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Aula 10 Tubulações, válvulas e acessórios (1)

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Sistemas Térmicos
Tiago G. Goto
Formas de vapor
● Vapor saturado úmido: correntemente designado simplesmente como 
vapor, neste ocorre é a presença de partículas de água.
● Vapor saturado seco: neste, o vapor não possui nenhuma partícula de 
vapor de água.
● vapor superaquecido: o vapor superaquecido resulta de um 
superaquecimento do vapor saturado em superaquecedores, 
tornando-se seco, e isto se verifica a uma temperatura mais alta que a 
temperatura sob a qual é saturado.
Sistema de produção e distribuição
Constituição essencial de um sistema de produção e distribuição de vapor, 
podemos considerar um sistema de vapor como constituído das seguintes 
partes essenciais:
a) Tubulação de distribuição de vapor;
b) purgadores, eliminadores de ar, válvulas de segurança, bombas de 
condensado, filtros e válvulas;
c) estações de redução de pressão;
d) elementos de aquecimento;
e) caldeira e equipamentos complementares da casa de caldeira.
Instalações típicas de vapor:
Tubulação de vapor
Uma linha de vapor const de um barrilete, uma ou mais tubulações 
alimentadoras e ramais para os equipamentos, máquinas e dispositivos que 
consomem vapor. As tubulações de vapor devem ser consideradas segundo 
os aspectos seguintes:
a) Capacidade de permitir o escoamento do vapor com perda de carga e 
velocidade aceitáveis.
b) Possibilidade de expandir e retrair sob efeito da variação térmica, ou seja, 
flexibilidade de modo a não ocorrer tensões inadmissíveis para os tubos, 
peças,válvulas, suportes e ancoragens
c) Resistência aos esforços devidos à pressão interna, ao peso próprio do 
tubo e seu carregamento, às tensões devidas às variações térmicas e ao 
traçado geométrico da linha.
Características gerais das tubulações de vapor
● As tubulações evidentemente têm de ser escolhidas para suportar a 
temperatura e a correspondente pressão a que o vapor estará 
submetido.
● Para temperaturas de vapor de até 120°C e de condensados, para 
quaisquer diâmetros, pode-se usar o tubo de aço carbono ASTM A-120 ou 
A-53.
○ A ligação dos tubos se faz com solda de encaixe nos diâmetros de ½” 
até 2” e com solda de topo, para diâmetro acima de 2”. Para diâmetro 
até 4” é aceitável o tubo de aço-carbono galvanizado com juntas de 
rosca.
● Para temperaturas de vapor até 200°C, para quaisquer diâmetros, 
pode-se empregar o aço-carbono A-53 ou API-SI, com soldas obedecendo 
ao que já foi dito. Até 2” pode-se, em sub-ramais, usar o latão ou cobre.
 
Características gerais das tubulações de vapor
● Para temperaturas de vapor até 200°C, para quaisquer diâmetros, 
pode-se empregar o aço-carbono A-53 ou API-SI, com soldas obedecendo 
ao que já foi dito.
○ Até 2” pode-se, em sub-ramais, usar o latão ou o cobre.
● Para temperaturas até 360°C, para quaisquer diâmetros, usa-se 
aço-carbono a-53, API-5L ou A-155, com soldas de topo.
 
Válvulas
Para temperaturas inferiores a 120°C:
● Diâmetro até 2” carcaça e mecanismo de bronze; extremidades 
rosqueadas.
● Diâmetro acima de 2” carcaça de ferro fundido. Mecanismo de bronze; 
extremidades com filmagens planas, junta de amianto grafitado
Para temperaturas até 200°C;
● Diâmetro até 2” carcaça e mecanismo de bronze; extremidades 
rosqueadas.
● Quaisquer diâmetros carcaça em aço-carbono e mecanismo de bronze.
Extremidades:
● até 2” - solda.
● Acima de 2” - Flanges com face em resultado. Juntas planas de amianto 
grafitado. 
Para temperaturas até 380°C:
● Para quaisquer diâmetros - carcaça de aç-carbono e mecanismo de aço 
inoxidável tipo 410
extremidade:
Até 2” - solda
Acima de 2” - flanges de face com resultado. Juntas metálicas de aço 
inoxidável com alma de amianto.
