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Aula 03 Professor: Carlos Xavier 1. Palavras Iniciais. 2. Visão geral sobre competências e sua gestão. 2.1. Da noção de competência à gestão por competências. 2.2. Mapeamento e descrição de competências. 2.3. Principais instrumentos para suprir a lacuna de competências. 3. Resumo 4. Questões comentadas 5. Lista de questões 6. Gabarito 7. Bibliografia Principal www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 72 1. Palavras Iniciais. Oi! Vamos para mais uma aula adiantada, hoje estudando a gestão de pessoas por competências. Trata-se de um tema moderno e em constante evolução, que tem sido muito cobrado em provas. Para estudá-lo, é preciso conhecer várias definições e classificações, mas é preciso disposição para enfrentar questões interpretativas na hora da prova!!! Bons estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier Observação importante: Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei 9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site Estratégia Concursos. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 72 2. Visão geral sobre competências e sua gestão. Para entender a gestão por competências, em primeiro lugar, você precisa entender que este assunto ainda é alvo de uma ampla discussão acadêmica, possuindo definições diferentes (e as vezes divergentes), de acordo com cada autor que discute o assunto. Assim, para evitar surpresas, a ideia é que esta aula traga para vocês vários conceitos, todos passíveis de serem cobrados em prova. Além disto, você deve manter a mente aberta para o uso de palavras, expressões e perspectivas diferentes na hora da prova, buscando associar aos conceitos apresentados nesta aula. Tenha em mente ainda que os conhecimentos que serão abordados aqui são aplicáveis ao setor público, que pode gerir as pessoas por competências! Isto dito, vamos começar pelas primeiras discussões sobre competências: Em 1973 o debate sobre competências na organização foi iniciado por McClelland, que diferenciou competências de aptidões, habilidades e conhecimentos. Naquele contexto as aptidões eram tidas como os talentos naturais que uma pessoa possui; as habilidades seriam uma demonstração do talento na prática; os conhecimentos eram aquilo que a pessoa precisava saber para que pudesse exercer bem determinada tarefa no seu trabalho. Com base nesta perspectiva inicial é que se desenvolveu o conceito mais frequente de competências. O conceito de competências e gestão por competências passou a ser amplamente utilizado, sendo aprofundado desde a década de 1990, mas continua em plena evolução até hoje. Hoje, é comum que se estabeleça que competências são o somatório dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos que fazem com que eles possuam uma performance elevada no desempenho de seu trabalho. Perceba que este conceito trata de competências são individuais, e não organizacionais! www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 72 x Conhecimentos: constituem o saber de um profissional. Representam o que a pessoa precisa saber para realizar uma determinada tarefa. São informações adquiridas por meio da educação, treinamento e desenvolvimento profissional e da experiência de cada um. Por exemplo, um mecânico de automóveis precisa saber como funcionam os sistemas mecânicos para que possa trabalhar no reparo de um carro! x Habilidades: representam o saber-fazer (know-how) do profissional �WDPEpP� FKDPDGR� GH� ³SHUVSHFWLYD´� GR� administrador). Trata-se da capacidade que o profissional tem de utilizar o conhecimento que possui e as ferramentas e equipamentos que dispõe na realização de suas tarefas. Muitas vezes é possível comprová-las por meio de provas de proficiência, certificados, etc. As habilidades são adquiridas por meio de cursos técnicos, leitura, estudos e pela prática do trabalho. Por exemplo: ao mecânico de automóveis mencionado no ponto anterior não basta ter os conhecimentos sobre o funcionamento dos componentes do automóvel, sendo preciso também que ele saiba como operar as máquinas e ferramentas utilizadas na prática. A habilidade do mecânico será comprovada se ele souber consertar o automóvel quebrado! Trata-se do saber-fazer, ou know-how! x Atitudes: é o querer-fazer do indivíduo (chamado por alguns autores de "saber ser")! As atitudes são as ações dos indivíduos em determinadas situações, em relação ao trabalho, as pessoas, etc. No exemplo do mecânico de automóveis, não adianta nada ele ter o conhecimento sobre www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 72 mecânica e saber utilizar esse conhecimento para consertar os automóveis, se ele não tiver a atitude de trabalhar utilizando seus conhecimentos e habilidades. Um mecânico com ótimo conhecimento pode simplesmente não gostar de trabalhar, ILFDQGR�DSHQDV�³HQURODQGR´�QR�WUDEDOKR��(VWD�VHULD�XPD�DWLWXGH� negativa e que não agregaria valor ao cliente. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) As ações do trabalhador comportam conhecimentos, habilidades e atitudes aplicados na execução de tarefas. Comentário: Questão simples, que associa o trabalho do funcionário aos CHAs da gestão por competências. GABARITO: Certo. Além dos CHAs, as características pessoais dos indivíduos tambémgeram um importante impacto sobre diferentes tipos de competências no seu trabalho. Geralmente essas características podem ser classificadas em quatro: 1. A execução da tarefa em si: trata-se das características que estão ligadas as aptidões necessárias para as tarefas que serão executadas no cargo. Inclui competências como: atenção concentrada (foco em detalhes), atenção dispersa (visão ampla das coisas), aptidão numérica, verbal, espacial, etc. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 72 2. Interdependência com outras tarefas: trata-se de características ou aptidões relacionadas com a execução de outras tarefas, além das que serão executadas. Inclui competências como atenção dispersa e abrangente, facilidade de coordenação, resistência aos conflitos, etc. 3. Interdependência com outras pessoas: são os aspectos que se relacionam com a necessidade de realizar contatos com outras pessoas. Inclui competências como: capacidade de colaboração e cooperação, liderança, capacidade de comunicação, etc. 4. Interdependência com a própria organização: são as características que devem ser observadas para serem compatíveis com os (1) objetivos da própria organização onde se irá trabalhar ou (2) de sua unidade de negócio ou mesmo departamento. Trata-se, neste caso, de uma comparação entre as competências exigidas pela organização e as competências disponíveis no indivíduo. No começo, a discussão acadêmica estava centrada sobre a própria noção de competências. Depois, passou a tratar da gestão de competências, uma forma de gerenciar as competências existentes nos funcionários da organização, por meio de instrumentos de gestão de pessoas. Com o tempo, o conceito evoluiu e muitos autores passaram a falar de gestão por competências, como uma forma de gerenciar as organizações, seus processos e estratégias com base nas competências necessárias (na organização e suas pessoas). Assim, percebe-se que realizar a gestão por competências de forma estratégica está ligado a conseguir agregar, desenvolver e aplicar da melhor www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 72 maneira as competências na organização, permitindo que ela possa agregar valor para o cliente! Para isso, o uso dos conhecimentos, habilidades e atitudes dos indivíduos na organização é fundamental! Essa perspectiva passa a considerar que não basta a existência dos C.H.A., mas é preciso também um novo ponto para as competências: a entrega de resultados estratégicos! Sob esta perspectiva, deve-se pensar que as competências representam, no dia a dia, a capacidade de atingir os resultados desejados, com a menor utilização de recursos possíveis, seja de tempo, finanças, materiais, pessoal, etc. Assim, um profissional com competência (ou competente) seria aquele que consegue atingir o resultado conforme esperado usando a menor quantidade de recursos possível. Este seria um profissional eficiente e eficaz ao mesmo tempo! Uma vez que trabalha com foco nos resultados e no longo prazo, é notável ainda que a gestão por competências trabalha alinhando as competências da organização e seus membros às necessidades derivadas da própria estratégia organizacional. - Mas Carlos, sempre ouvi