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Unidade 1 Dir. de Família. Conceito de Dir. de Família. Estrutura e objeto do Dir. de Família. Localização da matéria no Cód. Civil. Dir. pessoal e patrimonial. DIREITO DE FAMÍLIA: CONCEITO : ramo do Dir. Civil que disciplina a formação da família, tanto pelo casamento qnto pela união estável, a proteção à prole e as relações de parentesco, tanto no aspecto pessoal qnto patrimonial. - em sentido estrito FAMÍLIA - em sentido amplo - EM SENTIDO ESTRITO: união de pessoas cuja intenção é gerar prole. Logo, pode ser instituída pelo casamento, união estável ou mesmo pela monoparentalidade - EM SENTIDO AMPLO : é a união de pessoas q guardam entre si vínculos consangüíneos e de afinidade, tanto em linha reta (ascendentes e descendentes) qnto colateral (ramificação a partir de ponto comum num tronco de ascendência). Assim, estão incluídas as relações estabelecidas pelo vínculo da : - consangüinidade (pai, mãe, filhos, irmãos, avós, netos, primos, tios) - afinidade (sogros, genro, nora, cunhados) - casamento - união estável - parentesco civil CUIDADO : família é ente despersonalizado !!!! PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA 1 – PRINC. DA RATIO DO CASAMENTO: o fundamento básico do matrimônio é a afeição entre os cônjuges, bem como a assistência e fidelidade recíprocas. Destarte, é uma espécie de relação jurídica pessoal s/ cunho patrimonial, conforme preceitua o próprio CC. 2 – PRINC. DA PARIDADE DOS CÔNJUGES: previa o desaparecimento do poder marital no mundo jurídico, como já programava norma constitucional insculpida no art. 226, § 5º CF. A situação da mulher tem sido alterada desde 1916, sendo iniciada no âmbito das leis trabalhistas. A 1ª grande vitória legislativa no ramo do Dir. Civil foi o Estatuto da Mulher, nos idos anos 60, o qual, dentre outras importantes conquistas, conferiu à mulher casada plena capacidade civil (antes, era relativamente incapaz, devendo ser assistida por seu marido). Hoje, a lei já absorveu o princípio mesmo em lei ordinária, pois o CC de 2002 eliminou todos os resquícios de discriminação. 3 – PRINC. DA IGUALDADE DOS FILHOS: proíbe qualquer espécie de tratamento diferenciado entre os filhos, ñ havendo mais sequer nomenclatura p/ adjetivar a filiação como outrora - art. 226, § 6º CF/88. 4 – PRINC. DO MELHOR INTERESSE DO MENOR: aponta as soluções a serem impostas pelo Poder Judiciário qndo estão envolvidos interesses de menores. Está presente no ordenamento jurídico, ainda q implicitamente, nas mais diversas naturezas de normas jurídicas e, por vezes, explícitas (art. 1584 a 1589 CC). RELAÇÃO DE PARENTESCO: É vínculo q reúne pessoas naturais q gera direitos e deveres recíprocos (logo, pelo óbvio, ninguém é parente de cachorro, periquito, papagaio etc. - “ah ñ, minha pepezinha é como se fosse minha filha”; “meu cachorro é como se fosse da família”, "cachorro tbém é gente”). ART. 1594 : contagem dos graus de parentesco (ensinar por gráfico) LIMITE DO PARENTESCO: 1592 OBS.: a lei civil restringe a figura do parente. Assim, o parentesco é limitado civilmente, o q possibilita obstar aquele q gosta de se aproveitar de 1 relação p/ obter favores (“oi! eu sou a prima da sobrinha da irmã da tia da sua bisavó ! Tudo bem? ”). Assim, por ser o parentesco o vínculo q une pessoas, sua natureza dependerá justamente da natureza do próprio vínculo: - Natural ou biológico: vínculo é a consangüinidade - Civil ou meramente civil: vínculo é a ficção - Afinidade: decorrente do casamento ou união estável 1 - O parentesco civil surge entre pessoas qndo se procede a adoção, o s, é a adoção q vinculará as pessoas pelo parentesco civil. ADOÇÃO: o vínculo é uma ficção jurídica pq ñ existiria se a lei assim ñ determinasse (entre os pais e os filhos adotados existe 1 vínculo ficto, q determina, por sua vez, o parentesco meramente civil). 