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ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 1 Prezado aluno, Esta apostila é a versão estática, em formato .pdf, da disciplina online e contém todas as informações necessárias a quem deseja fazer uma leitura mais linear do conteúdo. Os termos e as expressões destacadas de laranja são definidos ao final da apostila em um conjunto organizado de texto denominado NOTAS. Nele, você encontrará explicações detalhadas, exemplos, biografias ou comentários a respeito de cada item. Além disso, há três caixas de destaque ao longo do conteúdo. A caixa de atenção é usada para enfatizar questões importantes e implica um momento de pausa para reflexão. Trata-se de pequenos trechos evidenciados devido a seu valor em relação à temática principal em discussão. A galeria de vídeos, por sua vez, aponta as produções audiovisuais que você deve assistir no ambiente online – aquelas que o ajudarão a refletir, de forma mais específica, sobre determinado conceito ou sobre algum tema abordado na disciplina. Se você quiser, poderá usar o QR Code para acessar essas produções audiovisuais, diretamente, a partir de seu dispositivo móvel. Por fim, na caixa de Aprenda mais, você encontrará indicações de materiais complementares – tais como obras renomadas da área de estudo, pesquisas, artigos, links etc. – para enriquecer seu conhecimento. Aliados ao conteúdo da disciplina, todos esses elementos foram planejados e organizados para tornar a aula mais interativa e servem de apoio a seu aprendizado! Bons estudos! ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 2 Introdução Esta aula trará à tona reflexões sobre o conhecimento de que dispõem os professores em termos de prática pedagógica, com ênfase nos debates voltados para a história da formação do educador. Para tal, apontaremos os desafios dessa atuação e suas consequências para o trabalho docente na Educação Superior nas últimas décadas. Bons estudos! Objetivo: 1. Valorizar os saberes profissionais dos professores no desempenho de suas atividades, com ênfase na história da formação docente; 2. Discutir sobre a formação de professores face às tendências e mudanças do Ensino Superior. Conteúdo O que é ser professor? O ofício docente é muito antigo... Desde a Antiguidade, a figura daquele que ensina, que dá lições, está presente nas narrativas escritas e nas imagens. Sendo assim, em linha direta com seu significado primário: O professor é aquele que ensina, que professa o conhecimento no sentido de sua “declaração do saber”. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 3 Em Roma, a figura do magister – o mestre – estava relacionada com o ensino das primeiras letras e, posteriormente, com o estudo da gramática e da retórica para a prática da política. De acordo com Penin (apud BRASIL, 2009, p. 2), há somente 300 anos, no século XVIII, o professor surgiu como profissional do ensino nas lutas por democratização lideradas pela burguesia revolucionária. A autora complementa: “[...] a definição do professor como sujeito do ensino encaminhou a for-mulação de um core curriculum para sua formação, ancorado na área da Pedagogia, inaugurando o início da profissionalização”. A história da profissão docente é um campo bastante interessante para pensarmos a condição atual dessa profissão. Então, vamos estudá-la a partir de agora. Disponível em: http://www.ricardocosta.com/sites/default/files/imagens/sabedoria/sabedo2.jpg . Acesso em: 12 nov. 2014. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 4 Funcionarização da carreira de magistério A profissão docente foi construída a partir das exigências sociais ao longo do tempo. Para entendermos essa trajetória no Brasil, seguiremos, aqui, a classificação de Nóvoa (1991), que demarca a seguinte passagem dessa carreira, denominada funcionarização do magistério: A partir do momento em que a formação do professor passa a ser controlada pelas escolas, o Estado intervém nesse processo, transformando o docente em funcionário. De acordo com Nóvoa (1991, p. 117-118): “[...] os processos de profissionalização e de funcionarização são quase sinônimos – tornar-se docente profissional significa, em geral, chegar a um posto de funcionário na administração pública”. Esse novo ordenamento propunha um tripé sobre o qual o professor, segundo Villela (2005), deveria “saber se portar, saber o que ensinar e como ensinar”, além de instruir o aluno a ler, a escrever, a contar e a rezar. Nesse contexto, surgiu a primeira entidade de formação profissional do educador: a Escola Normal. Escolas Normais Remodelada a partir da década de 1860, a Escola Normal já preconizava um ensino de ordem técnica que pudesse instrumentalizar o professor na tarefa de lecionar. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 5 Junto à preocupação quanto à pergunta “O QUE ensinar?”, as Escolas Normais deram um passo à frente, acrescentando ao pensamento anterior a questão “COMO ensinar?”. Antes de ser apenas um jogo de palavras, esse novo questionamento trouxe uma dimensão técnica à profissão docente, diferenciando-a do exercício leigo associado a ela. Dessa forma, o primeiro movimento na profissionalização do professor foi a criação das Escolas Normais como instâncias primárias de formação para a atividade do magistério como carreira profissional. Atenção A primeira Escola Normal brasileira foi criada em Niterói, no Rio de Janeiro, no ano de 1835. O Curso Normal tinha o objetivo de formar professores para atuarem no magistério de Ensino Primário e era oferecido em cursos públicos de Nível Secundário – hoje, Ensino Médio. A partir da criação da escola no Município da Corte, várias províncias criaram Escolas Normais, a fim de formar o quadro docente para suas escolas de Ensino Primário. Desde então, o movimento de criação de Escolas Normais no Brasil esteve marcado por diversas tentativas de afirmação e de reformulações. Apesar disso, o Ensino Normal atravessou a República e chegou aos anos 1940 e 1950 como instituição pública fundamental formadora dos quadros docentes para o Ensino Primário em todo o País. Fonte: SCHAFFRATH, M. dos A. S. Disponível em: http://goo.gl/zWwh38. Acesso em: 27 nov. 2014. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 6 História da profissão docente Como você pôde perceber, a demanda pela profissionalização da carreira docente do século XIX não surgiu por acaso. Essa busca fomentou uma cultura profissional relacionada ao ensino, cujo objetivo era firmar a identidade da carreira e enfatizar a dissociação entre docência e religião. Sobre o assunto, Nóvoa (1995, p. 18) ressalta que: “[...] os professores são os protagonistas no terreno da grande operação histórica da escolarização, assumindo a tarefa de promover o valor educação: ao fazê-lo, criam as condições para a valorização de suas funções e, portanto, para a melhoria de seu estatuto socioprofissional”. Também no Brasil, a profissão docente seguiu essa linha e, nos primeiros anos da República, a docência ganhou status mais firme como categoria profissional. A República tinha como perspectiva o controle da educação formal. Seu intuito era retirá-la do âmbito privado, institucionalizando e promovendo a estatização dos sistemas escolares. Tal projeto republicano de escolarização das massas previa a formação dos professores que atuariam nas escolas públicas de forma sólida e competente. Disso resultava a importância da EscolaNormal. Caberia à escola, então, a tarefa de educar o povo. Dessa forma, os republicanos reafirmaram a educação como fundamental à consolidação do novo regime político – a base para o projeto de reforma e de construção de uma nova e regenerada sociedade brasileira. Na verdade, tratava-se muito mais da vontade de concretizar um ideal de “ordem e progresso” do que, de fato, de realizar tal projeto. E um dos atores privilegiados para o cumprimento desse ideal era o professor. Por muitas décadas, os professores foram formados pela Escola Normal, o que fortaleceu a identidade profissional docente. Por exemplo, no Rio de Janeiro – ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 7 então capital federal do Brasil –, em 1932, fundou-se o Instituto de Educação, que deveria ser modelo para toda a formação nacional. Diante desse quadro, o professor formado pela Escola Normal que desejasse seguir sua formação e complementá-la no Ensino Superior deparava-se com certos entraves. Conheceremos, a seguir, alguns deles. Atenção De acordo com Vasconcellos (2004, p. 67): “[...] a Escola Normal [foi] fundamental na constituição da ‘profissão docente’. A partir dela, [configurou-se] o ‘novo’ professor, deixando para trás o ‘velho mestre-escola’ do Ensino Primário”. Formação docente para o Ensino Superior Vamos entender, agora, as influências do processo de formação docente para o Ensino Superior. Conforme apontam Vicentini e Lugli (2009, p. 45): “[...] cursar o Ensino Normal dava acesso a somente alguns cursos do Ensino Superior diretamente vinculados com o tipo de formação oferecido, ou seja, os cursos da Faculdade de Filosofia, especialmente o de Pedagogia (criados em 1939)”. Frente a essas dificuldades, a formação docente ficava restrita a alguns poucos cursos do Ensino Superior, restando ao profissional que atuava nas Escolas Primárias a Escola Normal como instância primeira – e praticamente única – de instrução formal. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 8 Esse processo formativo para a atuação do professor na Educação Superior não entrava, inicialmente, no debate mais amplo sobre as instâncias de formação, nem seu preparo para exercer a docência. De acordo com Valente e Viana (2010, p. 210-211): “[...] os Cursos Superiores procuravam profissionais que tinham sucesso em sua atividade [...], convidando-os para ensinar os alunos a serem tão bons quanto eles. Praticamente, exigia-se apenas o Bacharelado, pressupondo-se que ‘quem sabe automaticamente sabe ensinar’. Cunha (2003) afirma que, no Brasil, D. João VI fundou cátedras isoladas de Ensino Superior, visando à formação de profissionais, tais como as cátedras independentes de Anatomia e de Cirurgia. Posteriormente, em 1813, essas disciplinas foram reunidas e deram origem às academias de Medicina no Rio de Janeiro e na Bahia – atuais universidades federais. Por seu notório saber, os catedráticos eram os professores que atuavam no Ensino Superior da época: o mais alto posto da docência. A tendência de agrupar as cátedras persistiu durante todo o Período Imperial, só apresentando mudanças a partir da Proclamação da República, em 1889. Desse momento em diante, a criação dos estabelecimentos de ensino e sua manutenção material passou para a esfera do Estado. Vicentini e Lugli (2009) indicam que, para compreender a história da profissionalização docente no Brasil, é necessário saber que, no final da década de 1930, já havia um grupo de intelectuais do ensino preocupados com essa formação: os chamados por Nagle (2001) de educadores profissionais. Para o exercício da docência no Ensino Superior, nessa época, exigia-se do professor muito mais do que habilidades pedagógicas. O docente devia possuir: • Qualificações relacionadas a sua formação na Graduação e na prática profissional; • Qualidades acadêmicas; ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 9 • Atividades de pesquisa; • Titulações relacionadas a sua área de estudos. O educador precisava estar preparado, de acordo com esses parâmetros, para atuar nas instituições universitárias brasileiras. Mas quando e como elas surgiram? Vamos descobrir? Atenção Sobre a formação docente para o Ensino Superior, Santos (2010, p. 29) esclarece o seguinte:“[...] embora com muitas tentativas pretendidas sobre a formação do professor em Nível Superior, ou seja, a criação de instituto que atendesse a essa clientela, têm- se conhecimento de que, por decreto, a primeira faculdade de Filosofia, Ciências e Letras tenha sido concedida pela Ordem dos Beneditinos. Em decorrência do atraso que se encontrava a formação do professor em Nível Superior, o Ministro Francisco Campos estruturou a reforma [nesse setor educacional], até então considerada a maior da história. [...] E, pelo decreto, ficou consolidada a Lei nº 1.190/39, que tratou da formação do professor em Nível Superior no Brasil, sendo essa formação de caráter triplo, como se apresenta: cultura geral, docência e pesquisa”. Ensino Superior no Brasil De acordo com Cunha (2003), o Ensino Superior no Brasil, tal qual o entendemos atualmente, iniciou-se, portanto, na década de 1920 e se ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 10 consolidou a partir da década de 1930 como fruto da industrialização e urbanização do País. Esses novos rumos que tomavam o panorama nacional exigiam, também, uma modificação social nos sistemas educacionais. Observe o quadro a seguir com as iniciativas e datas de fundação das primeiras universidades do Brasil: Fonte: Ministério da Educação/Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (MEC/INEP), 2006. In: Leite, 2013. p. 33. Conforme aponta Cunha (2003, p. 166), com a promulgação do Decreto nº 19.851/31 – chamado de Estatuto das Universidades Brasileiras –, foram estabelecidos padrões de organização para as Instituições de Ensino Superior (IES) de todo o País. Para o autor, com base nesse dispositivo legal: “[...] o corpo docente seria constituído, em termos gerais, de professores catedráticos – um para cada cadeira do curso –, de auxiliares de ensino – chefe de clínica, chefe de laboratório, assistente ou preparador – e de livre- docentes”. Diante desse cenário, a fundação da Universidade de São Paulo (USP) trouxe um incremento à carreira docente no Ensino Superior. Cunha (2003, p. 173) ainda afirma que a USP incluiu em seu quadro docente professores estrangeiros com alta qualificação. Com isso, a universidade “[...] proporcionou condições para que se formasse um novo modelo de docente- pesquisador”. Esse fato foi importante para o processo de institucionalização dos campos científico e tecnológico no Brasil. Sendo assim, foram fortalecidas as bases da docência no Ensino Superior, com alunos interessados em se dedicar à pesquisa e ao magistério. Muitas vezes, eles eram enviados à Europa e aos Estados Unidos para estagiar junto aos ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 11 grandes nomes da ciência e retornavam ao Brasil como pesquisadores e professores da Educação Superior. Durante todo o Estado Novo (1937-1945), não houve mudanças significativas no quadro que se refere à prática docente universitária, permanecendo os padrões anteriores. Conforme destaca Santos (2010, p. 18): “[...] o ensino na universidade é uma prática que exige do professor uma atitude criadora, reflexiva e crítica. No entanto, boa parte dos professores da Educação Superior teve referência na Graduaçãode conhecimentos pautados em uma visão técnica, conservadora e fragmentada. [Em outras palavras], cada disciplina era desenvolvida isoladamente e, somente no estágio, o aluno era conduzido a desenvolver a síntese e a aplicação de toda a teoria estudada. Com isso, a fragmentação conduziu a uma ordem, separando os que sabem (cientistas) dos que não sabem (cidadãos comuns) e valorizando o conhecimento científico com status superior”. Diante dessa situação, Cunha (2003, p. 171) enfatiza que, também nessa época, os professores catedráticos das universidades controladas pelo Ministério da Educação (MEC) foram “[...] efetivados nos quadros do funcionalismo público federal, com remuneração e privilégios idênticos aos de seus colegas da Universidade do Brasil [...]”. Legislação do sistema educacional brasileiro Ao longo dos anos, o sistema educacional brasileiro foi-se tornando complexo. Disso resultou a necessidade de regulamentá-lo. Saiba, a partir de agora, de que forma esse processo ocorreu ao longo do século XX no Brasil: 1961 - Conforme ressalta Santos (2010, p. 31): “[...] para melhor organizar a estrutura da educação no País, [foi] criada a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei nº 4.024/61 –, ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 12 [que trouxe], no bojo do discurso, o Ensino Secundário Normal para a formação de professores do Primário”. 1968 - Santos (2010, p. 31) continua: “[...] [a criação] da Lei nº 5.540/68, [que promulgou] a Reforma Universitária, [impulsionou] os programas de Pós-Graduação, deixando a pesquisa para esse nível e, para a Graduação, a função profissionalizante”. Essa lei trouxe algumas consequências diretas para a carreira docente universitária. De acordo com Cunha (2003, p. 178-179): “[...] professores e pesquisadores experientes foram compulsoriamente aposentados; docentes jovens foram impedidos de progredir na carreira [...]. [Por outro lado], uma aliança tácita entre docentes e pesquisadores experientes fez com que as agências de fomento ampliassem os recursos destinados à Pós- Graduação. [Sendo assim]: • Novos prédios foram construídos nos campi; • Laboratórios foram equipados; • A profissão docente foi institucionalizada mediante o regime de tempo integral e de dedicação exclusiva; • As instituições públicas de Ensino Superior ampliaram, expressivamente, o número de estudantes nelas matriculados”. Além disso, a Lei nº 5.540/68 também previa para o exercício docente no Ensino Superior a proporção entre professores com Pós-Graduação e com tempo integral nos quadros da universidade, bem como que o ensino fosse indissociável da pesquisa. 1971 - O registro legal fortaleceu a indicação de que o professor docente que atuava ou que desejava atuar no magistério, de forma geral, devia buscar sua formação. Sobre o assunto, Santos (2010, p. 31) afirma: ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 13 “[...] 10 anos após a primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, [foi] elaborada a Lei nº 5.692/71, com caráter de obrigatoriedade para os cursos profissionalizantes e para a preparação de professores com habilitação em magistério. Esse aspecto [passou a ter] maior relevância para as discussões ocorridas no cenário educacional nos últimos 30 anos”. Anos 1980 e 1990 - A tendência anterior também marcou as décadas de 1980 e 1990, com a construção de leis e de documentos tanto para a Educação Básica quanto para a Educação Superior. Conforme destaca Santos (2010, p. 31): “[...] os anos 1980 foram marcados pela organização de movimentos de educadores e pela discussão sobre a formação de professores. Iniciou-se uma ampla mobilização e discussão nacional em torno da elaboração do Plano Decenal de Educação para Todos (1994), que, dentre outras ações, buscou implementar políticas de longo alcance para a profissionalização, como: • O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (1996); • A aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei nº 9.394/96); • Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997); • Os Referenciais Curriculares Nacionais (1999)”. Com o impulso da Pós-Graduação, a estreita ligação entre ensino e pesquisa fortaleceu-se no exercício do magistério universitário, não só nas universidades federais mas também nas estaduais e privadas. Legislação do sistema educacional brasileiro Nos dias atuais, a formação do professor docente para o Ensino Superior tem sido reflexo do que está instituído na LDB (1996). De acordo com Cunha (2003, p. 189): "[...] as universidades [foram] caracterizadas por sua produção e por seu corpo docente, podendo especializar-se por campo do saber. Pelo menos, um terço ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 14 [desses profissionais] deverá ter estudos pós-graduados. A mesma proporção dos docentes deverá ser contratada em regime de tempo integral”. Diante do que estudamos, percebemos, então, que