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INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 1 AULAS TECLOG DE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 2 SUMARIO PARTE 01 G Definição Logística; Logística Integrada; Áreas da Logística; Atividades da Logística; Desafios do Gerenciamento Logístico. PARTE 02 G Estudo Evolutivo das Definições de Logística; História da Logística; Atividade Evolução da Logística no Brasil. PARTE 03 G Tripé da Administração; Atividade Empresarial: Análise da Conjuntura e Tendências. PARTE 04 G Visão Geral da Atividade Empresarial; Cinco Forças Competitivas de M. Porter e Anexo. PARTE 05 G A Infraestrutura Logística: Atividade Textos Sobre A Logística Brasileira. PARTE 06 G Estudo das Competências do Técnico em Logística. PARTE 07 G Competências de Gestão; Conhecimentos Referentes ao Perfil Profissional. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 3 PARTE 08 G O Profissional da Logística: Habilidades Necessárias; Conhecimentos Necessários; Qualidades Pessoais; Vídeos Visão Profissional e Visão Empresarial. PARTE 09 G Análise Relação Economia e Logística; Análise Vídeo Economia Descomplicada. PARTE 10 G Logística Interna Empresarial; Análise Logística Interna na Indústria da Construção Civil. PARTE 11 G Definição Cadeia de Suprimentos; Dinâmica Cadeia de Suprimentos; Informações Referentes À Cadeia de Suprimentos; Análise Vídeo Supply Chain Management; Análise e Atividade Prodfor - Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores. PARTE 12 G Administração de Materiais: Conceito, Introdução, Palavras Chaves, Histórico, Evolução, Finalidade, Atividades e Buscas da Administração de Materiais; A Administração de Materiais; As Políticas; O Dever da Empresa; A Administração de Recursos. PARTE 13 G Suprimentos: Introdução; Gestão de Compras; EDI (Electonic Data Interchange, ou Intercâmbio Eletrônico de Dados); E-comerce; EDI x E-comerce. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 4 PARTE 14 G Transporte: Introdução aos Modais de Transporte; Transporte Aéreo; Transporte Ferroviário; Transporte Aquaviário: Marítimo, Fluvial e Lacustre; Transporte Rodoviário; Transporte Dutoviário. PARTE 15 G Armazenagem: Definição; Tipos de Armazenagem; Artigo Armazenagem e Logística. PARTE 16 G Movimentação: Objetivos; Importância; Conceito de Sistema; Aspectos Fundamentais; Formas de Movimentação; Controle da Movimentação de Material; Custos. PARTE 17 G Produção: Fluxo Produtivo; Processo da Realização do Produto (PRP); Principais Características do PRP; Utilização do PRP; O PRP – Processo de Realização do Produto. PARTE 18 G Distribuição: Introdução a Distribuição; O que a Logística Precisa Saber para a Distribuição; Processos da Distribuição; Circuitos de Distribuição; Distribuição - Seleção do Canal. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 5 PARTE 19 G Sistemas (Tecnologias da Informação): Funcionalidade da Informação e Princípios; Arquitetura da Informação; Reengenharia de Processos e Sistemas de Informação Logística; Sistemas e Tecnologias / LOGÍSTICA: ERP - Enterprise Resource Planning; WMS - Warehouse Management System; TMS - Transportation Management System; MRP - Material Requirement Planning; CRM - Customer Relationship Management. PARTE 20 G Custos Logísticos: Artigo Estratégias para Reduzir Custos Logísticos; Custos de Transporte; Custos de Armazenagem; Custos de Movimentação de Materiais; Custos de Estoques. PARTE 21 G Logística Reversa: A Logística Reversa; Objetivos da Logística Reversa; Exemplo de Produtos da Logística Reversa; Estudo de Caso Logística Reversa na CALOI; Estudo de Caso Logística Reversa na COCA-COLA e WALL MART; Artigo – Logística Reversa - Uma visão sobre os conceitos básicos e as práticas operacionais. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 6 INTRODUÇÃO Pessoal, Seguem estudos desenvolvidos para a disciplina de Introdução à Logística. Estes estudos estão montados dentro de uma ordem com o objetivo de desenvolver uma ampla idéia dos conceitos, atores, áreas de estudos e de atuação da logística. Com base nessas informações aqui montadas, poderemos de um modo geral observar a sua importância para os dias atuais e descobrir que diariamente estamos desenvolvendo a logística, seja em casa, na escola, na igreja ou no trabalho. O desenvolvimento da estrutura deste material ocorreu segundo uma ordem que pudesse facilitar o entendimento desta ciência, segundo Stone 1968, montada em mais de 20 partes e tentando facilitar o entendimento do todo além iniciar os estudos das demais disciplinas, de modo a posicioná-la em um “mapa” dentro do seu todo complexo da logística. Os materiais aqui dispostos possuem as mais diversas fontes que vão desde artigos publicados, recortes de livros, materiais de produtos e serviços de empresas de logística, alguns estudos por mim desenvolvidos entre outras fontes. A complexidade das fontes retiradas em seus diferentes tempos impossibilita dar o devido crédito a todas as fontes aqui utilizadas, uma vez que as informações deste material são recortes das aulas de Introdução a Logística dada em cursos anteriores. As citações das fontes foram feitas naquelas possíveis de serem realizadas de forma direta dentro do conteúdo. Espero que sejam úteis estas informações, e que acima de tudo possam ser aplicadas em seu dia a dia, seja em casa, na escola, na igreja ou no trabalho. Abraços e sucesso a todos; Luiz Henrique “Toda grande caminhada, tem sempre um primeiro passo” (anônimo) INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 7 PARTE 01G As aulas iniciais da disciplina de Introdução a Logística servem para apresentação do Programa de Disciplina e um breve resumo do que é logística, do profissional e das áreas de atuação. No Programa de Disciplina, apresenta-se a ementa, os conteúdos programáticos e os objetivos a serem conquistados com a disciplina. ANÁLISE O que é logística, o profissional da logística e as suas áreas de atuação: 1 - O QUE É LOGÍSTICA (Definição Logística Interna) 2 - O QUE É LOGÍSTICA, Segundo Carvalho, 2002, p. 31 (Definição Logística Ampla) Segundo Carvalho, 2002, p. 31 INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnicoem Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 8 3 – LOGÍSTICA INTEGRADA Dentro da logística integrada temos que fazer uma diferenciação entre as variantes da logística: A logística de abastecimento é a atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, o descarregamento no recebimento e armazenamento das matérias primas e concorrentes. Estruturação da modulação de abastecimento, embalagem de materiais, administração do retorno das embalagens e decisões sobre acordos no sistema de abastecimento da empresa. A logística de distribuição é a administração do centro de distribuição, localização de unidades de movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separação de pedidos, controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centro de distribuição e coordenação dos roteiros de transportes urbanos. Logística Integrada Logística de Abastecimento Logística de Distribuição Logística de Manufatura Logística Organizacional Logística Reversa Logística de Abastecimento Logística de Distribuição INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 9 A logística de manufatura é a atividade que administra a movimentação para abastecer os postos de conformação e montagem, segundo ordens e cronogramas estabelecidos pela programação da produção. Desovas das peças conformadas como semi-acabados e componentes, armazenamento nos almoxarifados de semi-acabados. Deslocamento dos produtos acabados no final das linhas de montagem para os armazéns de produtos acabados. A logística organizacional é a logística dentro de um sistema organizacional, em função da organização, planejamento, controle e execução do fluxo de produtos, desde o desenvolvimento e aquisição até produção e distribuição para o consumidor final, para atender às necessidades do mercado a custos reduzidos e uso mínimo de capital. Um outro fator importante que surgiu com a evolução da logística foi a Logística Reversa, que é a área da logística empresarial associada a retornos de produtos, reciclagem, substituição de materiais, reutilização de materiais, descarte de resíduos e reformas, reparos e remanufatura. A missão do gerenciamento logístico é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. Portanto, a logística deve ser vista como o elo de ligação entre o mercado e a atividade operacional da empresa. O raio de ação da logística estende-se sobre toda a organização, do gerenciamento de matérias-primas até a entrega do produto final. ANÁLISE Logística de Manufatura Logística de Organizacional Logística Reversa INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 10 4 - ÁREAS DA LOGÍSTICA A evolução da logística empresarial tem início a partir de 1980, com as demandas decorrentes da globalização, alteração estrutural da economia mundial e desenvolvimento tecnológico, tendo como conseqüência a segmentação da logística empresarial em três grandes áreas: Administração de materiais: que é o conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-prima até a entrada na fábrica; em resumo é “disponibilizar para produção”; sendo que participam desta área os setores de: Suprimentos, Transportes, Armazenagem e Planejamento e Controle de Estoques. Movimentação de materiais: transporte eficiente de produtos acabados do final de linha de produção até o consumidor; sendo que fazem parte o PCP (Planejamento e Controle da Produção), Estocagem em processo e Embalagem. Distribuição física: que é o conjunto de operações associadas à transferência dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção até o local designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços competitivos; em resumo é “tirar da produção e fazer chegar ao cliente”. Participam os setores de Planejamento dos Recursos da Distribuição, Armazenagem, Transportes e Processamento de Pedido. Administração de Materiais Movimentação de Materiais Distribuição física Áreas da Logística Administração de Materiais Movimentação de Materiais Distribuição Física INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 11 5 - ATIVIDADES DA LOGÍSTICA Atividades primárias da Logística · Transporte · Gestão de Estoque · Processamento de Pedidos As atividades primárias são primordiais para atingir os objetivos logísticos de custo e nível de serviços já que ou elas contribuem com a maior parcela do custo total da logística ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. Transportes: Atividade muito importante pois absorve de um a dois terços dos custos logísticos. É essencial, pois nenhuma firma moderna pode operar sem providenciar a movimentação de suas matérias-primas ou de seus produtos acabados de alguma forma. Adiciona valor de lugar ao produto. Gestão de Estoques: Para se atingir um grau razoável de disponibilidade de produto, é necessário manter estoques, que agem como reguladores entre a oferta e a demanda. Responsável por aproximadamente um a dois terços dos custos logísticos. Agrega valor de tempo ao produto. Processamento de Pedidos: Sua importância deriva no fato de ser um elemento crítico em termos de tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 12 Atividades de apoio · Armazenagem · Manuseio de Materiais · Embalagem · Obtenção · Administração de Informações Apesar de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos serem os principais elementos que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços, há uma série de atividades adicionais que apóiam estas atividades primárias. Elas são: Armazenagem: Refere-se à administração do espaço necessário para manter estoques. Envolve problemas como: localização, dimensionamento da área, arranjo físico, configuração do armazém. Manuseio de Materiais: Está associada com a armazenagem e também apóia a manutenção de