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* Traumatismo Cranioencefálico (TCE) e Raquimedular (TRM) Prof. Mário Jorge F. Silva Julho - 2017 * Epidemiologia Mundo - 10 milhões/ano internações 3ª maior causa morte Homens > Mulheres (2:1) Jovens Causas: Acidente trânsito Quedas Agressões Esportes Mergulho em águas rasas e derrubadas * Anatomia * Anatomia * Fisiopatologia Primária: diretamente conseqüentes ao impacto do TCE Secundária: reações orgânicas que se desenvolvem a partir do impacto inicial. * Pressão Intracraniana Normal – 10mmHg. Volume total do conteúdo craniano – constante. Determinantes: Encéfalo Líquor Aumento de qualquer um Sangue PIC * Mecanismos de Compensação Expulsão líquor dos ventrículos e das cisternas para o espaço subaracnóideo Diminuição sangue contido no sistema venoso encefálico * Pressão de perfusão cerebral PPC = PAM – PIC NORMAL > 60mmHg * Classificação Mecanismo Fechado Penetrante * * * * * Classificação Gravidade Leve (G 14 – 15) Moderado (G 9 – 13) Grave (G 3 – 8) * Escala de Glasgow Abertura ocular Espontânea – 4 A estímulo verbal – 3 A estímulo doloroso – 2 Sem resposta - 1 * Escala de Glasgow Resposta verbal Orientado – 5 Confuso – 4 Palavras inapropriadas – 3 Sons incompreensíveis – 2 Sem resposta – 1 * Escala de Glasgow Resposta motora Obedece comandos – 6 Localiza dor – 5 Flexão normal (retirada) – 4 Flexão anormal (decorticação) – 3 Extensão (descerebração) – 2 Sem resposta - 1 * Classificação das lesões Fraturas de crânio: Calota Base Lesões intracranianas: Focais – Subdural, Extradural, Intracerebral Difusas – Concussão, LAD * Fraturas de crânio * Fraturas da calota * * * * * Fratura da base de crânio * * Sinais clínicos por fístula liquórica (otorréia e rinorréia) equimose periorbital (“olhos de guaxinim”) equimose retroauricular (sinal de Battle) disfunção do VII (paralisia facial) ou VIII par (perda de audição) * * Lesões intracranianas * Concussão Perda temporária da função neurológica que pode ser desde amnésia e confusão até breve perda da consciência. Leve Clássica – recuperação consciência < 6 horas * Lesão axonal difusa (LAD) * Lesão axonal difusa Secção fibras nervosas Conseqüentes ao movimento brusco do sistema nervoso sobre si mesmo Mortalidade: até 33% Alteração importante da consciência Sem indicação cirúrgica * * * * Lesão axonal difusa tronco cerebral * Contusão cerebral e hematoma intraparenquimatoso * Contusão cerebral/HIP Comprometimento da superfície cerebral com vários graus de hemorragia petequial, edema e destruição tecidual. Déficit: localização e tamanho da lesão HIP: Podem ocorrer alguns dias após TCE * * * * * Hematoma Extradural * Hematoma Extradural ou Epidural Localizados entre a dura-máter e a calota craniana Forma biconvexa ou de lente Mais freqüente: temporal ou têmporo-parietal Comumente resultam de ruptura da a. meníngea média * * Hematoma extradural “intervalo lúcido” – “fala e morre” Tratamento cirúrgico: Sintomático DLM > 10mm Assintomáticos quando hematoma > 10mm Resultado: diretamente relacionado com estado neurológico do paciente antes da intervenção * * * * * Hematoma subdural * Hematoma subdural Mais freqüentes 30% TCE graves Habitualmente recobrem toda a superfície do cérebro Unilateral – 80% Mais comum: fronto-têmporo-parietal * HSD Clínica: Alteração nível consciência Déficits localizados Anisocoria Posturas patológicas Grande efeito massa -> herniação: Tríade de Cushing (hipertensão, bradicardia e bradipnéia) * * * * * * Tratamento – Atendimento inicial A – vias aéreas com proteção da coluna cervical B – respiração e ventilação C – circulação com controle hemorragia D – estado neurológico E – exposição (despir paciente) * Tratamento Escala Glasgow Prevenção e tratamento hipotensão e hipóxia. Se necessário -> IOT Tomografia computadorizada crânio * TCE leve CT se perda consciência > 5minutos, amnésia, cefaléia grave, ECG < 15 ou déficit neurológico focal Se exames normais e paciente assintomático -> após algumas horas pode receber alta sob observação nas próximas 24h. * * * * TCE moderado CT crânio + avaliação NCR – TODOS Hospitalização em UTI Avaliação neurológica freqüente Nova CT se necessário * TCE grave IOT (cuidado com broncoaspiração) Prioridade à correção de hipotensão e hipóxia Avaliação neurológica + CT crânio Monitorização PCO2 (manter entre 30 e 35mmHg) Se necessário expansão volêmica - cristalóides * Tratamento TCE grave Normalizar PIC Otimizar PPC Prevenir eventos que exacerbem ou desencadeiem lesões secundárias Evitar complicações iatrogênicas * Normalizar PIC Intervir sempre que PIC > 20mmHg por mais de 5 – 10 min Se possível, drenar líquor para controle PIC Evitar hiperventilação (realizar somente se refratariedade) Manitol – eficiente (0,25 – 1g/kg) * Normalizar PIC Reposição volêmica para evitar hipovolemia Cabeceira