Dimensionamento das linhas de Vapor
Nas linhas de vapor saturado, a fim de evitar perdas de carga elevadas e 
erosão das tubulações, em geral adotam-se os seguintes valores para a 
velocidade do vapor:
● ramais secundários e linhas curtas: 10 a 15 m/s
● linhas alimentadoras: 15 a 30 m/s
O dimensionamento das tubulações pode basear-se em dois critérios:
a) critério da velocidade. Usa-se apenas para ramais individuais, isto é, 
sub-ramais de peças ou equipamentos.
b) Critério da perda de carga. É o que se deve empregar em ramais e 
linhas principais se possuírem muitas peças e acessórios.
Critério da velocidade
Neste caso, fixa-se o valor que se considera aceitável para a velocidade e, em 
função da descarga, encontra-se em tabela apropriada o diâmetro 
correspondente. 
Critério da perda de carga
O problema pode ser abordado de duas maneiras:
1. Conhecem-se a descarga, o volume específico e o diâmetro, e calcula-se a 
perda de carga J
2. Conhecem-se a descarga e o volume específico, fixa-se o valor permitido 
para a perda de carga e calcula-se o diâmetro D.
As fórmulas a empregar podem ser as usadas pela SARCO no preparo de sua 
régua de cálculo para a vapor:
i. Perda de carga
ii. Diâmetro
onde, 
 
Exemplo: do livro
Captação e remoção de condensado
Vimos que o vapor, ao transferir seu calor latente de vaporização na operação 
de aquecimento, seja em dispositivos e equipamentos destinados a esse fim, 
seja por perda ao longo das tubulações, peças e válvulas, sofre uma 
condensação, constituindo-se numa mistura de vapor e condensado.
Temos que remover o condensado formado em cada equipamento e ao longo 
das tubulações, peças e válvulas. Essa remoção se realiza com os separadores 
e os purgadores.
Algumas considerações preliminares:
● As tubulações de vapor devem possuir uma inclinação no sentido do 
escoamento de pelo menos 0,5%. Com isso, o condensado tende a descer 
acompanhando o fluxo do vapor. Se a inclinação fosse ascendente, isto é, 
com o fluxo de vapor de baixo para cima, o vapor arrastaria o 
condensado em sentido contrário aquele que se deseja, que é o de 
escoamento por gravidade da água depositada
● É necessário, de trechos em trechos de uma linha alimentadora de vapor, 
colocar dispositivo que coletem o condensado. Essa distância varia de 30 
a 50 m e os pontos de coleta chama-se de drenagem.
Nos pontos baixos de uma linha de vapor e nas descidas também devem ser 
instalados esses pontos de drenagem.
Não se pode simplesmente ligar um tubo de 
pequeno diâmetro de purgador. O correto é 
a instalação de um tê e posteriormente um 
tubo de menor diâmetro ligado ao purgador.
Portanto, a coleta adequada do condensado é condição para uma drenagem 
eficiente por parte do purgador
● Às vezes a linha é muito longa, de modo que não se consegue , no espaço 
de que dispõe, executá-la com a declividade aconselhada de 0,5%. Se a 
linha tiver 150m, por exemplo teremos um desnível de 75 cm, o que 
poderá eventualmente ser inaceitável. Nesse caso, divide-se a linha em 
trechos de igual a declividade colocando-se na parte baixa de cada trecho 
um poço de coleta de condensado, ligando a um purgador
● Na parte inferior de um trecho vertical da linha, também é necessário 
remover o condensado que se forma.
● Na extremidade horizontal de uma linha principal, deve-se também 
colocar um poço de condensado e um purgador de ar, além do purgador 
com filtro e um registro
Separadores de condensado
Existem dispositivos mais apropriados à captação do condensado que o poço 
de condensado. Trata-se dos separadores, nos quais se provoca um 
alargamento brusco da seção de escoamento a fim de reduzir a velocidade do 
vapor. 
No interior do separador existem placas criteriosamente colocadas, de modo 
a provocar a mudança na direção de escoamento do vapor e , 
consequentemente, a separação de gotículas de água, que vão se formando e 
sendo dirigidas para a parte inferior do separador, de onde seguem por um 
tubo até o purgador.
O separador deve ser colocado:
● àsaída das caldeiras;
● em cada ramal de alimentação de equipamentos e máquinas, como, por 
exemplo, no ramal de um esterilizador;
● antes das válvulas de redução de pressão ou de temperatura;
● nas linhas alimentadoras, de 30 em 30 m ou de 50 em 50 m (como solução 
preferível a do poço de condensado com forma de T).
