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1 Na resposta inata, teremos as APC’s, a que pertencem os macrófagos. Na resposta “ativa”, temos linfócitos B, os linfócitos T que são células efetoras e que conseguem produzir uma resposta Imunológica. Portanto e esta linguagem entre as APCS e os linfócitos T (as APC apresentam antigénios aos linf T), a célula T ativada tem um recetor para ler estes antigénios, que tem haver com a HLA , que é muito importante na resposta imunológica. Tem mais a ver com o cromossoma 6 que controla a estrutura do hla do que com a resposta inata das APCs. Nas células T existe o CD 28 que atua sobre a CD 80 e CD 86 das APC. Tem de haver duplo sinal para a ativação das células T. Isto quer dizer que se não houver o sinal há uma alteração da resposta imunológica. Estou a falar disto com outro pormenor porque há as células T com estes recetores e antigénios HLA classe II atua no recetor de células T. Existe um fármaco , o abatacept que atua diretamente na cd 28 e cd 86. Esta ativação impede a ação efetora de células T. Foi usado no Crohn. Reparem que as doenças imunológicos estão muito relacionadas. (Na maior parte dos casos) O que é eficaz na artrite reumatoide é eficaz do Crohn e na colite ulcerosa. Mas aquilo que é comum numa doença nem sempre é eficaz noutra. O exemplo típico e o etanercept que é uma proteína de fusão que tem o recetor do TNf que bloqueia o tnf circulante e este é eficaz no AR e na doença inflamatória. Secukinumab? Anticorpos que bloqueiem a IL- 17 é eficaz na psoríare, AR, mas piorou a atividade linfomatóide em dois ensaios clínicos, e a resposta th17 está claramente ativa na fase tardia da doença de Crohn. Há medida que falamos nos mediadores, estou a falar de alvos farmacológicos. Um deles, IL 12 – formado por dímero o p40 e 19 e o bloqueio dos dois (que é também uma unidade comum com a IL 23) bloqueia a resposta imunológica e é o fármaco com esta anti-IL12 p40 que é o ustecinumab que é eficaz na atrite psoriasica, na psoríase, na artrite reumatoide e na doença de Parkinson(?). E portanto a IL12 é fundamental para a dispensação de células T com produção de IFN-gamma e a expansão de células TH1 leva a produção de TNF que é outra alvo molecular com a existência de fármacos que bloqueiam o TNF como sejam o infliximab, o adalimumab e o golinumab. Fármacos com capacidade de bloqueio de TNF. E depois há a resposta de TH2, que tem muita a ver com a produção de IL-5, IL-13, e que está na dependência de IL-4, e portanto, como compreendem, há depois mecanismos frenadores da resposta imunológica em que está envolvida a IL-10 e há ??? eficientes de IL-10 que desenvolvem no doença do Crohn. Será todo isto o mecanismo imunológico subjacente. FARMACOLOGIA II Teórica 14 - Alvos moleculares dos imunomoduladores Turma 15 2 E portanto, há a resposta tipo TH1 que depende de IFN-gamma e IL-2; TH17 na dependência de IL-6 e de IL- 23. [Espero que tenham dado isto em imunologia e que eu não perco muito nisto porque tenho tendência a perder-me nestas coisas.] E depois leva a estimulação de TH17 e também com a produção de IL-22. A resposta tipo TH2 que é muito mediada pela STAT6 em termos de moléculas de transdução de sinal com produção de IL-4 e IL-13 e as células frenadores da sistema imunológica [Treg], fazendo a downregulation de sistema imunológico através de células CD4+/CD40/CD25 dependendo de FOXP3 e com produção de IL-10 e de TGF-ß. Mas reparem, depois há ativação de neutrófilos e estes neutrófilos sofrem rolling e depois atuam em integrinas e se aplicamos (???) por exemplo, fazendo aqui com anticorpos monoclonais (???) do bloqueio deste fenómeno de ativação de neutrófilos. Ou se fazemos com moléculas