Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CAMPUS MACAÉ GRADUAÇÃO EM QUÍMICA BACHARELADO SAMANTA R. KLEIN - DRE 114009083 RAYANE CARVALHO PINTO - DRE 115170594 AFERIÇÃO DE VIDRARIA VOLUMÉTRICA MACAÉ – RJ 2017 2 SAMANTA R. KLEIN - DRE 114009083 RAYANE CARVALHO PINTO - DRE 115170594 1º Relatório acadêmico sobre Aferição de vidraria volumétrica, Apresentado a docente Juliana Milanez, na disciplina de Química Geral Experimental II – IQG128. MACAÉ – RJ 2017 3 OBJETIVO O objetivo da prática é calibrar (aferir) um conjunto de vidrarias elencadas (proveta, bureta, balões volumétricos, pipeta graduada, pipeta volumétrica) a partir da frequência de uso nas aulas da disciplina IQG 128 – Química Geral Experimental II. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO....................................................................................................... 5 2. MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................... 6 2.1 Materiais, reagentes e equipamentos.............................................................. 6 2.2 Procedimento experimental.............................................................................. 6 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES........................................................................... 7 4. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 10 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ........................................................................ 11 6. ANEXO I .............................................................................................................. 11 5 1. INTRODUÇÃO De um modo geral, os instrumentos de medição de volume utilizados em laboratório possuem algum tipo de variação de volume de referência, sendo esta variação informada pelos fabricantes, à uma determinada temperatura. Devido a situações como por exemplo, a temperatura do laboratório em que o experimento irá ocorrer não ser a mesma que o instrumento foi calibrado pelo fabricante, fazem com que estas variações não sejam sempre iguais e por esta razão, surge a necessidade de calibração destes instrumentos sempre que sua utilização for requerida. A partir da calibração é possível obter o volume real da solução que está sendo transferida, titulada, entre outros. “A precisão de um instrumento mede a maior ou menor dispersão das medidas feitas com este instrumento. A precisão reflete os erros estatísticos ou erros casuais ou também chamados erros fortuitos da medida, os quais não temos como evitar. Eles ora são negativos, ora são positivos” (ERVIM LENZI, LUZIA FAVERO, ALOISIO TANAKA, EVILÁSIO FILHO, MAURO DA SILVA, MANOEL GIMENES, 2012, P.105). A calibração de materiais volumétricos é feita pela pesagem de uma determinada quantidade de água. Mede-se a temperatura da água utilizada na calibração e verifica-se o valor de sua densidade nesta temperatura. Conhecendo-se a massa e a temperatura da água usada na calibração, calcula-se o volume do material pela equação V = m/d, onde “V” é o volume, dado em mL, “m” é a massa dada em gramas (g) e “d” é a densidade em g/mL. 6 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais, reagentes e equipamentos 1 proveta de 50 mL (± 0,50 mL à 20ºC); 1 pipeta graduada de 10 mL (± 0,25 mL à 20ºC); 1 pipeta volumétrica de 10 mL; 1 pipeta de Pasteur; 1 bureta de 25 mL (± 0,50 mL à 20ºC); 2 suportes universais; 2 garras metálicas; 1 pisseta de água destilada; 2 balões volumétricos de fundo chato 100 mL; Balança analítica; 1 pera de sucção; 1 béquer de 100 mL; 1 béquer de 250 mL; 1 termômetro. 