Purgadores
Chama-se de purgadores os dispositivos destinados a remover o condensado 
dos separadores, dos Tês e dos equipamentos onde o mesmo se forma, sem 
que ocorra perda de vapor. São elementos indispensáveis num instalação de 
vapor, para se obter vapor seco (com pouca umidade).
Os purgadores se dividem em três categorias:
● Purgadores mecânico;
● Purgadores termostáticos;
● Purgadores termodinâmicos.
Purgadores mecânicos
Praticamente todos os tipos possuem uma boia cuja atuação permite a 
admissão de condensado e vapor, mas a saída apenas de condensado. A bóia 
pode ser uma esfera oca ou ser constituída por uma peça com formato de um 
balde ( tipo balde).
Purgadores de bóia simples
Os purgadores de boia simples podem ser de funcionamento contínuo e de 
funcionamento intermitente, sendo o primeiro o mais usados, pois sendo 
contínua a descarga de condensado, não afetam o processo de troca de calor. 
Não devem ser usada os para pressões muito altas.
Purgadores de boia simples com alavanca:
O condensado (com algum vapor) entra pelo orifício A e se acumula até que a 
boia se eleve a um ponto em que a alavanca B faz com que se abra uma válvula 
C. O condensado, sob pressão do vapor reinando em D, sai pelo orifício E. 
Quanto maior a for a vazão de condensado, mais se abrira a válvula C.
Purgadores de boia do tipo termostático com eliminador de ar:
Quando o fornecimento de vapor a uma instalação é interrompido, inicia-se um 
processo de penetração de ar, seja por juntas mal vedadas, seja pelo próprios 
equipamentos ou por saídas de vapor deixadas abertas. O ar pode ficar 
bloqueado nos purgadores ao ser reiniciado o suprimento de vapor, 
prejudicando e até impedindo o funcionamento dos mesmo. 
Quando o vapor está desligado, a boia B está baixa e a 
válvula C, fechada. Como o purgador está frio, o 
termostato D está contraído, de modo que a válvula F 
se acha afastado a de sua sede G, de modo a não 
permitir o escapamento de vapor por G. Ao se ligado o 
vapor, o ar no interior do purgador é compelido a 
escapar pelo orifício E até a boca de saída H do 
purgador. A medida que entra vapor, o termostato 
expande e aos poucos vai fechando a passagem entre 
a válvula F e a sede G.
Purgadores de boia com eliminador de vapor:
Quando se verifica uma retenção de vapor no purgador em razão de condições 
próprias a um dado processo, esse vapor preso acumula parte do condensado, 
retendo-o, impedindo que passe totalmente para o estado líquido e, portanto, 
não permitindo que a boia atue abrindo a válvula.
Para eliminar o vapor preso, usa-se, em certos tipos de purgadores de boia, 
uma pequena válvula do tipo agulha, comanda por uma mola, denominada 
eliminador de vapor. Esse tipos são recomendados quando não for possível 
colocar o purgador na parte mais
baixa da instalação. 
Purgadores de balde:
 São purgadores de funcionamento intermitente, nos quais a válvula do 
purgador é acionada por um balde, existem dois tipos:
● purgador de balde aberto (parte aberta cima);
● purgador de balde invertido.
Purgadores termostáticos
Seu funcionamento baseia-se na diferença de temperatura de vapor e do 
condensado, algum tempo depois de este haver se formado.É por isso usado 
quando é possível instalá-lo longe do ponto de drenagem, isto é, de coleta, 
para que o condensado comece a esfriar no tubo de coleta e não no espaço 
de vapor do purgador. Existem diversos tipos, entre os quais mencionamos:
● Purgadores de pressão balanceada 
● Purgadores de expansão líquida
Purgadores de pressão balanceada:
 Possuem um elemento termostáticos A constituído por um fole de metal 
contendo um líquido volátil que se expande ou se contrai conforme o sentido 
de variação da temperatura. Esse movimento determina o deslocamento de 
uma válvula B que gradua a saída do condensado por C. Possuem grande 
capacidade de eliminação de ar.
Purgadores de expansão líquida:
Possuem elementos termostáticos que, pelas suas características, deixam sair o 
condensado quando a temperatura do mesmo baixa atingindo uma faixa de 
variação de temperatura preestabelecida. É um purgador usado quando não se 
tem necessidade de um controle muito rigoroso de temperatura.