estoques. Está relacionada à movimentação do produto no local de estocagem. Embalagem: Seu objetivo é movimentar bens sem danificá-los além do economicamente razoável. Obtenção: É a atividade que deixa o produto disponível para o sistema logístico. Trata da seleção das fontes de suprimento, das quantidades a serem adquiridas, da programação de compras e da forma pela qual o produto é comprado. Não deve ser confundida com a função de compras, pois esta envolve detalhes de procedimento, tais como a negociação de preços e avaliação de vendedores, que não são relacionados com a tarefa logística. Administração de Informações: Nenhuma função logística dentro de uma firma poderia operar eficientemente sem as necessárias informações de custo e desempenho. Manter uma base de dados com informações importantes - por exemplo: localização dos clientes, volumes de vendas, padrões de entregas e níveis de estoques - apóia a administração eficiente e efetiva das atividades primárias e de apoio. ANÁLISE Os estudos sobre o profissional e destas atividades, serão iniciadosnesta de disciplina de Introdução a Logística. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 13 Desafios do gerenciamento logístico: 1. Encurtar o fluxo logístico: As empresas tendem a encurtar os fluxos logísticos e trazê-los para próximo de suas plantas o que permite a operação adotando-se os princípios de Just-in-Time na entrega, e na fabricação, agilizando a colocação dos produtos no mercado. Entende-se por just-in-time como filosofia de manufatura baseada na eliminação de toda e qualquer perda e na melhoria contínua da produtividade. Envolve a execução com sucesso de todas as atividades de manufatura necessárias para gerar um produto final, desde o projeto até a entrega. Os elementos principais do Just-in-Time são: ter somente o estoque necessário, quando necessário; melhorar a qualidade tendendo a zero defeito; redução de tempo e tamanhos de lotes da produção; revisar as operações e realizar tudo isto a um custo mínimo. De forma ampla, aplica-se a todas as formas de manufatura, seções de trabalho e processos, bem como as atividades repetitivas. 2. Melhorar a visibilidade do fluxo logístico: A visibilidade do fluxo logístico é de vital importância para a identificação dos gargalos de produção e na redução dos estoques, para isto as barreiras departamentais devem ser quebradas e as informações compartilhadas. As estruturas devem ser voltadas para o mercado, caracterizadas pela qualidade dos sistemas de informação. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 14 3. Gerenciar a logística como um sistema: O processo logístico deve ser gerenciado de forma sistêmica, pela importância na combinação da capacidade de produção com as necessidades do mercado. É importante que o processo reconheça os inter-relacionamentos e interligações da cadeia de eventos que conectam fornecedor ao cliente. É importante entender que o impacto de uma decisão em qualquer parte do sistema causará reflexos no sistema inteiro. Os gerentes devem identificar como finalidade principal adicionar valor ao seu negócio pelo enfoque no fluxo de materiais. A logística tem como essência a preocupação de obter vantagem competitiva em mercados cada vez mais voláteis, sobrevivendo às empresas que conseguirem adicionar valor ao cliente em prazos cada vez menores. A finalidade principal de qualquer sistema lógico é a satisfação do cliente. Esta é uma idéia simples, nem sempre fácil de entender por gerentes envolvidos com o planejamento da produção ou controle de estoque, que parecem estar distante do mercado. O fato evidente é que todas organizações possuem o serviço ao cliente como meta. Em verdade, muitas pessoas de empresas bem sucedidas começaram a examinar os padrões de seus serviços internos para que todas as pessoas que trabalham no negócio compreendessem que elas deveriam prestar serviços para alguém, no caso o cliente. O objetivo deve ser estabelecido de uma cadeia de clientes, que liga as pessoas em todos os níveis de organização, direta ou indiretamente, ao mercado; o administrador é forçado a pensar e agir de forma sistêmica, transformando a logística, de ferramenta operacional em ferramenta estratégica para as empresas. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 15 PARTE 02 G Estudo Evolutivo das Definições de Logística Aqui, estudamos os conceitos de LOGÍSTICA, analisando-os, observando sua evolução no decorre do tempo. O objetivo dos estudos dos conceitos está em adquirir o conhecimento e a abrangência da importância da logística para os dias atuais. A aula de Introdução a Logística trata do estudo de 11 diferentes conceitos e definições de logística. O Objetivo de trabalhar estes diferentes conceitos está em também internalizarmos o porquê do estudo da logística e sua aplicação no mercado facilitando assim uma melhor análise de sua aplicação. Importante, observar os conceitos apresentados na aula anterior em Introdução a Logística DEFINIÇÕES 1. É o processo de planejamento, implementação e controle, de um eficiente e efetivo fluxo e armazenamento de produtos, serviços e respectivas informações, desde a origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender os requisitos do cliente. 2. É o movimento e manuseio de produtos desde o ponto de produção até o ponto de consumo ou uso. (American Marketing Association, 1948). 3. É o gerenciamento de todas as atividades que facilitam o movimento e coordenação da oferta e da demanda na criação de utilidades de local e de tempo. (Hesket et alli, 1964). 4. Logística é a arte e a ciência de determinar requisitos; adquiri-los e finalmente, mantê-los numa condição de disponibilidade operacional para sua vida inteira. (Stone 1968). 5. Logística Empresarial: é uma abordagem total do gerenciamento de todas as atividades envolvidas na aquisição física, movimentação e armazenagem de matérias primas, estoques em processos, e INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 16 estoques de produtos acabados, do ponto de origem ao ponto de uso. (Bernard J. La Londe et alli, 1970). 