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PRODUTOS ORGÂNICOS E SUSTENTABILIDADE

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PRODUTOS ORGÂNICOS E SUSTENTABILIDADE
Adriano Ferreira Tavares 1
Adriana de Araújo Barbosa 2
Luciana Felipe Nunes 3
Resumo
Sustentabilidade refere-se a um conjunto de ações ecologicamente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis. É uma forma de pensar e de agir que resulta em impactos positivos na sociedade e no meio ambiente. Ações sustentáveis implicam na promoção de estratégias que visem equilibrar as relações sociedade e natureza, individuo e saúde, população e qualidade de vida. A sustentabilidade envolve todas as áreas do conhecimento, incluindo a produção e o consumo de alimentos. Os orgânicos ganham cada vez mais espaço na mesa dos consumidores brasileiros, ávidos por alimentos livres de agrotóxicos.
Palavras-chave: Agricultura orgânica, sustentabilidade, meio ambiente.
Introdução
Os meios de comunicação têm divulgado cada vez mais a importância da alimentação baseada em produtos orgânicos, o que vem contribuindo para aumentar o número de consumidores destes alimentos. Segundo Archanjo et al. [9], o crescimento do consumo não está diretamente relacionado com o valor nutricional dos alimentos, mas aos diversos significados que lhes são atribuídos pelos consumidores. Tais significados variam desde a busca por uma alimentação mais saudável, de melhor qualidade e sabor, até a preocupação ecológica de preservar o meio ambiente. 
Essa união de pensamentos relacionados a um consumo consciente nos leva a pensar não só em estabelecer um equilíbrio nutricional corpóreo e sim harmonizar corpo e planeta para que ambos continuem se desenvolvendo de forma correta.
Adriano Ferreira Tavares – Tecnólogo graduado em Gastronomia pela Faculdade Maurício de Nassau conclusão - 2010.
Adriana de Araújo Barbosa – Graduada em Direito pela Universidade Cândido Mendes – RJ, conclusão 2002 e Administração de empresas pela Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas do Rio de Janeiro, conclusão - 1996.
3. Luciana Felipe Nunes – Tecnóloga graduada em gastronomia pela Faculdade Maurício de Nassau, conclusão – 2010. 
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Agricultura Orgânica
Entende-se por agricultura orgânica, aquela cujo sistema de produção não se vale do uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos, reguladores de crescimento ou aditivos sintéticos para a alimentação animal. Essa metodologia de cultivo visa prestigiar o uso eficiente de recursos naturais não renováveis, aproveitar os recursos naturais renováveis e os processos biológicos alinhados à biodiversidade, ao meio-ambiente, ao desenvolvimento econômico à qualidade de vida humana.
Considerando o quadro de contaminação ambiental generalizada, o cultivo de alimentos orgânicos não assegura a ausência absoluta de resíduos na sua produção. Contudo, levanta-se a bandeira da associação de métodos orgânicos aliados ao sistema de produção sustentável tendo em vista a crescente preocupação dos seres humanos com a sua própria saúde, com a saúde dos animais, das plantas, sob o argumento de que seres humanos saudáveis são frutos de solos equilibrados e biologicamente ativos.
A busca por alimentos frutos de produção sustentável com métodos orgânicos de produção vem ganhando força e se consolidando mundialmente. Estudos revelam que o Brasil vem se consolidando como grande produtor e exportador de alimentos orgânicos. O incentivo a essa modalidade produtiva é percebido através de diversas ações do governo brasileiro, que vem oferecendo linhas de financiamento especiais para o setor e incentiva projetos de transição de lavouras tradicionais para a produção orgânica.
O termo “orgânico”, por sua vez, consiste numa rotulagem que indica que o produto é produzido consoante normas de produção orgânica e que estão certificados por uma autoridade de certificação devidamente constituída.
Legislação, certificação e fiscalização.
No Brasil, é a Lei Federal nº 10.831/2003, regulamentada pelo Decreto Lei nº 6.326/2007, que dispõe sobre normas disciplinares referentes às regras de produção, armazenamento, tipificação, processamento, rotulagem, distribuição, identificação, transporte, certificação e fiscalização dos produtos. De acordo com a referida lei, considera-se sistema orgânico de produção agropecuária “todo aquele em que se adotam específicas, mediante a otimização do uso de recursos naturais e socioeconômicos disponíveis e o respeito à integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo a sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável empregando, sempre que possível, métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos, a eliminação do uso de OGMs (Organismos Geneticamente Modificados) e radiações ionizantes, em qualquer fase do processo de produção, processamento armazenamento, distribuição e comercialização e a proteção do meio ambiente”.
No tocante às certificações, no Brasil as agências que obtém autorização junto International Federation of Organic Agricultural Movements (IFOAM), estabelecem seus próprios padrões de produção e emitem selos de certificação. Estes selos dão a certeza ao consumidor de estarem adquirindo produtos isentos de contaminação química além assegurar que os mesmos resultam de uma agricultura que respeita o ambiente natural, a qualidade nutricional e biológica de alimentos, conferindo qualidade de vida para quem vive no campo e nas cidades. Em suma, selo de “orgânico” simboliza também o processo ecológico de se plantar, cultivar e colher alimentos.
Quando houver indícios de adulteração, falsificação, fraude e descumprimento das normas regulamentadoras, a lei prevê medidas punitivas que serão aplicadas conforme a conveniência. São elas: autuação, advertência, apreensão dos produtos, retirada do cadastro dos agricultores autorizados a trabalhar com a venda direta e a suspensão do credenciamento como organismo de avaliação e cominação de multas. As punições serão mantidas até que se cumpram as análises, vistorias ou auditorias necessárias.
As inspeções recaem sobre as unidades de produção, estabelecimentos comerciais e industriais, cooperativas, órgãos públicos, portos, aeroportos, veículos e meios de transporte assim como qualquer ambiente onde se verifique a produção, beneficiamento, manipulação, industrialização, embalagem, acondicionamento, distribuição, comércio, importação e exportação.
Estudos revelam que é crescente o numero de produtores atuando com agricultura orgânica e o respaldo legal impulsiona esse setor uma vez que regras claras quanto aos processos e produtos aprovados pela criação do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica que propiciará aos consumidores mais garantias e facilidades na identificação desses produtos.
Alimentos orgânicos e sustentabilidade
Estudos revelam que ao longo dos anos a agricultura convencional apresentava sérios problemas energéticos e econômicos conspirando para um crescente dano ambiental. Neste ínterim, os meios de comunicação começam as vantagens da alimentação baseada em produtos orgânicos e nas consequências que não só reflete em benefícios pra saúde de quem operaliza os mesmos, a de quem os consome, mas também em benefícios pró planeta.
Esse movimento de adesão aos orgânicos, embora crescente e promissor, ainda é pequeno, incide na esfera dos hortifrutigranjeiros, porém o potencial crescimento é enorme. Segundo a Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD), o Brasil é o maior consumidor da América Latina, sendo a Alemanha o país com maior mercado na Europa. 
Por fim, é notório que a certificação é uma poderosa estratégia mobilizando tanto as comunidades regionais como a sociedade para a produção e consumo de alimentos mais saudáveis e harmonizados com as atuais necessidades de conservação do meio ambiente. 
 