falar que gestão de/por competências = CHA. Pelo que estou vendo, não é só isso... - Resposta: Exatamente! Se fosse, seria muito bom! Na verdade, como disse ao iniciar a aula, não existe uma única definição de gestão por competências que sirva para todos os casos. Infelizmente as bancas podem cobrar qualquer coisa, vinda de centenas de autores sobre o assunto! Elas até mudam de opinião sobre o tema! www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 72 - Carlos, e como eu faço então? - Mantenha a cabeça aberta!!! Ao longo da aula veremos outras definições de competências, entre outros assuntos associados. Neste sentido, veja, por exemplo, a definição de competências apresentada por Fleury (2002), em uma obra que muitas bancas costumam cobrar: Definimos, assim, competência: um saber agir responsável e reconhecido que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades, que agregue valor econômico à organização e valor social ao indivíduo. Veja, na definição de Fleury (2002) apresentada acima, que ela vai muito além de definir competências como a simples soma de conhecimentos, habilidades e atitudes. Para ela, as competências precisam ser responsáveis e reconhecidas, ou seja, devem ser propositalmente utilizadas e devem ser percebidas pelas outras pessoas e pela organização. Além disso, elas devem agregar valor tanto para a organização quanto para os indivíduos possuidores das competências. Esta visão integra a competência do individuo e da organização, consideradas ao mesmo tempo. Por isso, se a banca disser que existem competências não reconhecidas e que não agregam valor diretamente, seja para o indivíduo, seja para a organização, você já sabe que a fundamentação mais provável seria a que estamos discutindo agora. Assim, isto estaria errado! www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 72 (CESPE/FUB/Tecnólogo - RH/2015) As competências individuais podem ser mensuradas quando o empregado entrega efetivamente à organização algo que tenha sido por ela solicitado. Comentário: A assertiva está escrita em ordem inversa, na tentativa de complicar algo que é muito simples. Veja só: Quando o funcionário entrega à organização algo por ela solicitado têm-se uma situação onde as competências do funcionário podem ser medidas. Está certo, afinal de contas, a entrega de resultados é uma importante competência! GABARITO: Certo. Uma vez apresentados os conceitos das competências individuais (muitíssimo cobrados em concurso), já começamos uma expansão que vai muito além delas... RUAS et al (apud Medeiros, 2006), propôs os seguintes conceitos gerais: x Competências organizacionais: são as competências coletivas, que aparecem sob a forma de processos de produção e/ou atendimento, nos quais estão incorporados conhecimentos tácitos e explícitos, sistemas e procedimentos de trabalho, entre outros elementos menos visíveis como princípios, valores e culturas dominantes na organização. Estas competências estariam presentes em todas as áreas da organização, em formas e intensidades diferente; x Competências organizacionais básicas: são as competências coletivas que se desdobram em todo o espaço organizacional e www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 72 1HVVD� ³FDVFDWD´�� as competências superiores precisam das competências inferiores para se sustentar. As competências mais abaixo são WLGDV�FRPR�EDVH�GD�³FDVFDWD´� Vamos então entender o que seriam cada uma dessas competências. O primeiro deles é o conceito de core competence,de Prahalad e Hamel, geralmente traduzido para o português como competências essenciais. Sobre elas, Boas e Andrade (2009), esclarecem que: (...) as competências organizacionais compõem um conjunto de recursos na forma de conhecimentos, habilidades, tecnologias, sistemas físicos, gerenciais e valores que a organização possui. Esse conjunto possibilita que a organização tenha a capacidade de combinar, misturar e integrar recursos, produtos e serviços, de maneira a se colocar de forma competitiva no mercado (...) Essas competências seriam parte da essência da organização, de sua alma, criando vantagens competitivas e agregando valor para o cliente. Elas seriam facilmente perceptíveis pelos consumidores dos produtos e serviços da organização através do valor provido pelos seus produtos e serviços, sendo difíceis de ser imitadas pela concorrência. Elas derivam da integração das competências que se situam ³KLHUDUTXLFDPHQWH´� DEDL[R� GHODV�� QD� FDVFDWD� GH� FRPSHWrQFLDV�� UHVXOWDQGR� GH� suas sinergias e de uma perspectiva sistêmica das mesmas. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 72 Chiavenato (2007) destaca que as competências essenciais apresentam quatro características básicas: 1. Propiciam uma forte vantagem competitiva para o negócio da empresa. 2. São indispensáveis para o sucesso da empresa. Constituem os fatores críticos do sucesso empresarial. Um fator crítico é aquele sem o qual o sucesso não acontece. 3. São singulares, específicas e próprias da empresa. Definem aquilo que a empresa sabe fazer melhor do que as outras. Em outras palavras, caracterizam a empresa. 4. São de difícil imitação pelas demais empresas. Sua complexidade decorre do fato de que são criadas, desenvolvidas, integradas e articuladas de uma maneira que dificilmente as outras empresas podem copiar e imitar. O seu arranjo também é singular e próprio de cada empresa. Além dessas características básicas, Fleury (2002) lembra que as competências essenciais possuem três características marcantes sobre a competitividade organizacional: 1ª) valor percebido pelo cliente; 2ª) diferenciação entre concorrentes; 3ª) capacidade de expansão para a empresa. Em outras palavras, as competências essenciais permitem a oferta de valor para o cliente. São elas que possibilitam que a organização se diferencie dos concorrentes justamente por meio do valor provido. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 72 Além disso, elas permitem que a organização possa aproveitar novas oportunidades de expansão, já que se constituem uma força competitiva relevante. Com isso em mente, vamos entender o que são as competências funcionais. Elas são as competências específicas de cada área da organização, servindo como base para o surgimento das competências essenciais. As competências funcionais possibilitam que as partes da organização (departamentos, diretorias, etc.) possam desempenhar suas funções especializadas, pois congregam o que é necessário para possibilitar esta especialização. As competências gerenciais, por sua vez, relacionam-se ao trabalho gerencial dos executivos. Trata-se das competências que ele deve possuir para atuar como gestor de pessoas. Uma classificação apresentada (da Training House) por Chiavenato (2007) propõe que as competências gerenciais podem ser agruparas da seguinte forma: x Competências relacionadas com as pessoas o Comunicações: ouvir e dar ideias; dar informações claras; obter informações imparciais. o Supervisão: treinamento, orientação e delegação; avaliação de pessoal e desempenho; disciplina e aconselhamento. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 72 x Competências relacionadas com o trabalho: o Administração: administração do tempo e priorização; estabelecimento de meta e padrões; planejamento e programação de trabalhos. o Raciocínio: identificação e solução de problemas; tomada de decisões e pesar riscos; pensar clara e analiticamente. As competências individuais, por fim, são aquelas que as pessoas devem ter para que possam atuar com sucesso na organização. Você pode associá-las aos conhecimentos, habilidades e atitudes que vimos no inicio da aula e aos resultados obtidos por meio de sua aplicação na prática profissional. Sobre as competências individuais, Boas e Andrade (2009), esclarecem que elas podem ser divididas em categorias distintas dos CHA que já foram explicados. Eles afirmam que, para Resende (2000), existem as seguintes competências: x Competências técnicas: de domínio de alguns especialistas (p. ex.,: saber dirigir carretas); x Competências intelectuais: relacionadas com a aplicação de aptidões mentais (p. ex., ter presença de espírito e discernimento); x Competências relacionais: envolvem habilidades práticas de relações e interações (p. ex., saber relacionar-se em diversos níveis); x Competências sociais e políticas: envolvem relações e participações na sociedade (p. ex., saber exercer influência em grupos sociais); www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 