2 - Parentesco por afinidade : existem autores (principalmente paulistas) q sustentam q a afinidade é 1 espécie de relação de parentesco, meramente pq está sendo tratada na parte geral do título, juntamente c/ a relação de parentesco consangüíneo e civil. CONSEQUENCIA: a possibilidade de suceder o cônjuge qndo da sua morte, i.e., herdar seus bens, bem como pleitear alimentos. ATENÇÃO: o cônjuge é unido aos parentes do outro pelo vínculo da afinidade - Cônjuge-Varão (- Cônjuge-Virago (mulher) Um cônjuge está vinculado ao outro pelo matrimônio, e não pela consangüinidade (por isso, cônjuge não é parente). Se o cônjuge não é parente, por que os seus parentes seriam ? Entende a maioria da doutrina no Rio de Janeiro, principalmente, que a afinidade não é uma espécie de parentesco (uma coisa é ser afim, outra é ser parente). - AFINIDADE : vínculo que une o cônjuge aos parentes do outro (e não ao outro cônjuge). - PARENTESCO : somente por consangüinidade ou civil. Ex.: o cunhado é afim da cunhada, a sogra do genro etc (cuidado com a frase !!! brincadeirinha); os sogros são afins de 1º grau do genro/nora; os cunhados são afins de 2º grau em linha transversal. LIMITE DA AFINIDADE : art. 1595, § 1º CC. CASAMENTO É a união de pessoas de sexos diferentes, estabelecida segundo as formalidades legais, com a finalidade de formar família, pela comunhão plena de vida e igualdade entre os cônjuges, mediante auxílio mútuo, respeito e consideração. CONTROVÉRSIA : NATUREZA JURÍDICA 1 - CORRENTE CONTRATUALISTA : o casamento é um contrato puro e simples, nascendo da manifestação de vontade dos nubentes. São previstas as condutas a ser pautadas pelas partes, bem como os aspectos patrimoniais. TODAVIA : - o descumprimento da obrigação contratual implica em perdas e danos, na medida em que envolve, essencialmente, direitos patrimoniais; - admite resilição pelo distrato em quaisquer das suas espécies, bem como incidência da Teoria da Imprevisão; - as normas não são ditadas pelas partes, mas pela lei. 2 - CORRENTE INSTITUCIONALISTA : casamento é um conjunto de regras prefixadas. A lei é que dispõe sobre as normas que norteiam o casamento, tendo em vista a intensa intervenção do Estado. Os atos necessários para constituição, vigência e desconstituição do casamento devem obedecer às formalidades legais, o que leva alguns doutrinadores, minoritariamente, classificar o Direito de Família como Direito Público. 3 - CORRENTE MISTA (atualmente, majoritária) : casamento é um ato jurídico complexo, compreendendo vontades patrimoniais e extrapatrimoniais em níveis diversos, ou seja, a vontade dos nubentes + vontade dos Estado. São impostos deveres e obrigações, tanto por lei quanto por disposição particular. Ex.: alguém quer casar com asogra » impossível porque contraria a vontade do Estado (vedação legal); eleição do regime de bens etc. REQUISITOS PARA CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO - expressa manifestação de vontade dos nubentes, tanto por ato próprio quanto por mandatário; - presença e intervenção da autoridade em nome do Estado; - obediência às formalidades procedimentais; - presença das testemunhas. CONTROVÉRSIA : em quê momento o casamento considera-se celebrado ? 1ª CORRENTE : no momento em que os nubentes manifestam, inequivocamente, vontade de contrair núpcias - "SIM" 2ª CORRENTE (majoritária) : no exato tempo em que a autoridade os declara casados. Esse é o entendimento dominante porque, mesmo após ter manifestado vontade de se casar, o nubente pode arrepender-se, desde que antes ter o juiz declarado a celebração do casamento. HABILITAÇÃO MATRIMONIAL Formalidade essencial e indispensável à celebração do casamento. REGRA : precede à celebração do casamento. EXCEÇÃO : primeiro ocorre a cerimônia de celebração, após é realizada a habilitação » casamento nuncupativo (art. 1540 e 1541CC e art. 76, Lei 6015/73) e casamento religioso sem prévia habilitação (art. 74, Lei 6015/73 e art. 1516, § 2º CC). FINALIDADE : averiguação da capacidade matrimonial dos nubentes, ou seja, examinar se os noivos estão aptos para se casarem. PROCEDIMENTO : a habilitação é processada, mediante solicitação por ambos os nubentes (ou por procuração) no Registro Civil de Pessoas Naturais da circunscrição de qualquer dos nubentes, sendo obrigatória a intervenção do MP (art. 1526 CC e art. 67 da Lei 6015/73). DOCUMENTAÇÃO : relacionada nos incisos do art. 1525 I - no caso de solteiros II - para as hipóteses em de menores púberes não emancipados III - a finalidade é afastar os impedimentos ou causas de suspensão, bem como provar idoneidade IV - necessário para firmar o cartório de registro competente e evitar problemas com homonímia V - prova de estado civil autorizado