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de eliminação mais utilizado baseia-se na absorção química no qual se utiliza um solvente capaz de neutralizar os gases ácidos. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 13 Um resumo das tecnologias disponíveis para remoção de gases ácidos é apresentado na tabela abaixo: Fonte: MACHADO, Priscila Badega. ANÁLISE COMPARATIVA DE TECNOLOGIA DE SEPARAÇÃO SUPERSÔNICA PARA O CONDICIONAMENTO DE GÁS NATURAL. Dissertação de Mestrado, UFRJ, 2012. O solvente mais utilizado para tal propósito é o monoetanolamina, designado pela sigla MEA. O uso de tal solvente é justificado pelas seguintes vantagens: � Baixo custo; � Alta reatividade (afinidade) com o H2S e o CO2 conduzindo a menores vazões circulantes, conseqüentemente, menor consumo de utilidades e carga térmica; � Facilidade de recuperação, mesmo quando submetido a baixas pressões; Obs.: Seu uso não é recomendado para remoção de COS e CS2 em gases com altos teores dos mesmos por formar compostos químicos não-regeneráveis. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 14 C C NH2OH H H HH Fórmula estrutural da MEA : solvente usado na dessulfurização (mono)(etanol)(amina) = monoetanolamina � Reações de neutralização que ocorrem: Fórmula estrutural dos sulfinos : solventes usado na dessulfurização UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 15 � Esquema básico de dessulfurização usando a MEA: Algumas unidades de tratamento de gases usam o processo de absorção patenteado com o nome Sulfatreat(R) para remoção de H2S. O absorvente é um suporte granulado a base de óxido de ferro, cujo diagrama está apresentado na figura abaixo: UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 16 MEA (Propriedades físicas) Massa molecular 61,08 Temperatura de ebulição 171°C Temperatura de solidificação 10,5°C Massa específica (densidade) 1018 kg/m3 � Esquema detalhado de recuperação da MEA: Detalhamento do esquema acima: O gás ácido a ser tratado é alimentado em vaso depurador para remoção de líquidos remanescentes e alimenta o fundo de uma coluna absorvedora (pratos ou recheio). O gás flui ascendentemente e entra em contato com a solução de amina, em contracorrente, permitindo a absorção dos gases ácidos. O produto de topo da absorvedora é o gás tratado (gás doce) exibindo baixos teores de H2S e CO2. O produto de fundo da absorvedora denomina-se amina rica - uma solução rica em gases ácidos, que é encaminhado para um vaso separador para remover possíveis hidrocarbonetos líquidos. Em seguida, a solução rica é aquecida em um trocador de integração energética, onde a solução de amina rica troca calor com a solução de amina pobre - produto de fundo da coluna de regeneração de solvente. Na coluna regeneradora, a UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 17 elevação de temperatura permite reverter a reação ocorrida entre a amina e os gases ácidos (na absorção) liberando CO2 e recuperando o solvente (amina pobre). A corrente gasosa, produto de topo da regeneradora, contém altos teores de H2S e CO2. A corrente de amina regenerada (produto de fundo) é recirculada via bomba centrífuga, filtrada e resfriada em um trocador de integração energética e em um resfriador antes de seguir para a coluna de absorção. Industrialmente, destacam-se as aminas primárias, monoetanolamina (MEA); as aminas secundárias, dietanolamina (DEA) e diisopropanolamina (DIPA); e aminas terciárias, metildietanolamina (MDEA). Dentre as aminas mencionadas, a MDEA é a mais utilizada atualmente por apresentar as seguintes vantagens: � alta resistência à degradação, � menor demanda energética para regeneração � alta seletividade. � Devido à sua baixa taxa de reação com o CO2, a MDEA tem sido empregada na remoção seletiva de H2S de correntes gasosas que também contêm CO2 . Apesar do processo de absorção química com aminas ser largamente utilizado para o tratamento do gás natural, esta tecnologia está constantemente sujeita a inúmeras dificuldades operacionais, tais como formação de espuma, inundações e alto custo capital e operacional. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 18 Detalhes da coluna absorvedora: UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 19 2.4. DESIDRATAÇÃO DE GÁS NATURAL 2.4.1. Desidratação usando agentes absorventes O objetivo principal da operação de desidratação do gás natural é separar o vapor d’água presente em equilíbrio com o gás para garantir o escoamento e o processamento do mesmo, sem o risco da ocorrência de formação de hidratos ou de provocar corrosão nos equipamentos e tubulações. O gás natural oriundo de qualquer formação encontra-se sempre saturado com vapor d’água e a medida que se aproxima da superfície dentro da linha de produção do poço, começa a ocorrer a separação de água livre, devido às mudanças das condições termodinâmicas. A função da desidratação do gás natural é especificar o teor de umidade do gás tratado para fins de escoamento para terra, gás lift e gás combustível, evitando a formação de hidratos nestes sistemas. O ajuste do ponto de orvalho é outro parâmetro importante para evitar formação de hidratos. A preocupação com a formação de hidratos passa a ter maior importância no momento em que a temperatura do fundo do mar atinge valores baixos (2 a 4°C). A desidratação de gás é um processo de absorção ou de adsorção, utilizando absorventes líquidos no primeiro caso, ou alternativamente sólidos no segundo caso. O processo de absorção com absorventes líquidos é o mais comum, principalmente em sistemas offshore, pois a logística do manuseio de líquidos é mais fácil. Em terra a utilização de peneiras moleculares (material de elevada porosidade) ou ainda membranas pode ser empregado. Os glicóis, dentre os quais o trietilenoglicol – TEG, são os absorventes mais largamente utilizados devido às suas características. Eles são álcoois muito higroscópicos, não corrosivos, não voláteis, de fácil regeneração a altas concentrações, insolúveis em hidrocarbonetos líquidos e não reativos com os componentes do gás (hidrocarbonetos, dióxido de carbono e compostos de enxofre). � Agente desidratante: Substância química capaz de absorver (processo físico) moléculas de água livre de um sistema. UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ ENGENHARIA DE PETRÓLEO ENGENHARIA DE PETRÓLEO - GÁS NATURAL – PROF°. JOHNY 20 O glicol é um diálcool comercializado nas seguintes formas: MEG (monoetilenoglicol), DEG (dietilenoglicol) e TEG ( trietilenoglicol). O MEG é mais utilizado para desidratação de gás em unidades de processamento tipo absorção refrigerada e o TEG é o mais recomendado para absorção de umidade do gás natural em unidades de produção marítimas. As características que determinam a escolha do glicol como agente desidratante utilizado para secagem do gás natural são as seguintes: