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ESTUDO DE CASO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ - UESPI
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS – FACIME
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
DISCIPLINA: TRABALHO EM CAMPO VIII
PROF.: SUZIANE CARVALHO
ANA CAROLINA SANTOS CÂNDIDO
ESTUDO DE CASO DE UM PACIENTE COM DENGUE 
TERESINA - PI
 2015
ANA CAROLINA SANTOS CÂNDIDO
ESTUDO DE CASO DE UM PACIENTE COM DENGUE 
Estudo de caso apresentado à Professora Suziane Carvalho da disciplina de Trabalho em campo VIII, como requisito parcial para obtenção de nota.
TERESINA - PI
2015
1 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
	Paciente: AEMGS Idade: 13 anos e 4 meses 
	Data de internação:
	22/ 05/ 2015
	Alta: 29/05/2015
	Outras internações:
	Não 
	Escolaridade: Ensino Fundamental
	Estado civil:
	Solteiro 
	Naturalidade: Teresina-PI
	Responsável legal:
	MFMGS
	Bairro: Anita Ferraz 
	Provável diagnostico:
	Dengue Hemorrágica 
	
Queixa principal: Febre há 3 dias acompanhada de cefaléia intensa, dores articulares, vômitos e náuseas e rinorreia 
Motivo da internação: suspeita de dengue hemorrágica 
2 OBJETIVO 
Relatar um casos clínicos e a assistência de enfermagem prestada a um paciente com dengue hemorrágica ocorrida no serviço durante a época ode se obtém o maior número de casos em Teresina-PI.
3 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
3.1 HISTORIA DE ADMISSÃO
Paciente deu entrada no instituto de doenças tropicais Natan Portela, proveniente do HUT, onde foi realizada sorologia para dengue porem negativo, acompanhados de sua mãe. Consciente, orientado, agitado, taquipneico, febre (38,9°c), normotenso (110/60 mmHg). Apresentando um quadro de cefaléia intensa, náuseas, vômitos, artralgia e plurido há 48hs,machas vermelha pelo corpo e rinorreia. O mesmo relata que os sintomas se iniciaram a mais ou menos quatro dias, nunca teve historia de dengue antes e reside em zona rural de Teresina onde outras pessoas foram diagnosticada com dengue nos últimos meses Apresentava um hemograma realizado no dia 21/05/2015 cujo valor de plaquetas era 108000/mm3 e Leucócitos= 2530/mm3, no dia 22/05/2015 realizou outro hemograma cujo valor de plaquetas era 41000/mm3 e Leucócitos= 3820/mm3. Não faz uso de medicação e nega alergias a medicação O mesmo foi diagnosticado com dengue hemorrágica.
3.2 EXAMES SOLICITADOS: 
Sorologias com resultados negativos para: Hepatites A, B e C,
Prova do laço: positivo 18 petequias.
Sorologia para dengue dia 22/05/2015- Immunoglobulin M (IgM)- reagente
Hemograma
	Dia 21/05/2015
	22/05;2015
	25/05/2015
	29/05/2015
	Hemácias 5,14milhões/mm3
	Hemácias 5,48milhões/mm3
	Hemácias 5,10milhões/mm3
	Hemácias 5,80milhões/mm3
	Hemoglobina 14,40 g/dl
	Hemoglobina 15,50 g/dl
	Hemoglobina
13,90 g/dl
	Hemoglobina
14,95 g/dl
	Leucócitos 2530/mm3
	Leucócitos 3820/mm3
	Leucócitos 5400/mm3
	Leucócitos
7640/mm3
	Plaquetas 108000 mm/3
	Plaquetas
41000 mm/3
	Plaqueta 80.000mm/3
	Plaquetas
470,000mm/3
3.3 TERAPIA PRESCRITA
Dia 22/05/2015 ao dia 28/05/2015
Sf 0,9%---100ml EV (para correr aberto)
Sf 0,9% 300ml EV 42 gts/min
Ranitidine +AD EV de 12/12h
Dipirona +AD EV S/N- (se dor)
Bromoproida + AD EV S/N-(se náuseas e vômitos)
Observar diurese 
3.4 CONSULTA DE ENFERMAGEM
 26/05/2015- 08h00minh- paciente evolui consciente, calmo, orientado, fásico, deambula normalmente, hipocorado, leve desidratação, higienizado. eupneico(16rpm), afebril(36,8°c), normotenso(110/70mmHg), normocardio(86bpm). Ao exame físico: face simétrica, pupilas isocoricas, cervical sem gânglios palpáveis. Tórax simétrico com AC em 2T, rítmicas, AP com MV presente. Abdome globoso indolor a palpação com Rha +. perfusão tissular periférica diminuída, MMSS e II com presença de petequias. Apresenta AVP em MSD sem sinais flogisticos. Queixa-se de dor nas articulações e astenia generalizada e plurido. Diurese 2.800ml de 7 da manha as 19 horas do dia anterior . Aceita a dieta oferecida. Segue em hidratação venosa constante. Acd Ana Carolina UESPI. 