anti-integrinas, como o [vedolizumab?], que é um α4ß7 bloqueando a integrina α4 e ß7, impedindo a ligação entre neutrófilos e integrinas é outra forma de podemos controlar a resposta imunológica. E a resposta imunológica é muito importante porque, estão aqui a ver, o conjunto de doenças onde é possível ter uma exacerbação e a resposta imunológica esta, de facto, importante. A doença de Crohn e a colite ulcerosa, a psoríase, a pioderma gangrenoso, a pelvespondilite anquilosante, a atrite reumatoide, a atrite psoriatica, a vasculite, a sarcoidose, Wegener, uveite – são todos doenças em que estes fármacos são importantes e onde tem uma marcada utilidade clinica. Em 1908 foi uma das primeiras tentativas de controlo de sistema imunológico através de irradiação, e nos anos 40 apareceu a sulfassalazina e seguido nos anos 50, os corticosteroides. E só para vos dar um exemplo de evolução de tratamento das doenças imunológicas, em 1942 foi reportada como primeiro ensaio de Nanna Svartz, que utilizava a sulfassalazina, seguida em 1954 o primeiro estudo prospectivo randomizado controlado foi usado na colite ulcerosa, foi um senhor chamada Truelove e Witts, e aplicou corticosteroides na terapêutica de colite ulcerosa. Em 1974, só para perceber a evolução de imunologia e da farmacologia do sistema imunológico, em 74 apareceu a azatioprina, que é um fármaco que se liberta em 6mercaptopurina, e que foi eficaz na controlo de doentes cortico(??) na doença inflamatório intestinal. E em 1994 foi utilizada pela primeira vez, porque já antes tinha sido utilizado no transplante, a ciclosporina, que é um inibidor da calcineurina e é um fármaco muito importante, e é muito importante no transplante. Só em 2005 é que apareceu o anticorpo monoclonal anti-TNF quimérico, que é o infliximab, e portanto vejam a evolução da farmacologia utilizando a colite ulcerosa como exemplo e de facto esta evolução foi extraordinária. Vamos começar a falar de fármacos e temos de falar de fármacos para perceber os alvos imunológicos, e vamos passar de uma farmacologia não dirigida para uma farmacologia dirigida. 3 Sulfassalazina: a sulfassalazina foi de facto descoberta pelo Svartz nos anos 40 e depois descobrimos que é a união de duas moléculas, uma chamada ácido 5-aminossalicilico (messalazina) (5-ASA) e a sulfapiridina ligados por uma ligação covalente. E esta ligação, vejam aqui a estrutura, portanto a sulfassalazina é a acido 5- aminossalicilico e a sulfapiridina, por ação das bactérias do cólon há uma azo-redução. E isto que vos disse é importante, porque quem não tem cólon, os comprimidos saem inteiros, e por exemplo se der a sulfassalazina a um doente que tem uma ileostomia, o que vão ter como resultado é que o comprimido sai inteiro e não é eficaz porque são fundamentais as bactérias do cólon para libertatem o ácido 5-aminossalicilico da sulfassalazina e depois descobriu-se que o 5-ASA era muito interessante e que atuava como anti-inflamatório de ação tópica intestinal. A sulfapiridina foi depois (…). Usada na doença inflamatória intestinal e na artitre (…) que a sulfapiridina, ao contrário do 5-ASA, é muito lipofílica e vai elevar as suas concentrações no local da inflamação e vai ter uma ação anti-inflamatória nas articulações. É eficaz na artrite de término e não é eficaz na artrite inicial, por exemplo não é um fármaco eficaz no tratamento de pelveespondilite anquilosante ou na sacroileíte. (Notas sobre a importância deste fármaco e de toda a farmacologia imunomodeladora que veio revolucionar o tratamento destas condições). A sulfassalazina tem a capacidade de inibir a PGE2, IL2, …, portanto não é específica e como efeitos adversos pode-se acompanhar de febre, diarreia, exantema (não é tão raro quanto isso o aparecimento de exantema/rash devido a alergia, que pode ser de alguma gravidade), anemia hemolítica e pode também acompanhar-se de alguma toxicidade. Descobriu-seposteriormente que o olosalazina pela ação de uma acetilase das células epiteliais intestinais é convertido em 5-ASA que é mais lipofilico. Pretende-se que esteja em concentrações elevadas no local de ação, quanto menor a absorção melhor é o fármaco. Tem igualmente que ser ligado a moléculas de eudragil S no caso do asacol que permite que se liberte a um ph > 7 (atinge-se este ph no cólon) Assim num doente com doença de Crohn em jejum estar-se-ia a colocar o fármaco no local errado, para isso teríamos que utilizar os microgrânulos de etilcelulose. A imagem destes microgrânulos consiste num regador com imensos buracos que se enche de água e que à medida se transporta, vai caindo. Isto acontece e permite a libertação do fármaco ativo no jejum no ilio p.ex. eudragil L com ph>6 que se atinge no ileón médio. E temos aqui imagens de cintigrafia com o fármaco ???, libertando o fármaco no colon. Portanto Sulfassalazina Anos 40. Seguem-se os Corticosteróides que se liga ao recetor dos corticosteroides e vai ao núcleo e que tem efeitos imediatos, intermédios e tardios e isto já foi alvo da aula anterior. Então os corticoesteroides terminam/diminuem(?) o INF, o TNF e IL-2 e têm efeitos secundários associados a cataratas, osteoporose, diabetes, acne, miopatia (é importante) e alterações metabólicas importantes como a retenção sódio e água. Segue-se a Azatioprina. É um antimetabolito da purina, que inibe a proliferação e migração de linfócitos. Tem uma boa absorção oral. A Azatioprina é libertada em 6-mercaptopurina depois convertida em nucleótidos 6-tiogunina 4 e vai atuar Rac1, induzindo a apoptose dos linfócitos. O alvo terapêutica da tiogunina é superior a 230 e pode conduzir a leucopenia e hepatotoxicidade. Porquê? Porque a azatioprina é transformada numa via não enzimática. Repito, por via não enzimática em 6-mercaptopurina. E a 6- mercaptopurina depois é convertida em 6-tiogunina por ação da hipoxantina fosforribosiltransferase. E a 6-mercaptopurina poderá dar origem a produtos metilados na 6-MMP, por ação da tiopurina metiltransferase. E é a tiopurina metiltransferase que está sujeita a alterações genéticas, que condiciona uma baixa atividade enzimática e desviam a azatioprina toda para 6- tioguanina e pode induzir leucopenia gravíssima em doentes homozigóticos (probabilidade de encontra-los é 0,1%). É possível fazer a fenotipagem e o doseamento da 6-tioguanina para compreender a metabolização da 6-mercaptopurina. A azatioprina é utilizada largamente no Transplante. O sucesso do transplante não é só cirúrgico. É médico. É necessário obtermos uma imunossupressão eficaz e temos que ser eficientes. E, de facto, pode provocar pancreatite, leucopenia (com alguma frequência) , trombocitopenia e pancreatite. E se derem Azatioprina a um doente que fez uma pancreatite e insistem no fármaco isso tem um efeito potenciador (fazem uma pancreatite gravíssima). No contexto de pancreatite é proibido dar este fármaco, pode dar toxicidade hepática (5-10%), náuseas, gastralgias e aumenta o risco de linfomas não Hodking. Como pode dar leucopenias com alguma frequência, precisa de monitorização clínica apertada dos leucócitos. Vamos agora falar dos inibidores da calcineurina: a Ciclosporina e o Tacrolimos. Os Inibidores da desidrogénase da inosina: o micofenolato de mofetil e os Inibidores da proteína cínase do ciclo celular, o Sirolimus. Estamos a falar de fármacos muito utilizados na transplantação. A ciclosporina é usada na psoríase, na colite ulcerosa e na …muscular. Temos aqui a ciclosporina