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A anorexia na adolescência sob o ponto de vista da Psicanálise Eliabe Lisboa Lucena Reis1 Resumo O presente artigo busca responder como a anorexia na adolescência pode ser compreendida sob o ponto de vista da Psicanálise. A anorexia é um transtorno alimentar que se tornou sintoma de nossa sociedade, visto que esta é marcada pela valorização do corpo magro. Esse transtorno ocorre principalmente entre as adolescentes, pois nesta fase ocorrem mudanças simultâneas que provocam nas garotas uma necessidade de expressarem-se, e esta expressão pode vir na forma de negação do alimento. Torna-se necessário então dar voz a estas pacientes, explorando suas afetividades familiares. Palavras-chaves: Anorexia. Adolescência. Psicanálise. Histeria. 1 INTRODUÇÃO A anorexia constitui um transtorno grave e complexo, cuja incidência vem aumentando muito nos nossos dias, sendo responsável por um alto grau de morbidade, principalmente entre as adolescentes. Existem comunidades na internet, formadas na sua maioria por adolescentes, que incentivam a anorexia e obscurecem a sua periculosidade. Por isto, este estudo se torna necessário, visando esclarecer o que é a anorexia e como tratá-la segundo o ponto de vista da Psicanálise. 2 A ANOREXIA A anorexia é um transtorno alimentar que, segundo Pinzon et al. (2004), constitui uma patologia grave, complexa e com alto grau de morbidade, sobretudo na adolescência, quando inicia e afeta o desenvolvimento do indivíduo. É uma grave 1 Estudante de Psicologia da PUC Minas/Betim sob orientação do Professor Éser Pacheco no 2° Sem. / 2009. restrição voluntária de alimento que provoca uma perda excessiva de peso. Uma pessoa é considerada vítima da anorexia quando está 15% ou mais abaixo do peso ideal. Para Cordás, citado por Fonseca & Rena (2008) a anorexia é uma busca incansável à magreza através da auto-inanição, ainda que isto leve à morte. A anorexia atinge predominantemente as mulheres na adolescência, com uma incidência de 10 a 20 vezes maior que em homens de acordo com Ferreira, (2003). E embora alguns autores afirmem que a anoréxica nunca apresenta fome, outros como Rio (2009), enfatizam que ela recusa veementemente o que mais deseja: o alimento, ou seja, controla voluntariamente a ingestão de alimentos, contrariando a própria etimologia grega da palavra, que dá idéia de ausência de apetite. A anorexia não é um tema relativamente novo, os primeiros relatos prováveis deste transtorno datam dos séculos V ao XIII, quando os jejuns voluntários eram vinculados à religião: “jejum e negação das necessidades corporais eram uma espécie de devoção a Deus e a comida era substituída pelas orações” (MACEDO, 2004, p. 105). Os primeiros relatos médicos, referentes a casos clínicos, aparecem na idade média, segundo descrições do modo de vida das santas e beatas da igreja católica, que fizeram do jejum auto-imposto uma prática comum em suas vidas. No século XIII, Clara de Assis recorria ao jejum para purificar-se e aproximar de Deus. No século XIV Santa Clara de Siena entrou para o convento por não aceitar o casamento arranjado por sua mãe. Ali jejuou e se flagelou até a morte, por volta dos 32 anos. (BUCARETCHI, 2003, p. 19) Essas mulheres perseguiam o ideal de santidade. Hoje, com a ênfase na magreza como uma expressão de atração sexual, temos outros ideais: ideal de beleza, ideal de sucesso. Mas os ideais variam segundo a época. A anorexia, assim, encontra na cultura várias formas de expressão. (BUCARETCHI, 2003) De acordo com Fernandes (2007), a anorexia é caracterizada pela recusa em manter o peso dentro dos limites considerados normais, pelo medo de ganhar peso, pelo distúrbio grave da imagem corporal, medida predominantemente da auto- avaliação, com negação da gravidade da doença e pela ausência de ciclos menstruais ou amenorréia (mais de três ciclos). Segundo esta mesma autora a anorexia possui dois subtipos: a restritiva, em que há restrição da ingestão e realização intensa de atividades físicas para induzir a perda de peso; e a compulsão periódica/purgativa, em que há ingestão compulsiva de alimentos e de purgação, através de vômitos auto-induzidos, laxantes, diuréticos