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04/11/2012 1 Aumento Mamário • mama expressão máxima da feminilidade, importante no equilíbrio psicossocial da mulher. • Devido à velocidade dos veículos de comunicação e por conseqüência a globalização • o conceito de beleza tornou-se manipulável, mudou por influencia da moda norte- americana e Européia. Isso se tornou possível devido à mamoplastia de aumento estabelecer a harmonia corporal em pacientes com hipoplasia ou ausência de tecido mamário, de deformidades constitucionais ou adquiridas, ao longo do tempo vem se procurando encontrar materiais inertes como a parafina, próteses de marfim, óleos, gorduras de cadáver, retalhos autólogos locais, esponjas de diferentes composições, silicone líquido ou gel, e nos últimos anos, os implantes mamários de silicone gel revestidos de material texturizado ou poliuretano, de consistência mais espessa. Técnicas Cirúrgicas Vias de acesso: • Cicatrizes mamárias preexistentes: nas pacientes já com cicatriz resultante de mamoplastia de redução, Mastectomia ou inclusão de implante anterior, aproveita-se a incisão preexistente. • Inframatória: utiliza-se a incisão inframamária quando a paciente apresenta um CAM pequeno e a indicação é de colocação de implante de grande volume. 04/11/2012 2 • Transareolomamilar: faz-se em pacientes com o mamilo invertido ou com hipertrofia mamilar, já se aproveita para realizar a redução do mamilo. • Incisão em Raquete: nos casos de ptose mamária, quando há necessidade de retirada de excesso de pele, a via de acesso preferencial é a incisão em raquete. •Periareolar: faz-se em pacientes que apresentam complexo areolomamilar de tamanho normal. • Confecção da Loja( Deslocamento): Faz um deslocamento amplo na região ante- peitoral, abaixo da fascia do músculo com manipulação direta, 1 cm abaixo do sulco submamário e simetricamente ao lado contralateral, centralizado no complexo areolomamiçlar. Na região esternal, faz um deslocamento muscular e incisão parcial do peitoral maior nessa região, deixando uma camada de músculo aderente ao tecido celular subcutâneo e a pele. 04/11/2012 3 • Colocação dos implantes: Antes da colocação, uisa-se moldes de tamanhos diferentes para confirmação do tamanho ideal.posiciona-se os implantes no interior da loja antepeitoral através de manilpulação direta, cuidando para que o mesmo fique de forma correta Retirada de pele: Essa é feita em forma de elipse no pólo inferior da mama, nos casos indicados com incisão inframamária. Nos casos de ptose mamária, quando se realiza a incisão em raquete, faz-se a retirada do excesso de pele após a colocação do implante. Fecha-se a ferida operatória, e não se faz uso de drenos. 04/11/2012 4 COMPLICAÇÕES EM MAMOPLASTIAS • A história da mamoplastia redutora teve seu início no século VI com Paulus Aegineta no tratamento de ginecomastias em homens. Embora os resultados estéticos fossem limitados e não apresentasse detalhes técnicos, tal fato mereceu destaque, pois creditou-se ao cirurgião bizantino a primeira cirurgia na glândula mamária com objetivos estéticos. • A abordagem cirúrgica do sexo feminino iniciou-se após as primeiras publicações de Thomas, em 1882, no tratamento de tumores mamários benignos. Apesar da simplicidade da técnica e da limitação estética dos resultados, esses procedimentos tiveram sua importância na época, uma vez que eram a única maneira de solucionar os casos de hipertrofia mamária, cujo único objetivo era a estética. • Nenhum procedimento cirúrgico é isento de riscos. O cirurgião deve estar atento para detectar e intervir tão logo seja diagnosticada uma complicação cirúrgica. • As complicações decorrentes da mastoplastia redutora podem ser decorrentes de diversos fatores: • Fatores clínicos: • -Tabagismo • -Diabetes • Fatores locais da mama: • -Tamanho da hipertrofia • -Comprometimentos cutâneo por processo infecto-contagioso • -Cirurgia prévia • -Radioterapia prévia • Fatores decorrentes do ato cirúrgico: • -Técnica cirúrgica empregada • -Falta de experiência do cirurgião. 04/11/2012 5 Fatores clínicos • O tabagismo e a hipertensão arterial provocam alterações na microcirculação sanguínea, interferindo no processo cicatricial, assim como o diabetes, que , além da microangiopatia, pode acarretar maior incidência de infecção pós-cirurgica. Fatores Locais: • Sabe-se que a incidência de complicações pós- cirurgicas é diretamente proporcional ao tamanho da mama operada. • Fatores Decorrentes do Ato Cirúrgico: A escolha inadequada da técnica cirúrgica a ser utilizada e a falta de experiência do cirurgião no procedimento aumentam as chances de ocorrerem complicações pós-operatórias. As complicações mais comuns decorrentes das mastoplastias serão didaticamente divididas em dois grupos: complicações imediatas e tardias. Complicações imediatas: -Hematoma :é uma das complicações mais freqüentes em qualquer ato cirúrgico e pode decorrente de diversos fatores: alterações da coagulação, hipertensão arterial., hemostasia inadequada, falta de drenagem pós-cirurgica ou até mesmo utilização inadequada de drenos. -Infecção : As infecções pós operatórias, quando ocorrem, variam de pequenas coleções sero-hemáticas infectadas em subcutâneo à mastite generalizada, que, nos raríssimos casos relatados na literatura, exigiu realização de mastectomia para controle da infecção. • Dentre outras como: Seromas, deiscência de sutura/necrose da pele Necrose do complexo areolopapilar, complicações decorrentes do ato anestédico,etc. COMPLICAÇÕES TARDIAS: • Cicatrizes Hipertróficas/ Queloidianas Qualquer incisão na pele leva à formação de uma cicatriz. Existem fatores que interferem na cicatrização quais podem ser controlados pelo cirurgião, tais como técnica cirúrgica atraumática e sutura sem tensão. • Portanto, além de empregar técnica cirúrgica, técnica atraumática e de se evitar suturas sob tensão, o cirurgião deve avaliar no pré-operatório as características do processo cicatricial da paciente: se apresenta cicatrizes prévias, Outras complicações tardias que podem acontecer • -Alterações de sensibilidade • -Sobras cutâneas • -Assimetria pós-operatória • -Insatisfação do paciente TRATAMENTO: • O tratamento dos hematomas de pequenas proporções consiste em drenagem através das incições cirúrgicas, que pode ser realizada em consultório, sob anestesia local. • O tratamento das infecções varia conforme a intensidade do processo infeccioso, podendo ser desde drenagem da coleção sero-hemática infectada até a exploração cirúrgica com antibioticoterapia endovenosa e oxigenoterapia hiperbárica. 04/11/2012 6 MAMOPLASTIAS DE AUMENTO, PROBLEMAS E SOLUÇÕES • A mama é uma glândula secretora alveolar apócrina constituída de lóbulos mamários e regulares entremeados por tecido fibroso e adiposo, vasos sangüíneos que agrupados, formam os lóbulos mamários. Vias de acesso As vias de acesso podem ser: •Sulco submamário •Transareolar •Areolar Superior •Periareolar •Transaxilar • Sulco Submamário: a incisão deve ser feita cerca de 2 cm abaixo do sulco submamário original. • Transareolar: a incisão é feita horizontalmente cruzando o mamilo em sua porção central, devendo ser colocada completamente dentro da área areolar. • Areolar Superior: é utilizada quando o complexoareolomamilar está situado em posição baixa e a distancia da aréola ao sulco submamário está correta. • Periareolar: é realizada quando há a necessidade de mastopexia concomitante. A ressecção de pele é feita de forma oval. • Transaxilar: a incisão é feita no oco do axilar, em uma forma de S, com certa de 3 a 4 cm. Cuidados Pré Operatórios • Devem ser observado fatores que possam desencadear sangramentos, como uso de anticoagulantes e antiadesivantes plaquetários, hipertensão arterial, alterações de coagulação. • É aconselhado o estudo da mama por meios radiográficos (mamografia). 