que se liga à calcineurina e que depois pelo fator de transcrição do receptor nuclear de calcineurina que está fosforilado e que para ser activo tem de ser desfosforilado e esta é a função da calcineurina que está ligada à ciclosporina. A ciclosporina impede esta desfosforilação. É um fármaco muito eficaz na inibição da produção de interleucina 2. É lipofilica e muito hidrofóbica, má absorção oral, biodisponibilidade na ordem dos 50%, necessita de doseamento e tem uma metabolização hepática pela CYP3A. Qual é o problema da ciclosporina? É a toxicidade, nomeadamente hepática, renal, dá tremores, hiperplasia gengival, HTA e tem muitas interacções medicamentosas com Verapamil, nicardipina, fluconazole, eritromicina, Rifampicina, fenobarbital, ticlopidina. Outro fármaco é o Tacrolimus, que é absorvido por via oral ou endovenosa (habitualmente dá-se via oral) (a ciclosporina na fase aguda dá-se por via EV e depois por via oral) com necessidade obrigatória de doseamento dos níveis séricos do tacrolimus e tem metobolização pela CYP3A4. Pode associar-se a tremores, HTA e diabetes e não afecta… Em relação ao Sirolimus, este é um inibidor da proliferação celular e também é um imunomodelador na produção da IL2. Necessita de doseamentos séricos como a ciclosporina e tem metabolização hepática. Também pode dar Dislipidemia, anemia, leucopenia ou trombocitopenia. O Everolimus é semelhante ao Sirolimus e dá anemia, leucopenia ou trombocitopenia, embora tenha semi-vida mais curta. Micofenolato de mofetil é um inibidor reversível da desidrogenese da inosina monofosfato, inibe proliferação, formação de anticorpos, adesão e migração dos linfócitos, é usado na transplantação embora aumento o risco de infecção por citomegalovirus (mas atenção qualquer um destes fármacos aumenta o risco de infecção- por ex corticoesteroides aumentam o risco de infecção, azitioprina+corticoesteroides também, azitioprina aumenta o risco de infecção virica, a ciclosporina aumenta o risco de pneumonia por pneumocystis 5 carinii e portanto todos estes fármacos condicionam o aumento de risco de infecção). É pouco usado na Doença inflamatória instestinal mas bastante usado no transplante. O Metrotexato inibe a Dihidrofolato redutase, portanto altera a síntese de ADN, é absorvido por via oral (mas baixa absorção por via oral) enquanto em doses superiores a 15 mg é preferível usá-lo por via SC ou IM porque tem melhor biodisponibilidade. O Metrotexato pode dar hepatite, toxicidade hepática com fibrose, leucopenia, trombocitopenia e Pneumoníte intersticial. Depois temos o FTY720 que Agonista do receptor S1P e é um fármaco que mantém os linfócitos nos tecidos. E agora meus caros amigos depois deste “capítulo” da farmacologia clássica dos imunomodeladores vou-vos falar a seguir da chamada terapêutica imunológica. São conhecidos alvos farmacológicos e há construção de anticorpos monoclonais para esses alvos. Posso-vos falar do TNF, da interleucina 12, da interleucina 23, posso-vos falar de anticorpos, anticorpos anti-interleucina 6, anticorpos anti-interleucina 17 e portanto tamos a falar de uma imunofarmacologia extremamente cara, mas muito eficaz. Eficaz porque em algumas áreas terapêuticas foi a única farmacologia que demonstrou que altera o “outcome” da doença, altera o número de recidivas. São fármacos que atuam em doentes corticoresistentes que não tinham solução antes do seu aparecimento e portanto tamos a falar de uma nova farmacologia, uma farmacologia dirigida para o “alvo”. Então esta coisa dos anticorpos monoclonais, a sociedade europeia que rege os medicamentos tem regras claras para definir o que é esta nomenclatura e chama quimérico a um anticorpo que tem uma estrutura variável de origem