a carreira docente na educação universitária vem sofrendo mudanças gradativas e qualitativas, bem como exigindo do profissional desse nível de ensino empenho constante em sua formação – aquela que alinhe ensino, pesquisa e extensão. Mas como esse processo ocorre atualmente? Quais são as qualidades e as competências necessárias ao professor da Educação Superior de hoje e que desafios esse profissional precisa vencer? São muitas as exigências direcionadas ao educador do século XXI. Por isso, ele não pode deixar de se atualizar! Mas esse é um assunto sobre o qual vamos discutir na próxima aula. Até lá! Atividade proposta Antes de finalizarmos esta aula, vamos fazer uma atividade! Para isso, leia o texto Desenvolvimento docente no Ensino Superior: visibilidade e atuação profissional. Após sua leitura: a) Localize no texto três passos importantes para a construção da identidade do professor do Ensino Superior e comente-os com suas palavras, com base no que estudamos nesta aula. b) No item “A prática do professor universitário: perspectivas e desafios na atuação profissional” (p. 5), retire do texto os desafios atuais da docência universitária. Chave de resposta A PRIMEIRO PASSO (p. 3) “O primeiro passo equivale à mobilização dos saberes da experiência profissional. Abriga os conhecimentos produzidos pelo docente no cotidiano, mediados pelo processo constante de reflexão crítica sobre a prática em sala de aula, enriquecida pelas contribuições das experiências pedagógicas de seus pares de profissão, assim como pelo suporte da pesquisa e pelo investimento em estudos correlatos a sua área de atuação”. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 15 Sugestão de comentários O docente do Ensino Superior deve mobilizar os saberes de suas experiências bem como exercitar a troca constante e cotidiana dessas experiências com seus pares em uma dimensão crítica e construtiva. SEGUNDO PASSO (p. 3) “O segundo passo corresponde ao conhecimento ou domínio das áreas específicas. A terminologia conhecimento [...] é tomada em seu sentido lato, na conotação de ‘trabalhar’, ‘classificar’, ‘analisar’ e ‘contextualizar’ as informações. Cabe ao professor produzir conhecimentos com seus alunos, facilitando as condições para que esse processo ocorra”. Sugestão de comentários O docente do Ensino Superior deve produzir conhecimento atualizado e analisá- lo criticamente, facilitando e promovendo espaços para essa produção e construção dos alunos. TERCEIRO PASSO (p. 4) “[...] o terceiropasso consiste nos saberes pedagógicos inerentes ao profissional docente. Implica a compreensão de que, para ensinar, são solicitados os conhecimentos específicos, os saberes pedagógicos didáticos e a experiência”. Sugestão de comentários O docente do Ensino Superior não se pode descuidar dos aspectos inerentes à docência e dos saberes pedagógicos do processo de ensinar e aprender. Chave de resposta b De acordo com o texto, atualmente, os desafios da docência universitária são: “[...] a regulação externa, esteada em critérios e métricas de qualidade e performance, [que] estabelece um novo cenário ao docente que atua no Ensino Superior” (p. 5); “[...] [a] incessante busca dos professores por publicações, qualificação/diplomação, cursos de aperfeiçoamento e demais indicadores de classificação e avaliação institucional, convergindo em um processo desenfreado de atingimento de metas e ranqueamentos institucionais e interinstitucionais” (p. 6); ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 16 “[...] [o] processo de formação continuada que gere ações na melhoria da prática pedagógica” (p. 6); “[...] a edificação de uma prática pedagógica significativa e formativa” (p. 6); “[...] [o entendimento, por parte do professor, do] espaço destinado às aulas [para] além da delimitação temporal e física, transcendendo a ação de transmissão de conhecimentos e [de] experiências que julga ter adquirido ao longo de sua atuação profissional, [bem como] ultrapassando o contexto acadêmico” (p. 7); “[...] [a percepção do] espaço único e privilegiado da aula para além da centralidade da fala do professor, [o que] implica tomá-lo como movimento múltiplo de aprendizagens – dos conteúdos específicos da disciplina, da profissão e da vida” (p. 7). Aprenda Mais Para saber mais sobre as Escolas Normais: • Leia o texto Formação na escola da praça; • Navegue pelo site da primeira Escola Normal da América Latina – Instituto de Educação Professor Ismael Coutinho. Além disso, sugerimos as seguintes leituras: TANURI, L. M. Contribuição para o estudo da Escola Normal no Brasil. Revista Pesquisa e Planejamento, São Paulo, v. 13, p. 7-98, dez. 1970. VILLELA, H. O. S. A primeira Escola Normal do Brasil. In: NUNES, C. (Org.). O passado sempre presente. São Paulo: Cortez, 1992. p. 17-42. Para saber mais sobre a UDF, leia o texto A Universidade do Distrito Federal. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 17 Para saber mais sobre os tópicos estudados nesta aula, assista ao vídeo a seguir: https://www.youtube.com/watch?v=wZ-WzIfEVG0 Referências BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. TV Escola/Salto para o Futuro, Brasília, ano XIX, n. 14, out. 2009. (Edição especial: profissão docente). CUNHA, L. A. Ensino Superior e universidade no Brasil. In: LOPES, E. M. T. et al. 500 anos de educação no Brasil. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p. 151-204. LEITE, M. de L. S. F. Análise do trabalho docente na Educação Superior: um estudo de caso no Curso de Administração da UNIT – Aracaju Farolândia. 2013. 193 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Tiradentes, Aracaju, 2013. NAGLE, J. Educação e sociedade na Primeira República. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. ______. O processo histórico de profissionalização do professorado. In: ______. (Org.). Profissão professor. Porto: Porto, 1995. p. 13-33. SANTOS, M. S. G. Saberes da prática na docência do Ensino Superior: análise de sua produção nos cursos de licenciaturas da UEMA. 2010. 225 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Piauí, Teresina, 2010. VALENTE, G. S. C.; VIANA, L. de O. O ensino de Nível Superior no Brasil e as competências docentes: um olhar reflexivo sobre esta prática. Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 6, n. 9, p. 209-226, jul./dez. 2010. VASCONCELLOS, M. C. C. Um estudo sobre a gênese da profissão docente. Revista Poiésis, v. 2, n. 2, p. 57-72, jan./dez. 2004. VICENTINI, P. P.; LUGLI, R. G. História da profissão docente no Brasil: representações em disputa. São Paulo: Cortez, 2009. VILLELA, H. de O. S. Do artesanato à profissão – representações sobre a institucionalização da formação docente no século XIX. In: STEPHANOU, M.; ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 18 BASTOS, M. H. C. (Orgs.). Histórias e memórias da Educação no Brasil. v. II: século XIX. Petrópolis: Vozes, 2005. p. 104-115. Exercícios de fixação Questão 1 A classificação de Nóvoa (1991) sobre a evolução da profissão docente demarca a passagem do modelo não sistematizado da profissão de professor para a escolarização dessa carreira – mudança que o autor denomina: a) Elitização do magistério b) Docilização do magistério c) Funcionarização do magistério d) Problematização do magistério e) Desprofissionalização do magistério Questão 2 Analise as frases a seguir: I. O primeiro movimento na profissionalização do professor foi a criação das Escolas Normais como instâncias primárias de formação para a atividade do magistério como carreira profissional. II. Com o crescimento da população nos grandes centros, aumentou, também, a demanda de escolarização. Com base no que estudamos nesta aula, podemos afirmar que: a) A afirmativa II completa a I. b) A afirmativa II é contrária à I. c) A afirmativa I está incorreta. d) A afirmativa II está incorreta. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 19 e) As afirmativas I e II estão incorretas. Questão 3 (Adaptado de: UFSM-2012) Como sabemos, a valorização dos professores é elemento fundamental da educação em meio à complexidade com que se organizam as políticas públicas nessa área. Esse reconhecimento: a) Refere-se somente à educação para a cidadania. b) É condição para planejarmos políticas de democratização, qualidade e equidade na educação do Brasil. c) Implica refletir sobre o modo como a escola se organiza, exigindo a superação de projetos didáticos não afinados com uma pedagogia das competências. d) Está relacionado, exclusivamente, à publicação de políticas de governo, assentadas na preocupação com a organização dos níveis e das modalidades educacionais. e) Tem sido priorizado no Brasil, sobretudo nos três últimos governos, que implementaram Diretrizes Nacionais para os cursos de Graduação e, portanto, de Licenciatura. Questão 4 De acordo com o que estudamos nesta aula, a profissionalização da função docente está mais associada à valorização do(a): a) Gestão escolar. b) Instituição de ensino. c) Carreira do magistério. d) Papel da escola/universidade. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 20 e) Papel da educação e do educador. Questão 5 A criação das Escolas Normais foi um grande passo na educação brasileira para chegarmos à formação docente de que dispomos hoje – aquela que contempla uma dimensão: a) Técnica e humana. b) Sistemática e universal. c) Pragmática e vanguardista. d) Tradicional e estruturalista. e) Ultrapassada e dispensável. Questão 6 Leia as afirmativas a seguir: I. O conceito de universidade surgiu no Brasil a partir da criação de cátedras isoladas. II. As cátedras eram compostas por planos de ensino complexos e bem formalizados. III. As cátedras foram reunidas após sua instituição e, em seguida, tornaram-se cursos. Entre as afirmativas anteriores, está(ão) CORRETA(S): a) Apenas II b) I e II c) I e III d) II e III ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO21 e) I, II e III Questão 7 (Adaptado de: ENADE/INEP – Pedagogia – 2005) A primeira iniciativa, no Brasil, de formar o professor primário em nível universitário se deu com a Escola de Educação da Universidade do Distrito Federal, em 1935. Liderada pelo intelectual Anísio Teixeira, essa iniciativa contribuiu para a configuração do perfil e da carreira do educador, com a definição de um espaço de atuação profissional precisamente identificado. Contudo, para que essa formação docente obtivesse resultados positivos, era preciso: a) Conceber a atividade educativa somente como prática severa. b) Preparar o professor para assumir funções técnicas e administrativas. c) Definir a educação como arte prática e instrumento de análise das Ciências Sociais. d) Construir conhecimentos educacionais independentes das demais Ciências Humanas. e) Dispensar o exercício científico na ação educativa a partir da perspectiva da organização da escola. Questão 8 (Adaptado de: ENADE/INEP – Pedagogia – 2005) Após o Golpe de 1964, desencadeou-se uma dura repressão, que atingiu, implacavelmente, a educação brasileira. Durante o Governo Costa e Silva, foi aprovada e sancionada a Reforma Universitária, promulgada pela Lei nº 5.540/68, que atuou no sentido de: I. Promover a liberdade de ensino, com a concentração das decisões nas mãos dos reitores. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 22 II. Incentivar as atividades de pesquisa, com a desarticulação do sistema de Pós-Graduação – em especial, nas universidades públicas. III. Assegurar o controle do Ensino Superior brasileiro pela política do regime. Entre os itens anteriores, está(ão) CORRETO(S): a) I e III b) II e III c) Apenas I d) Apenas II e) Apenas III Questão 9 (Prefeitura Municipal de Tibagi/PR – UNIUVI – 2011) A Lei nº 9.394/96 (LDB) estabelece alguns princípios nos quais se deve basear o ensino. Assinale a opção que NÃO corresponde a esses preceitos: a) Garantia do padrão de qualidade. b) Valorização do profissional da educação escolar. c) Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. d) Pagamento de um preço justo pela mensalidade nos estabelecimentos públicos oficiais. e) Gestão democrática do ensino público em conformidade com a referida a lei e com a legislação dos sistemas de ensino. Questão 10 (Adaptado de: UFSM-2012) O início do novo milênio foi marcado por grandes mudanças econômicas, sociais e culturais. Na educação, uma série de novas ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 23 políticas delinearam desafios aos educadores, aos educandos e aos gestores educacionais. Considerando essas políticas e suas respectivas propostas, relacione as colunas a seguir: 1. Plano Nacional de Educação ( ) Conjunto de programas organizados em torno de quatro eixos norteadores – Educação Básica, Educação Superior, educação profissional e alfabetização. 2. Constituição Federal de 1988 ( ) Diagnóstico, diretrizes, objetivos e metas para todos os níveis e modalidades da educação no Brasil. 3. Plano de Desenvolvimento da Educação ( ) Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e de divulgar o pensamento, a arte e o saber. 4. Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ( ) Desempenho de escolas, municípios, estados e do país, que define a política de investimento de recursos na educação. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 24 Cátedra: Do latim cathedra – que, por sua vez, tem origem em um vocábulo grego que significa “assento” ou “cadeira” –, trata-se da disciplina que ensina o catedrático. Esse termo também é usado para fazer referência à função e ao exercício desse profissional. Para Cunha (2003, p. 154), as cátedras: “[...] eram unidades de ensino de extrema simplicidade, consistindo em um professor que, com seus próprios meios, ensinava seus alunos em lugares improvisados”. Adaptado de: http://goo.gl/71Hdur Catedrático: Professor que preenche determinados requisitos para partilhar conhecimentos. Disponível em http://goo.gl/71Hdur. Acesso em: 27 nov. 2014. Docência e religião: Sobre a separação da profissionalização docente e a carreira religiosa, Vasconcellos (2004, p. 58-59) afirma o seguinte: “[...] partindo da ideia de que a função primeira da escola era ler, escrever e contar, o discurso iluminista supunha que fosse acessível a todos, pois todas as crianças estariam aptas a ser educadas, o que preveniria ‘os males provenientes da miséria, da ignorância, da embriaguez e dos vícios, moralizando a família através da moralização de seus filhos’. Nesse contexto de surgimento da ‘escolaridade’ da população brasileira, começam, também, a se mostrar os primeiros vestígios de profissionalização do professorado e da constituição de uma identidade diferente da que predominava até então, impregnada pela associação entre o magistério e a vida religiosa”. Livre-docentes: Aqueles que obtêm a livre-docência, ou seja, o título universitário alcançado por concurso ou por merecimento. Fonte: Dicionário Aulete online. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 25 Professor: Palavra que vem do latim professus, que significa “aquele que declarou em público”, e do verbo profitare, ou seja, “declarar publicamente”, “afirmar perante todos”. Formada pelo prefixo pro, que corresponde “à frente”, esse termo também possui outro significado: “pessoa que se declara apta a realizar determinada ação” – nesse caso, a ação de ensinar. Universidade do Brasil: De acordo com Cunha (2003, p. 203): “[...] de 1920 a 1937, [esta instituição foi] denominada Universidade do Rio de Janeiro. Desde 1965, [é conhecida como] Universidade Federal do Rio de Janeiro”. Universidade do Rio de Janeiro: Chamada de Universidade do Brasil desde 1937. Universidade Técnica do Rio Grande do Sul: Criada em 1896 com o nome de Escola de Engenharia de Porto Alegre. Desde 1934, é conhecida como Universidade de Porto Alegre. Aula 4 Exercícios de fixação Questão 1 - C Justificativa: De acordo com Nóvoa (1991), a passagem do modelo não formal para o formal da profissão do professor é denominada funcionarização do magistério. Questão 2 - A ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 26 Justificativa: De fato, a criação das Escolas Normais foi uma solicitação da sociedade para a profissionalização dos professores. Afinal, com o surgimento do projeto republicano de escolarização em massa, a melhor qualificação docente tornou-se necessária. Questão 3 - B Justificativa: A valorização dos trabalhadores da educação deve passar pelo âmbito governamental na forma de políticas públicas que visem à construção, à implementação e à consolidação de um sistema articulado, capaz de dar conta dos diversos aspectos desse reconhecimento. Questão 4 - E Justificativa: Para Nóvoa (1995, p. 18), "os professores são os protagonistas no terreno da grande operação histórica da escolarização, assumindo a tarefa de promover o valor educação: ao fazê-lo, criam as condições para a valorização de suas funções e, portanto, para a melhoria de seu estatuto socioprofissional". Questão 5 - A Justificativa: As Escolas Normais nos fizeram pensar nas metodologias utilizadas para fins de prática pedagógica, ou seja, em como ensinar e produzir conhecimento junto aos alunos. Questão 6 - C Justificativa: De acordo com Cunha (2003, p. 154), as cátedras "eram unidades de ensino de extremasimplicidade, consistindo em um professor que, com seus próprios meios, ensinava seus alunos em lugares improvisados". Questão 7 - C Justificativa: Através do processo de formação, Anísio Teixeira pretendia qualificar o professor para atuar não só no Ensino Primário mas também em todos os níveis de ensino. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 27 Questão 8 - D Justificativa: Conforme estudamos nesta aula, a Lei da Reforma Universitária incentivava a Pós-Graduação como instância de pesquisa e de formação do professor para atuar no Ensino Superior. Questão 9 - D Justificativa: A LDB (1996) não se ocupa das questões relacionadas à mensalidade escolar. Questão 10 - C, A, B, D, E Justificativa: O Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) traz, em suas diretrizes, as ações que podem ser implementadas no diversos níveis da educação, a partir de diagnósticos levantados, entre outros instrumentos, por meio do sistema nacional de avaliação, prevendo, também, destinação orçamentária para esses fins. O Plano Nacional de Educação (PNE), por sua vez, prevê metas a serem alcançadas pelos níveis e pelas modalidades da educação decenalmente – tempo que será reavaliado e refeito para uma nova década. Já a Constituição Federal (1988) reza sobre os princípios da gestão democrática e da educação no País. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) é um indicador calculado a partir de provas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB) sobre a qualidade da educação. Por fim, o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) busca ampliar o acesso e a permanência na Educação Superior. ASPECTOS DA PRÁT. DOC. E QUEST. ATUAIS DA EDUCAÇÃO 28 Vanessa Monteiro Ramos Gnisci é Mestre em Educação pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FFP- UERJ), Especialista em Literatura Infantil e Juvenil pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Graduada em Letras Português/Literaturas pelo Centro Universitário Augusto Motta (UNISUAM). Tem experiência como docente nos Ensinos Fundamental e Médio. Atualmente, é técnica do setor de Implementação e Articulação de Formação Complementar na Secretaria Municipal de Educação de Nova Iguaçu e professora de Língua Portuguesa da rede estadual de educação do Rio de Janeiro. Currículo Lattes. 5. Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais ( ) Articulação da Graduação com a Pós- Graduação e da Educação Superior com a Educação Básica.
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