elevada a 30º e centrada Sedação: midazolam / propofol + opiáceo Coma barbitúrico Bloqueador neuromuscular Corticóide – não recomendado Hipotermia moderada (32 a 34º C) * Manter PPC PPC > 60mmHg Capacidade transporte oxigênio adequada: Hb > 9, SatO2 > 95% Expansão volêmica adequada BH cuidadoso Ajuste sedação Drogas vasoativas, se necessário * Prevenir eventos que exacerbam HIC Prevenir e tratar hiponatremia Normovolêmico Evitar hipertermia Evitar hipoxemia Anticonvulsivantes (fenitoína/carbamazepina) Evitar hiperglicemia (< 150mg/dl) * Resumindo... Diagnóstico precoce – aval. neurológica e CT Conduta precoce – clínica / cirúrgica * * Importante causa de mortalidade entre adultos jovens, na faixa de 18 a 35 anos. Homens > Mulheres (4:1). Principais causa: 45% - Acidentes automobilísticos 20% - Mergulhos em águas rasas/ quedas 15% - Acidentes esportivos 15% - Atos de violência 5% - Outros * Hiperflexão: Causada por desaceleração súbita do movimento. * Hiperextensão: Movimento com a cabeça para trás e para baixo. A medula é esticada e torcida. * Carga Axial: Resulta de uma carga vertical. * Carga Lateral: Força aplicada lateralmente ao paciente. * Rotação: Ocorre rotação acentuada da cabeça ou do corpo com rotura dos ligamentos posteriores. * Ferimentos perfurantes: Lesão por PAF ou armas brancas que penetram na medula. * 45 cm e se estende de C1 até L1 ou L2 Afina-se formando o cone medular, onde se estende o filamento terminal Cauda equina que tem inicio em T11 e termina no terceiro segmento sacral, seguindo junto com o filamento terminal 31 pares de nervos espinhais (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais e 1 coccígeo) Cada raiz nervosa recebe informações sensitivas da pele (Demátomos) e inervam um grupo de músculos (Miótomos) * * Lesão primária Transferencia de energia cinética para a medula espinhal que gera o rompimento dos axônios, lesão das células nervosas e rotura dos vasos sanguíneos. Lesão secundária Morte de axônios e células que não foram inicialmente lesados, por isquemia, normalmente causada por alterações no canal vertebral, hemorragia, edema ou redução da pressão sistêmica. * * Irá determiner se há, e o nível da lesão neurológica do paciente História Informações sobre o estado geral do paciente previamente ao trauma. Exame físico ABC Exame neurológico Avaliação da sensibilidade, da função motora e dos reflexos * Paciente com fratura da coluna sem lesão medular Apresentam dor Incapacidade funcional Espasmo da musculatura adjacente. * Paciente com lesão medular Perda de resposta à estimulo doloroso, Incapacidade de realizar movimentos vontuntários, Queda da pressão arterial com bradicardia Alteração no controle dos enficteres, Priapismo Respiração diafragmática * * * Síndome da medula central Síndrome da medula anterior Síndrome da medula posterio Síndrome de Brown-Séquard Síndrome do cone medular Síndrome da cauda equina * * Avaliação de sensibilidade tátil e dolorosa do paciente, através de 20 dermátomos Mamilos – T4 Processo Xifóide – T7 Região Inguinal – T12 a L1 Região Perineal – S2, S3, S4 Atribui uma avaliação numérica nos achados clínicos: 0 – ausente 1 – alterada 2 – normal * * Avaliação dos 10 pares miótomos e a força muscular graduada C5 – Flexores do cotovelo C6 – Flexores do punho C7 – Extensores do cotovelo C8 – Flexores do dedo T1 – Abdutores L2 – Flexores do quadril L3 – Flexores do joelho L4 – Dorsiflexores do tornozelo L5 - Extensores longos dos dedos S1 – Flexores plantares do tornozelo * * Segue a escala: 0 – Paralisia total 1 – Contração palpável 2 – Movimento ativo eliminado pela força da gravidade 3 – Movimento ativo que vence a força da gravidade 4 – Movimento ativo contra alguma resistencia 5 – Normal OBS: Também examina-se o esfincter anal externo para auxilio na diferenciação da lesão completa ou incompleta. * * Radiografia antero-posterior, perfil e transoral (diagnóstico de 84% lesão cervical) * * Tomografia Computadorizada: Avaliação da morfologia da fratura Estabilidade do segmento lesado Compressão do canal vertebral pelos fragmentos de vértebras * Ressonância Magnética Análise de contusões medulares Hematomas Lesões ligamentares Hérnias discais Presença de líquidos * Imobilização da coluna cervical nos pacientes politraumatizados Metilprednisolona nas primeiras 8 horas após o trauma Gangliosídeos Cirurgico, indicado quando: Instabilidade do segmento vertebral e lesão neurológica Paralisia após quadro neurológico normal Paralisia rápida e progressiva Paralisia incompleta que evolui para completa. * “Desde que a coluna do doente esteja devidamente protegida, o exame vertebral e a exclusão de traumas à coluna podem ser postergados sem riscos, especialmente na presença de alguma instabilidade sistêmica.” ATLS * *
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