3.5 LEVANTAMENTOS DOS PROBLEMAS 
	Problemas
	Objetivos
	Febre
	Reduzir a temperatura
Prevenir a convulsão por febre
	Cefaléia, mialgia e
artralgias
	Controlar e reduzir a dor.
Proporcionar conforto para o paciente.
	
Prurido
	Restabelecer e manter a integridade da pele.
Proporcionar conforto para o paciente.
	 
Plaquetopenia
	Controle e avaliação de exames de laboratório.
 Prevenir complicações.
	Sinais de desidratação
	Manter o paciente hidratado
	
Sangramentos
	Acompanhar evolução clínica.
Reduzir os fatores que contribuem para o sangramento.
3.6 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
A assistência de enfermagem diante dos sintomas apresentados pelo paciente deve ocorrer conforme se preconiza o Ministério da Saúde; com relação aos seguintes sintomas o enfermeiro deve proceder conforme é prescrito no manual ministerial: febre, cefaléia, mialgias e artralgias, prurido, plaquetopenia, náuseas e vômitos, sangramentos em geral, sinais de choque e dengue com complicações que são as formas atípicas. A partir destes sintomas deve ocorrer à assistência de enfermagem ao paciente conforme o manual (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008)
3.7 DIAGNOSTICO DE ENFERMAGEM E PLANO DE CUIDADOS 
DE1- risco de hemorragia e sangramento, visualizados, principalmente, em clientes com sinais e sintomas de trombocitopenia e tendências hemorrágicas evidenciadas por: prova do laço positiva, petéquias, equimoses e sangramento de mucosas.
Verificar edema, petéquias, equimose, hematoma, sangramentos de mucosas;
Manter o acesso venoso permeável;
Atentar para o risco de choque;
Manter cabeceira do leito elevada
(semi-Fowler);
Notificar ao médico sempre que o resultado da plaqueta for abaixo da referencia
Verificar sinais vitais.
Observar sinais de irritação, agitação, sonolência e convulsão.
DE2- risco de volume de líquido diminuído ou mesmo volume de líquido aumentado devido à infusão de líquidos endovenosos e oral.
Realizar controle de diurese.
Realizar balanço hídrico e hidroeletrolítico.
Controlar e avaliar as eliminações atentando para (presença de hematúria,
oligúria e anúria),
Realizar exame físico: nível de consciência e sinais de desidratação
Estimular a ingesta de líquidos.
Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
DE3-Risco de Integridade da pele prejudicada relacionada à plurido.
Auxiliar, orientar e dar banhos com água em temperatura ambiente ou aplicar compressas umedecidas em água na pele do paciente, sem fricção.
Manter as unhas aparadas e lixadas.
Orientar para a utilização de sabonete neutro.
Registrar no prontuário as condutas de enfermagem prestadas.
DE4-Risco de hipetermia relacionado a febre 
Arejar o ambiente; Incentivar a ingestão de líquidos; Verificar a temperatura corporal de 6 /6h; 
Remover o excesso de roupas; Promover conforto; 
Monitorar a ingestão e a eliminação de líquidos; 
Aplicar compressas mornas (nunca fria devido ao risco de vasoconstricção
Observar reações de desorientação/confusão.
DE5- Dor relacionado à: cefaléia, mialgias e artralgias
Verificar sinais vitais.
 Diminuir a luminosidade e ruídos, se possível.
Orientar repouso relativo.
Estimular a mudança de decúbito.
Aplicar a escala de dor para a tomada de conduta.
4 EMBASAMENTO CIENTIFICO 
4,1 INTRODUÇÃO
A dengue é hoje uma das doenças com maior incidência no Brasil, atingindo a população de todos os estados, independentemente da classe social. Nesse cenário, torna-se imperioso que um conjunto de ações para a prevenção da doença seja intensificado, permitindo assim a identificação precoce dos casos de dengue, a tomada de decisões e implementação de medidas de maneira oportuna, a fim de principalmente evitar óbitos (Brasil, 2008).