2.2 Procedimento experimental Primeiramente, verificou-se a temperatura ambiente do laboratório, para que fosse possível a realização dos cálculos de volume posteriormente, o qual foi possível através de béquer contendo água destilada com um termômetro. Como haviam dois balões volumétricos para serem aferidos, estes foram identificados como “A” e “B”, para desta forma ser possível identificar posteriormente o erro de fato atribuído para cada um dos balões. Para realização da aferição propriamente dita, foi então adicionado água destilada até completar o volume (visualizado através do menisco e marca indicada na própria vidraria) de cada vidraria, sendo elas proveta, balões volumétricos, pipeta graduada, pipeta volumétrica, bureta. Em seguida, pesou-se um béquer de 100 mL vazio, seco e 7 limpo, na balança analítica e anotou-se a massa, feito isso, o volume de água contido na vidraria sendo aferida foi transferida para este béquer e uma nova medida de massa foi realizada. Através das massas anotadas nestas duas pesagens foi possível realizar os cálculos necessários para determinação do volume exato de cada vidraria. Este procedimento foi realizado em duplicata para cada vidraria e alguns cuidados importantes foram necessários, sendo eles: todo manuseio das vidrarias foi realizado utilizando luvas apropriadas, visto as vidrarias estarem limpas, evitando assim a transferência de gordura e possíveis erros nas pesagens, atenção no momento da pesagem, pois a massa é uma informação essencial para obtenção de bons resultados. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A primeira etapa do experimento foi a verificação da temperatura ambiente do laboratório, o qual estava em 24ºC, a partir da qual foi possível então determinar a densidade da água nesta temperatura, sendo esta de 0,997296 g/cm3. A Tabela 01 abaixo mostra os valores das massas encontrados para cada volume de cada vidaria aferida: Tabela 01: Massas pesadas por vidraria: Vidraria Massa de água medida Proveta de 50 mL m1 = 49,2375 g m2 = 49,1677 g Balão volumétrico de 100 mL - A m1 = 98,6401 g m2 = 98,1954 g Balão volumétrico de 100 mL - B m1 = 98,9557 g m2 = 99,0163 g Bureta de 25 mL m1 = 24,9522 g m2 = 24,8600 g Pipeta graduada de 10 mL m1 = 9,8805 g m2 = 9,9310 g 8 Pipeta volumétrica de 10 mL m1 = 10,0134 g m2 = 10,0169 g Fonte: Dados obtidos experimentalmente em aula no dia 17/03/2017. Para efeitos de cálculo, foi considerado a primeira massa pesada para cada vidraria, onde: m1 = primeira medida de peso da água transferida da vidraria sendo aferida; m2 = segunda medida de peso da água transferida da vidraria sendo aferida. Através da fórmula da densidade abaixo (1), foi possível calcular os volumes reais de cada vidraria, sendo estes apresentados na Tabela 02 na sequência. Os cálculos encontram-se detalhados no Anexo I deste relatório: (1) Onde: ρ = Densidade da água em g/cm3 v = volume real da vidraria m = massa de água pesada Tabela 02: Volume real das vidrarias: Vidraria Volume real da vidraria Proveta de 50 mL 49,3709 mL Balão volumétrico de 100 mL - A 98,9075 mL Balão volumétrico de 100 mL - B 99,2240 mL Bureta de 25 mL 25,0198 mL Pipetagraduada de 10 mL 9,9072 mL Pipeta volumétrica de 10 mL 10,0405 mL Fonte: Dados obtidos experimentalmente em aula no dia 17/03/2017. Obtendo-se os resultados dos volumes reais de cada vidraria, foi possível então calcular o erro atribuído a cada uma delas, os quais seguem no Anexo I deste relatório. Para o cálculo de erro a seguinte fórmula (2) foi utilizada: 9 %erro = (Δvolume / volume do fabricante) x 100% (2) Onde: Δvolume = diferença de volume entre o valor encontrado após aferição e o informado na vidraria pelo fabricante; volume do fabricante = volume informado pelo fabricante. Os erros encontrados para cada vidraria encontram-se na Tabela 03, conforme abaixo: Tabela 03: Erro de