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POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO Sistema educacional brasileiro CHARLES MARTINS

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POLÍTICAS PÚBLICAS E EDUCAÇÃO
WEBCONFERÊNCIA II
Nome do(a) professor(a) Charles 
Martins
Unidade 2
• Unidade 2 Sistema educacional brasileiro ....................................35
• Diretrizes e bases da educação nacional ......................................37
• Níveis escolares ............................................................................38
• Princípios e fins da educação escolar ............................................39 
• O direito à Educação e os deveres do Estado .................................41
• Organização do sistema de ensino ................................................44
• Competências da União .................................................................45 
• Competências dos estados .............................................................46 
• Competências dos municípios ........................................................47
• Gestão democrática .......................................................................47 
• Sistema federal de ensino ...............................................................48
• Sistema estadual de ensino ............................................................48 
• Sistema municipal de ensino ...........................................................48 
• Ensino privado .................................................................................49 
• Modalidades de educação e ensino ................................................49
• Educação básica ..............................................................................50
• Conteúdos curriculares ..........................................................................51
• Educação infantil ...................................................................................54
• Ensino fundamental ..............................................................................55
• Ensino médio .........................................................................................56 
• Educação profissional técnica de nível médio ........................................57
• Educação de Jovens e Adultos (EJA) ......................................................58 
• Educação profissional e tecnológica ......................................................59
• Educação superior.................................................................................59
• Educação especial ................................................................................63 
• Construindo um sistema nacional de educação....................................64
• Plano Nacional de Educação (PNE) – 2014 ..........................................65 
• Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – 2016 .................................66 
• Rumo a um Sistema Nacional de Educação ..........................................67
Objetivos de aprendizagem
• Apresentar a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei n.
9.394/96) de forma sistemática, incluindo as alterações introduzidas nas
últimas décadas.
• Analisar a organização do sistema de ensino brasileiro, com destaque para
o papel desempenhado pela União, pelos estados e pelos municípios na
gestão desse sistema complexo.
• Expor as modalidades de educação e ensino existentes no país, analisando
a legislação relativa a cada uma dessas variantes, especialmente a
educação básica.
• Contribuir para a formação do estudante enquanto pessoa humana e
cidadão, investido de direitos e deveres.
• 1 – Diretrizes e bases da educação nacional Vamos iniciar esta unidade
apresentando os princípios e as normas legais que regem a educação
brasileira atual. Nossa referência principal será a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (LDB), de 1996 – orientada pelos princípios, diretrizes
e normas estabelecidos na Constituição de 1988; portanto, o seu estudo é
muito importante para que possamos compreender o restante da
legislação educacional brasileira.
• 2 – Organização do sistema de ensino Você sabia que o Brasil não tem um
sistema único de ensino, tal como a saúde, o emprego e o setor financeiro?
O nosso sistema educacional é descentralizado, por conta da Constituição
Federal e do sistema federativo de organização político-administrativa do
país. Basta lembrar que temos escolas públicas federais, estaduais e
municipais. Neste tema, nosso propósito é explicar a organização e o
funcionamento desse sistema educacional
• 3 – Modalidades de educação e ensino Este é o tema mais abrangente e
extenso desta unidade. Vamos analisar as diversas modalidades de ensino
existentes no país (educação infantil, ensino fundamental, ensino médio,
educação superior, educação profissional e técnica de nível médio,
educação de jovens e adultos, educação profissional e tecnológica, ensino
superior e educação profissional) do ponto de vista da legislação,
especialmente a LDB.
• 4 – Construindo um sistema nacional de educação No último tema desta
unidade, vamos destacar duas medidas recentes muito importantes para a
educação brasileira: o Plano Nacional de Educação, aprovado pelo
Congresso Nacional em 2014, e a Base Nacional Comum Curricular,
divulgada em 2016. Ambas devem contribuir para a construção de um
sistema nacional de educação integrado e para a melhoria da qualidade do
ensino.