No Brasil os principais selos de certificação são: AAO - Associação dos Agricultores Orgânicos, ABIO - Associação dosAgricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro, ANC - Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região, Coolmeia Cooperativa Ecológica, IBD - Instituto Biodinâmico e MOA - Fundação Mokiti Okada. 
Considerações finais
Os alimentos orgânicos são vantajosos por não conterem resíduos de agrotóxicos, 
possuírem elevado valor biológico, maior durabilidade, além de contribuir para a saúde de produtor rural e sua família e para a preservação do meio ambiente.
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Referências bibliográficas
Artigos acadêmicos:
ASSIS, Renato Linhares de, GLOBALIZAÇÃO, Desenvolvimento Sustentável e Ação Local: 
O Caso da Agricultura Orgânica, Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v. 20, n. 1, p.
 79-96, jan./abr. 2003.
ROEL, Antonia Railda, A agricultura orgânica ou ecológica e a sustentabilidade da agricultura,
 Revista Internacional de Desenvolvimento Local. Vol. 3, N. 4, p. 57-62, Mar. 2002.
FONSECA, Maria Fernanda, Certificação de Sistemas de Produção e Processamento de Produtos
Orgânicos de Origem Animal: História e Perspectiva, Cadernos de Ciência & Tecnologia, Brasília, v.19, n.2, p.267-297, maio/ago. 2002. 
Internet
http://focosustentavel.blogspot.com/2007/10/alimentos-orgnicos-e-sustentabilidade.html
http://viapaxbio.com.br/index.php?id=5
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/voceecod/guia-do-alimento-organico
http://www.planetaorganico.com.br/trabdarolt2.htm
http://www.prefiraorganicos.com.br/agrorganica/oqueeagricultura.aspx

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