6. É o planejamento e a operação de sistemas físicos, informacionais e gerenciais necessários para que insumos e produtos vençam condicionantes espaciais e temporais de forma econômica. (Daskin, 1985). 7. Logística Integrada é uma lógica simples de dirigir o processo de planejar, alocar e controlar os recursos financeiros e humanos comprometidos com a distribuição física, apoio a manufatura e operações de compra. (Bowersox et alli, 1986). 8. Logística Empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria prima até o ponto de consumo final, assim como todos os fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável. (Ballou, 1987). 9. É o movimento eficiente de produtos acabados do fim da linha de produção para o consumidor, em alguns casos inclui o movimento de matérias primas da fonte de suprimento para o inicio da linha de produção. Essas atividades incluem frete, armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, controle de inventário, seleção de local de fábrica e armazém, processamento de pedidos, previsão de mercado e serviço ao cliente… (National Council of Physical Distribution Management – England, 1989). 10. A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, bem como, os fluxos de informações correlatas, através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presentes e futuras através do atendimento dos pedidos abaixo custo. (Christopher Martin, 1997). 11. Logística é o processo de planejamento, implementação e controle do fluxo eficiente e economicamente eficaz de matérias primas, estoques em processo, produtos acabados e informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes. (Council of Logistics Management 2000). ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 17 PARTE 03 GEstas aulas são utilizadas para uma análise da importância do estudo da logística e o porquê desta mobilização logística nos dias atuais. Iniciando estes estudos, focamos em observar como materiais (parte física – condição) situam-se em grau de estudo e importância no decorrer dos tempos, e como hoje tanto impacta no perfil das concorrências. Completando estes estudos, iniciamos a um histórico da economia dos últimos 20 anos, buscando identificar este perfil de mudança de comportamento quanto a materiais e, assim, quanto à própria logística. As aulas seguintes, concluirá tais análises. 1-TRIPÉ DA ADMINISTRAÇÃO A ciência da administração apoia-se no seguinte tripé: FINANÇAS Mola propulsora MATERIAL Condição para o processo produtivo PESSOAL Aciona o processo produtivo (definir as três áreas que se entrelaçam com importâncias iguais). Para que exista uma administração perfeita, é necessária uma harmonia entre estas 3 áreas. Um entrosamento tal que uma fique dependente da outra, porque elas se entrelaçam e se confundem dentro do fluxo administrativo. Nada se pode fazer sem capital, bem como sem material. Somente com estes dois, não temos condições de administrar, pois há a falta do elemento humano que irá acionar todo o processo produtivo. Não deverá existir diferença no nível hierárquico entre estas áreas, pois têm a mesma importância para o bom funcionamento da empresa. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 18 2-ATIVIDADE EMPRESARIAL – O AMBIENTE EMPRESARIAL ANALISE DA CONJUNTURA Mudanças, mudanças, mudanças sem numeração. 1) Abertura da economia brasileira – 1990; 2) Aumento da concorrência: + empresas, + diversificação, + negócios; 3) Estabilidade da economia: menos inflação, empresas + enxutas; 4) Maior exigência do consumidor: + campanhas educativas, código de defesa do consumidor; 5) Globalização: chegada de preços e produtos mais competitivos (livre comercio); 6) Pressões sociais: negociações trabalhistas, valorização dos salários (menos empregados para ser mais competitivas); 7) Aumento da preocupação com o meio ambiente: maior controle sobre o impacto ambiental; 8) Governo: Aumento da carga tributária (+ de 50 taxas e impostos), constantes mudanças na legislação; 9) “Custo Brasil”: alto custo de infra-estrutura (transporte, impostos, sindicatos, etc.: gera aumento dos preços dos produtos. Estudamos o tripé da administração e as mudanças ocorridas na economia brasileira e mundial nos últimos 20 anos. Agora observaremos as tendências das novas mudanças a serem observadas, para depois fazer uma análise da concorrência segundo as cinco forças competitivas de M.Porter e uma rápida análise do que é o produto e recursos utilizados na sua atividade produtiva. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 19 1-TENDÊNCIAS DE OUTRAS NOVAS MUDANÇAS 1) Aumento da globalização: Ainda mais competição entre as empresas; 2) Aumento da geração de conhecimento e informação: Maior acesso e mais facilitado para o uso da empresa; 3) Aumento da aplicação de TI (Tecnologia da Informação) nas empresas: Automação da produção e automação da gestão; 4) Contínua redução dos preços dos produtos; 5) Aumento da geração de novos produtos – novos preços – novas Tecnologias: Inovação nas empresas; 6) Aumento ainda maior da pressão para redução do impacto ambiental: Reaproveitamento da sobra de produção usa de materiais recicláveis, etc.; 7) Diminuição da disposição de matérias primas e recursos como: Água, energia, etc. (questões ambientais); 8) ISO 14000 (normas ambientais) e ISO 9001 (normas gerais): Exigência da qualidade atestada. ANÁLISE ESPAÇO DA EMPRESA Disputa de Mercado Pressão dos Consum. ISO 9001 Exigências Ambientais Impostos Elevados Pressão Trabalhista INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 20 PARTE 04 G VISÂO GERAL DA ATIVIDADE EMPRESARIAL PRODUTO: Resultado final do processo e produção (através da utilização de recursos). RECURSOS: Tudo que é usado pela empresa (máquinas, pessoal, materiais, capital, instalações, energia, insumos em geral, informações). Atividade produtiva da empresa, gerando