04/11/2012 7 • Análise da simetria mamária observando os volumes das mamas pois são muito freqüentes as diferenças. Pode haver casos de assimetria de caixa torácica, o que torna difícil obter uma simetria ideal, o que deve ser discutido previamente com a paciente. • Deve- se avaliar o psiquismo da paciente no momento da anamnese e esclarece- la sobre os procedimentos e os resultados obtidos. COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIOS Os problemas mais frequentes são: • Hematoma • Seroma • Infecções • Contraturas Capsulares • Assimetrias Tratamento Fisioterapêutico: – Embora pareça desnecessário para alguns cirurgiões, o atendimento fisioterapêutico antes da cirurgia plástica é de extrema importância na reabilitação do paciente operado. – Num atendimento de pré-operatório, o fisioterapeuta poderá avaliar vários fatores que estejam relacionados à disfunção estética, dentre eles retrações musculares, deformidades articulares, desvios posturais que levam a alguma alteração estética e funcional, por exemplo, desvios de coluna que causam protusão do abdômen, e outros. • Devemos avaliar também as condições circulatórias dos pacientes, estabelecendo presença de alterações como edemas/linfedemas, e também complicações secundárias como o fibro edema gelóide (celulite). • Também é importante a observação da manutenção de mobilidade articular e muscular. Exercícios de alongamento realizados no período pré- operatório ajudam o restabelecimento funcional do paciente no pós- operatório, permitindo melhores condições de circulação sanguínea e linfática, bem como preparar o paciente para os exercícios que serão realizados após a cirurgia. • De uma forma geral o pré-operatório fisioterapêutico funciona também como orientação para o paciente. É neste momento que preparamos o mesmo para cirurgia, é onde conhecemos suas alterações e limitações e começamos a traçar o plano de tratamento pós-cirúrgico. Pós-Operatório • Os recursos fisioterapêuticos, quando bem utilizados, podem diminuir o tempo de repouso, restaurar a funcionalidade, e acelerar a recuperação, possibilitando a reintegração do indivíduo em suas atividades sociais. • Baseando-se nos estágios do processo de inflamação e reparo, o fisioterapeuta poderá traçar um programa de tratamento eficaz, observando sempre as características clínicas apresentadas pelo paciente, acompanhando a evolução do processo cicatricial. Modalidades terapêuticas • Pacientes pós-operados não devem seguir apenas um tipo de tratamento pré-determinado, pois inúmeros fatores influenciam as respostas cicatricias, fazendo que se tornem errônea a utilização de protocolos neste tipo de paciente. É necessária a observação constante da evolução do quadro, e por muitas vezes, mudar o tratamento de uma sessão para outra. Devemos saber identificar o resultado imediato do recurso que estamos utilizando, não nos prendermos a tempo de sessão, e sim a resultados obtidos a cada modalidade utilizada. 04/11/2012 8 Drenagem linfática Os vasos linfáticos também possuem válvulas de mão única que propulsionam a linfa e impedem seu fluxo retrógrado. Segundo Marx e Camargo, quando ocorre uma resposta inflamatória, o sistema vascular sanguíneo é o primeiro a se alterar. Essa alteração será caracterizada por uma vasodilatação e um aumento da permeabilidade da parede capilar à água, às proteínas plasmáticas, às células e aos minerais. Nos traumas mecânicos, como na cirurgia plástica, pode haver alteração estrutural ou funcional dos vasos linfáticos, causada por laceração ou compressão (hematoma, fibrose). Essa obstrução mecânica modificará substancialmente o equilíbrio das tensões, resultando inevitavelmente em edema. Massoterapia A realização de uma