ou enemas, como meio de controlar o peso. O que diferencia a anorexia purgativa da bulimia é o emagrecimento acentuado. Quanto aos fatores etiológicos, são várias as hipóteses que tentam compreender o fenômeno da inanição, portanto, não há um motivo apenas que leve à anorexia. Dentre os fatores, destacam-se os psicológicos, os genéticos e os sócio- culturais. Vivemos em uma sociedade em que há uma associação entre a beleza, a felicidade e um corpo magro. Isso tem levado as pessoas, principalmente as adolescentes, a uma busca desesperada pelo ideal de um corpo perfeito. Há também os fatores genéticos; Cordás e Busse (apud BUCARETCHI, 2003) afirmam que parentes de primeiro grau de anoréxicos têm um risco dez vezes maior de terem anorexia que a população controle. A via de transmissão pode ser tanto materna quanto paterna. O tratamento da anorexia deve ser realizado por uma equipe de profissionais o quanto antes para que se possa evitar patologias crônicas ou perdas irreversíveis. Durante o tratamento devem ser observados os aspectos subjetivos, preservando a singularidade do paciente, conforme Fonseca e Rena (2008). Bucaretchi (2003) afirma que os transtornos alimentares requerem uma variedade de modalidades de tratamento nos diferentes estágios da doença e da recuperação. Intervenções psicológicas (individuais e familiares), nutricionais e psiquiátricas (incluindo aqui as medicamentosas). Idealmente as intervenções sociais e de terapia ocupacional deveriam ser contempladas. Objetiva-se com isso corrigir maus hábitos alimentares desnutrição, distorção da imagem corporal, diminuição da auto-estima, supervalorização do corpo, problemas psicológicos, comportamentais e sociais como um todo. (APA, apud BUCARETCHI, 2003, p. 73-74) Um exemplo do tratamento multidisciplinar é o realizado pela PROTAD (Programa de Atendimento, Ensino e Pesquisa em transtornos Alimentares na Infância e na Adolescência) em funcionamento desde 2001, no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP). Ele representa a primeira experiência brasileira de um serviço multidisciplinar voltado para o tratamento especializado de adolescentes com transtornos alimentares. É formado por nutricionistas, psicólogos, psicopedagogos e endocrinologistas. Funciona em uma instituição pública de caráter acadêmico, com o atendimento voltado às populações menos favorecidas, sendo que seus profissionais integrantes são todos voluntários, como relata Pinzon et al (2004). 2.1 A anorexia na adolescência A adolescência é uma fase marcada por inevitáveis mudanças que ocorrem simultaneamente. Assim o corpo ganha nova configuração e a percepção de si mesmo é modificada. Nessa fase começa a formação da identidade e dos valores sociais. A necessidade de se enquadrar faz com que sejam feitas restrições alimentares resultando em conseqüências gravíssimas. (FONSECA & RENA, 2008) A adolescência por si só é um campo propício para condutas de riscos, visto que o pensamento onipotente e a necessidade de experimentar novas sensações levam os adolescentes a uma maior vulnerabilidade aos apelos da mídia. Além disso, essa é uma fase de várias mudanças, físicas e psicológicas. Surgem várias questões existenciais, como: “quem sou eu?” “O que quero?” “O que está acontecendo comigo?” Essas questões ocupam um espaço privilegiadono mundo intrapsíquico do adolescente. A ocupação com essas perguntas e o desejo de encontrar respostas exigem um tempo marcado por repetições, conquistas e perdas. Leviski mostra-nos uma ambigüidade: “Não é mais criança, mas não é adulto; não que perder os privilégios infantis, mas quer adquirir as prerrogativas da adultez” (LEVISKI citado por MACEDO, 2004, p.16). A adolescente “é testemunha direta de modificações contínuas e não previsíveis que podem levá-la a sentir o corpo estranho, uma fonte de angustia, o que a impele a vivê-lo de modo persecutório” (FERRARI, 1996, p. 11). Como processo biopsicossocial, a adolescência evidencia que os valores sócio-culturais irão interferir na qualidade da vivência desta. Assim, a supervalorização do corpo, presente em nossa cultura, não deixa de ser marcante e determinante na construção de sua identidade. As