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Alessandra Montanher - UNICAMP Concepção e definições sobre as Ciências Econômicas O marco inicial da teoria econômica coincidiu com os grandes avanços da técnica e das ciências física e biológicas, nos séculos XVIII a XXI. Nesse período a economia constituiu seu núcleo científico(leis econômicas) , estabeleceu sua área de ação e delimitou suas fronteiras com outras ciências. Concepção Organicista: organismo econômico se comportasse com um órgão vivo, com problemas expostos igual a biologia: orgãos, fisiologia, circulações entre outros. Concepção Mecanicista: leis da economia se comportassem como as leis da física, como estática, dinâmica, forças entre outros. Hoje, essas concepções foram ultrapassadas pela Concepção Humana da Ecnomia (coloca no plano superior os móveis psicológicos da atividade humana Economia = Ciência Social). Definição por Paul Samuelson “Economia é uma ciência social que estuda a adm dos recursos escassos entre usos alternativos e fins competitivos” Cada ciência observa e analisa a realidade do aspecto material do seu objeto, segundo sua própria lógica formal, porém as visões acabam se interrelacionando. Economia e Política: política = poder = domínio sobre a coisa econômica. Ex: oligarquia nordestina, política do café-com-leite. Economia e História: as ideias que constroem as teorias são formuladas num contexto histórico. Ex: os produtores de café conseguiam manter seu nível de renda, num momento de crise, quando representavam o poder político. Economia e Geografia: as divisões regionais são utilizadas para estudar as questões ligadas aos diferenciais de distribuição de renda, de recursos produtivos, de localização de empresas, dos efeitos da poluição sobre o meio ambiente etc. Lei da Escassez produzir o máximo de bens e serviços com recursos escassos disponíveis a cada sociedade. Não havendo problema de escassez, não faz sentido falar em desperdício ou em uso irracional dos recursos, e na realidade só existiriam “os bens livres”. Só existirá escassez se houver demanda para a aquisição do bem. Realidade Aspecto Econômico Aspecto Social Aspecto Político Aspecto Histórico Aspecto Geográfico Aspecto Demográfico Alessandra Montanher - UNICAMP Um bem é demandado porque é útil (utilidade = capacidade que um bem tem de satisfazer uma necessidade humana). Bem: aquilo capaz de atender uma necessidade humana. Podem ser materiais (peso, forma, dimensão) – automóvel, moeda. Podem ser abstrato (aula, hospedagem). Necessidade Humana: é concreta, neutra e subjetiva, é qualquer manifestação de desejo que envolva a escolha de um bem econômico capaz de contribuir para a sobrevivência ou para a realização social do indivíduo. Teoria do Consumidor Importância a conduta do consumidor está intimamente ligada ao comportamento da demanda. 1) Questão da Utilidade Utilidade está ligada ao consumo de bens/serviços. Pessoas só consomem algo que lhes trouxer satisfação. Visão Clássica: utilidade é a satisfação total que um indivíduo tem em decorrência do consumo de um bem/serviço. Visão Moderna: utilidade é o grau de adequação de um bem à necessidade do consumidor. (Esse bem/serviço supri a necessidade do consumidor?). 2) Características da utilidade - não ser mensurável; - ser comparável; - depender da percepção de cada indivíduo (pode ter grande utilidade para uns e nenhuma para outros); 3) Utilidade Total x Utilidade Marginal É o total de utilidade que um determinado bem/serviço oferece a um consumidor. Utilidade Marginal é o acréscimo de utilidade decorrente do consumo de uma unidade adicional de bem/serviço. “Lei da Utilidade Marginal Decrescente”: a medida que aumenta o consumo de uma mercadoria, sua utilidade marginal diminiu. 4) Questão da Escolha Cada consumidor possui uma determinada quantidade e qualidade de bens/serviços que está disposto a adquirir, chamados de cesta de mercadoria. Três passos 1) exercício da preferência (cestas) 2) Restrições orçamentais 3) Quantidade e que tipo de bens devem ser adquiridos Efeito renda: mudança de consumo resultante de uma alteração no preço movendo o consumidor para uma curva de indiferença mais alta ou baixa. Alessandra Montanher - UNICAMP Efeito substituição: mudança de consumo resultante na alteração do preço movendo o consumidor ao longo da curva de indiferença, para um ponto com uma taxa marginal de substituição diferente. 