terapia por massagem eficiente envolve diversas condições básicas como: 1-Conhecimento da anatomia, histologia e fisiologia da pele; 2-Conhecimento profundo das manobras a serem executadas, suas indicações e contra-indicações, direção, pressão, velocidade, ritmo, freqüência e durações das sessões; 3- Avaliação dos sinais e sintomas pós-tratamento,dentre outros. A massagem é capaz de produzir estimulação mecânica nos tecidos por aplicação rítmica de pressão e estiramento, tendo como efeitos relaxamento, auxílio da circulação venosa e linfática, e absorção de substâncias extravasadas nos tecidos. Liberação Tecidual Funcional (LTF) • A mobilização impede a formação de fibroses através da estimulação da síntese de proteoglicanos. A tensão mecânica promove a deposição ordenada das fibras de colágeno, e ainda lubrifica o tecido conjuntivo. • As manobras de liberação tecidual funcional provocam um tensionamento contínuo e prolongado, “organizando” a deposição do colágeno, tornando o tecido mais elástico e sem retrações, prevenindo o tratamento de fibroses e aderências. Agentes térmicos: Calor Para que sejam obtidos níveis terapêuticos de aquecimento, a temperatura atingida nos tecidos deve situar-se entre 40 e 45 graus Celsius. É provável a ocorrência de queimaduras com temperaturas acima deste nível e , abaixo desse, os efeitos do aquecimento são considerados brandos demais para que tenha qualquer valia terapêutica. Incluem efeitos fisiológicos do calor: o aumento da taxa de metabolismo celular, da liberação de leucócitos, da permeabilidade capilar, da drenagem linfática e venosa, e aumento da elasticidade do tecido conjuntivo. A utilização do calor em pós-cirurgia plástica tem como objetivo melhorar a qualidade do tecido cicatricial, tratar as fibroses e aderências. Frio : • O resfriamento imediato reduz a temperatura tecidual, limitando portanto o trauma tecidual. O resfriamento também diminui a taxa de edema e a produção de irritantes e, deste modo, aliviar a dor. • A vasoconstrição que ocorre por estímulo das fibras simpáticas e a diminuição da pressão oncótica , juntamente com a diminuição da permeabilidade da membrana, levam a uma redução do edema. • O tratamento com o frio em cirurgia plástica é realizado na fase inicial, com a intenção de conter o edema. Ultra-som • As intenções da utilização do ultra-som na pós- cirurgia plástica são a aceleração da cicatrização, alcançar força tênsil normal e até mesmo a prevenção de cicatrizes hipertróficas e quelóidianas. 04/11/2012 9 Agentes eletroterapêuticos • Os recursos principalmente utilizados na terapêutica pós-cirurgia plástica são a microcorrente, a corrente galvânica (através da iontoforese) e a alta voltagem. Estes recursos apresentam especial indicação para acelerar o processo de reparo tecidual. Agentes mecanoterapêuticos A vacuoterapia promove um “deslocamento” tecidual. Sua utilização na cirurgia plástica deve ser extremamente cautelosa, uma vez que os tecidos precisam se reconstituir para cicatrizarem. Pressoterapia: É um método fisioterapêutico que se utiliza de uma massagem pneumática realizada na direção do fluxo circulatório, através de pressão positiva sobre o seguimento corpóreo, por meio de artefatos pneumáticos específicos, com o objetivo de ativar o retorno venoso e linfático. Cinesioterapia: A utilização consciente da cinesioterapia em pós-cirurgia plástica se faz extremamente útil na prevenção e no tratamento das aderências e fibroses. Os alongamentos passivos promovem tensões mecânicas nos tecidos , ajudando a reorganizar as fibras de colágeno cicatricial. BIBLIOGRAFIA BORGES, F. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. 1 ed. Phorte Editora, 2006. MÉLEGA, J. M. Cirurgia Plástica: Fundamentos e Arte. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.v.4
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