Diretrizes e bases da educação nacional
• A situação da educação escolar no Brasil atualmente é bem diferente 
daquela que existia poucas décadas atrás. Você já deve ter percebido isso 
em conversas com seus pais, tios e outros familiares. A verdade é que, a 
partir da Constituição Federal de 1988, o país mudou muito em termos 
econômicos, políticos e sociais, assim como o sistema de ensino como um 
todo (público e privado), a começar pela mudança da legislação que 
regulamenta a educação nacional e o sistema educacional vigente no país
• Neste texto, a nossa principal fonte de estudo será a LDB e as diversas 
emendas legislativas incluídas nos últimos anos com vistas à atualização 
dessa lei. Também faremos referências ao Estatuto da Criança e do 
Adolescente (1990), cujos princípios e normas com o objetivo de garantir o 
direito de todas as crianças e adolescentes à educação pública foram 
incorporados à LDB. 
• A Lei n. 9.394, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 
foi aprovada durante o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, 
em 20 de dezembro de 1996, após uma longa tramitação no Congresso 
Nacional, iniciada em 1988 – data de promulgação da nova Constituição 
Federal. A LDB, como é conhecida, regulamenta os princípios e as normas 
constitucionais relativos à Educação. 
LDB/EDUCAÇÃO ESCOLAR
• É preciso esclarecer que a LDB trata especificamente sobre a educação
escolar, e não sobre a educação em geral. Isso é explicado no próprio texto
da lei: Art. 1o – A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas
instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações
da sociedade civil e nas manifestações culturais. § 1o – Esta Lei disciplina a
educação escolar, que se desenvolve, predominantemente, por meio do
ensino, em instituições próprias. § 2o – A educação escolar deverá se
vincular ao mundo do trabalho e à prática social (BRASIL, 1996).
Níveis escolares
• A principal novidade da LDB é a ampliação da chamada “educação básica”, 
já prevista na Constituição. Nas décadas de 1970 e 1980, havia três níveis 
de ensino: 
• 1. Primeiro grau (educação primária e ginásio).
• 2. Segundo grau (colégio).
• 3. Ensino superior (faculdade). 
A partir da LDB, a educação escolar no 
Brasil passou a ser estruturada em dois 
níveis:
• 1. Educação básica – formada por três etapas: educação infantil (creche e 
pré-escola), ensino fundamental e ensino médio (normal e técnico-
profissional). 
• 2. Educaçãosuperior – formada pelo ensino universitário, por áreas de 
conhecimento e pela educação profissional e tecnológica, bem como pela 
pós-graduação e pelos cursos de extensão
Princípios e fins da educação escolar
• A LDB reproduz os princípios constitucionais relativos à educação, mas 
introduz princípios novos, de natureza complementar, como veremos a 
seguir. Na trilha de nossa Carta Magna, o art. 2o da LDB reafirma que a 
educação é responsabilidade da família e do Estado; diz que a educação 
deve se inspirar nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade 
humana (um dos principais valores dos direitos 
• humanos atuais); e ressalta que a educação “tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e 
sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 1996).
• O art. 3o estabelece os princípios que devem nortear o ensino no Brasil: 
Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Liberdade 
de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e 
o saber; Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; Respeito à 
liberdade e apreço à tolerância; 
• Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
• Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; Valorização do 
profissional da educação escolar; 
• Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação 
dos sistemas de ensino;
• Garantia de padrão de qualidade; Valorização da experiência extraescolar; 
Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
Consideração com a diversidade étnico-racial (BRASIL, 1996, grifos nossos). 
Valorização da experiência extraescolar, por 
exemplo, reflete as disposições do Estatuto da 
Criança e do Adolescente
• No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e 
históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, 
garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de cultura 
(BRASIL, 2014, p. 34).
O direito à Educação e os deveres do 
Estado
• O texto original da LDB, de 1996, afirmava que o dever do Estado com a 
educação escolar pública seria efetivado mediante a garantia de ensino 
fundamental, obrigatório e gratuito; progressiva extensão da 
obrigatoriedade e da gratuidade ao ensino médio; atendimento gratuito 
em creches e pré-escolas às crianças de 0 a 6 anos de idade etc. Se você ler 
com atenção, vai concluir que somente o ensino fundamental era, de fato, 
obrigatório e gratuito
• A Lei n. 12.796, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2013 e 
incluída no texto da LDB, aumentou significativamente a responsabilidade 
do Estado (e também dos pais) com a educação. Essa lei diz que o Estado 
brasileiro tem o dever de garantir educação básica obrigatória e gratuita a 
todas as crianças e jovens, dos 4 aos 17 anos de idade, ou seja, da pré-
escola até a conclusão do ensino médio.