para casamento. PROCLAMAS : são editais que devem ser fixados por 15 dias nas circunscrições de domicílio de ambos os nubentes a fim de conferir publicidade ao casamento a ser realizado, o que somente ocorre se não for verificado qualquer impedimento pela documentação apresentada. Regra : proclamas. Exceção : casos em que há urgência para celebração do casamento (art. 1527, parágrafo único e art. 1540) » proclamas são dispensados. Relevância : permitir que a sociedade saiba do casamento a ser realizado e, assim, possa apresentar impedimentos ou causas suspensivas. OBS.: a oposição ao casamento é ato solene, que deve ser realizado por escrito e assinado, devidamente instruído. » ART. 1530 : Princípio do Contraditório e Ampla Defesa. HABILIATAÇÃO PARA CASAMENTO : não havendo qualquer impedimento para o casamento, é extraída por certificado pelo oficial do registro, cuja validade é de 90 dias a contar da data da expedição » em suma, os nubentes têm o prazo decadencial de 90 dias para celebrar casamento após a extração do certificado de habilitação. IMPORTANTE : o certificado de habilitação somente é extraído CAPACIDADE MATRIMONIAL IDADE NÚBIL : 16 anos, mediante autorização dos pais ou de seus representantes legais (tutores). EXCEÇÃO : podem se casar os menores incapazes para o casamento: - evitar imposição ou cumprimento de pena criminal - se a menor estiver grávida. OBS.: neste caso, não será anulado o casamento (art. 1551) CAPACIDADE CIVIL : 18 anos ou aos 16, se emancipado » dispensada a autorização. DIVERGÊNCIA ENTRE OS PAIS : deve-se recorrer ao juiz competente, segundo o Código de Organização e Divisão Judiciária da Unidade Federativa, para compor o desacordo - suprimento judicial, na forma do art. 1103 CPC. PAIS SEPARADOS : não se altera o poder familiar daquele que não tem os filhos sob sua guarda (art. 1632) FORMAS ESPECIAIS DE CASAMENTO 1) CASAMENTO RELIGIOSO : é válido perante o Direito, desde que... - os consortes estejam regularmente habilitados, após os trâmites cartorários - registro civil do casamento no prazo decadencial de 90 dias a contar da celebração OBS.: se vencido o prazo, o registro dependerá de nova habilitação. ATENÇÃO : pode ser validado o casamento religioso realizado sem as formalidades legais, desde que se proceda à habilitação e, havendo autorização, se requeira o registro no prazo de 90 dias da expedição do certificado. 2) POR PROCURAÇÃO : deve atender as solenidades legais, sob pena de invalidar o casamento » instrumento público, com poderes especiais. OBS.: apesar de não haver qualquer exigência quanto ao sexo do procurador, sugere-se que seja do mesmo sexo do outorgante. EFICÁCIA DA PROCURAÇÃO : 90 dias » podendo ser revogada, desde que o distrato atenda às mesmas formalidades do mandato. 3) MOLÉSTIA GRAVE (art. 1539) : o casamento pode ser celebrado no local onde estiver o nubente impedido, devendo o ato ser presenciado por duas testemunhas que saibam ler e escrever. OBS.: se o casamento for celebrado em lugar particular, as portas de acesso devem permanecer abertas por todo o período de celebração para que qualquer pessoa possa comparecer à cerimônia e apresentar oposição. 4) NUNCUPATIVO (= in extremis = in articulo mortis) : o nubente está à beira da morte. Nesse caso, a lei autoriza a realização do casamento sem prévia habilitação e ausente a autoridade que deveria presidir o ato, desde que seja presenciado por 6 testemunhas, as quais não podem ser parentes em linha reta ou colateral até 2º grau com os nubentes. VALIDADE : as testemunhas devem procurar o Cartório de Registro de Pessoas Naturais da circunscrição onde foi celebrado o casamento no prazo de 10 dias para firmar declaração por termo. PROCEDIMENTO : após a autuação, serão realizadas diligências para verificar se realmente se tratava de casamento nuncupativo, bem como a incidência de impedimentos ou causas de suspensão. » Após todos os trâmites, sendo definitiva a decisão, será efetuado o registro do casamento, retroagindo seus efeitos até a data da celebração. ATENÇÃO : as formalidades, tanto para o casamento nuncupativo quanto para o caso de moléstia grave, podem ser dispensados se houver ratificação do enfermo convalescido perante o oficial do cartório. OBS.: art. 76, da Lei 6015/73. RESUMO : fases do casamento » 1ª fase – HABILITAÇÃO; 2ª fase – CELEBRAÇÃO; 3ª fase – REGISTRO. PROVAS DO CASAMENTO REGRA : certificado de registro, expedido pelo cartório competente (vulgo certidão de casamento) EXCEÇÃO : outros meios de prova. CASAMENTO EM TERRITÓRIO ESTRANGEIRO : para ser válido como se realizado em território nacional, deve ser registrado no cartório de domicílio de um dos cônjuges. Se não retornarem os cônjuges ao local onde mantinham domicílio ? terão de se dirigir à localidade somente para efetuar o registro ? Não; podem registrá-lo no 1º Ofício de Registro de Pessoas Naturais onde passaram a ter domicílio. PRAZO : 180 dias, a contar da data em que qualquer dos cônjuges retornou ao país. ESTADO DE CASADO : caso daquelas pessoas que sempre declararam ser casadas e viveram como se realmente fossem. - pessoas que não portam registro de casamento, por uma razão qualquer, mas sempre foram casadas perante a sociedade - não pode ser contestado em prejuízo da prole comum, salvo se restar provado ser um dos pais já casado quando contraiu o casamento impugnado - quando provado judicialmente, havendo declaraçãojudicial em sentneça, os efeitos retroagem à data do casamento para todos os fins. OBS.: muito comum nos sertões do Brasil; caso das pessoas que surgem do nada em determinada localidade etc. IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS São fatos que causam a invalidade do casamento, os quais podem ser opostos a fim de impedir sua realização. OBS.: como qualquer pessoa capaz pode opô-los até a conclusão da celebração, o casamento tem de ser realizado em local público ou, se particular, às portas abertas. IMPEDIMENTO # INCAPACIDADE » Impedimento : tem caráter especial, atingindo apenas determinadas pessoas. Há autores que usam o termo "ilegitimidade", outros "inaptidão" e, ainda, "incapacidade especial". » Incapacidade : tem caráter geral, atingindo toda a sociedade. Ex.: pessoa menor de 16 anos. ART. 1521 : apresenta rol exaustivo de causa de NULIDADE do casamento » eis a razão de poderem ser opostos por qualquer pessoa - ofensa ao interesse público. I - ASCENDENTES : parentes os quais são ancestrais (pais, avós, bisavós etc.) - art. 1591. - NATURAL : consangüíneos PARENTESCO - CIVIL : por força de lei (adoção) II - AFINIDADE : relação nascida do casamento ou da união estável, mantida pelo cônjuge / companheiro com a família do consorte (art. 1595) Afinidade em linha reta : análogo aos parentes ascendentes e descendentes (sogros com genro e nora / enteados com padrastos) » a afinidade não se extingue com a extinção do casamento ou da união estável (portanto, sogros jamais poderão desposar nora/genro). AFINS EM LINHA COLATERAL : a lei concede tratamento diverso, na medida em que a extinção do casamento extingue também a afinidade. Ex.: como é possível que cunhados venham a contrair matrimônio após a extinção do casamento... lembrar daquele irmão que perdeu a disputa para o divino maravilhoso » este era tão porcaria que divorciaram-se » aí surgiu a grande chance OU casos em que o cunhado consola a viúva histérica no dia do enterro do seu irmão (para o desespero da sua mãe, pois matou um, vai matar o outro também) » descobre, meses mais tarde, uma enorme paixão retraída » melhor ficar com esse mesmo porque se sogra é para a vida inteira, melhor ter só uma (uma vez sogra, sempre sogra). III - pela redação, depreende-se que há uma ordem permanente, ou seja, proibição que não se encerra pelo fim do casamento dos pais com o cônjuge e vice-versa. OBS.: este inciso seria desnecessário porque se insere na hipótese anterior (fim da discriminação da filiação). IV - EXPLICAR : irmão unilaterais e germanos (termo usado pelo cc revogado) / parentesco colateral e identificação dos seus graus OBS.: casamento entre primos "1º grau" pode ser anulado pelas normas do Direito Canônico, mas não pelo Direito Civil brasileiro. V - absurda a manutenção deste inciso, na medida em que é claro resquício da discriminação entre filhos » filho do adotante e adotado são irmãos (parentes colaterais em 2º grau). VI - no Brasil, somente se admite casamento somente monogâmico, sob pena de bigamia (ainda é crime) » daí a necessidade de se provar o estado civil ao tempo da habilitação para o casamento. VII - não é preciso co-autoria ou participação, pois é entendido