ser
exteriorizada e demonstrada em seu Estatuto, por meio da previsão do culto, da
religiosidade, da formação de seus membros e fiéis, da instrução religiosa, da vivência de
um carisma e pela prática da virtude da fé, da esperança e da caridade.
A característica essencial da Organização Religiosa é ser constituída por pessoas que
vivem, professam e se dedicam na vivência de uma religião, de uma crença, de uma
espiritualidade e através da meditação, da oração e de outras práticas próprias e peculiares
segundo a opção pessoal e individual das pessoas.
Assim, o Estatuto Organizativo da Organização Religiosa deve deixar evidenciadas essas
caracterizações, para que não se confunda a pessoa jurídica da Organização Religiosa com
tipo jurídico de Associação.
Portanto, para se caracterizar como Organização Religiosa, a entidade poderá ser uma
Igreja, um Instituto Religioso, um Instituto de Vida Consagrada e outros tipos, cujos
fundamentos e diretrizes sejam decorrentes de uma religião, crença, espiritualidade,
carisma, enfim de uma prática vivencial religiosa ou, em face de uma vivência comunitária
religiosa.
A figura jurídica da Organização Religiosa abre a possibilidade para muitas Religiões, Igrejas
e outras de se constituírem e assim se enquadrarem, se assim não o forem ou nela se
transformarem, segundo o seu próprio direito. Entre as Religiões e Igrejas se destacam a
Igreja Católica Apostólica Romana, as Igrejas Orientais, o Protestantismo Tradicional, o
Protestantismo Moderno, o Neopentecostalísmo Protestante, a Igreja Católica Apostólica
Brasileira, os Mórmons, as Testemunhas de Jeová e muitas outras.
O Direito próprio dessas Instituições é protegido e amparado pelo § 1o do inciso IV do art.
44 do Código Civil, pelo Decreto nº 119-A de 07 de janeiro de 1.890 e ainda no que couber,
pelo contido no Acordo havido entre Santa Sé e o Brasil, promulgado pelo Decreto nº 7.107,
de 11 de fevereiro de 2010, publicado no Diário Oficial da União de 12 de fevereiro de 2010.
O § 1o do inciso IV do art. 44 do Código Civil deixa explícito que as Organizações Religiosas
podem ser criadas livremente, com plena liberdade em sua organização, em sua
estruturação interna, sendo vedado ao Poder Público negar-lhes o seu reconhecimento
como pessoa jurídica e procedendo ao registro de seus atos constitutivos.
As Organizações Religiosas estão sujeitas ao cumprimento das obrigações legais,
previdenciárias, fundiárias, trabalhistas, fiscais e outras atribuídas a qualquer tipo de pessoa
jurídica sem fins econômicos e lucrativos que se enquadrem nas exigências da lei.
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A primeira e fundamental exigência para as Organizações Religiosas é a legalização como
pessoa jurídica de direito privado e consequentemente, no cumprimento das demais
exigências legais e fiscais aplicáveis às pessoas jurídicas.
 Entre as exigências legais aplicáveis às pessoas jurídicas de direito privado estão previstos
o registro de suas atas, de seu Estatuto Organizativo, Associativo, Fundacional, Regimentos,
Regulamentos, inscrição no Cadastro Nacional de Contribuintes do Ministério da Fazenda
(CNPJ), na Prefeitura entre outros, bem como o cumprimento de todas as obrigações
acessórias exigidas em lei.
 Outro ponto importante a ser destacado para as Organizações Religiosas é existência e a
exigência de manter contabilidade. Ressalta-se, que não existe dispensa de escrituração
contábil para as Associações, Fundações e Organizações Religiosas. Destaca-se ainda, que
as Organizações Religiosas não podem substituir a contabilidade pela simples escrituração
do livro caixa.
 A contabilidade das Organizações Religiosas como de outras pessoas jurídicas deve ser
planejada, estruturada e organizada, utilizando da melhor forma técnica possível no
cumprimento das Normas Brasileiras de Contabilidade (Vide: ITG – RESOLUÇÃO Nº 001409
– ANO 2002) emanadas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
 Os administradores e gestores das entidades de direito privado têm enorme
responsabilidade na administração do patrimônio organizativo, associativo ou fundacional
das entidades de direito privado, podendo pelo não cumprimento das normas legais
exigíveis, responder civil, administrativa e penalmente pelos atos praticados, inclusive com o
seu patrimônio particular.
 As informações contábeis passaram a ter um grande valor jurídico e social, na medida em
que evidenciam os recursos captados, aplicados e o patrimônio constituído bem como, a
comprovação de suas atividades e de sua gestão.
 Portanto, a contabilidade é inquestionavelmente, o instrumento indispensável e necessário à
boa administração, à gestão das entidades de direito privado e para todas aquelas que
compõem o chamado 3º Setor.
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16 jan
 Cebas na prática: montando a
prestação de contas (MS-MEC-
MDSA)
Treinamento prático sobre os aspectos
operacionais e contábeis e as
informações importantes para obter ou
renovar a Certificação de Entidades
Beneficentes de Assistência Social
(Cebas) nas áreas da saúde, educação
e assistência social.
Com: Marcia Cavalcante, Carlos Silva
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