• Vejamos como ficou o art. 4o da LDB com a redação dada pela Lei n.
12.796: Art. 4o – O dever do Estado com educação escolar pública será
efetivado mediante a garantia de: I – educação básica obrigatória e gratuita
dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte
forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino médio; II – educação
infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
• III – atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino; IV – acesso público e gratuito aos
ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade
própria; V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um; VI – oferta de ensino noturno
regular, adequado às condições do educando; VII – oferta de educação escolar
regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às
suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores
as condições de acesso e permanência na escola; VIII – atendimento ao
educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência
à saúde; IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a
variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao
desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem; X – vaga na escola
pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua
residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro) anos de
idade (BRASIL, 1996, grifo nosso).
• O principal instrumento para a garantia de efetivação do direito à educação
básica obrigatória e gratuita, incluindo a pré-escola a partir dos 4 anos de
idade, é destacado no art. 5o da LDB: O acesso à educação básica
obrigatória é direito público subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de
cidadãos, associação comunitária, organização sindical, entidade de classe
ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, acionar o
poder público para exigi-lo (BRASIL, 1996, grifo nosso).
• O art. 7o explicita o princípio da coexistência de instituições públicas e
privadas de ensino, estabelecido no art. 3o, nos seguintes termos: O ensino
é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições: I –
cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo
sistema de ensino; II – autorização de funcionamento e avaliação de
qualidade pelo Poder Público; III – capacidade de autofinanciamento,
ressalvado o previsto no art. 213 da Constituição Federal (BRASIL, 1996).
Organização do sistema de ensino 
• Basta observar que temos, além das escolas particulares, as escolas 
públicas municipais, estaduais e federais, criadas e administradas pelas 
autoridades e pelos agentes públicos dos municípios, estados (incluindo o 
Distrito Federal) e União, respectivamente. Essa forma descentralizada de 
organização dos sistemas de ensino no Brasil é resultante do sistema 
federativo de organização político-administrativa do país. A Constituição, ao 
invés de criar um sistema nacional de educação, como o faz com o sistema 
financeiro nacional, com o sistema nacional de emprego ou com o sistema 
único de saúde, opta por pluralizar os sistemas de ensino (CURY, 2002, p. 
173). 
• Em total sintonia com os dispositivos constitucionais, o art. 8o 
• da LDB reafirma que “a União, os estados, o Distrito Federal e os 
municípios organizarão, em regime de colaboração, os respectivos sistemas 
de ensino” (BRASIL, 1996). Os parágrafos desse artigo explicam como esse 
regime de colaboração deve funcionar, de modo geral: § 1o Caberá à União 
a coordenação da política nacional de educação, articulando os diferentes 
níveis e sistemas e exercendo função normativa, redistributiva e supletiva 
em relação às demais instâncias educacionais. § 2o Os sistemas de ensino 
terão liberdade de organização nos termos desta Lei (BRASIL, 1996). 
Competências da União
• Os arts. 9o, 10o e 11o da LDB definem as competências e as tarefas 
específicas da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para 
o bom funcionamento do sistema federativo de ensino. Vamos começar 
pela administração federal
• O art. 9o da LDB afirma que a União tem as seguintes incumbências, entre
outras: Elaborar o Plano Nacional de Educação, com a colaboração dos estados,
do Distrito Federal e dos municípios. Organizar, manter, desenvolver e fiscalizar
os órgãos e as instituições federais de ensino. Prestar assistência técnica e
financeira para o desenvolvimento dos sistemas de ensino dos estados, do
Distrito Federal e dos municípios, com atendimento prioritário ao ensino
obrigatório.Estabelecer, em colaboração com os demais membros da Federação,
competências e diretrizes comuns para a educação básica, que sirvam para
nortear os currículos e os conteúdos mínimos da educação infantil, do ensino
fundamental e médio. Realizar processo nacional de avaliação do ensino
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino.
