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ESTUDO DIRIGIDO DE DIREITO CIVIL I SIMULACAO E FRAUDE CONTRA CREDORES. (1)

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ESTUDO DIRIGIDO DE DIREITO CIVIL I
Quais as condições necessárias para que se reconheça a fraude contra credores? 
Deve haver acordo entre as partes contratantes (consilium fraudis), e deve ser possível demonstrar que a celebração do ato jurídico se destinava a prejudicar terceiros (eventum damni). Se a alienação ocorreu a título gratuito, presume‑se a fraude. 
O que é simulação?
É a declaração enganosa da vontade, geralmente acordada entre as partes, que visam a obter algo diverso do explicitamente indicado, criando‑se mera aparência de direito, para iludir ou prejudicar terceiros ou burlar a lei.
Como se pode anular o ato jurídico praticado em fraude a credores?
Mediante ação própria, denominada revocatória ou pauliana. 
No caso da doação do cônjuge adúltero ao seu cúmplice, efetivada mediante compra e venda, em virtude de prévio ajuste entre doador e beneficiário, em detrimento do cônjuge e herdeiros do doador, é correto afirmar que resta caracterizada a simulação relativa subjetiva ou objetiva?
Simulação relativa objetiva, pois emite declaração de vontade ou confissão falsa com o propósito de encobrir ato de natureza diversa, cujos efeitos queridos pelo agente, são proibidos por lei. 
Quais as modalidades de simulação e quais os seus efeitos sobre o negócio jurídico?
Simulação absoluta - ocorre a simulação absoluta quando o negócio é inteiramente simulado, as partes envolvidas não almejam a verdadeira prática de nenhum ato, não existindo negócio encoberto, porque na verdade não existe nenhum ato.
Simulação relativa - a simulação relativa ocorre quando as partes pretendem realizar determinado negócio prejudicial a terceiro ou em fraude à lei. Para camuflá-lo ou dar-lhe aparência diversa realizam outro negócio. Resulta no intencional desacordo entre a vontade interna e a declaração.
Simulação Inocente - é a simulação que não visa prejudicar terceiros ou violar disposições de lei. Essa simulação não constitui defeito do ato jurídico. O negócio é lícito e inexiste impedimento para as partes alcançarem os efeitos almejados, fazendo uso de um meio indireto, quando era facultado percorrer o meio direito.
Simulação Maliciosa - ocorre quando existe a intenção de prejudicar por meio de processo simulatório.
Sobre a fraude contra credores, julgue os itens abaixo:
o credor deverá provar o consilium fraudis e o eventus damni a fim de anular a venda praticada pelo devedor insolvente.
Verdadeira, A fraude contra credo res é uma prática maliciosa do devedor , desfalcando seu patrimônio, com a finalidade de colocá-lo a salvo de uma ação de cobrança, prejudicando as sim, eventuais credores desta pessoa. Estes atos são anuláveis (art. 171 , II, CC). Os elementos principais da fraude contra credores para decretação a anulação do negócio são: o eventus damni; ou seja, o ato prejudicial ao credor , por tornar o devedor insolvente – elemento objetivo) e o consilium fraudis (o u seja, a má-fé, que é o in tuito de liberado de prejudicar terceiros – elemento subjetivo ).
b) se diferencia da fraude de execução, visto que esta só se configura caso o negócio seja praticado no decorrer de um processo de execução movido em face do devedor. 
Falsa; pois ocorre quando ao tempo da venda irregular do bem já corria uma ação contra o deve dor capaz de reduzi-lo à insolvência. Não é necessário que seja um processo de execução como aponta a alternativa. Pode ser qualquer espécie de ação movida contra o devedor (art. 5 93 d o Código de Processo Civil).
c) o prazo decadencial para anular o negócio fraudulento é de quatro anos.
Verdadeiro; conforme art.178, II, CC, que diz: é de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou o negócio jurídico;
d) o credor quirografário que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
Verdadeiro; segundo art. 162 que confirma a assertiva acima citada: Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.

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