72 x Competências didático-pedagógicas: voltadas para a educação e o ensino em vários níveis (p. ex., saber educar e treinar obtendo resultados positivos); x Competências metodológicas: habilidade na aplicação de técnicas e meios de organizar atividades e trabalhos (p. ex., saber definir roteiros e fluxos de serviços); x Competências de liderança: reúnem habilidades pessoais e conhecimentos de técnicas de influenciar e conduzir pessoas na vida pessoal e profissional (p. ex., saber organizar e conduzir grupos comunitários). É preciso ter em mente ainda que, segundo Dalton e Thompson (1993, apud Dutra, 2008), o desenvolvimento dos profissionais, sob a gestão por competências, passa por diferentes etapas, ligadas ao nível de complexidade de atuação do indivíduo: 1) aprendiz (quando se desenvolvem atividades estruturadas, podendo inovar apenas dentro de limites preestabelecidos); 2) profissional independente (quando se atua de forma independente, entregando resultados independentemente de uma supervisão específica para isso); 3) mentor e integrador (quando o profissional lidera grupos e é responsável por desenvolver outras pessoas, orientando técnica e administrativamente e assumindo a supervisão formal de grupos e projetos); 4) diretor ou estrategista (quando o profissional passa a ser responsável pela direção estratégica da organização, podendo representá-la em todos os níveis internos e perante pessoas e instituições externas). www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 72 (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) No que se refere ao servidor que ingressa em uma carreira, pode ser apurado o nível inicial de suas competências e ser definidoo plano de desenvolvimento necessário à sua progressão funcional e promoção. Comentário: A assertiva cria um caso prático de estabelecimento de um plano para desenvolvimento de competências. Ela afirma que as competências de um servidor podem ser medidas quando ele entra na organização (o que está certo), e com base nisso pode ser estabelecido um plano de desenvolvimento de suas competências, associado ao desenvolvimento da carreira, por meio de progressão e promoção (o que também está certo!). GABARITO: Certo. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) Para o desenvolvimento de competências profissionais, devem ser consideradas apenas as ações de capacitação stricto sensu. Comentário: Claro que não, pessoal! A gestão por competências busca ir além desse modelo de formação tradicional! O importante é considerar a verdadeira capacitação do funcionário, independentemente de se obter na prática do trabalho ou numa pós-graduação formal. GABARITO: Errado. Tendo encerrado a visão sobre competências individuais, gerenciais, funcionais e organizacionais, outra perspectiva considera que as competências podem ser de quatro tipos, conforme apresentadas por Boas e Andrade (2009): x Diferenciais: consideradas estratégicas, pois estabelecem a vantagem competitiva da empresa. São identificadas no estabelecimento da missão empresarial www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 72 e descritas de forma genérica. São constituídas por um conjunto de capacitações que auxiliam a empresa a alcançar seus resultados e fazer o diferencial no mercado. x Essenciais: são aquelas identificadas e definidas como as mais importantes para o sucesso do negócio e devem ser percebidas pelos clientes. x Básicas: as necessárias para manter a organização funcionando. São percebidas no ambiente interno; estimulam e alicerçam o clima de produtividade. x Terceirizáveis: as que não estão ligadas à atividade- fim da organização e que podem ser repassadas a fontes externas com maior competência e valor agregado. Fleury (2004, apud Mills, 2002), por sua vez, fala em diferentes tipos de competências, conforme apresentado no quadro a seguir: Competências essenciais Competências e atividades mais elevadas, no nível corporativo, que são chave para a sobrevivência da empresa e centrais para sua estratégia. Competências distintivas Competências e atividades que os clientes reconhecem como diferenciadoras de seus concorrentes e que provêm vantagens competitivas. Competências organizacionais ou das unidades de negócio. Competências e atividades-chave, esperadas de cada unidade de negócios da empresa. Competências de suporte. Atividade que é valiosa para apoiar um leque de competências. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 72 Capacidades dinâmicas. Capacidade de uma empresa de adaptar suas competências pelo tempo. É diretamente relacionada aos recursos importantes para a mudança. Fonte: Fleury (2004, apud Mills, 2002) É possível falar também em tipos de competências necessárias em função de sua relevância para a organização ao longo do tempo. Sob este critério, elas podem ser classificadas m emergentes, declinantes, estáveis e transitórias: x Competências emergentes seriam aquelas que estão emergindo e se tornando mais importantes para a organização, havendo uma tendência de ampliação desta importância. x Competências declinantes estariam em uma tendência oposta as emergentes: elas se tornam cada vez menos relevantes. x Competências estáveis são aquelas cuja importância para a organização é relativamente estável; x Competências transitórias são aquelas que só são importantes em algum momento específico, como na resolução de uma crise, por exemplo. Carvalho, Nascimento e Serafim (2012), por sua vez, falam em competências conceituais, técnicas e interpessoais. Para eles: x Conceituais - envolvem conhecimentos, domínio de julgamentos e caracterizações que dão sustentação aos aspectos de habilidades técnicas, humanas, gerenciais e a atitudes, bem como a responsabilidades e c www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 72 experiências no que se refere à maneira de realizar algo. x Técnicas - compreendem o domínio de sistemas, métodos, técnicas e de processos específicos para determinada área de trabalho. x Interpessoais - consideram os aspectos que incluem relacionamento, comunicação e interação entre as pessoas, atentando para as atitudes e valores pessoais de forma eficaz. Neste sentido, os profissionais da cúpula organizacional necessitam de mais competências conceituais do que os outros, para compreender a realidade da organização como um todo. Profissionais da gerência em geral e que trabalham intensivamente em equipe necessitam ter bem desenvolvidas suas competências interpessoais, enquanto os profissionais da área operacional utilizam mais intensamente as suas habilidades técnicas. Além destas visões de competência, reproduzo a seguir uma série de definições mostrada por Boas e Andrade (2009) sobre o assunto. Tenha sempre em mente que esta lista é apenas um exemplo, para que você possa aprender, mantendo sua mente aberta para este assunto! Vamos vê-la: Autor Conceitos Vasconcelos e Pagnonceli (2001) Qualidade e/ou habilidade marcante que, efetivamente, cria benefícios, conquistando e fidelizando o cliente. Ruas (2001) Conjunto de habilidades, tecnologias, culturas e valores, percebido pelos clientes e pelo acionista, e que faz a diferença em relação à sociedade. Materializa-se num b www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 72 conjunto peculiar de know-how, o qual é atemporal, duradouro, porém dinâmico e que constitui fonte para vantagem competitiva (mais do que ser vantagem competitiva), servindo de base para a capacidade de expansão da empresa. Goddard (1997) Conjunto de características que marcam o sistema de crenças (valores), o estilo de comportamento e o desenho estrutural da empresa. Ullrich (2000) Aprendizado coletivo na organização, especialmente no que diz resp to a como coordenar as diversas habilidades de produção e integrar as múltiplas correntes da tecnologia. Lei et al. (2001) Conjunto central de insights de definição e de solução de problemas que possibilitará à empresa criar alternativas de crescimento estratégico potencialmente idiossincráticas e para lidar, ao menos parcialmente, com seu ambiente. Tampoe (1994) Subsistema técnico ou de gerenciamento que integra diversas tecnologias, processos, recursos e conhecimentos para gerar produtos e serviços sustentáveis, vantagem competitiva única e valor agregado para uma organização. Fonte: Adaptado de Boas e Andrade (2009) 2.1. Da noção de competência à gestão por competências. Com todos estes conceitos em mente, fica claro que tanto