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FISIOLOGIA ANIMAL Aula 10 • Sistema cardiovascular – parte I • Sistema cardiovascular – parte II Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 1 Sistema circulatório • Funções • Transporta nutrientes e oxigénio para os tecidos • Remove dióxido de carbono e outros produtos metabólicos • Mantém a homeostase: equilibrio intra e extracelular do organismo • Transporta hormonas, células, calor, etc. • O “output” cardíaco altera-se de forma a suplantar as necessidades do organismo (factores mecânicos e fisiológicos) • Localização do coração • Na caixa torácica, dentro do mediastino, entre as cavidades pleurais esquerda e direita • Protegido pelas costelas (3º a 6º espaços intercostais) • O eixo médio tem diferente inclinação nas várias espécies • Base cranialmente e apex ventralmente, junto ao esterno • Dentro do pericárdio Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 2 Sistema cardiovascular Circulação sistémica - Ventrículo esquerdo - Órgãos sistémicos - Aurícula direita Circulação pulmonar - Ventrículo direito - Pulmões - Aurícula esquerda Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 3 Sistema cardiovascular 1. Sistema de distribuição (ventrículos, artérias, arteríolas) arterial (alta pressão) 2. Sistema de perfusão e troca (capilares) 3. Sistema de recolha (vénulas, veias e aurículas) venoso (baixa pressão) • “Output” cardíaco/fluxo (Q) é o sangue bombeado desde os ventrículos (direito e esquerdo), medido em litros por minuto Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 4 Sistema cardiovascular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva Pequena circulação G ra n d e c ir c u la ç ã o 5 Sistema cardiovascular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 6 Características 1. O sistema arterial tem alta resistência, baixa complacência e distribui o sangue do ventrículo esquerdo 2. O sistema venoso tem baixa resistência, alta complacência e retorna o sangue à aurícula direita 3. Os capilares ligam as artérias e as veias e trocam gases e pequenas moléculas por difusão com os tecidos 4. Os órgãos (com os capilares) consistem nos locais de maior resistência 5. Direção: artéria>arteríola>capilar>vénula>veia exceto no fígado, hipófise e rim (sistema porta) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 7 Distribuição sanguínea • Nos mamíferos, há uma relação entre o peso do coração (0.6%) e o volume sanguíneo (8%), e o peso corporal • Maior volume: veias • Maior área: capilares Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 8 Circulação sanguínea Tónus vascular: a resistência vascular é dada pelo tónus ou constrição do músculo liso das arteríolas que controla o raio dos vasos. É diferente segundo o órgão • Nos capilares, o tónus é mantido pelas contrações rítmicas do musculo liso das arteríolas (frequência, duração e amplitude) controlado por nervos vasomotores, agentes vasoativos e pelas concentrações iónicas locais Hemodinâmica: é o estudo das leis físicas da circulação sanguínea e relação entre fluxo, pressão e dimensões (pressão, volume, fluxo e resistência) • Pressão • Depende da pressão lateral, da energia cinética e da força gravitacional. Mede-se em milímetros de Mercúrio (mmHg) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 9 Pressão sanguínea • Podemos separar em pressão sistólica (máxima), pressão diastólica (mínima), pulso (diferença entre sistólica e diastólica), média (1/3 do pulso + diastólica) • A pressão sistémica é controlada pelo batimento cardíaco e pelo volume sistólico e pelos sistemas endócrino, renal e nervoso • Métodos invasivos/diretos de medição consistem em colocar um cateter no lúmen de um vaso; métodos indiretos realizam-se com um detector de fluxos por ecografia Doppler (com manómetro) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 10 Pressão sanguínea Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 11 Velocidade e fluxo sanguíneo Velocidade e fluxo • O sangue circula de áreas de alta pressão para áreas de baixa pressão • A velocidade sanguínea é a distância que o sangue percorre por unidade de tempo (em mm/s) é muito elevada nas grandes artérias e diminui nos capilares • O fluxo sanguíneo é medido como volume por unidade de tempo (L/min) e designa-se output cardíaco (Q ou CO) quando se mede o volume total de cada ventrículo • O fluxo sanguíneo é afetado principalmente por: pressão sanguínea, comprimento e raio dos vasos, viscosidade do sangue - eritrócitos (por exemplo numa corrida de cavalos o hematócrito aumenta de 40% a 55- 60%, causando um considerável aumento na viscosidade) • A pressão é diretamente proporcional ao fluxo e à resistência: • < resistência e = fluxo < pressão • = resistência e < fluxo < pressão Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 12 Fluxo sanguíneo Tipo de fluxo • Fluxo laminar – camadas de fluido movendo-se em série, com diferentes velocidades (máximo no centro e decresce na periferia) • Fluxo turbulento – o fluxo é