murina e um segmento Fc da imunoglobulina que é humano. É o caso do Infliximab. O “xi” quer dizer que é quimérico, neste caso que é 75% de origem humana e 25% de origem murina. Há os humanizados e os humanos. Certolizumab é um anticorpo humanizado anti TNF, o Adalimumab é humano anti TNF e não são mais eficazes que os quiméricos na manutenção da doença. Depois há os humanizados que têm partes variáveisda região hipervariável da molécula de origem murina e depois os humanos, que são o estudo humano. E de facto passou-se de anticorpos murinos para quiméricos para humanizados e para humanos ao longo do tempo. E portanto têm aqui a nomenclatura. Infliximab, que é quimérico; Adalimumab que é humano; Certolizumab que é humanizado. O que é que é diferente aqui nisto tudo… Terminam todos em mab: Infliximab, Adalimumab, Omalizumab - que é anticorpo anti IgE, usado na asma. Este “L” que está aqui, o “L” tem a ver com a doença em que é utilizado, neste caso em doenças do foro imunológico (reparem que estes todos têm este L, logo são utilizados em doenças de foro imunológico). Por exemplo, há estudos de “mab” que se utiliza em quimioterapia. E portanto é um fármaco que foi originalmente discutido para ser eficaz nalgumas doenças. E estas parecem de foro imunológico. Mas às vezes um fármaco é construído para um sentido e depois descobre-se que é mais eficaz para outro, noutra área terapêutica e mantem o mesmo nome. Portanto nem sempre isto tudo é mantido ao longo do tempo. 6 Depois o “xi” quer dizer que é quimérico, o “mu” quer dizer que é humano, o “zu” quer dizer que é humanizado. E o início do fármaco é livre, só as primeiras 3 ou 4 letras é que são livres, as restantes têm que ter alguma lógica de construção do Fab. E têm aqui o etanercept que é uma proteína de fusão que tem um segmento Fc IgG1 e depois um recetor do TNF, bloqueando o TNF. Este é o conceito da proteína de fusão. Depois há o conceito de monoclonal, isto é tem a imunoglobulina toda, tem o segmento Fc, as partes variáveis e invariáveis do FAB. Depois temos o certolizumab tem o segmento FAB do TNF-alpha, sendo que vai bloquear diretamente o antigénio TNF que se liga a uma molécula (não se percebe o nome) que permite que esteja mais tempo em circulação. A parte FAB permite abraçar a molécula, enquanto as parte Fc são importantes para a activação. Adicionalmente temos o Visilizumab que é um anti-CD3 e o basiliximab que é um anti- CD25 que se utiliza nos linfomas. O Adalizumab igualmente para o TNF, o fonotlizumab para o IFN gama, o alicaforsen que é um anti- ICAM1 que é uma molécula de lesão molecular, o natalizumab que é um alfa 4 e depois ainda o MLN02 que agora se chama Vedolizumab contra a molécula alfa4beta7. Portanto é esta a estrutura, um FAB,um Fc, um recetor e vamos bloquear o que queremos. Esta imagem demonstra o mecanismo de construção da molécula; no segmento Fc têm proteínas glicosiladas, tendo grande importância para a imunogenicidade do fármaco e alterações na glicosilação são dramáticas. Isto pode levar a uma perda de eficácia, ou seja ao aparecimento de anticorpos contra o nosso anticorpo. Hoje em dia temos técnicas para controlar esse aspeto. O vedolizumab utiliza-se na doença de Crohn (por ampola 4000euros). Este segmento tem a capacidade de ligar ao antigénio, e não pensem que a imunoglobulina é fixa; ela consegue ir buscar o antigénio. Ela tem igualmente uma avidez para o antigénio e quanto maior a avidez, maior será a sua eficácia. Os anticorpos anti-CD3 (visiluzimab e muronomab), embora destruam os LT e que levem à uma libertação de citocinas (síndrome de libertação de citocinas) podendo causar um choque, é utilizado no transplante. O daclizumab é um anticorpo Ig1 humanizado e o Basiliximab – Anticorpo murino/humano, são anti-CD25 e são utilizados no transplante. O alemtuzumab, um anti CD52, utilza-se na leucemia linfócitica crónica e no transplante. O efalizumab foi retirado por aparecimento de leucoencefalopatia, que no seu caso se ligaria ao ICAM1. 