competências quanto gestão por competências não representam um 0 www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concursNoções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 72 conceito fechado e pré-determinado. Ao contrário, trata-se de um assunto mais aberto, com diferentes abordagens. Saindo da noção de competências para a gestão por competências, a ideia que se sobressai é a utilização das contribuições dos funcionários, grupos, áreas, departamentos e da organização como um todo para contribuir com o desempenho do todo organizacional. Independentemente da abordagem adotada, a gestão por competências buscará alinhar as competências dos funcionários e da organização à estratégia organizacional. Esta deverá buscar adquirir ou desenvolver as competências necessárias no longo prazo tanto para os seus colaboradores em suas carreiras quanto para a organização no seu futuro. Sobre este assunto, Carvalho, Nascimento e Serafim (2012) definem gestão por competências da seguinte forma: Consiste no instrumento que identifica as competências indispensáveis, incluindo conhecimentos e habilidades determinantes da eficiência e eficácia profissional, além de apontar as falhas ou deficiências de qualificação para atividades ou serviços especiais, proporcionando meios para aprimorar sua competência. Como consequência, optamos por um quadro formado de profissionais mais habilidosos e bem- sucedidos, possuidores de senso de responsabilidade e autogestão mais acentuado e com probabilidade de obter desempenho superior. c www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 72 De uma forma mais ampla, podemos pensar em gestão por competências como a prática organizacional que busca identificar, desenvolver e adquirir as competências necessárias para que o desempenho global da organização possa ser melhorado. Como as competências estão, em grande parte, assentadas nas pessoas, é a partir das competências individuais que o desempenho individual é melhorado, gerando consequências nas competências e no desempenho organizacional. A ideia geral é que as competências individuais possam ser desenvolvidas de modo que as pessoas possam assumir responsabilidades cada vez maiores e atribuições com nível crescente de complexidade, aumentando as competências, o desempenho individual e organizacional. O foco está na trajetória futura do funcionário e da organização, e não nas necessidades atuais do espaço ocupacional (visão ampliada de cargo, para incluir as competências necessárias para realização de tarefas e entrega de resultados associados, visando o sucesso da organização)! Para Boas e Andrade (2009), a gestão por competências deverá passar por diferentes etapas: 1. Formulação da estratégia: é nessa etapa que a organização elabora o seu planejamento estratégico. Como a gestão por competências utiliza a estratégia da organização como base para adquirir e desenvolver competências, o planejamento estratégico é considerado como um passo da própria gestão por competências; 2. Definição dos indicadores de desempenho: é nesta etapa que os indicadores que possibilitarão à organização o acompanhamento da operacionalização de sua estratégia serão definidos. 4 www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 72 3. Definição das metas: os indicadores apontam como deverá ser monitorado o desempenho da organização. As metas indicam qual o padrão de desempenho esperado, considerando as métricas definidas nos indicadores; 4. Mapeamento das competências: nesta etapa a organização deve identificar as competências que já possui, as competências necessárias para a execução de sua estratégia e, por fim, o gap (diferença ou lacuna) entre as competências atuais e as necessárias. Além disso, é importante que as competências identificadas nos funcionários sirvam de retroação (feedback) para que os mesmos possam identificar sua relação com as demandas organizacionais, tomando atitudes para seu autodesenvolvimento. 5. Planejamento de ações de gestão de pessoas (e sua implementação): se as competências atuais forem menores do que as necessárias, deverão ser tomadas decisões para acabar ou minimizar este gap. É nesta etapa que isto acontece. Como se pode ver, o mapeamento de competências é a base para que esta etapa possa ser bem realizada. 6. Feedback (retroação): é nessa etapa que se verifica se as ações decididas na etapa anterior foram ou não efetivas para minimizar o gap de competências, conforme desejado. Você deve ter em mente ainda que, logo após a retroação de informações para o processo de gestão de competências, considera-se que o ciclo deve ser reiniciado, buscando-se uma constante adaptação das competências organizacionais às suas necessidades estratégicas. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 72 Outras visões podem pensar de forma diferente. É possível, por exemplo, que as etapas 1, 2, e 3 (mencionadas acima) sejam consideradas parte do planejamento estratégico, e a gestão por competências se inicie apenas com o mapeamento das competências! Importante considerar ainda o que Pagès et al (1993) chamaram de objetivação e individualização. Objetivação refere-se à tradução, em termos quantitativos, o desempenho e as competências do indivíduo, buscando estimar o quanto sua contribuição ajuda no atingimento dos objetivos da organização. A individualização, por sua vez, é a estratégia de evitar a mobilização de trabalhadores por meio de reivindicações coletivas, por meio do reforço aos aspectos individuais. Na visão de Brandão e Guimarães (2001), o uso da gestão por competências, dessa forma, constituiria verdadeiro mecanismo de controle social e da manutenção das estruturas de poder sendo, mais do que instrumento de gestão estratégica, um exercício do pragmatismo de gestão. Como trata-se de um tema em plana construção, há a possibilidade de a banca encontrar algum modelo específico de qualquer outro autor e cobrá-lo na prova, além de visões diferentes sobre o papel das competências e sua gestão... - Carlos, e se isso acontecer na minha prova, o que eu faço? - Resposta: Se isso acontecer, tente identificar elementos que te ajudem a decifrar a questão para poder marcar! - Vamos em frente com o assunto... www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 72 2.2. Mapeamento e descrição de competências. Um ponto que deve ser destacado para o estudo da gestão por competências para concurso é a necessidade do correto mapeamento de competências necessárias e existentes. Para isso, é fundamental a realização da descrição das competências organizacionais e individuais necessárias. Essa descrição acontece com base no planejamento estratégico da organização, considerando opinião de especialistas, de chefes nos diferentes graus da hierarquia e do próprio funcionário. É importante que as competências descritas sejam objetivas e observáveis para que possam ser consideradas competências.Declarações de competências genéricas, fora dos critérios de objetividade e possibilidade de observação, tais como "conhecer os clientes e suas ideias sobre os produtos" fazem com que as pessoas tendam a dar a interpretação que melhor lhes convém, por isso devem ser evitadas. Já afirmações específicas e que demonstram ação, como "apresentar os benefícios dos produtos aos clientes, tendo em mente as objeções mais comuns ao fechamento de vendas" são consideradas competências. Para que se possa construir boas descrições de competências, é importante que: x Sejam utilizados verbos de ação, que representem comportamentos observáveis como analisar, selecionar, comunicar, avaliar, fazer, organizar, formular, etc.; x As descrições sejam validadas pelas partes interessadas e por pessoas-chave da organização, para evitar erros e inconsistências; x Validar a compreensão das competências com os funcionários, para garantir que todos entendam quais as competências descritas. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 72 Por outro lado, é importante evitar realizar descrições de competências que: x Sejam longas, cheias de termos técnicos ou de difícil compreensão pelas pessoas; x Sejam ambíguas, permitindo mais de uma interpretação; x Possuam obviedades e irrelevâncias; x Apresentem a mesma informação mais de uma vez; x Apresentem abstrações (lembre-se: é preciso ser o mais objetivo possível!) x Utilize verbos que não expressam ações, tais como saber, apreciar, acreditar, pensar, etc. Tendo como base esses vários critérios para a correta descrição das competências, os responsáveis pelo mapeamento podem utilizar-se das seguintes técnicas para levantar dados sobre as competências necessárias: x Análise da estratégia da organização para que sejam identificados com clareza e objetividade o que se deseja para o futuro da organização; x Realização de entrevistas com os trabalhadores da organização para identificar as situações e desafios enfrentados no dia a dia. Normalmente se utiliza para incorporar a visão dos funcionários àquilo que já foi observado no planejamento estratégico. x Observação do trabalho dos funcionários para identificar as competências que as pessoas e grupos de trabalho demonstram no dia a dia, e sua importância para atingir os resultados pretendidos. Quando comparado com a entrevista, tem como grande vantagem a possibilidade de verificação www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 72 prática das competências necessárias, que poderiam ser omitidas pelos funcionários. x Utilização de questionários para identificar as competências necessária, estabelecendo a descrição correta das competências e a aplicação dos questionários. Os respondentes podem avaliar, por exemplo, o grau de importância de cada competência descrita para o seu trabalho. Em termos de técnica, é possível se utilizar de diferentes escalas de medição, tais como o diferencial semântico (significados opostos colocados em cada lado de um formulário para que o funcionário aponte, para uma competência, se é "MUITO IMPORTANTE" ou "NADA IMPORTANTE", por exemplo); Escala de Likert para que o respondente aponte o grau de importância de 1 a 5, como "1 - nada importante, 2- pouco importante, 3 - medianamente importante, 4 - muito importante, 5 - totalmente importante"; Escala comparativa para se comparar importância de uma competência com outra; Escala de ordenação para que o respondente crie uma ordem de importância para as competências descritas. A literatura especializada sugere a inclusão de dados sobre o respondente ao final do questionário, para que se possa realizar tratamentos estatísticos em relação aos seus dados (gênero, idade, renda, instrução, cargo, perfil profissional, tempo de organização, etc.). x Uso de simulações para realizar suposições sobre o futuro do trabalho e do ambiente, para que se possa identificar as competências no mapeamento. Já na identificação das competências existentes geralmente é realizada por meio da avaliação de desempenho dos funcionários (por www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 72 competências), buscando se identificar as competências já existentes na organização. Ela envolve essencialmente a verificação da evolução do funcionário na carreira por meio do seu nível em uma determinada competência, ou pela obtenção de uma nova competência. Além disso, as metas estabelecidas também são importantes. Há uma preocupação com uma avaliação integral de conhecimentos, habilidades, atitudes, capacidade de mobilizar recursos e resultados obtidos, assim como a capacidade de desenvolver novas competências. Geralmente está associada à avaliação 360 graus, mas este modelo não é o único, sendo inclusive um modelo não recomendado para avaliar as competências técnicas. É importante lembrar ainda que o mapeamento só está completo quando se identifica também a lacuna (gap) de competências, sendo este a diferença entre as competências necessárias e as competências existentes na organização. Como consequência de uma avaliação de desempenho por competências e da identificação das competências necessárias (ou seja, do gap de competências) é possível se obter informações para decisões sobre investimentos em treinamento e desenvolvimento de pessoas, criação de um banco de talentos para desenvolvimento na carreira, estabelecimento das pessoas que mais merecem promoções na carreira, demissões, rotações de cargos, competências necessárias em processos seletivos, etc. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 72 2.3. Principais instrumentos para suprir a lacuna de competências. Considerando tudo o que estudamos até agora você precisa saber que a gestão por competências realizará ações necessárias para a superação da lacuna de competências, tais como: x Impactos da avaliação de desempenho por competências: a prova pode considerar que a avaliação de desempenho é, por si só, um instrumento para suprir a lacuna de competências, já que ela identifica as competências atuais!! x Recrutamento e seleção por competências: busca das competências existentes no candidato e da sua capacidade de desenvolver novas competências que sejam úteis para a organização no longo prazo, considerando a trajetória que o funcionário poderá percorrer na organização, e não apenas as necessidades do cargo atual. Nas entrevistas por competências, busca-se identificar comportamentos passados e evidências voltadas ao desempenho passado (competências efetivamente demonstradas pelo candidato) para realizar um prognóstico do desempenho futuro. x Capacitação por competências: realização de ações de capacitação voltadas para a superação das lacunas de competências. O foco é compreender que o funcionário terá uma trilha de aprendizagem que o conduzirá para os cargos futuros na carreira, e que a organização deve estar focada em desenvolvê-lo para essas futuras atribuições. Ainda assim, otreinamento voltado para o cargo atual continua sendo realizado, sempre voltado para suprir a lacuna de competências necessárias para a realização do trabalho do indivíduo na unidade em que se encontra. Apesar disso é importante destacar que o treinamento deixa de ser o foco, que passa a www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 72 ser dado sobre as ações de desenvolvimento de médio e longo prazo. x Certificação por competências: em vez de buscar certificar os funcionários de maneira tradicional, por simples cursos que buscam transmitir conhecimentos, as organizações buscam que seus funcionários sejam certificados em competências que se provem uteis, que realmente possibilitem a entrega de resultados relevantes para a organização. x Definição de cargos por competências: busca-se o agrupamento dos cargos tradicionais de mesmo nível de complexidade, com conhecimentos e áreas de atuação segmentados, em cargos mais amplos, com maior espaço de atuação dos funcionários. Os novos cargos possuem maior "espaço ocupacional", ou seja, tarefas mais interessantes, complexas, desafiadoras e motivadoras para os funcionários. O modelo de gestão por competências privilegia a noção de espaço ocupacional sobre a noção tradicional de cargos. x Remuneração por competências: a remuneração deixa de ser paga simplesmente com uma parcela fixa mais uma parcela variável pelo esforço desempenhado. Na remuneração por competências têm-se a definição de faixas salariais amplas (chamadas broadbands) com base nas competências apresentadas pelos funcionários em relação as competências desejadas. Além disso, a parcela variável também considera as competências adquiridas dentro do escopo do plano de desenvolvimento de competências da organização. Trata-se de um modelo mais adotado com base na definição de cargos mais amplos, com ampliação do espaço ocupacional. Nesse caso, na remuneração serão considerados elementos como: novos conhecimentos adquiridos pelo funcionário, de acordo com o plano de capacitação da organização, habilidades úteis para o www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 72 sucesso, proatividade, valor agregado para a organização, resultados entregues, etc. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) O plano de desenvolvimento de competências visa ampliar a capacidade individual para assumir atribuições e responsabilidades em níveis decrescentes de complexidade; apontar todas as deficiências individuais para o desenvolvimento profissional; estruturar um plano de capacitação voltado à redução de competências; e estimular o aprendizado mecânico do autodesenvolvimento. Comentário: Questão sem sentido, pessoal! A criação de um plano para desenvolvimento de competências estará ligada a competências cada vez mais complexas para aumentá-las e estimular um aprendizado mais orgânico, e não apenas tratando o funcionário como uma máquina. GABARITO: Errado. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) As necessidades de qualificação, formação e capacitação devem ser selecionadas a partir do conhecimento das atividades efetivamente realizadas por cada tipo de servidor da instituição. Comentário: Questão de interpretação sobre gestão por competências e capacitação. De fato, para que a capacitação das pessoas seja realizada é importante que se considere o que os indivíduos realmente realizam no seu dia a dia, e não apenas suposições abstratas. GABARITO: Certo. (CESPE/MPOG/Técnico em Assuntos Educacionais - 23/2015) A formação e a capacitação fundamentadas em competências constituem um processo de ensino e aprendizagem que facilita a mobilização de conhecimentos e a geração de habilidades, sendo esses conhecimentos e essas habilidades aplicados em situações www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 72 reais de trabalho. Comentário: Questão puramente interpretativa. Diz, basicamente, que realizar capacitação com base em competências facilita a aplicação dos conhecimentos e habilidades para gerar resultados no trabalho. Faz todo sentido, pois essas são preocupações reais da gestão por competências. GABARITO: Certo. Bem... Vamos para as questões resolvidas de nossa aula! Boa continuação com os estudos! Prof. Carlos Xavier www.facebook.com/professorcarlosxavier www.youtube.com/profcarlosxavier Instagram: @Professorcarlosxavier www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 72 3. Resumo Visão geral sobre competências e sua gestão. Pode-se dizer que competências individuais = CHA: Conhecimentos: constituem o saber de um profissional. Representam o que a pessoa precisa saber para realizar uma determinada tarefa. Habilidades: representam o saber-fazer (know-how) do profissional. Trata-se da capacidade que o profissional tem de utilizar o conhecimento que possui e as ferramentas e equipamentos que dispõe na realização de suas tarefas. Atitudes: é o querer-fazer do indivíduo (chamado por alguns autores de "saber ser")! As atitudes são as ações dos indivíduos em determinadas situações, em relação ao trabalho, as pessoas, etc. Além dos CHAs, as características dos indivíduos também geram um importante impacto sobre diferentes tipos de competências no seu trabalho. Geralmente essas características podem ser classificadas em quatro: A execução da tarefa em si: trata-se das características que estão ligadas as aptidões necessárias para as tarefas que serão executadas no cargo. Inclui competências como: atenção concentrada (foco em detalhes), atenção dispersa (visão ampla das coisas), aptidão numérica, verbal, espacial, etc. Interdependência com outras tarefas: trata-se de características ou aptidões relacionadas com a execução de outras tarefas, além das que serão executadas. Inclui competências como atenção dispersa e abrangente, facilidade de coordenação, resistência aos conflitos, etc. Interdependência com outras pessoas: são os aspectos que se relacionam com a necessidade de realizar contatos com outras pessoas. Inclui competências como: capacidade de colaboração e cooperação, liderança, capacidade de comunicação, etc. Interdependência com a própria organização: é preciso capacidade de se relacionar com a organização como um todo, incluindo: (1) objetivos da própria organização onde se irá trabalhar ou (2) de sua unidade de negócio ou mesmo departamento. Trata-se, neste caso, de uma comparação entre as competências exigidas pela organização e as competências disponíveis no indivíduo. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 72 As competências essenciais são parte da essência da organização, de sua alma, criando vantagens competitivas e agregando valor para o cliente. Elas apresentam quatro características básicas: 1-Propiciam uma forte vantagem competitiva para o negócio da empresa; Constituem os fatores críticosdo sucesso empresarial; 2-São singulares, específicas e próprias da empresa. 3- Definem aquilo que a empresa sabe fazer melhor do que as outras e 4- São de difícil imitação pelas demais empresas. As competências funcionais são as competências específicas de cada área da organização, servindo como base para o surgimento das competências essenciais. Elas possibilitam que as partes da organização (departamentos, diretorias, etc.) possam desempenhar suas funções especializadas, pois congregam o que é necessário para possibilitar esta especialização. As competências gerenciais, por sua vez, relacionam-se ao trabalho gerencial dos executivos. Trata-se das competências que gerentes devem possuir para atuar como tal. As competências individuais são aquelas que as pessoas devem ter para que possam atuar com sucesso na organização, tais como os conhecimentos, habilidades e atitudes e aos resultados obtidos por meio de sua aplicação na prática profissional. Sobre as competências individuais elas podem ser divididas em categorias distintas dos CHA, tais como: Competências técnicas; Competências intelectuais; Competências relacionais; Competências sociais e políticas; Competências didático-pedagógicas; Competências metodológicas e Competências de liderança. É possível falar também em tipos de competências necessárias em função de sua relevância para a organização ao longo do tempo. Sob este critério, elas podem ser classificadas em emergentes, declinantes, estáveis e transitórias. Carvalho, Nascimento e Serafim (2012), por sua vez, falam em competências conceituais, técnicas e interpessoais. Neste sentido, os profissionais da cúpula organizacional necessitam de mais competências conceituais do que os outros, para compreender a realidade da organização como um todo. Profissionais da gerência em geral e que trabalham intensivamente em equipe necessitam ter bem desenvolvidas suas competências interpessoais, enquanto os profissionais da área operacional utilizam mais intensamente as suas habilidades técnicas. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 72 Da noção de competência à gestão por competências. A gestão por competências buscará alinhar as competências dos funcionários e da organização à estratégia organizacional. De uma forma mais ampla, podemos pensar em gestão por competências como a prática organizacional que busca identificar, desenvolver e adquirir as competências necessárias para que o desempenho global da organização possa ser melhorado. Como as competências estão, em grande parte, assentadas nas pessoas, é a partir das competências individuais que o desempenho individual é melhorado, gerando consequências nas competências e no desempenho organizacional. A ideia geral é que as competências individuais possam ser desenvolvidas de modo que as pessoas possam assumir responsabilidades cada vez maiores e atribuições com nível crescente de complexidade, aumentando as competências, o desempenho individual e organizacional. O foco está na trajetória futura do funcionário e da organização, e não apenas nas necessidades atuais do espaço ocupacional. Mapeamento e descrição de competências. É importante que as competências descritas sejam objetivas e observáveis para que possam ser consideradas competências. Os responsáveis pelo mapeamento geralmente se utilizam das seguintes técnicas para levantar dados sobre as competências necessárias: Análise da estratégia da organização para que sejam identificados com clareza e objetividade o que se deseja para o futuro da organização; Realização de entrevistas com os trabalhadores da organização para identificar as situações e desafios enfrentados no dia a dia. Observação do trabalho dos funcionários para identificar as competências que as pessoas e grupos de trabalho demonstram no dia a dia, e sua importância para atingir os resultados pretendidos. Utilização de questionários para identificar as competências necessárias, estabelecendo a descrição correta das competências e a aplicação dos questionários. Uso de simulações para realizar suposições sobre o futuro do trabalho e do ambiente, para que se possa identificar as competências no mapeamento. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 72 A identificação das competências existentes pode ser realizada por meio da avaliação de desempenho dos funcionários (por competências), buscando-se identificar as competências já existentes na organização. O mapeamento só está completo quando se identifica também a lacuna (gap) de competências, sendo este a diferença entre as competências necessárias e as competências existentes na organização. Principais instrumentos para suprir a lacuna de competências. A gestão por competências realizará ações necessárias para a superação da lacuna de competências, tais como: Impactos da avaliação de desempenho por competências: a avaliação de desempenho é, por si só, um instrumento para suprir a lacuna de competências, já que ela identifica as competências atuais!! Recrutamento e seleção por competências: busca das competências existentes no candidato e da sua capacidade de desenvolver novas competências que sejam úteis para a organização no longo prazo. Nas entrevistas por competências, busca-se identificar comportamentos passados e evidências voltadas ao desempenho passado (competências efetivamente demonstradas pelo candidato) para realizar um prognóstico do desempenho futuro. Capacitação por competências: realização de ações de capacitação voltadas para a superação das lacunas de competências. O foco é compreender que o funcionário terá uma trilha de aprendizagem que o conduzirá para os cargos futuros na carreira, e que a organização deve estar focada em desenvolvê-lo para essas futuras atribuições. Certificação por competências: em vez de buscar certificar os funcionários de maneira tradicional, por simples cursos que buscam transmitir conhecimentos, as organizações buscam que seus funcionários sejam certificados em competências que se provem uteis, que realmente possibilitem a entrega de resultados relevantes para a organização. Definição de cargos por competências: busca-se superar o agrupamento tradicional dos cargos através de cargos mais amplos, com maior espaço de atuação dos funcionários. Remuneração por competências: a remuneração deixa de ser paga simplesmente com uma parcela fixa mais uma parcela variável pelo esforço desempenhado. Na remuneração por competências têm-se a definição de faixas salariais amplas (chamadas broadbands) com base nas competências apresentadas pelos funcionários em relação às competências desejadas, esforços empreendidos e resultados obtidos. Além disso, a parcela variável www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 72 também considera as competências adquiridas dentro do escopo do plano de desenvolvimento de competências da organização. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 72 4. Questões comentadas QUESTÕES SOBRE GESTÃO POR COMPETÊNCIAS 1. (FCC/TRE-PR/AJ ± Biblioteconomia/2017) Na administração de recursos humanos, despontounos últimos anos a gestão de pessoas por competências, na qual os profissionais são vistos como talentos a serem continuamente lapidados, de forma a desenvolverem as competências-chave tanto para o seu sucesso como indivíduo, quanto para o sucesso da organização. A gestão por competências enfatiza a)carreiras rígidas e especializadas, de pequeno horizonte e amarradas na estrutura de cargos. b) a ênfase em controles explícitos do trabalho. c) o foco na estrutura de cargos, com alto grau de diferenciação salarial entre eles. d) a redução de níveis hierárquicos e de chefias intermediárias. e) o uso de incentivos individuais. Comentário: Questão de natureza mais interpretativa sobre a gestão por competências. Para respondê-la, você teria que pensar sobre o assunto, dada a flexibilidade da gestão por competências e sua modernidade. Considerando as alternativas, o caminho era único: a gestão por competências, em termos de carreiras, enfatiza a dinamicidade dos cargos, a expansão da influência dos funcionários e o seu desenvolvimento. GABARITO: D. 2. (FCC/TRT24/AJAA/2017) Considere que determinada organização pretenda adotar o modelo de gestão por competências e tenha iniciado o referido processo com a seleção dos melhores profissionais disponíveis no mercado para ocuparem posições estratégicas. Com isso, objetiva a disseminação das competências individuais desses profissionais por toda a organização. A abordagem adotada www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 72 a)corresponde ao denominado mapeamento de competências, por meio do qual a organização pode também melhor definir as atribuições de cada cargo. b)não se coaduna com o modelo de gestão por competências, cuja primeira etapa consiste em identificar as competências técnicas e comportamentais necessárias para cada uma das atividades. c)mostra-se equivocada, pois a gestão por competências não se aplica ao alto escalão das organizações, mas apenas aos cargos que requerem competências técnicas. d) encontra-se superada, eis que atualmente são adotados instrumentos mais modernos de seleção de competências, como o grupo focal. e)é pertinente, desde que adotada, na etapa seguinte, o mapeamento das lacunas existentes na organização entre as competências adquiridas na seleção e aquelas anteriormente disponíveis na organização. Comentário: O que está proposto no comando está errado, uma vez que a seleção de profissionais só pode ser feita com base nas competências necessárias que forem identificadas no mapeamento. Assim, percebe-se que a alternativa B é a única correta, uma vez que é preciso primeiro identificar as competências necessárias! GABARITO: B. 3. (FCC/TRT11/AJAJ/2017) Uma das etapas relevantes para implementação da gestão por competências consiste no mapeamento de competências. Entre o rol de instrumentos preconizados pela literatura para a realização desse mapeamento se inclui o grupo focal, utilizado a)como sucedâneo das entrevistas individuais, na forma de uma entrevista coletiva onde o entrevistador atua como moderador. b) para substituir a análise documental, tornando mais dinâmico o processo de identificação dos objetivos institucionais. c)como técnica de pesquisa, voltada à identificação das competências relevantes dentro de determinado contexto. d)para identificação das atribuições de cada cargo ou função, constituindo insumo fundamental para identificação das competências propriamente ditas. e)na forma de questionário, para segregar as competências técnicas, apartando-as das comportamentais e situacionais. Comentário: O grupo focal não é exatamente parte da gestão por competências. É, na verdade, uma técnica de pesquisa e discussão, que nem é assunto específico de gestão por competências, e nem é uma "entrevista coletiva". www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 72 Em outras palavras, é um grupo de debate no qual um moderador lança os questionamentos e os tópicos a serem debatidos e deixa as pessoas debatendo com certa liberdade. Enquanto isso, observadores externos, fora da sala e por trás de um espelho, observam o comportamento das pessoas. Assim, pode ser utilizado como instrumento de pesquisa para mapeamento de competências, por isso entendo que tento a letra A quanto a letra C poderiam ser consideradas corretas, apesar da banca ter aceitado apenas a letra A. GABARITO considerado: a. 4. (FCC/PGE-MT/Analista ± Psciólogo/2016) A metodologia de entrevista por competências propõe identificar comportamentos observáveis e evidências voltadas ao a) futuro, para realizar um diagnóstico do desempenho. b) passado, para realizar um diagnóstico do desempenho. c) passado, para realizar um prognóstico do desempenho futuro. d) futuro, para realizar um prognóstico do desempenho. e) passado e ao futuro, para realizar um diagnóstico do desempenho. Comentário: O foco da entrevista por competências é identificar as competências já demonstradas pelo candidato no seu passado para que se possa projetar o seu desempenho futuro. GABARITO: C. 5. (FCC/Prefeitura de Teresina-PI/Técnico de nível superior ± Administração/2016) Uma das etapas relevantes da Gestão Estratégica de Pessoas por Competências consiste no mapeamento de competências, cujo escopo é a) buscar, dentro da instituição, os melhores talentos. b) identificar o perfil técnico e comportamental requerido para cada cargo ou função. c) orientar a pesquisa de mercado para fixação de salários. d) definir as atribuições da cada cargo de acordo com as características de seu ocupante. e) estabelecer indicadores de desempenho e metas individuais. Comentário: O escopo do mapeamento de competências é o levantamento das competências necessárias e das competências atuais. A única alternativa que faz sentido é a letra B, que fala na identificação do perfil requerido para os cargos, ou seja, das competências necessárias. GABARITO:B www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 72 6. (FCC/TRT3/AJAA/2015) Sobre Gestão por Competências, considere: ,�� 3RGH� VHU� DQDOLVDGD� VRE� R� SULVPD� GD� ³FRPSHWrQFLD� WpFQLFD��H�GD�³FRPSHWrQFLD� LQWHUSHVVRDO���RQGH�VRPHQWH� a primeira assegura um desempenho adequado e de qualidade, uma vez que pode ser desenvolvida por meio de treinamentos específicos. II. Conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes interdependentes e necessárias à consecução de determinado propósito. III. Passou a compreender a relevância dos seus estudos às organizações a partir do entendimento das transformações de natureza produtiva e social que afetaram as economias em desenvolvimento durante a década de 1990, com a intensificação do fenômeno da Globalização. IV. Em se tratando de estratégia, refere-se à habilidade de uma organização em sustentar uma coordenação de recursos e capacidades de forma a alcançar suas metas. Está correto o que consta APENAS em a) I e II. b)I e III. c)III e IV. d)II e IV. e)I e IV. Comentário: Questão que busca sua interpretação sobre o conteúdo. Vejamos cada item: I. Errado. De fato, falar em "competência técnica"e "competência interpessoal" é possível. Trata-se de mais uma, dentre tantas classificações possíveis para as competências. Ainda assim, é preciso ter em mente que as competências podem ser desenvolvidas de forma geral.Não é possível dizer, por exemplo, que competências interpessoais não podem ser desenvolvidas por treinamentos específicos. Como o item afirma isso, está errado. II. Certo. O item define competências como os C-H-A necessários para se chegar a um objetivo. É o básico sobre o assunto. Está certo! III. Errado. O conceito de competências foi criado na década de 1970, sendo parte relevante dos estudos da organização desde então. Ainda assim, é importante lembrar que o conceito e sua importância se aprofundam a partir das mudanças da década de 1990 com o surgimento da era da informação. IV. Certo. Bastante interpretativo. Podemos dizer que a gestão por competências é o uso dos C-H-As para buscar atingir os objetivos e metas estratégicas da organização. GABARITO: D. 7. (FCC/CNMP/Analista do CNMP - Gestão Pública/2015) Quanto à gestão de pessoas por competências, considere: www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 72 I. Uma pessoa, com base em sua competência e estimulada pelas necessidades da organização, ampliará seu espaço ocupacional. Portanto, necessariamente, ela mudará de cargo ou posição na empresa. II. A remuneração por competências é parte variável do total de remuneração recebido pelos empregados. ,,,�� ³&RPSUHHQGHU� DV� URWLQDV� GH� WUDEDOKR´� QmR� GHVFUHYH� XPD� competência. ,9��³5HGLJLU�SDUHFHU��REVHUYDQGR�normas do manual de redação GD�RUJDQL]DomR´��GHVFUHYH�FRPSHWrQFLD�� Está correto o que consta APENAS em a)I, II e III. b)II e IV. c)II e III. d)I e IV. e)IV. Comentário: Questão com viés mais interpretativo. Vejamos cada um dos itens: I) Errado. "Ampliar o espaço ocupacional" é o mesmo que aumentar o nível de complexidade das atribuições e responsabilidades de um indivíduo no cargo. Assim, na gestão por competências as pessoas realmente são estimuladas a ampliar este espaço, nas condições propostas pelo item. Apesar disso, não há implicação de mudar de cargo ou posição na organização! As pessoas podem ampliar esse espaço mantendo-se no mesmo cargo! II) Errado. Remuneração por competências envolve uma visão geral sobre a remuneração, tanto em sua parcela fixa quanto variável. Apesar disso, é comum encontrar autores que somente mencionam a remuneração por competências como parcela variável. Foi essa a pegadinha do item. III) Errado. A frase proposta pelo item constitui uma competência. IV) Certo. A frase proposta pelo item constitui uma competência. GABARITO: E. 8. (FCC/TC-GO/Analista de Controle Externo - Gestão de Pessoas/2014) No modelo de Gestão por Competências há a etapa do mapeamento que orienta as ações organizacionais para captar e/ou desenvolver as competências identificadas como relevantes à organização. São exemplos de descrição correta de uma competência individual, EXCETO: a)Solucionar problemas matemáticos, sem utilizar calculadoras. b)Organizar processos, de acordo com o fluxograma definido pela empresa. c)Digitar textos, utilizando o aplicativo Word. d)Conhecer os produtos e serviços da organização. e)Redigir parecer, observando normas do manual de redação da organização. Comentário: www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 72 Questão muito interpretativa. O que ela buscava é que você interpretasse, sobre os itens colocados, qual não está descrevendo uma competência individual. Note que, para subsidiar o conceito de competência, é preciso que ela seja clara e observável mediante uma ação ou resultado. Só assim é possível definir as competências existentes e as necessárias. Neste sentido, a única competência que é mais genérica e não apresenta um comportamento facilmente observável está na letra D. Veja que, não é possível dizer exatamente o que significa "conhecer os produtos e serviços". Se for medir isso numa prova, são milhares de possibilidades de cobrar o assunto, por isso não tem como verificar claramente a existência disso enquanto competência. Para que se tornasse competência clara, o item poderia ser transformado para algo como "apresentar os produtos e suas características aos clientes organização, conforme catalogo técnico", ou ainda "Fechar vendas com clientes apresentando os benefícios dos produtos e serviços oferecidos pela organização ao mercado, em linha com o posicionamento adotado no plano de vendas". Percebe como ganha mais especificidade?! GABARITO: D. 9. (FCC/TCE-GO/Analista de Controle Externo - Gestão de Pessoas/2014) Determinada empresa está implantando um novo modelo de gestão, onde a carreira e a remuneração dos funcionários será por competências. A empresa sabe que nesse modelo I. estão presentes conhecimentos aplicados nas situações com níveis de complexidade, habilidades do profissional e seus comportamentos, gerando resultados mensuráveis. II. o sistema estará estruturado em faixas amplas de salários (broadbands), se a estrutura organizacional estiver em transformação e adotar cargos amplos. III. o crescimento das pessoas na organização ocorre por tempo de casa. IV. o conceito de Espaço Ocupacional relaciona-se ao agrupamento de cargos, de complexidade semelhante dentro da estrutura organizacional, sob uma única denominação. Está correto o que consta APENAS em a)I, III e IV. b)I, II e IV. c)II e IV. d)I, II e III. e)I e IV. Comentário: Vejamos cada um dos itens: I) Certo. Numa visão baseada em competências, os conhecimentos, habilidades, etc., realmente serão utilizados para geração de resultados mensuráveis. www.concurseiros nidos orgwww.concurseirosunidos.orgwww.concurs Noções de Administração p/ TRT-RN (TJAA) Teoria e Exercícios (com videoaulas) Prof. Carlos Xavier - Aula 03 Prof. Carlos Xavier www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 72 II) Certo. O sistema de remuneração por competências realmente é baseado em faixas amplas de salários, tendo como base cargos com maior amplitude de atuação. A banca falou ainda em "se a organização estiver em transformação" como uma situação específica, o que não inviabiliza o item. III) Errado. O crescimento estará associado ao desenvolvimento das competências, inclusive à entrega de resultados, mas não ao tempo de casa. IV) Certo. É o mesmo que juntar vários cargos em um só, de modo a tornar o trabalho mais interessante. GABARITO: B. 10. (FCC/TRT13/Analista Judiciário - Psicologia/2014) ³8PD�HPSUHVD�pode ter gestão de competências sem ter gestão por competências, mas o inverso não é YHUGDGHLUR´��%UXQR�5RFKD�)HUQDQGHV�������� Com base nessa afirmação, a gestão por competências refere-se a a)atividade informal, que pode ser executada por qualquer gestor no exercício de seu trabalho, por meio da atribuição de desafios, leituras, conversas de coaching e feedback constante. b)empresas que definem e formalizam um conjunto de competências, que esperam de seus colaboradores e as utilizam sistematicamente como parâmetro para trabalhar suas pessoas. c)empresas que promovem ações de treinamento pontuais ou realizam outras ações de desenvolvimento, com base nas solicitações de seus gestores e de seus colaboradores. d)um conjunto de ações que gestores e/ou empresas realizam com vistas ao desenvolvimento de competências de seus profissionais, quando não há competências formalizadas. e)planos de desenvolvimento individuais estabelecidos entre o gestor e seus colaboradores, com foco no aprimoramento de capacidades intelectuais, que permitam elevar resultados. Comentário: Questão mal feita e que merecia anulação. Ela começa com uma frase verdadeira e interessante sobre gestão por
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