interrompido e desenvolve um padrão irregular, produzindo vibrações audíveis (bifurcações arteriais, estenoses vasculares e alterações valvulares) • Número de Reynolds (Re) é uma equação para fazer a predição da turbulência (>3000 produz ruído audível) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 13 Resistência e complacência Resistência vascular • Expansão e contração vascular (colagénio e elastina) permite controlar o fluxo sanguíneo arterial • As artérias pequenas e arteríolas respondem assim às necessidades do organismo e a vários fatores e hormonas • Avaliada pela lei de Ohm e afetada principalmente pelo raio dos vasos Complacência vascular • Descreve a natureza elástica dos vasos para responder a alterações no volume interno • Sistema arterial tem pouca complacência e o sistema venoso tem alta complacência Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 14 Complacência vascular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 15 Pressão vascular (mmHg) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 16 Microcirculação • Porções terminais arteríolas – capilares – porções terminais vénulas Zona capilar • Única zona permeável do sistema vascular • Baixo volume/alta superfície • Microcirculação capilar entre arteríola e vénula (musculatura lisa e esfíncteres) aumenta com exercício, hipertermia, etc. • Esfíncteres pré-capilar e pós-capilar (regulação de fluxos, pode forçar a via arteríola-vénula sem passar por capilares) • Diferenças de pressão 1. Hidrostática 2. Osmótica Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 17 Microcirculação • Osmose: é a passagem de água/soluto de um meio hipotónico para um meio hipertónico, para igualar as concentrações • Pressão oncótica/coloidosmótica: é a pressão osmótica gerada pelas proteínas do plasma sanguíneo (albumina e globulinas) • Ex. se ocorre hipoalbuminémia há uma diminuição da pressão oncótica e consequentemente saída de liquido para o meio intersticial (edema ou inclusive ascite) • Concentração de oxigénio: é o fator principal na determinação da abertura/fecho dos esfíncteres (permanecem abertos mais tempo quando há baixa saturação de oxigénio) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 18 Microcirculação • Pressões que influenciam a troca de moléculas – Forças de Starling 1. Pressão capilar/hidrostática tende a fazer sair o líquido dos capilares para o espaço intersticial 2. Pressão do líquido intersticial: quando é negativa tende a “absorver” o líquido e quando é positiva induz a penetraçãoatravés da membrana capilar 3. Pressão coloidosmótica do plasma tende a atrair o líquido para o interior dos capilares 4. Pressão coloidosmótica do liquido intersticial tende a atrair o líquido para fora dos capilares Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 19 Microcirculação Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 20 O coração • Nos mamíferos: quatro câmaras • Aurícula direita • Aurícula esquerda • Ventrículo direito • Ventrículo esquerdo • 0.3 a 1.0% do peso corporal (relacionando-se com a atividade física) • Septos: interauricular (forâmen oval) e interventricular • Sistema de irrigação próprio (artérias coronárias direita e esquerda) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 21 O coração • Aurículas • Parede fina e pressão baixa • Reservatório elástico que conduz o sangue venoso (arterial) ao ventrículo • Bombeia e ajuda o enchimento ventricular • Encerra a válvula atrioventricular antes da contração do ventrículo • Válvulas cardíacas (formadas por valvas) • Quatro válvulas fibrosas mantêm o fluxo unidirecional no coração • Abertura e fecho respondem a contração e relaxamento dos músculos cardíacos • Atrioventriculares (AV) separam aurículas dos ventrículos – mitral/bicúspide e tricúspide (cordas tendíneas ligam as cúspides aos músculos papilares) • Semilunares separam ventrículos das grandes artérias (pulmonar e aorta) – pulmonar e aórtica Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 22 O coração Ventrículos • O miocárdio ventricular consiste na maior proporção muscular do coração (sobretudo o ventrículo esquerdo) • O ventrículo direito tem uma parede mais fina e consiste em 1/3 da massa muscular do ventrículo esquerdo Endocárdio • É o revestimento interno, contínuo com o endotélio vascular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 23 O coração Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 24 Pericárdio Pericárdio • O coração está envolto em duas camadas de pericárdio • Camada interna ou visceral forma o epicárdio • Liquido seroso entre as duas camadas (facilita movimento) • Camada externa ou parietal com um reforço externo de fibras de colagénio e tecido conjuntivo (pouco elástico) • Coberto pela pleura parietal do mediastino Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 25 PRÓXIMA AULA Sistema Cardiovascular – parte II Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 26 Miocárdio • Células miocárdicas formam um sincício funcional (mecânico e elétrico) – passagem