A classificação epidemiológica dos casos de dengue, que é feita habitualmente após desfecho clínico, na maioria das vezes é retrospectiva e dependede informações clínicas e laboratoriais disponíveis ao final do acompanhamento médico. Esses critérios não permitem o reconhecimento precoce de formas potencialmente graves, para as quais é crucial a instituição de tratamento imediato. Esta classificação tem a finalidade de permitir a comparação da situação epidemiológica da dengue entre os países, não sendo útil para o manejo clínico (BRASIL, 2005).
4.2 AGENTE ETIOLÓGICO
 Um vírus de RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, pertencente à família Flaviviridae. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três. Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengue clássica apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nas articulações e por trás dos olhos, podendo afetar crianças e adultos, mas raramente mata. A dengue hemorrágica é a forma mais severa da doença, pois além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento, ocasionalmente choque e consequências como a morte (MEDRONHO, 2006)
4.3 RESERVATÓRIO E MODO DE TRANSMISSÃO
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. Seu principal vetor é o mosquito Aedes aegypti que, após um período de 10 a 14 dias, contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida (MEDRONHO, 2006)
O mosquito adulto vive em média 45 dias. Temperatura A transmissão da doença raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C. O Mosquito Aedes Aegypti Costuma picar nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa (MEDRONHO, 2006)
4.4 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Após a picada do mosquito, os sintomas se manifestam a partir do terceiro dia. O tempo médio do ciclo é de 5 a 6 dias. O intervalo entre a picada e a manifestação da doença chama-se período de incubação. É depois desse período que os sintomas aparecem, podendo evoluir para a forma mais grave representada pela síndrome do choque, onde ocorre um comprometimento multissistêmico (XAVIER, 2014).
	DENGUE CLÁSSICA
	DENGUE HEMORRÁGICA
	• Forte dor de cabeça
• Dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos
• Perda do paladar e apetite
• Manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores
• Náuseas e vômitos
• Tonturas e cansaço
	• Pele pálida, fria e úmida
• Sangramento pelo nariz, boca e gengivas
• Manchas vermelhas na pele
• Sonolência, agitação e confusão mental, boca seca
• Sede excessiva e 
• Pulso rápido e fraco, dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes 
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta, Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem. O objetivo do Ministério é que esse número seja reduzido a menos de 1%%. (CUNHA,, 2006).
4.5 DIAGNÓSTICO LABORATORIAL CLÍNICO
O laboratório clínico é uma ferramenta de assistência ao médico, juntamente com as informações e os demais dados semiológicos colhidos na consulta médica. O diagnóstico é realizado com base na história clínica do paciente, na busca ativa de casos suspeitos e na realização de exames laboratoriais que indicam a gravidade da doença e de exames específicos para isolamento do vírus em culturas ou pesquisa de anticorpos específicos (XAVIER, 2014).
As alterações laboratoriais serão apresentadas sob dois aspectos: os exames inespecíficos e os exames específicos (BRASIL, 2013).
Exames inespecíficos
Exames inespecíficos podem ser caracterizados por determinações como hemograma completo, pode indicar o aumento do hematócrito e confirmar a presença de hemoconcentrações. Velocidade de hemossedimentação (VHS), dosagem de fibrinogênio, tempo de tromboplastina parcial (PTT), tempo de protrombina (TAP), dosagem do complemento C3, D-dímero, dosagem de proteínas totais e frações, ureia, creatinina, dos eletrólitos (sódio, potássio e cloro), das transaminases (ALT e AST), proteína C-reativa (PCR) e gasometria. (BRASIL, 2013).
Exames específicos
Exames específicos podem ser caracterizados por determinações como isolamento do vírus, reações sorológicas, imuno-histoquímica, teste de proteínas não estruturais e determinações de anticorpos ou antígenos específicos. Os exames específicos devem contribuir
principalmente para fins de vigilância epidemiológica, no isolamento e na identificação e tipagem do vírus no soro, nos primeiros cinco dias da doença. (XAVIER, 2014).
Isolamento viral representa o exame mais específico para diagnóstico de dengue, mas é pouco disponível nos serviços de saúde. Ele é utilizado principalmente para fins epidemiológicos ou estudos científicos. Sorologia para dengue deve ser solicitada a partir do 5º dia da manifestação dos sinais e sintomas de doença e representa o exame confirmatório de escolha, embora possa resultar em falso-positivo por reação cruzada com outros vírus. (BRASIL, 2013).