volume das vidrarias (considerando a 1ª medida de massa): Vidraria Variação informada pelo fabricante Variação encontrada experimentalmente Erro em % Proveta de 50 mL ± 0,50 mL 0,6291 mL 1,2582% Balão volumétrico de 100 mL - A - 1,0925 mL 1,0925% Balão volumétrico de 100 mL - B - 0,7760 mL 0,7760% Bureta de 25 mL ± 0,50 mL 0,0198 mL 0,0792% Pipeta graduada de 10 mL ± 0,25 mL 0,0928 mL 0,9280% Pipeta volumétrica de 10 mL - 0,0405 mL 0,4050% Fonte: Dados obtidos experimentalmente em aula no dia 17/03/2017. A partir dos resultados apresentados na Tabela 03, a proveta de 50 mL apresentou variação maior que a indicada pelo fabricante, gerando um erro de 1,2582%. Este erro pode ter ocorrido pois durante a etapa de preencher o volume da proveta com a água, o menisco não estava centrado na vidraria, isto é, o menisco não exato pode ter causado um erro de paralaxe e, portanto, o volume não pôde ser medido com precisão. A pipeta graduada de 10 mL também verificou-se um erro maior, que pode ter sido causado por possíveis bolhas ao longo da vidraria ou então a vidraria em si já possuia erro de volume por ter sido aquecida em condições não recomendadas pelo fabricante (no momento da secagem da vidraria, por exemplo). Os balões volumétricos, especialmente o balão A, também apresentaram um erro 10 próximo de 1%, possivelmente devido a um erro de paralaxe ou erro de procedimento na pesagem ou até mesmo pelo aquecimento inadequado da vidraria, assim como justificado anteriormente para o erro da pipeta graduada de 10 mL. Importante ressaltar que todas as vidrarias possuem temperatura de fabricação de 20ºC, porém a aferição ocorreu em 24ºC, sendo este um ponto importante para ajudar a entender a diferença entre o volume informado pelo fabricante e o volume encontrado experimentalmente. Por último, mas não menos importante, deve-se ressaltar a importância na limpeza das vidrarias, assim como o manuseio das mesmas utilizando sempre luvas adequadas, pois sujidades ou gordura nas mesmas podem influenciar no escoamento da água, acarretando em erros de volume, assim como erro de leitura do volume indicado, como por exemplo, má formação do menisco. 4. CONCLUSÃO Considerando os resultados obtidos experimentalmente e, comprando-os com os informados pelo fabricante, é possível concluir que a calibração realizada pelos fabricantes pode ser afetada por diversos fatores, entre eles podemos citar principalmente o erro de paralaxe, erro na pesagem, bolhas de ar, limpeza das vidrarias, erro de procedimento (erros causais), entre outros. Pode-se concluir a importância da etapa de aferição em qualquer experimento que for ser realizado, pois a partir dos resultados obtidos nesta aula pode ser observado que o volume real das vidrarias pode variar com o informado pelo fabricante e, portanto, uma aferição precisa ser executada para que desta forma, seja possível calcular concentrações de soluções e medir volumes mais precisos, acarretando assim, em resultados mais confiáveis. 11 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LENZI, ERVIM; FAVERO, LUZIA; TANAKA, ALOISIO; FILHO, EVILÁSIO; DA SILVA, MAURO; GIMENES, MANOEL. Química Geral Experimental, 2ª Ed. Rio de Janeiro: Editora Freitas Bastos, p. 105-114, 2012. Google Acadêmico. Disponível em: <http://s3.amazonaws.com/academia.edu.documents/37040541/apostila_lab_engen haria.pdf?AWSAccessKeyId=AKIAIWOWYYGZ2Y53UL3A&Expires=1490288844&Si gnature=z%2BGnk4PZ1lEdiOdu%2BLlKL2Zr%2BiY%3D&response-content- disposition=inline%3B%20filename%3DNome_RA_Nome_RA_Nome_RA_Nome_R A_Nome_RA.pdf>. Acesso em 23 de março de 2017. 12 6. ANEXO I Cálculos realizados para obtenção dos resultados apresentados nas Tabelas 01, 02 e 03 do presente relatório: 1 2
Compartilhar