de iões e potenciais eléctricos (rede contráctil) • Cada célula é composta por várias miofibrilhas e mitocôndrias, organizada em sarcómeros – onde se organizam os miofilamentos finos de actina e grossos de miosina, intervindo também as proteínas tropomiosina e troponina (modulando o processo contráctil) • Sincício atrial • Anel fibroso • Sincício ventricular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 27 Contração muscular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 28 Miocárdio Célula miocárdica Discos intercalares • Conectam miócitos adjacentes • Normalmente localizados ao nível da linha Z 1. Locais de inserção dos filamentos de actina 2. Presença de desmossomas que transmitem a força de contração, consistituindo o sincício mecânico 3. Junções GAP constituem canais que permitem a difusão dos iões, constituindo o sincício elétrico Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 29 Miocárdio • O “marca-passo” normal do coração é o nódulo sinusal localizado na aurícula direita • Existem também outros “marca-passo”, como o nódulo aurículo-ventrícular e o sistema de His-Purkinje • Iniciam uma despolarização de membrana que é transmitida através do coração • Genera-se um potencial de ação que permite a contração das fibras musculares • Em comparação, o musculo cardíaco tem menor capacidade de realização de glicólise aeróbia para obtenção de energia Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 30 Miocárdio • Patologias: hipertrofia concêntrica (obstrução valvular - fibras em paralelo); hipertrofia excêntrica (insuficiência valvular - fibras em série); atrofia (hipertensão pulmonar – reduz carga no ventrículo esq) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 31 Patologias do miocárdio Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 32 Eletrofisiologia do coração • Função principal do coração é bombear o sangue para o organismo • O potencial de ação é dependente da atividade elétrica do coração e da sua propagação, causando uma despolarização membranária • O nódulo sinusal (aurícula direita) inicia o estimulo, que atinge a aurícula esquerda e posteriormente o nódulo aurículo-ventricular • O feixe de His (ramos dto/esq) e as células de Purkinje realizam a distribuição eléctrica pelo miocárdio ventricular Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 33 Eletrofisiologia do coração 1. Geração de um estado polarizado: diferença de potencial eléctrico intra e extracelular (saída de iões K+) - 60 a -95mV 2. Despolarização: em 1-10ms ocorre entrada de catiões (Na+ e Ca2+ dependentes de fosforilação e responsivos às catecolaminas – Sistema Nervoso Simpático – ou acetilcolina - SNP) 0 a +40mV 3. Repolarização: em 20 a 500ms dá-se um aumento na saída de K+ e uma diminuição na entrada de Ca2+ (Na/K-ATPase) (1, 2, 3) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva http://www.mhhe.com/sem/Spanish_Animations/sp_sodium_potassium2.swf 34 Eletrofisiologia Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 35 Eletrofisiologia do coração • Despolarização e repolarização 1. Força propulsora: diferença de voltagem entre duas células 2. Conexões entre células vizinhas (gap junctions ou discos intercalares) que permitem a propagação do estímulo entre células contíguas 3. Tipos de potenciais de acção (velocidade de despolarização) • Resposta lenta (marcapasso) – nódulos sinusal e atrioventricular Ca2+ • Resposta rápida – miocárdio, sistema de His-Purkinje Na+ Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 36 Eletrofisiologia (resumo) • Função primária do coração – bombear o sangue através de uma força contráctil, gerada através de um potencial de acção • A propagação deste potencial de acção começa no nódulo sinusal – feixe de Bachmann – nódulo atrioventricular – ramos direito ou esquerdo do feixe de His – células de Purkinje (sistema His-Purkinje distribui a activação rapidamente pelo miocárdio ventricular) • A propagação deste potencial de acção requer a despolarização celular: corrente iónica, fluxo de carga eléctrica causada inicialmente por catiões (sódio, potássio, cálcio). Necessita: • Uma força motora • Um caminho para o fluxo de corrente Lei de Ohm: V=IR (voltagem = corrente*resistência) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 37 Eletrocardiograma (ECG) • Representação/registo da actividade elétrica cardíaca – potenciais de acção e correntes iónicas • A descarga do nódulo sinusal não é detectável à superfície (assume-se que ocorreu imediatamente antes da primeira onda) • Onda P: correspondente à despolarização do músculo atrial • Seguida de um segmento isoelétrico e aparente ausência de actividade (o impulso atravessa o nódulo atrioventricular, cuja descarga também não é detectável) • Complexo QRS: corresponde à activação do sistema His-Purkinje e do músculo ventricular (simultanea à repolarização auricular, não detectável) • Onda T: corresponde à repolarização ventricular