manifestações patológicas via comportamento alimentar relacionam-se estreitamente com a história de vida de cada um, e a adolescência por ser um período de intensas transformações se torna um cenário propício para a emergência destas manifestações, conforme Macedo (2004). É importante lembrar que a avaliação dos sintomas é bem mais difícil quando se trata do adolescente, visto que nessa faixa etária o isolamento, os problemas de relacionamento, a preocupação e vergonha com o corpo, a distorção da auto- imagem, o aumento do apetite, os modismos alimentares são característicos e esperados, por isso o diagnóstico tem que ter efeito cauteloso, de acordo com Fonseca & Rena (2008). 3 A INTERPRETAÇÃO PSICANALÍTICA A leitura psicanalítica sobre anorexia é múltipla, possui uma variedade de enfoques, e associá-la apenas a uma estrutura seria um equívoco, visto que muitas investigações têm sido realizadas e concluem que a anorexia tem como causa fatores múltiplos. Para a realização deste trabalho, no entanto, será buscada apenas a sua conexão com a histeria. O desenvolvimento psíquico do sujeito ocorre mesmo antes do seu nascimento. Segundo Bucaretchi (2003), a imagem criada pela mãe do bebê, através do seu narcisismo e de seus investimentos libidinais, favorece a constituição de uma identificação imaginária que será importante no estágio do espelho. Quando a criança nasce, depende dos cuidados de outro, no caso, a mãe, para que esta satisfaça suas necessidades, garantido a vida e o desenvolvimento. A primeira experiência de satisfação do bebê ocorre na amamentação quando ele tem a sua tensão aliviada pelo leite materno. Quando reaparece essa necessidade, reaparece a tensão, marcada por desespero e angústia extrema. “A vivência desta primeira experiência de prazer é segundo Freud, a matriz do desejo, ainda que de uma forma rudimentar.” (BUCARETCHI, 2003, p.30) Bucaretchi (2003) afirma que, para Freud, a formação do eu tem suas origens em certas percepções privilegiadas que não provêm do mundo exterior, mas do mundo inter humano e, que para Lacan, é precipitada e antecedida pelo estágio do espelho. É nesse momento que ocorre a identificação imaginária de si mesmo, iniciando o narcisismo primário. Essa identificação ocorre na dependência de outro, no caso a mãe, como um espelho, reflete a imagem da criança como a imagem da criança total. Assim “o indivíduo vai se constituindo nessa rede tecida pelo olhar da mãe, cuidado por ela e dependente dela.” (BUCARETCHI, 2003, p. 30) As exigências da realidade vão fazer com que esta criança se depare com a falta e com a perda, no entanto, é a falta deste objeto, a castração da mãe, que fará com que ela progrida em direção a sua subjetividade, permitindo, segundo Freud citado por Bucaretchi (2003), o desenvolvimento do seu psiquismo. Se a mãe não isentar a criança do lugar fálico e a criança não tolerar perder este lugar, ela ficará presa e alienada à mãe, numa ilusão de auto-suficiência. Assim “a angústia de perda é devastadora, porque é a angustia de perda de algo de que ela depende.” (BUCARETCHI, 2003, p.32) É assim que se apresentam as pacientes com transtornos alimentares. Mãe e filha vivem esta relação até o despontar da adolescência; No momento em que a menina deverá ser capaz de abandonar a infância para ingressar no mundo adulto, sair da fase de latência e ingressar na organização genital pubertária. Passagem esta que se torna complexa, pois ela não descobre recursos internos para lidar com questões relacionadas com a sua identidade e, consequentemente, com a sua feminilidade. (BUCARETCHI, 2003, p.35) Antes de introduzir o conceito de anorexia na estrutura histérica serão apresentadas as explicações de Juan David Nasio (1991), em seu livro A Histeria, para um breve entendimento desta psiconeurose. Para situar a histeria no quadro das neuroses, Nasio (1991) explica que a neurose, em geral, “é uma maneira ruim de nos defendermos, a maneira imprópria que inadvertidamente empregamos para nos opormos a um gozo inconsciente e perigoso.” (NASIO, 1991, p. 20) Assim, ele completa: “defendemo-nos mal porque para aplacar o caráter intolerável de uma dor, não tivemos outro recurso senão transformá-la