Purgadores bimetálicos:
Possuem uma ou mais lâminas constituídas por 
dois metais de coeficientes de dilatação térmica 
bem diferentes um do outro. O metal de maior 
coeficiente de dilatação, expande-se mais do que 
o outro, sob efeito do calor, se curva com maior 
raio de curvatura. Esse movimento do elemento 
bimetálico pode ser aproveitado para provocar a 
movimentação de uma válvula, no que é auxiliada 
pela pressão do vapor e o fluxo do condensado. 
Tais purgadores resistem bem aos golpes de 
aríete e à corrosão. São bons eliminadores de ar, 
e, como tais, recomendados para pressões acima 
de 7 bar.
Purgadores termodinâmicos
Devem ser instalados distantes do ponto de drenagem. Se forem usados para 
drenarem um espaço contendo vapor livre de condensado, como é o caso dos 
traçadores (tracer) para aquecimento de uma linha líquido de elevada 
viscosidade, devem ser instalados a aproximadamente 2 m de drenagem do 
tracer. Não necessitam de válvulas de retenção.
Purgadores de disco móvel:
Possuem um disco que pode elevar-se descarregando condensado á 
temperatura do vapor e vedar hermeticamente a abertura de saída, antes de 
qualquer escape de vapor vivo. Funciona intermitente e ciclicamente, exceto 
quando a carga de condensado atinge a capacidade do purgador. Em 
condições de carga leve, o purgador termodinâmico reduz automaticamente 
seu ciclo de abertura. 
Existem dois tipos:
a) Purgador termodinâmico simples. 
Funcionam com pressão mínima de 0,3 
bar e com um máximo de 60% de 
contrapressão (pressão do lado do 
condensado) em relação à pressão de 
entrada.
b) Purgadores termodinâmicos com fluxo 
distribuído. O disco é paralelo à sede e, 
portanto, se desgasta uniformemente. 
Não são afetados por golpe de aríete, vapor 
superaquecido, vibrações e condensado 
corrosivo (pois são de aço inoxidável).
Tubulação de retorno de condensado
O condensado deve seguir por uma tubulação até um reservatório onde 
receberá a água adicional, sendo em seguida bombeado para a caldeira.
Em alguns caso, pode-se executar uma linha de condensado, de modo que 
por gravidade este chegue a um poço daí ser bombeado até o reservatório 
elevado ou mesmo diretamente para a caldeira. Em outros casos, tem-se que 
recolher o condensado próximo ao equipamento e bombeá-lo até o 
reservatório.
Dimensionamento da linha de condensado
Para o dimensionamento:
● Define-se preliminarmente a linha de condensado de modo que passe, 
tanto quanto possível, próximo de todos os pontos onde há purgadores 
cujo condensado a linha irá receber.
● Determina-se a quantidade de condensado a drenar; ou melhor, a 
descarga de condensado nos ramais e linhas principais de condensado.
Convém notar que, no começo da operação, a tubulação está fria e, por 
conseguinte, a quantidade de condensado que se forma pode chegar a ser o 
dobro ou até o triplo do condensado produzido com a instalação em 
condições normais de operação.
Quando as condições de carga inicial não forem conhecidas, podem-se 
projetar as linhas considerando-se o dobro da descarga de operação em 
regime normal. 
Com o valor da descarga e o desnivel possível para escoamento do 
condensado, obtém-se o diâmetro usando-se uma das fórmulas disponíveis. 
Fair-Whipple-Hsiao:
A declividadee é o próprio valor da perda de carga, que no caso, corresponde 
ao desnível disponível. exemplo: desnível de 40 cm e 80 m de comprimento.
isto é, 0,5% ou 0,5cm/m.
Determinação da quantidade de Condensado
Para determinar a quantidade de condensado formado durante a fase de 
aquecimento, portanto na situação mais desfavorável, pode-se proceder da 
maneira a seguir indicada, utilizando-se a fórmula:
Q = quantidade de condensado formado, kg
C= calor específico do aço, =0,49 kJ/(kg°C)
P= o peso da tubulação de vapor, de aço no trecho onde se considera formando 
o condensado, expresso em kg
ti= a temperatura inicial da tubulação, suposto igual á do meio ambiente,em °C
tf = a temperatura final da tubulação, que será igual a do vapor, em °C
L = o calor latente, em kJ/kg Exemplo livro
Elevação do condensado
Em alguns casos, o condensado pode escoar por gravidade e ser recolhido em 
um reservatório do qual é bombeado à caldeira.