http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/e5/ECG_principle_slow.gif/220px-ECG_principle_slow.gifFisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 38 ECG • Intervalos mais importantes 1. P-Q: desde o inicio da onda P até ao inicio do complexo QRS, representa o tempo necessário para a onda de excitação ir desde o nódulo sinusal até às ramificações do sistema His-Purkinje 2. QRS: representa a dispersão do impulso pelo músculo ventricular, sendo uma medida do tempo de condução intraventricular 3. Q-T: medido desde o inicio do complexo QRS até ao fim da onda T, refletindo o tempo de sístole ventricular e período refrátario 4. R-R: representa a duração de um ciclo cardíaco completo Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 39 ECG (resumo) Excitação ≠ Contração • ECG: sequência de acontecimentos que ocorre durante um batimento cardíaco completo, separados por onda zero/isoelétrica 1. Ativação auricular (despolarização, seguida de contração auricular) – P 2. Ativação ventricular (negativa, positiva, negativa) – QRS 3. Recuperação/repolarização ventricular – T Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 40 Despolarização/Repolarização Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 41 Princípios do ECG • O eletrocardiógrafo mede diferenças de potencial (ddp) entre dois elétrodos • O ECG é representado no papel de registo (1mm*1mm): na escala vertical cada unidade equivale a 0,1mV e na escala horizontal mede-se a 25mm/seg • Existem diferenças entre os ECG dos mamíferos devido a uma diferença na velocidade de despolarização/repolarização e na duração da sístole/diástole Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 42 Principios do ECG • As derivações eletrocardiográficas são resultado da relação entre dois elétrodos, proporcionando uma visão diferente da mesma actividade Plano frontal/periféricas • Derivações bipolares: os elétrodos (positivo e negativo) são colocados à mesma distância do coração, captam a diferença de potencial entre os dois pontos (conectados por fios ligados ao eletrocardiógrafo). Para as derivações aumentadas soma-se a este registo um terceiro elétrodo. Plano horizontal • Derivação unipolar (precordial): elétrodo positivo detecta as variações de potencial, estando o elétrodo negativo a uma distância maior do coração (utilizadas para estudar determinadas áreas do peito) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 43 Derivações do ECG Plano frontal • Coloca-se um elétrodo em cada membro anterior e no membro posterior esquerdo + fio terra – Triângulo de Einthoven • Ao cruzar-se as três linhas do triângulo no tórax obtém-se a intersecção, formando as derivações DI, DII e DIII • Se acrescentarmos três linhas com 30º de amplitude entre DI, DII e DIII obtêm-se as derivações unipolares aVR, aVL, AVF Plano horizontal • Derivações V1 a V6 que medem a ddp do tórax e do nódulo AV Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 44 Derivações do ECG • Voltagens anormais no ECG reflectem alterações estruturais ou eléctricas • Arritmias cardíacas: alteração na frequência, ritmo ou origem do impulso • Normalmente utiliza-se a derivação II • No eixo médio são necessárias as derivações múltiplas (v1 a V6) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 45 Exemplo Eixo eléctrico normal Eixo eléctrico desviado à dta Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva Hipertrofia ventricular dta 46 Mecânica do coração 1. Contração/sístole atrial (30%) 2. Relaxamento/diástole atrial 3. Contração/sístole ventricular (40%) 4. Relaxamento/diástole ventricular • Volume diastólico final: máximo do enchimento ventricular • Volume sistólico final: sangue que resta no final da sístole • Volume diastólico final - volume sistólico final = volume sistólico/de ejecção (quantidade total de sangue ejectado para as grandes artérias) • Débito cardíaco sistémico: quantidade de sangue lançada pelo ventrículo esquerdo na aorta/minuto DC = (VDF – VSF) * Freq. cardíaca (L/min) • Índice cardíaco: relaciona o débito cardíaco com a superfície corporal • Pressão de pulso: pressão sistólica – pressão diastólica (pulso fraco/forte) Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 47 Mecânica do coração • Auscultação (válvulas formadas por valvas) 1. Contracção auricular envia sangue para ventrículos (tempo de enchimento) 2. Começo da contração ventricular, aumenta a pressão intraventricular, portanto: 3. Fecho das válvulas atrioventriculares – primeiro som cardíaco “lub” 4. Pressão aumenta nos ventriculos (tempo de contração isométrica), ultrapassando a pressão nas grandes artérias 5. Abrem-se as válvulas semilunares, iniciando-se o débito cardíaco (tempo de ejeção) 6. A pressão intraventricular volta a estar abaixo da pressão nas grandes artérias, portanto: 7. Fecho das válvulas semilunares (pulmonar e aórtica) – segundo som cardíaco – “dub” Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 48 PRÓXIMA AULA • Sistema Linfático Fisiologia Animal (10) - Carolina Balão da Silva 49
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