que a cumplicidade é implícita. OBS.: prevalece o entendimento de que o crime tem de ser doloso, tendo havido condenação transitada em julgado (Princípio de Presunção da Inocência). IMPORTANTE : nem mesmo a adoção, que extingue todos os vínculo com os parentes da família antiga, desliga o adotado dos impedimento matrimoniais. CAUSAS SUSPENSIVAS Não são causas de impedimento porque as pessoas relacionadas no art. 1523 podem se casar livremente, desde que ultrapassada a situação temporária que lhe gera embaraços. IMPORTANTE : ao contrário das causas impeditivas, não podem ser argüidas por qualquer pessoa, e sim somente pelos parentes em linha reta ou colaterais até o 2º grau. SANÇÃO : o regime de bens será, obrigatoriamente, separação de bens (art. 1641, I). NESTE CASO, o novo cônjuge não será seu herdeiro em 1ª vocação (regime da separação obrigatória de bens) - art. 1829, I. I - a razão é evitar que ocorram prejuízos dos bens dos filhos em decorrência do novo patrimônio » cônjuge é herdeiro concorrente com os descendentes. II - o fim é evitar a confusão quanto à filiação, haja vista a presunção do art. 1597, I e II » impede-se que o filho do casamento anterior seja reconhecido pelo cônjuge atual OBS.: se a mulher provar que não está grávida ou que já nascera o filho da relação anterior, poderá ser pleiteado ao juiz que o afastamento da causa suspensiva. III - o casamento somente é extinto pela morte ou pelo divórcio : como o morto não pode casar, enquanto não for decretado o divórcio, não se pode casar, sob pena de bigamia. ART. 1523, III, parte final : impedir a confusão de bens de sociedades conjugais distintos, ou seja, confusão patrimonial do casamento anterior com o atual. IV : enquanto não... - encerrada a tutela : o tutelado é menor ! Ainda que púbere, somente os pais poderiam autorizar o casamento e estes não mais existem ou foram destituídos do poder familiar. - encerrada a curatela : até então, o curatelado é interdito por ser incapaz. OBS.: a lei determina que tenha sido encerrada a prestação de contas para que não exista qualquer prejuízo patrimonial ao tutelado ou curatelado » sua proteção é de interesse público. INVALIDADE DO CASAMENTO - ABSOLUTA : nulidade (art. 1548) INVALIDADE - RELATIVA : anulabilidade (art. 1550) INEXISTÊNCIA : o casamento sequer existe perante o Direito, o que, inclusive, dispensa a propositura de ação juducial. Ex. : pessoas do mesmo sexo; ausência de celebração, o que impede o registro (casamento de novela). NULIDADE : além dos casos de impedimento, estendem-se as causas para os incapazes do art. 3º, II e III. OBS.: erro técnico do art. 1549, pois o ato nulo JAMAIS gera efeitos jurídicos !!! Logo, a nulidade não é decretada, mas declarada, pois não é a sentença que tem o condão de tornar o ato válido em nulo. ANULABILIDADE São fatos que podem convalescer se não forem impugnados judicialmente nos prazos legalmente fixados. Nesses casos, a sentença é que terá o condão de desconstituir o casamento. I - menores impúberes (aqueles que ainda não completaram 16 anos), salvo se a menor estiver grávida do seu nubente » legislador entende ser melhor que o recém-nascido tenha uma família constituída. ATENÇÃO : como o sujeito sequer tem capacidade para casar porque não atingiu a idade núbil, o casamento é anulável ainda... Para ver o trabalho na íntegra escolha uma das opções abaixo Ou faça login Email Senha Entrar Crie seu cadastro Nome Sobrenome Email Deseja receber as ofertas de nossos parceiros? English Town Continuar - Os princípios de Direito de Família: - Princípio da Dignidade da Pessoa Humana; -Princípio da Solidariedade Familiar; -Princípio da Pluralidade de entidades familiares; -Princípio da Isonomia entre cônjuges e da isonomia entre filhos; -Princípio do Melhor interesse do menor; - Princípio da paternidade responsável e do planejamento familiar; -Princípio da Afetividade. - A importância atual do direito de família. - A família como a base da sociedade. - A família na Constituição Federal de 1988. - A evolução do conceito de família até os dias de hoje. -As espécies de famílias no ordenamento jurídico: A família através do casamento e da união estável. A famíliamonoparental, homoafetiva, afetiva e recomposta. Unidade 2
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