A linha de retorno de condensado pode, todavia, situar-se acima do purgador. 
Duas soluções para elevar o condensado até a linha de retorno.
1ª Solução: O condensado, estando submetido à pressão de vapor no 
purgador (que é o caso usual), pode elevar-se a uma altura que, verificada na 
prática, é de aproximadamente 5 m para cada bar de diferença de pressões. 
Essa solução é válida para pressões acima de 1,5 bar, mas não muito 
elevadas. Apresenta o inconveniente de dificultar a remoção do ar da linha. 
A coluna de subida, em geral, é de 
pequeno diâmetro (½”, por exemplo) e, 
ao chegar ao topo, tem uma curva, um 
filtro e um purgador. Caso a linha de 
condensado esteja submetido a uma 
pressão maior que a atmosférica, isto é 
estiver submetida a uma contrapressão, 
deve-se acrescentar uma válvula de 
retenção após o purgador. O purgador 
indicado para esta modalidade é do tipo 
termostático de pressão balanceada.
2ª Solução: Consiste em recolher o 
condensado, depois de passar pelo purgador 
de boia, a um tanque ventilado,e daí bombear 
o condensado com uma bomba para a linha 
de retorno de condensado. Trata-se da melhor 
solução, embora mais dispendiosa. Numa 
instalação com linha muito extensa, pode ser 
necessário realizar várias estações de 
bombeamento.
Bomba de Condensado
Uma excelente bomba para elevação de condensado utilizando vapor da 
instalação é a bomba Ogden da SARCO. Vejamos como funciona:
a) O condensado passa pela válvula de retenção A, por gravidade, entra na 
bomba e eleva a boia B, a qual elevado tubo C a ela solidário.
b) A boia, ao se levantar, arrasta o batente existente no topo do tubo C e 
levanta a alavanca E, abrindo, assim, a válvula F, de entrada de vapor.
c) Enquanto o vapor penetra, a válvula de escape D se fecha, de modo que o 
vapor empurra para baixo a boia, forçando a água a sair do corpo da 
bomba, passando em seguida pela válvula de retenção G e seguindo pela 
tubulação de recalque.
d) Baixando o nível da água, a boia encosta no anel H e, com seu peso, 
empurra o tubo C para baixo, abrindo a válvula de escape D por onde sai 
vapor não condensado, que irá para o tanque coletor de condensado ou 
para um dreno. Ao mesmo tempo em que a válvula D abre, fecha-se a 
válvula de entrada F. A pressão no corpo da bomba baixa e cessa o 
recalque do condensado.
c) Entrando novamente condensado na bomba, o ciclo de repete.
A figura a seguir representa uma instalação com bombeamento do 
condensado de um tanque ventilado de coleta de condensado à linha de 
retorno.
 
Redução de pressão do vapor
Nem sempre a pressão de que o equipamento necessita é a mesma da 
pressão do vapor na linha. Torna-se necessário reduzir a pressão, o que se 
consegue com o emprego de uma válvula de redução de pressão.
● É preferível que a pressão de fornecimento na linha seja superior às 
pressões de consumo, melhora a qualidade do vapor e reduz o diâmetro 
da tubulação;
● A redução de pressão realiza-se junto ao equipamento ou próximo a um 
grupo de equipamentos que utilizam o vapor nas mesmas condições.
Os tipos de válvulas de redução de pressão podem reduzir-se a três:
a) De ação direta, manual. Para um só equipamento e quando não haja 
grandes variações de fluxo.
b) De duplo diafragma, ou de ação por piloto. São usadas para servir a vários 
equipamentos simultaneamente, pois se ajustam automaticamente, pela 
atuação do piloto, à ampla faixa de variação de fluxo de vapor.
c) De comando pneumático.A atuação é realizada com ar comprimido. Em 
geral, são fabricadas especialmente para cada aplicação e têm grande 
precisão de controle.
 
Estação de Válvula de redução de pressão:
 
Eliminação de ar nas linhas de vapor
Quando a instalação se acha fora de operação, as tubulações ficam com ar 
em seu interior. Ao escoar o vapor, este arrasta o ar que prejudica o 
funcionamento dos purgadores, ficando preso nos mesmos, como pode 
acontecer nos purgadores do tipo de balde aberto e nos boia. 