em sofrimento neurótico.” (NASIO, 1991, p. 20) Sofrer neuroticamente segundo o modo histérico é “sofrer conscientemente no corpo, ou seja, converter o gozo inconsciente e intolerável num sofrimento corporal.” (NASIO, 1991, p.21) Para o autor, essa conversão ocorre pelo recalcamento, pondo a pessoa frente a um conflito, de um lado uma representação sobrecarregada de energia, e de outro, a pressão do recalcamento. Então como tratar o excesso e curar a histeria? Para Nasio (1991), partindo da idéia de que a escuta e a interpretação do psicanalista funciona como um eu simbólico: Trata-se de um eu capaz de acolher a representação irreconciliável que o eu histérico recalca e, de neutralizar, assim, a sobrecarga mórbida, distribuindo-as entre o conjunto de suas próprias representações. A escuta do analista integra e dissipa aquilo que o histérico recalca e concentra. Por isso é que o sujeito se cura do reconciliável, e o sistema conversivo pode desaparecer. (NASIO, 1991, p.34). O discurso da histeria passa também pela lógica da castração em que a questão edípica é determinante. A menina frustra-se com a mãe, que não lhe deu o falo, isto faz com que ela eleja o pai como novo objeto sexual, mas o pai acaba lhe sendo insuficiente por não ser capaz de reparar a falta. “A obstinação de querer reparar a própria falta engaja a histérica no ideal de perfeição do Outro”. (RIO, 2009, p.9) Ela esbarra no limite do impossível e é nesta busca que ela goza, mesmo em face do desprazer do vazio que nunca é preenchido. Várias são as transformações que ocorrem na adolescência; o corpo se arredonda e muda suas formas, há necessidade de separar-se das figuras parentais e investir nos relacionamentos interpessoais e de buscar autonomia. Estas transformações trazem inúmeras dificuldades que provocam, na frágil personalidade da adolescente, um estado melancólico, “e a rejeição ao alimento surge como um meio exótico de expressar-se para sobreviver.” (BUCARETCHI, 2003, p. 36) Segundo essa autora, quando a adolescente diz que nada quer e que nada precisa, é como se ela pedisse à mãe permissão para que algo lhe possa faltar, exercendo ela mesma uma forma de castração. Assim ela vai atrás do que mais precisa, a demanda do amor. Esse déficit de amor no âmbito familiar gera a recusa daquilo que já não se tem, numa associação entre afeto e alimento. “Para a anoréxica recusar o alimento significa recusar o enlaçamento afetivo deficitário.” (RIO, 2009, p.11) Rio (2009) afirma que “a histérica goza na falta, mesmo que o preço a ser pago poreste gozo seja o desprazer de um desejo não satisfeito. O gozo na privação é imperativo, pois sem a privação a histérica não se sustenta.” (RIO, 2009, p.7) O que pode parecer uma privação de gozo manifesta-se com um gozo na privação. Para expor a anorexia como sintoma de uma histeria será apresentada uma associação entre os estudos desenvolvidos por Bucaretchi (2003), e Rio (2009). Segundo Bucaretchi (2003), a sociedade atual é marcada pela valorização do corpo ideal e perfeito, busca-se a juventude eterna, propondo a alienação e o consumo, produzindo, sobretudo a massificação do que é estético. A sociedade “regulamenta a voracidade e o narcisismo como uma forma de existência, e vai dificultar o encontro de cada um com a sua própria subjetividade”. (BUCARETCHI, 2003, p.28) As pressões exercidas por ela pode levar inclusive ao “mascaramento do próprio corpo”. (BUCARETCHI, 2003, p.28) Em meio à essa supervalorização da aparência, da estética do corpo magro e perfeito, se encontra a anorexia, oferecendo à mulher, “possibilidades de expressar desejos e feminilidade.” (BUCARETCHI, 2003, p.28) Assim, os transtornos alimentares tornaram-se sintomas da nossa sociedade. No entanto, temos que tomar cuidado para não acusarmos a pressão social de ser a única agente desencadeadora destas enfermidades, pois, como bem afirmou Rio (2009), esse não é um tema novo. Na era pós-moderna a anorexia tem o foco no mito do corpo perfeito, mas tanto hoje quanto na idade média “constata-se uma desesperada busca pela obtenção de amor, seja na esfera espiritual ou no contexto familiar” (RIO, 2009, p.2). Trata-se então dos mesmos sintomas, com