Definir normas gerais para os cursos universitários de graduação e pós-
graduação. Na estrutura educacional da União, destaca-se o Ministério da
Educação (MEC), órgão executivo principal, e o Conselho Nacional de Educação
(CNE), órgão colegiado com funções normativas e de supervisão. O CNE, criado
em 1995, é composto por 24 membros, sendo que 12 são indicados por
representantes da sociedade civil (associações científicas e profissionais). O
Conselho colabora na formulação e avaliação da Política Nacional de Educação,
além de prestar assessoria ao ministro da Educação
Competências dos estados 
• O art. 10 da LDB descreve as atribuições dos estados no sistema 
educacional, entre elas: Organizar, manter, desenvolver e fiscalizar os 
órgãos e as instituições estaduais de ensino. Definir formas de colaboração 
com os municípios na oferta do ensino fundamental, dividindo 
responsabilidades de acordo com a população a ser atendida e com os 
recursos financeiros disponíveis.
• Elaborar e executar políticas e planos educacionais, de acordo com as 
diretrizes e os planos nacionais de educação, de forma integrada e 
coordenada com os municípios
Competências dos municípios 
• O art. 11 da LDB define as atribuições dos municípios no sistema federativo 
de ensino: Organizar, manter, desenvolver e fiscalizar os órgãos e 
instituições municipais de ensino, de forma integrada com as políticas e os 
planos educacionais federais e estaduais. Exercer ação redistributiva das 
escolas sob sua competência. Aprovar normas complementares para o seu 
sistema de ensino. Assegurar prioridade ao ensino fundamental e oferecer 
a educação infantil em creches e pré-escolas. Assumir o transporte escolar 
dos alunos da rede municipal, de acordo com a Lei n. 10.709, de 2003. 
Optar pela integração com o sistema estadual de ensino ou compor com 
ele um sistema único de educação básica.
Gestão democrática 
• O art. 14 recomenda que os sistemas de ensino definam normas para a 
gestão democrática das escolas públicas de educação básica, conforme os 
seguintes princípios: Participação dos docentes na elaboração do projeto 
pedagógico da escola. Participação das comunidades escolar e local nos 
conselhos escolares. 
Sistema federal de ensino 
• De acordo com o art. 16 da LDB, o sistema federal de ensino compreende: I 
– as instituições de ensino mantidas pela União; II – as instituições de 
educação superior criadas e mantidas pela iniciativa privada; III – os órgãos 
federais de educação.
Sistema estadual de ensino 
• De acordo com o art. 17, os sistemas de ensino dos estados e do DF 
compreendem: As instituições de ensino mantidas pelos governos estadual 
e distrital, respectivamente. As instituições de educação superior mantidas 
pelos municípios. As instituições de ensino fundamental e médio criadas e 
mantidas pela iniciativa privada. Os órgãos de educação estaduais e do DF, 
respectivamente
Sistema municipal de ensino 
• De acordo com o art. 18, os sistemas municipais de ensino compreendem: 
As instituições de educação básica mantidas pelos municípios. As 
instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa privada. 
Os órgãos municipais de educação.
Ensino privado 
• O art. 19 da LDB esclarece que as instituições de ensino públicas são aquelas
criadas ou incorporadas, mantidas e administradas pelo Poder Público; as
instituições privadas são aquelas mantidas e administradas por pessoas físicas
(indivíduos) ou jurídicas (empresas) de direito privado. O art. 20 classifica as
instituições privadas de ensino em quatro categorias: I – particulares em sentido
estrito, assim entendidas as que são instituídas e mantidas por uma ou mais
pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as
características dos incisos abaixo; II – comunitárias, assim entendidas as que são
instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas,
inclusive cooperativas educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua
entidade mantenedora representantes da comunidade; III – confessionais, assim
entendidas as que são instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou
mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia
específicas e ao disposto no inciso anterior; IV – filantrópicas, na forma da lei
(BRASIL, 1996, grifos nossos).