Preferencialmente utilizam-se o eliminador de ar, que automaticamente se 
abre para aliviar o ar, descarregando o mesmo no lado de 
saída do purgador.
Vapor de reevaporação
O condensado, ao deixar o purgador de vapor, tem sua temperatura 
imediatamente reduzida para 100°C, porque a água submetida à pressão 
atmosférica não pode permanecer no estado líquido a uma temperatura 
maior que 100°C. Esse excesso de calor é, por assim dizer, expulso e isso 
realiza com a formação de vapor. é o vapor de reevaporação 
Dilatação térmica das tubulações
Algumas precauções deve ser tomadas devido ao efeito de dilatação térmica 
das tubulações. 
Quando tivermos trechos curtos de tubulação, é sempre conveniente usar um 
traçado não retilíneo, isto é, devem-se realizar desvios angulares no plano e 
no espaço, de modo a dar flexibilidade à tubulação, possibilitando a dilatação 
dos trechos sem que ocorram tensões excessivas.
Quando não dispõem do espaço exigido para um traçado tridimensional, isto 
é, espacial, da tubulação, recorre-se às juntas de expansão (de dilatação).
Existem dois tipos:
● Juntas deslizantes (junta de expansão telescópica)
Constituídas por dois trechos de tubo com deslocamento do tipo telescópio 
devidamente guiados, sendo a estanquidade obtida por gaxetas especiais. A 
tubulação necessita ser rigidamente ancorada e guiada por suportes, de 
modo que possa dilatar-se.
● Juntas sanfonadas (juntas de expansão de fole)
Apesar das restrições que alguns fazem ao seu emprego, considerando-as 
pontos fracos da linha de vapor, as juntas desse tipo, quando de aço 
inoxidável e produzidas com moderna tecnologia, podem ser usadas e 
representam a solução quando o espaço disponível é reduzido. 
A pressão interna tende a afastar as dobras da sanfona, de modo que a 
ancoragem e as guias devem também levar em conta esses esforços, que 
podem ser consideráveis. Existem diversos tipos de juntas sanfonadas.
Tipos de juntas sanfonadas:
● Juntas de expansão com fole e com-guia de aço inoxidável. 
● Juntas do tipo não equalizada
● Tipo meio-equalizada
● Tipo equalizada
● Junta de perfil toroidal
● Juntas especiais
○ Juntas de expansão cardan.
○ Juntas de expansão dobradiça ou compensadores de movimento angular.
○ Juntas de expansão dupla universal.
○ Juntas de expansão balanceada.
Distância entre guias de tubulações
As tubulações fr vapor devem poder expandir-se longitudinalmente atuando 
sobre as juntas, ficando apoiadas sobre guias que sirvam de apoio e impeçam 
qualquer deslocamento transversal. Nas extremidades de um trecho retilíneo 
contendo uma ou mais juntas, deve haver apoio rígidos ou ancoragens 
capazes de absorver os esforços longitudinais introduzidos pelas juntas de 
dilatação.
O espaçamento entre os apoios 
acha-se indicado na tabela ao 
lado.
Isolamento térmico das tubulações
As tubulações,conexões, válvulas e equipamentos por onde passam o vapor e 
o condensado devem ser muito bem isolados, para evitar a dissipação do 
calor que, em última análise, representa desperdício de combustível na 
caldeira. 
O material isolante mais empregado para a temperatura até 600°C é o 
composto à base de silicato de cálcio hidratado e fibras longas de amianto. 
Usa-se também, ma s com temperaturas até 300°C, o carbonato de magnésio.
O material isolante é fornecido pelo fabricante sob duas modalidades:
● Calhas, isto é, tubos isolantes bipartidos;
● Argamassas isolantes, empregados no isolamento de superfícies como 
flanges etc..
Cálculo de resistência mecânica
Além do dimensionamento relacionado ao diâmetro da tubulação, também 
deve ser feito o dimensionamento da resistência mecânica. Sendo necessário 
analisar:
● Espessura de parede da tubulação
● Vão entre suportes
● Dilatação térmica e flexibilidade das tubulações
● análise das forças de reações 
Referência bibliográfica para dimensionamento:
Tubulações industriais, Pedro C. Silva Telles 
http://3.bp.blogspot.c
om

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