novas roupagens. Bucaretchi (2003) também retrata essa busca, segundo ela, no final do século XIX as mulheres conseguiram expressar, através dos sintomas histéricos, que existia nelas uma sexualidade para além do amor, mostraram que sofriam com a angústia de querer saber o que precisavam para se tornar mulheres autônomas e desejante. Os conflitos recalcados voltavam com toda a força, produzindo sintomas. Uma vez que os sintomas apresentados pelas histéricas não eram de ordem física, recebiam o status de falsos. No entanto Freud, citado por Rio (2009), teorizou que esses sintomas faziam sentido e que a fala delas veiculava a expressão de traumas psíquicos que tinham estreitas ligações com os impulsos libidinais recalcados. “Surgia a possibilidade de cura pela fala, ou seja, a constatação de que a promoção da lembrança e da expressão dos traumas levariam a catarse.” (RIO, 2009, p.5) Freud deu voz a estas mulheres, abrindo espaço para que elas pudessem falar do seu corpo e da sua sexualidade. Assim, no transcorrer do século XX, a mulher retirou-se do mundo privado do lar, de sua sexualidade enclausurada, indo para um espaço público, no campo de trabalho e, segundo Bucaretchi (2003), aprisionada de novo, desta vez no seu próprio corpo. A medicina apresenta como forma de tratamento da anorexia a ingestão de remédios associados a alimentos. No entanto, segundo Rio (2009), não é o corpo da anoréxica que está adoecido. É necessário então ao profissional, dar voz à paciente, explorando o enlaçamento afetivo no âmbito familiar. A escuta fará com que ela emirja como sujeito que vai trabalhar em prol de sua própria cura. 4 CONCLUSÃO Pôde-se perceber, no desenvolvimento deste trabalho, que a anorexia não é uma patologia simples, por isso sua multiplicidade de interpretações. No entanto, como sua incidência vem aumentando muito nas últimas décadas e como a maioria dos portadores são adolescentes, torna-se necessário um estudo associado a elas. O tratamento oferecido a essas pacientes não pode ser puramente farmacológico, por isso a escuta é necessária, oferecendo a esta paciente uma maior eficácia no seu tratamento através de uma abordagem clínica mais voltada para o seu afetivo. ABSTRACT This article seeks to answer as anorexia in adolescence may be understood from the point of view of psychoanalysis. Anorexia is an eating disorder that has become a symptom of our society, as is shown by the recovery of the body. This disorder occurs mainly among adolescents, as this stage simultaneous changes occur that cause a need for these express themselves, and this expression can come in the form of denial of food. It is necessary then, to give voice to these patients exploring their affectivity family. Key words: Anorexia. Adolescence. Psychoanalysis. Hysteria. REFERÊNCIAS BUCARETCHI, Henriquete Abramides. Anorexia e bulimia nervosa: Uma constituição Psíquica. In BUCARETCHI, Henriquete Abramides (org). Anorexia e bulimia nervosa: Uma visão Multidisciplinar. 1. ed. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003. FERRARI, Armando B. Adolescência O segundo desafio: Considerações Psicanalíticas. 1. ed. São Paulo : Casa do Psicólogo, 1996. FERREIRA, R. A.. Anorexia e bulimia: condução do tratamento. Reverso: revista de psicanálise. V. 25, n. 50 (2003): 57-66. FONSECA,Sara Lopes & RENA, Luiz Carlos Castelo Branco. Transtornos alimentares na Adolescência: Em busca do corpo ideal. Mosaico: estudos em Psicologia Vol.II n°1(2008) p 9-15. MACEDO, Mônica Medeiros Kother (org). Adolescência e Psicanálise: Intersecções Possíveis. 1. ed.Porto Alegre: EDIPUCRS, 2004. NASIO, J. –D. A Histeria: teoria clínica e psicanalítica. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1991. PINZON,V.; GONZAGA, A.P.; COBELO, A.; LABADDIA, E.; BELLUZZO, P.; FLEITLICH-BILYK, B. Peculiaridades do tratamento da anorexia e da bulimia nervosa na adolescência: a experiência do PROTAD. Revista Psiquiatria Clinica. Vol. 31, n° 4 (2004) p.167-169 RIO, Cláudio. A recusa da mulher: Anorexia na estrutura Histérica. Disponível em: <www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0420.pdf> Acesso em 29 set. 2009.
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