Modalidades de educação e ensino
• Educação básica A educação básica é um conceito novo e original em nossa 
legislação, introduzido pela LDB. A finalidade da educação básica é 
explicada no art. 22 da referida lei: A educação básica tem por finalidades 
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável 
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no 
trabalho e em estudos posteriores (BRASIL, 1996)
• O art. 24 estabelece regras comuns para a organização da educação básica, 
nos níveis fundamental e médio. Entre elas, destacamos as seguintes: A 
carga horária mínima anual será de 800 horas, distribuídas por 200 dias, no 
mínimo, de efetivo trabalho escolar. A classificação em qualquer série ou 
etapa, com exceção da 1a série do ensino fundamental, pode ser feita por 
promoção; por transferência, para candidatos de outras escolas; e 
mediante avaliação feita pela escola, que permita a inscrição do candidato, 
sem considerar sua escolarização anterior, na série ou na etapa adequada.
Educação infantil 
• Os artigos da LDB referentes à educação infantil também foram alterados pela Lei n. 
12.796, de 2013. A principal mudança diz respeito à pré-escola, que agora atende 
crianças de 4 a 5 anos de idade, e não de 4 a 6 anos. Lembre-se de que a medida é 
simplesmente uma regulamentação da Emenda Constitucional n. 53, de 2006, que 
introduziu essa mudança na Constituição. O art. 29 da LDB afirma que “a educação 
infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento 
integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual 
e social, complementando a ação da família e da comunidade” (BRASIL, 1996). O art. 30 
explica que a educação infantil será oferecida em creches, para crianças de até 3 anos 
de idade, e em pré-escolas, para crianças de 4 a 5 anos de idade. O art. 31 estabelece as 
regras comuns para a organização da educação infantil: Avaliação por meio de 
acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de 
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental. Carga horária mínima anual 
de 800 horas, distribuída por um mínimo de 200 dias de trabalho educacional. 
Atendimento à criança por quatro horas diárias, no mínimo, para o turno parcial, e por 
sete horas para a jornada integral. Controle de frequência pela instituição de educação 
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% do total de horas. Expedição de 
documentação atestando os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança
Ensino fundamental
• A redação original do art. 32 da LDB foi alterada pela Lei n. 11.274, de 2006, 
de modo a incluir a duração de nove anos do ensino fundamental 
obrigatório, iniciando-se aos seis anos de idade. De acordo com o art. 32, o 
ensino fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão, 
mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como 
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a 
compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da 
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;III –
o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a 
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e 
valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de 
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida 
social (BRASIL, 1996). 
Ensino médio
• O ensino médio, com três anos de duração, é a etapa final da educação 
básica, mas sabemos que muitos jovens abandonam a escola, por uma 
série de motivos, antes de concluir os estudos. Na tentativa de reverter 
essa situação, o ensino médio ganhou o status de ensino obrigatório e 
gratuito, junto com a educação infantil e o ensino fundamental, conforme 
já estudamos. Ao mesmo tempo, as emendas acrescentadas à LDB 
permitem que qualquer pessoa volte a estudar fora da idade adequada e 
também propõem a atua lização e o aperfeiçoamento dos currículos 
escolares, inclusive do ensino médio. Tudo isso deve contribuir para a 
universalização do ensino médio e a garantia de um ensino público de 
qualidade.
Educação profissional técnica de nível 
médio
• A seção IV-A da LDB é dedicada inteiramente à educação profissional 
técnica. Essa seção, que não existia no texto original, foi incluída pela Lei n. 
11.741, de 2008. A principal novidade é a concepção de um ensino técnico-
profissional articulado e integrado aos diferentes níveis e modalidades de 
educação, incluindo o acesso ao ensino superior, como veremos mais 
adiante. Em geral, todas as legislações anteriores trataram a questão de 
maneira isolada, com ênfase apenas nas formações profissional e técnica, 
sem oferecer soluções para a continuidade dos estudos em nível superior.