5) Questão das Preferências do Consumidor *O preço $ não influencia as preferências, apenas interfere na compra do bem/serviço. -Integralidade (preferências completas): um consumidor optará por uma só cesta ou será ainda indiferente a qualquer uma delas, logo, qualquer uma das cestas deixaria o consumidor igualmente satisfeito. -Transitividade (preferências transitivas): racionalidade dos consumidores. Consumidor prefere “A” em relação à “B” e “B” em relação à “C”, logo, prefere “A” em relação à “C”. -Aspiração (+ > -): todas as mercadorias são desejáveis, dessa forma os consumidores sempre preferem quantidades maiores de uma determinada mercadoria. 6) Questão da Restrição Orcamentária Decisões são influenciadas pela sua renda. A cesta de produtos dependerá da renda e dos preços dos bens/serviços que o consumidor deseja. Teoria da Demanda e Oferta 1) Demanda Individual Demanda é a quantidade de bens/serviços que um consumidor deseja e está disposto a adquirir num determinado momento/preço. Efeito renda é a variação no consumo do bem/serviço provocada pelo aumento ou diminuição da renda. (Preço influencia o comportamento da demanda.) Efeito substituição: a renda do consumidor diminuirá quando o preço do café e chá subir, impossibilitando a manutenção do volume de consumo desses produtos. Faz com que o consumidor se volta para um produto substituto + barato. Demanda CAI Preço SOBE Oferta AUMENTA 2) Demanda de Mercado DM = soma das demandas individuais. 3) Fatores que Influenciam a Demanda Preço (mais $ - menor será a demanda). Preferência mudança na preferência = afetará a demanda. Renda afeta a decisão de compra. Preço dos bens substitutos – troca pelo de menor valor Qualidade do bem – baixa qualidade: consumidor exclui da cesta se houver renda para a substituição (sem renda = aceitação). Alessandra Montanher - UNICAMP Expectativa de Renda Futura – aquisição de imóvel. Tributações – taxas, impostos pesam sobre o bem, causam a diminuição da renda. 4) Demanda Efetiva É o volume de demanda para qual existe efetiva capacidade de pagamento. 5) Demanda Conjunta É quando a procura de um bem está relacionada à demanda de outro (relação de complementaridade). Pode diminuir ou acabar em função da mudança de hábitos dos consumidores ou inovações tecnológicas. Ex – CD, lapiseira. 6) A função geral da Demanda Quantidade de Demanda(Qd) = função do preço (renda, tributações,expectativas,qualidade etc.) 7) Demanda x Quantidade Demanda Quantidade de Demanda(ponto na curva) = conjunto das quantidades consumidas de determinado bem individualmente ou pelo mercado, por um determinado tempo e preço. 8) Oferta Oferta é a quantidade de bem/serviço produzido e orfertado no mercado, por determinado preço e tempo. Maior preço = Maior oferta. 9) Fatores que Influenciam a Oferta Preço ( preço elevado = estimula a produção // o preço do produto derivado custo de produção, se eles estiverem proximos haverá um desestímulo à oferta). Tecnologia – elevação da oferta em função da diminuição dos custos de produção, resultando em queda dos preços e no consequente aumento da demanda OU elevação do custo de produção em função de uma nova tecnologia empregada, tendo com consequencia preços de mercado mais altos, impedindo uma demanda maior. Preço dos fatores de produção (Pfp) – influenciam no custo de produção e o preço final do produto. Equilíbrio Podemos definir como equilíbrio de mercado a situação na qual as forças de demanda e as de oferta interagem a ponto de encontrar preço e quantidade satisfatórios às duas partes. Alessandra Montanher - UNICAMP 1) Fatores que Alteram o Equilibrio de Mercado Disponibilidade de bens Importância do bem em relação à renda Tributação Tabelamento de preços Elasticidade O conceito de elasticidade é usado para medir a reação das pessoas frente a mudanças em variáveis econômicas. Demanda elástica: consumidores reagem bastante quando o preço sobe ou desce. A elasticidade-preço da demanda (Ed) Bens elásticos: Ed > 1 // A variação percentual na quantidade excede a variação percentual no preço. Ou seja, os consumidores são bastante sensíveis a variações no preço. Bens inelásticos: Ed < 1 // A variação percentual na quantidade é menor que a variação percentual no preço. Ou seja, os consumidores são relativamente insensíveis a variações no preço. Demanda inelástica: demanda inalterada quando preço sobe ou desce. Outros Determinantes da Elasticidade Tempo: >tempo p/ procurar produtos substitutos > será a reação. Espaço: quanto a quantidade global mudará se o preço geral mudar, mas se uma única empresa muda seu preço a elasticidade é outra. Participação no Orçamento: se um bem representa pouco do orçamento total do consumidor a reação será menor a variações de preço. Bens Necessários versos bens supérfluos: necessidade: bem inelástico. Luxos: bem elástico. A elasticidade-preço da Oferta (Eo) Alessandra Montanher - UNICAMP
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