Na detecção da infecção por dengue pode-se utilizar vários testes rápidos para demonstração das imunoglobulinas dos tipos IgA, IgM e IgG. Com esses testes rápidos podemos demonstrar a presença dos antígenos de superfície dos tipos NS1, NS2, NS3 e NS4, O teste apresenta sensibilidade de 82,46%, com nível de confiança de 95% (74,21% a 88,49%), e especificidade de 77,52%, com nível de confiança de 95% (69,33% a 84,40%) (XAVIER, 2014).
Prova do Laço 
A prova do laço positiva é uma manifestação frequente nos casos de dengue, principalmente nas formas graves, e apesar de não ser especifica, serve como alerta, devendo ser usado rotineiramente na pratica clinica como um dos elementos de triagem da dengue. Ela alerta a necessidade de um monitoramento clinico e laboratorial contínuo e detalhado (BRASIL, 2013).
4.6 TRATAMENTO
O tratamento baseia-se nasintomatologia e no estabelecimento de medidas de suporte. Nesse sentido, as medicações usadas têm como principais ações o controle térmico e a analgesia. Além disso, o tratamento requer repouso e a reposição hídrica através do consumo de líquidos (REIS; et al, 2013).
Deve-se atentar que nos casos suspeitos ou confirmados devem ser evitados medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico, assim como anti-inflamatório devido o risco elevado de sangramentos (DIAS, et al., 2010).
4.7 COMPLICAÇÕES	
A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Em virtude disso, inúmeros comprometimentos podem ocorrer, tais como complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural (DIAS, et al., 2010).
Vale destacar, que em caso de diagnóstico tardio ou ausência de tratamento, pode levar ao óbito. Outras possíveis complicações da dengue incluemconvulsões febris em crianças pequenas, desidratação grave e sangramentos(DIAS, et al., 2010).
4.8 PREVENÇÃO
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água e locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras(BRASIL, 2013). 
Dessa forma, o principal meio de prevenção consiste no desenvolvimento de atividades educativas que visam conscientizar a população em relação aos riscos da doença, bem como sua forma de transmissão (DIAS, et al.,2010).
5 CONCLUSÃO
 
Torna-se evidente que um relato de caso, fundamentado na literatura é de extrema importância não só para o paciente mais para os profissionais enfermeiro e acadêmicos, pois o uso continuado dos diagnósticos na prática clínica fornece desafios constantes e impulsiona o pensamento crítico para a elaboração de um cuidado mais especifico e de qualidade. 
A experiência aqui relatada favoreceu a identificação das necessidades de cuidados e forneceu estrutura às prescrições de enfermagem. A realização desse estudo destacou ainda a importância da participação efetiva da equipe de enfermagem. Os resultados obtidos estimularam a busca de conhecimentos e mostram que a capacitação técnico-científica para a aplicação deste instrumento se faz necessária frente às mudanças na visão de assistência de enfermagem.
Desta forma, faz-se necessário um conhecimento de forma geral da patologia, bem como de todos os seus aspectos. Até mesmo para que possamos atuar de maneira eficaz, ajudando na recuperação do paciente e proporcionando a este uma vida funcional com qualidade.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diretoria Técnica de Gestão. Dengue : manual de enfermagem – adulto e criança. Brasília, 2008.
CUNHA, R.V. & NOGUEIRA, R.M.R. — Dengue e dengue hemorrágico.— Dinâmica das doenças infecciosas e parasitárias. Rio de Janeiro, Guanabara-Koogan,. p. 1767-81. 2006
DIAS, L. B. A.; ALMEIDA, S. C. L.; HAES, T. M.; MOTA, L. M.; FILHO, J. S. Dengue: transmissão, aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento. Rev. Med. UFRP, Ribeirão Preto, v. 43, n.2, p.143-52, 2010. 
_____Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Diagnóstico e manejo clinico da dengue: adulto e criança. 2ª ed. Brasília, 2005.
_____ Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Dengue: diagnóstico e manejo clínico. 4ª ed. Brasília, 2013.
MEDRONHO, R. A. Dengue e ambiente urbano. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 9, ed. 2, p.159-161. 2006.
REIS, C. B.; ANDRADE, S. M. O.; CUNHA, R. V. Responsabilização do outro: discursos de enfermeiros da Estratégia Saúde da Família sobre ocorrência de dengue. Rev Bras Enferm, Brasília, v. 66, n. 1, p. 74-8, jan-fev, 2013.
XAVIER, A.R. FREITA, M.S. BORGHI, D.P. Manifestações clínicas na dengue: Diagnóstico laboratorial, Rio de Janeiro, v. 102, Ed. 7. 2014

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