Educação de Jovens e Adultos (EJA
• O Art. 37 da LDB afirma que a educação de jovens e adultos, conhecida 
pela sigla EJA, é destinada àqueles que não ingressaram na escola na idade 
regular ou não deram continuidade aos estudos no ensino fundamental e 
médio. O artigo prevê ainda as seguintes medidas: Os sistemas de ensino 
deverão assegurar gratuitamente aos interessados oportunidades 
educacionais apropriadas e oferecer cursos e exames que levem em conta 
as características próprias do aluno – interesses pessoais, condição de vida 
e de trabalho etc. (§ 1o). Cabe ao poder público viabilizar e estimular o 
acesso e a permanência do trabalhador na escola, por meio de ações 
integradas e complementares (§ 2o). A educação de jovens e adultos será 
articulada, preferencialmente, com a educação profissional (§ 3o). Essa 
medida foi incluída pela Lei n. 11.741, de 2008.
Educação profissional e tecnológica
• O art. 39 da LDB explica que a educação profissional e tecnológica se 
integra aos diferentes níveis escolares e modalidades de educação, 
considerando as dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. A 
modalidade é constituída de três etapas, abrangendo os cursos de: 1. 
Formação inicial e continuada ou qualificação profissional. 2. Educação 
profissional técnica de nível médio. 3. Educação profissional tecnológica de 
graduação e pós-graduação
Educação superior
• De acordo com o Art. 43 da LDB, a educação superior tem por finalidades: I – estimular a criação
cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo; II – formar
diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais
e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua; III – incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e, desse modo,
desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive; IV – promover a divulgação de
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e
comunicar o saber por meio do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação; V –
suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a
correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa
estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI – estimular o
conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular, os nacionais e regionais, prestar
serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; VII –
promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e
benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na
instituição; VIII – atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação básica,
mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o
desenvolvimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis escolares (BRASIL, 1996,
grifo nosso).
• Gestão democrática O princípio da gestão democrática das instituições 
públicas de educação superior prevê a existência de órgãos colegiados com 
poderes deliberativos, formados pelo corpo docente e por representantes 
da comunidade institucional, local e regional, conforme art. 56 da LDB. 
Contudo, os docentes têm direito a ocupar 70% da composição dos órgãos 
colegiados.
• Educação especial Educação especial é a modalidade de ensino oferecida 
para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e 
altas habilidades ou superdotação. O atendimento especializado deve ser 
feito preferencialmente na rede regular de ensino. O conceito de educação 
especial e a meta de integrar essa modalidade com o ensino regular estão 
no art. 58 da LDB, conforme redação dada pela Lei n. 12.796, de 2013
Educação inclusiva
• Educação inclusiva As alterações introduzidas na LDB com a finalidade de 
garantir a efetivação do direito constitucional à educação especial, em 
todos os níveis, etapas e modalidades de ensino, inserem-se na Política 
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, 
lançada pelo Ministério da Educação (MEC), em 2008.
• Plano Nacional de Educação (PNE) – 2014 O Plano Nacional de Educação (PNE) 
tem vigência de 10 anos e sua regulamentação visa ao cumprimento do disposto 
no art. 214 da Constituição Federal, segundo o qual “a lei estabelecerá o plano 
nacional de educação, de duração decenal, com o objetivo de articular o sistema 
nacional de educação em regime de colaboração” (BRASIL, 1988) com os estados 
e os municípios. O PNE estabelece as seguintes diretrizes para a próxima década: 
I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III 
– superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da 
cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV – melhoria da 
qualidade da educação; V – formação para o trabalho e para a cidadania, com 
ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade;
• VI – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII –
promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; VIII –
estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como 
proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às 
necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX – valorização 
dos(as) profissionais da educação; X – promoção dos princípios do respeito aos 
direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental (BRASIL, 
2014).
Base Nacional Comum Curricular (BNCC) 
– 2016
• A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), direcionada à educação básica, 
é o resultado de exigências definidas pela LDB –
• principal referência de estudo nesta Unidade –, pelas Diretrizes 
Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2009) e pelo PNE (2014).

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