7 Anticorpos anti-TNF Os mais utilizados: Infliximab, Adalimumab, Etanercept, Onercept e o novo golimumab dado por via subcutânea. São anticorpos muito eficazes. Golimumab: novo anti-TNF administrado por via subcutânea. Infliximab: anticorpo 75% Adalimumab: IgG1 anti-TNF Etanercept: tem como alvo o recetor P75 do TNF Onercept: tem como alvo o recetor P55 do TNF. O TNF tem dois recetores, portanto é possível bloqueá-lo destas duas formas (P75 e P55). Onde se utilizam estes anticorpos? Nestas seguintes doenças: Síndrome de Behçet, doença inflamatória intestinal, uveítes, artrite reumatóide, psoríase, sacroileíte. Todas estas são indicações possíveis para a utilização dos anti-TNFs. No entanto, estes têm como toxicidade o aparecimento de tuberculose. Isto acontece porque o TNF é extraordinariamente importante para o combate ao Mycobacterium, portanto, ao bloquear o TNF, vamos aumentar a incidência de tuberculose. Não se podem administrar estes fármacos sem se fazer o teste de rastreio para a tuberculose lantente: teste da tubercolina. Se for positivo, o doente deve usar isoniazida durante 9 meses para profilaxia. Os anticorpos não podem ser administrado no 1º mês do tratamento com isoniazida. Na terapêutica da tuberculose latente só usa 1 fármaco (isoniazida ou rifampicina), com 70- 80% de eficácia. Mais alguns anticorpos desta classe: Rituzimab: IgG1 (Fc humano) anti-CD 20, para tratamento do linfoma B, ativando o complemento e apoptose. Fontolizumab: Anticorpos anti-IFN; Utilizado na Doença de Crohn. Um novo conceito: Vedolizumab é um anticorpo anti-alfa4beta7. O Natalizumab é um anticorpo anti alfa4, utilizado no tratamento da esclerose múltipla. Um problema associado ao uso deste fármaco foi a reativação do vírus JC que provocou leucoencefalopatia nos doentes. Então, este novo fármaco é melhor que o natalizumab e com menos efeitos adversos: não tem risco da leucoencefalopatia porque ele não atravessa a BHE, e não há beta 7 no cérebro (Beta 7 está presente no tudo digestivo). Não há nenhum caso de leucoencefalopatia no tratamento com Vedolizumab. Importante lembrar que se deve sempre, antes de iniciar a terapêutica, fazer-se o rastreio da tuberculose. Num artigo do ano passado do jcc, 30 casos de TB mesmo após rastreio de tuberculose por (...) marcar com um anticorpo porque tratamos, reiniciamos o fármaco (seletividade e eficácia...) (...) tratamos para a TB e passados dois meses da terapêutica anti-tuberculoestática iniciamos um tnf (...). E portanto a imunofarmacologia, pudesse a regra de ? (...) é claramente uma área de franco progresso. 8 (Perguntas e respostas imperceptíveis relativamente à eficácia na esclerose múltipla? com resposta negativa porque não atravessa a BHE e outra pergunta para colite ulcerosa?). (Fármaco?) Um ... que bloqueia o componente ... sensitivo? Cada vez mais a farmacologia vai ser dirigida ao tipo molecular. (Pergunta sobre esquema da azatioprina, 6-MP,…? Imperceptível. R: ... Induz leucopenia ... e transformado em 6-MP.... Nem se tiver uma grande atividade de ... não tem muito risco de leucopenia mas tem risco de hepatotoxicidade porque o... é hepatotoxico. (Outra pergunta e resposta imperceptível sobre xantinoxidase? (...) não deve monitorizar o alopurinol e os inibidores da xantinoxidase? com doentes que tomam 6-Mercaptopurina ou azatioprina que há um risco de toxicidade hematológico).
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