os produtos a partir do uso dos recursos. As pressões do ambiente restringindo o espaço da empresa. CINCO FORÇAS COMPETITIVAS DE M. PORTER INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 21 Maximiano (2006) afirma que “o entendimento das forças competitivas de um ramo de negócios é fundamental para o desenvolvimento da estratégia”. Assim, Serra, Torres e Torres (2004) afirmam que a análise do ambiente externo pode ser realizada por meio do modelo de cinco forças da competitividade, desenvolvido por Michael Porter na década de 70. O modelo possibilita analisar o grau de atratividade de um setor da economia. Este modelo identifica um conjunto de cinco forças que afetam a competitividade, dentre os quais uma das forças está dentro do próprio setor e os demais são externos. Ou, como afirma Aaker (2007), “a atratividade de um segmento ou mercado, medida pelo retorno de longo prazo sobre o investimento de uma empresa média, depende, em grande parte, dos cinco fatores que influenciam a lucratividade”. (Fonte: http://www.administracaoegestao.com.br) Figura – Representação gráfica do modelo de cinco forças de Michael Porter. Fonte: http://www.administracaoegestao.com.br ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 22 PARTE 05 G A Infra-estrutura Logística Atividade em sala textos de logística: Matérias: 1 - Pesquisa aponta logística como o maior gargalo do País; 2 - Exportação de carros esbarra na logística brasileira; 3 - Governo conclui 70% das obras do PAC em logística. Dados PAC: Veja a execução orçamentária do PAC até dezembro de 2009 INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 23 INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 24 Fonte:http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/infografico/2010/02/25/veja-a-execucao-orcamentaria-do-pac-ate-dezembro- de-2009.jhtm ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 25 PERTE 06 G ESTUDO DAS COMPETÊNCIAS DO TÉCNICO EM LOGÍSTICA 1-PERFIL PROFISSIONAL Este perfil é estabelecido a partir de competências profissionais de caráter geral, acrescido das competências específicas por habilitação, ambas direcionadas, para a laborabilidade frente às mudanças e adequadas às condições locais e regionais. Foram utilizados dados definidos pela equipe técnica e docente, utilizando-se como subsídios às diretrizes curriculares nacionais para aeducação profissional de nível técnico, os referenciais curriculares da área industrial divulgados pelo MEC e estudos de outras unidades do Sistema SENAI. Estas competências significam: 1. Domínio das bases tecnológicas, ou conjunto sistematizado de conceitos, princípios e processos tecnológicos, resultantes da aplicação de conhecimentos científicos à área da indústria e que dão suporte às competências; 2. Capacidade de mobilização, de forma articulada, dos saberes e habilidades necessárias à obtenção de resultados produtivos, compatíveis com os padrões de qualidade requisitados nas produções da área. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 26 2-COMPETÊNCIA GERAL Planejar, executar e controlar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos, produção e distribuição de bens e serviços, em conformidade com as normas de saúde, higiene, meio ambiente e segurança e legislação vigente. 3-COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS 3.1-UNIDADE DE COMPETÊNCIA 01 Planejar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos, produção e distribuição de bens e serviços: Identificar os dados da demanda; Definir os recursos internos e externos; Elaborar cronograma físico e financeiro das operações; Definir os indicadores de controle das operações; Elaborar o plano operacional das operações dos processos logísticos; Elaborar planos de contingência. 3.2-UNIDADE DE COMPETÊNCIA 02 Executar as operações dos processos logísticos, atendendo a suprimentos de bens e serviços: Operacionalizar o plano de trabalho de suprimentos; Administrar as operações de transportes Inbound; Administrar estoques de materiais; Administrar embalagens; Elaborar relatório periódico referente às atividades. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 27 3.3-UNIDADE DE COMPETÊNCIA 03 Executar as operações dos processos logísticos, atendendo a produção de bens e serviços: Operacionalizar o plano de trabalho da produção; Abastecer a linha de produção; Destinar embalagens e resíduos da produção; Armazenar produtos acabados da produção; Elaborar relatório periódico referente às atividades. 3.4-UNIDADE DE COMPETÊNCIA 04 Executar as operações dos processos logísticos, atendendo a distribuição de bens e serviços: Operacionalizar o plano de trabalho de distribuição; Administrar a distribuição de produtos acabados (expedição); Administrar as operações de transportes Outbound; Administrar embalagens em distribuição de produtos acabados; Elaborar relatório periódico referente às atividades. 3.5-UNIDADE DE COMPETÊNCIA 05 Controlar as operações dos processos logísticos atendendo a suprimentos, produção e distribuição de bens e serviços: Monitorar os indicadores estabelecidos no planejamento; Mensurar o desempenho dos processos e das atividades logísticas; Comparar os resultados obtidos; Realizar ajustes e melhorias; Elaborar relatório periódico referente às atividades. ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 28 PERTE 07 G 3.6-COMPETÊNCIAS DE GESTÃO Respeitar e fazer respeitar os procedimentos técnicos, legislação específica de saúde, segurança e meio ambiente; Participar de grupos de trabalho da área técnica da empresa com a finalidade de analisar melhorias nos serviços/produtos; Prever racionalmente os recursos materiais requeridos para a industrialização do serviço / produto, considerando os aspectos técnicos, ergonômicos e econômicos; Antecipar possíveis problemas durante o processo de produção; Demonstrar atitude pró-ativa frente às mudanças tecnológicas, organizativas, profissionais e sócio-culturais do mundo do trabalho; Possuir uma visão global e coordenada de todas as fases do desenvolvimento do produto, considerando conjuntamente os aspectos técnicos, organizativos, econômicos e humanos do processo de fabricação; Adaptar-se as mudanças tecnológicas, organizativas, profissionais e sócio-culturais que incidem nas suas atividades profissionais; Analisar alternativas e tomar decisão na resolução de problemas que afetam atividades sob sua responsabilidade ou que lhe são delegadas; Coordenar equipes de trabalho, identificando potencialidades e capacitando seus integrantes; Coordenar equipes de trabalho aplicando ferramentas de gestão e garantia da qualidade; Resolver situações de conflito, analisando as variáveis envolvidas e suas possíveis causas, buscando o consenso na resolução dos impasses ocorridos; Atuar em equipe cooperando com os integrantes e demonstrando postura crítica e ética; Desenvolver a liderança da equipe com dinamismo, iniciativa, criatividade e responsabilidade. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 29 3.7-CONHECIMENTOS REFERENTES AO PERFIL PROFISSIONAL Modais de transporte e suas infra-estruturas. Equipamentos de movimentação. Estruturas de armazenagem. Custos. Gestão de estoques. Normas de segurança, saúde, higiene e meio ambiente. Documentação específica. Legislação vigente nacional e internacional. Sistema de informação. Ferramentas de gestão de materiais. Inventário. Logística internacional. Métodos de previsão de demanda. Ferramentas da qualidade. Métodos de gestão de processos. Métodos de resolução de problemas. Movimentação. Tempos e métodos da operação logística. Estruturas de armazenagem. Normas de segurança, saúde, higiene e meio ambiente. Sistemas de abastecimento de linha de produção. Noções de planejamento e controle da produção (PCP). Sistema de informação. Inglês técnico. Layout. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 30 Estocagem. Roteirização. Automação. Níveis de serviços. Logística reversa. Embalagens: recebimento/capacidade. Noções de manutenção. Gerenciamento de riscos. Cargas especiais. Visão estratégica comercial. Visão estratégica de negócios. Banco de dados – linguagem SQL. Sistema de gestão. Controle de atendimento. Editor avançado de planilhas. Legislação aduaneira. Avaliação de desempenho de processos. Benchmark. Custos logísticos, receita e margem versus provisionado. Fornecedores. Investimentos: gestão orçamentária. Prazos de atendimento. Estruturação de relatórios. Capacidade de pesquisa. Técnicas de elaboração de projetos (planejamento). Atividade do Por quê? Escolher 10 marcações do dia 7, compreendendo os itens 3.6 e 3.7 das competências de Gestão, reescrevê-las em nova folha respondendo abaixo de cada uma o por que de sua importância para um profissional que atuará na logística. ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 31 PARTE 08 G O Profissional da Logística Quais são os requisitos para ser um Profissional da Logística? São funções que exigem aptidões, conforme a natureza destaspodem ser especializadas, médias ou inferiores. Considera-se Pessoa Qualificada, a que executa com perícia, todas as tarefas e operações de sua ocupação, mediante um sistema de formação, tais pessoas devem possuir conhecimentos tecnológicos, que lhes permitem resolver os problemas de seu trabalho, devem ter por fim, elevada capacidade de julgamento. ANÁLISE 1- Habilidades Necessárias Social Saber lidar com pessoas. Digitação Saber digitar e lidar com computadores. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 32 Falar Saber falar com outras pessoas para obter informações eficientemente. Ouvir com atenção Saber prestar total atenção a que outras pessoas estão dizendo, tentando entender o que estão dizendo, os pontos colocados e fazer perguntas adequadas além de não interromper em horas inadequadas. Aprender Entender as implicações de novas informações para resolução e decisões sobre problemas atuais e futuros. Matemática Usar a matemática para resolver problemas. Compreensão oral Saber ouvir e entender informação e idéias apresentadas por palavras e frases orais. Sensibilidade a problemas Saber distinguir quando algo está (ou irá ficar) errado. Não significa que irá resolver o problema porém saber identificar quando existe um problema. Raciocínio dedutivo Saber aplicar regras gerais a problemas específicos para produzir respostas que façam sentido. Organização de informação Saber arranjar coisas ou ações em uma certa ordem ou padrão segundo uma regra ou conjunto de regras específicas (ex: padrão de números, letras, palavras, imagens, operações matemáticas). Em resumo, saber organizar mercadorias eficientemente em locais pequenos e cheio de mercadorias. Destreza manual Habilidade em rapidamente mover a mão ou mão e braço ou duas mãos de modo a segurar, manipular ou montar objetos. Coordenação dos membros Habilidade de coordenar (sentado, de pé ou deitado) dois ou mais membros (duas mãos ou duas pernas ou uma mão e uma perna). Visão de perto Habilidade de ver detalhes bem de perto. Comunicação oral Saber comunicar eficientemente (de modo que outras pessoas possam entender) informações ou idéias ao falar. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 33 Raciocínio indutivo Habilidade de combinar informações para formar regras ou conclusões gerais e, também, a habilidade de encontrar relações entre eventos aparentemente sem relações. Força estática Habilidade de exercer força muscular para levantar, empurrar, puxar ou carregar objetos 2- Conhecimentos Necessários Devem conhecer as técnicas e características das funções com que trabalham. 3- Qualidades Pessoais Organizado Manter sempre em constante ordem os estoques e identificar os mesmos com exatidão numa adversidade de material Confiabilidade Ser confiável, responsável e cumpridor de seus deveres. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 34 Atenção a detalhe Ser cuidadoso com detalhes e completo ao executar seu trabalho. Saber trabalhar com precisão, detalhista ao registrar entradas e saídas de mercadorias em estoque. Cooperação Ser agradável e prestativo com outras pessoas. Preocupação com outras pessoas Ter sensibilidade às necessidades de outras pessoas e ajudá-las quando necessário. Auto controle Controlar emoções e evitar comportamento agressivo mesmo em situações difíceis. Ao lidar com clientes saber ser profissional e ter maturidade para saber lidar com clientes que algumas vezes ficam zangados. Saber ser calmo e não tomar o assunto como pessoal. Integridade Ser honesto e ético. Persistência Ser persistente em face de obstáculos. Iniciativa. Aceitar responsabilidades e desafios. Orientação social Preferir trabalhar com outros a sozinho. ANÁLISE Análise do Profissional (Visão do Perfil Pessoal) Análise Gerencial (Visão da Empresa) INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 35 PARTE 09 G ANÁLISE DA RELAÇÃO ECONOMIA E LOGÍSTICA ECONOMIA “A economia é a ciência voltada para a administração dos escassos recursos das sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas pelo comportamento humano na disposição onerosa do mundo exterior, decorrente da tensão entre desejos ilimitáveis e meios limitados” (Barre). 1-DEFINIÇÕES: 1-LIONEL ROBBINS “A economia é a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos”. 2-UMBREIT, HUNT E KINTER “A economia é o estudo da organização social através do qual os homens satisfazem suas necessidades de bens e serviços escassos”. 3- LEFTWICH “Ao se ocupar das condições gerais do bem-estar, o estudo da economia inclui a organização social, que implica distribuição de recursos escassos entre necessidades humanas alternativas, com a finalidade de satisfazê-las a nível ótimo”. 4-BARRE “A economia é a ciência voltada para a administração dos escassos recursos das sociedades humanas: ela estuda as formas assumidas pelo comportamento humano na disposição onerosa do mundo exterior, decorrente da tensão entre desejos ilimitáveis e meios limitados”. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 36 5-STONIER E HAGUE “Não houvesse escassez nem necessidade de repartir os bens entre os homens, não existiriam sistemas econômicos nem economia. A economia é, fundamentalmente, o estudo da escassez e dos problemas dela decorrentes”. 6-ADELPHINO TEXEIRA DA SILVA “Economia é a ciência que estuda as relações humanas denominadas econômicas, avaliáveis em moedas e tendo por fim um consumo”. Ao estudarmos as seis definições de economia, podemos traçar pelo menos quatro elementos comuns: 1. As necessidades são ilimitadas. Os seres humanos e a sociedade tendem a gastar mais do que ganham ou possuem. 2. Os recursos são escassos. Segundo Stonier e Hague, se não houvesse escassez não haveria economia. 3. Há uma tensão entre desejos e os meios para adquiri-los, segundo Barre. Temos então uma preocupação comportamental e social da economia. 4. São avaliáveis em dinheiro. Têm, portanto, um valor econômico e preço. Alguns exemplos de atividades econômicas: 1. Compra de bens e serviços; 2. Prestação de serviços remunerados; 3. Produção econômica em geral; 4. Emprego de capitais para fins produtivos; 5. Pagamento de aluguéis; 6. Venda de bens; 7. Recebimento de juros; 8. Importação e exportação de mercadorias; 9. Recebimento de pensões e auxílios do governo (transferências); 10. Distribuição dos lucros das empresas entre os seus sócios ou acionistas. 2-A MACROECONOMIA CUIDA Das relações globais; Das relações entre povos e nações, sob aspecto econômico; Da moeda e de sua circulação e da relação desta moeda com os demais países; Da capacidade de emprego e do nível de atividade (ou ociosidade). INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 37 3-A MICROECONOMIA CUIDA Das relações econômicas entre indivíduos, empresase comunidades locais; Das relações econômicas das compras de matéria-prima, acessórios, transportes, armazenamentos, embalagens etc. e da colocação desses produtos no ponto de venda; Do preço de compra e de venda, do valor e do giro dos estoques; Do fluxo de caixa e dos empréstimos, financiamentos e poupanças de pessoas, empresas e pequenas comunidades. Todos os seres humanos são seres econômicos. As relações econômicas existem desde o início da vida em sociedade. Assim, todas as relações de troca de bens e serviços, desde os primórdios da história do homem, mesmo quando existia a simples troca entre mercadorias, são consideradas relações econômicas. Vamos exercitar esta ação: quando você tem uma necessidade qualquer, digamos que você tem fome e necessita se alimentar vai a uma lanchonete fazer o pedido de um lanche e é servido. Ao final, você necessita pagar por aquele alimento que você consumiu. Esta ação é uma atividade econômica na qual você identificou a sua necessidade, solicitou um bem para atender a esta necessidade e realizou o pagamento em moeda. A Economia de Mercado funciona com milhões de ações como esta, desenvolvendo a comercialização de bens e serviços para atender às diversas necessidades do ser humano. As explicações de como são realizadas estas relações econômicas são esclarecidas pela Macroeconomia e pela Microeconomia. A macroeconomia tenta responder a questões realmente “relevantes” da vida econômica: pleno emprego ou desemprego, produção a plena capacidade ou ociosidade, taxa satisfatória ou insatisfatória de desenvolvimento, inflação ou estabilidades dos níveis de preços. A microeconomia visa explicar como a empresa individual decide qual será o preço de venda de um produto em particular, que montante de produção maximizará seus lucros e qual a combinação mais baixa possível de custos de mão-de-obra, matérias-primas, bens de capital e outros insumos, com vistas à obtenção de determinado produto. Preocupa-se, também, com a forma pela qual o consumidor determina a distribuição de seus gastos entre os muitos produtos e serviços que estão à sua disposição, de tal modo que possa maximizar o benefício auferido. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 38 ANÁLISE São sete pequenos vídeos, tratando de seis importantes assuntos: 1. Fundamentos da Economia; 2. Microeconomia; 3. Macroeconomia; 4. Economia do setor Público; 5. Economia Internacional; 6. Crescimento Econômico. Focaremos inicialmente, alguns pontos relacionados aos três primeiros vídeos, abordando os fundamentos da economia e a microeconomia, por maior relação inicial entra as análises da ECONOMIA x LOGÍSTICA: FUNDAMENTOS DA ECONOMIA (vídeo 1 de 7) Inflação, desemprego, crescimento econômico, pobreza, distribuição de renda, o local onde moramos, as roupas que vestimos, os alimentos que ingerimos, o salário que recebemos. São assuntos que discutimos diariamente economia, mesmo que não percebamos. A palavra Economia: INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 39 Importante conhecer a ciência econômica, que nos fornece as ferramentas para conhecer os problemas que nos cercam. A análise econômica pode nos ajudar a conhecer o nosso dia-dia. Objeto de Estudo da Economia: O homem tenta satisfazer primeiramente suas necessidades básicas: alimentação, vestuário, moradia. Depois, passa a desejar outras coisas: carro, casa maior, viagem de férias. Na prática o homem nunca está satisfeito. O Problema: Não há recursos disponíveis para todo mundo. Logo: Objeto de Estudo da Economia é a ESCASSEZ. Quadro do Objeto de Estudo da Economia: O que, como e para quem produzir: INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 40 As respostas destas perguntas vão depender da organização da economia vigente: 1) Lei da Oferta e da Demanda: Os mecanismos de preços resolvem todos os problemas. Sobram bens, o preço cai; Faltam bens, o preço sobe. No final, sempre haverá equilíbrio; 2) Economias com planejamento central: O estado é proprietário de tudo e decide tudo (exemplos próximos: China e Cuba); 3) Economia Mista: é o mais comum, onde governo e mercado interagem juntos na busca de soluções dos problemas econômicos. Custo de Oportunidade: Vivemos sempre em situação de escolha: aplicar em poupança ou em previdência privada. Exemplo: capital utilizado para em um negócio. O custo de oportunidade poderia ser o resultado de tê-lo aplicado em um fundo de investimento. É o que se deixaria de ganhar com algo por ter preferido outro. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 41 MICROECONOMIA (vídeos 2 e 3 de 7) Em uma economia de mercado, o mecanismo de preço resolve os problemas fundamentais da economia: O que, como e para quem produzir: A microeconomia estuda como os preços podem harmonizar a oferta e a demanda, gerando equilíbrio. Muitos bens ofertados: os preços devem cair para serem vendidos; Se as pessoas quiserem comprar muito: o preço deve subir. Assim, o mercado usa os preços para tentar conciliar as decisões sobre consumo e produção. Lei da Oferta x Demanda DEMANDA: Demanda ou procura, é a quantidade de determinada mercadoria que os compradores desejam adquirir de acordo com cada preço dado. Exemplo Demanda: barras de chocolate. Tabela Demanda: barras de chocolate. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 42 Gráfico Demanda: barras de chocolate. A quantidade da DEMANDA é negativamente relacionada ao preço, ou seja, é inversamente proporcional ao preço. Outros fatores são importantes para DEMANDA além do preço do bem ou serviço: - Manteiga e Margarina; - Pão e Manteiga (ex.: se o preço do pão aumentar, diminui o consumo da margarina); - Mais dinheiro, mais se compra (bens normais e bens inferiores) Reação oposta ao crescimento da renda, onde se crescendo a renda aumenta a venda dos bens normais e diminui a dos bens inferiores, e vice-versa (ex.: carne de primeira x carne de segunda); - Moda, mudanças sociais, etc. OFERTA: É a quantidade de mercadoria que os vendedores querem oferecer de acordo com cada preço dado. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 43 Exemplo Oferta: barras de chocolate. Tabela Oferta: barras de chocolate. Gráfico Oferta: barras de chocolate. A quantidade da OFERTA é positivamente relacionada com o preço, ou seja, é diretamente proporcional ao preço. Reta ascendente inclinada para cima. Outros fatores são importantes para OFERTA além do preço do bem ou serviço: À medida que a tecnologia é melhorada, ocorre uma redução nos custos e pode-se assim incrementar a produção; Se alguns dos insumos (ou recursos) ficam mais baratos, a produção fica mais lucrativa, logo os produtores passam a oferecer mais desses produtos A Logística pode atuar fortemente nestes dois critérios. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística– Módulo 1 – Luiz Henrique Página 44 RELAÇAO OFERTA E DEMANDA O Preço de Equilíbrio: O mercado é conduzido naturalmente pelas ações de compradores e vendedores Levando a um ponto de equilíbrio entre oferta e demanda. Se houver desequilíbrio: Preço maior, haverá um excesso de oferta: INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 45 Preço menor, haverá um excesso de demanda: Tanto um como outro, o sistema forçaria para um ponto de equilíbrio: Estrutura de Mercado Existente Atuando Sobre Os Preços: Os dois extremos: CONCORRÊNCIA PERFEITA e MONOPÓLIO CONCORRÊNCIA PERFEITA Bases: No modelo de concorrência perfeita, as empresas têm o mesmo preço e tudo que é ofertado é vendido. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 46 MONOPÓLIO Bases: No modelo de monopólio, as empresas tendem a produzir menos que o mercado necessita e com mais do que deveriam. Neste caso, importante atuação do governo para impedir as conseqüências negativas do monopólio além de tentar impedir sua existência quando possível. Existem os monopólios naturais, onde: Ex.: Distribuição de energia elétrica. ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 47 PARTE 10 G LOGÍSTICA INTERNA Logística Interna: São atividades associadas com o recebimento, armazenagem e distribuição dos insumos para a produção, tais como manuseio de material, controle de estoque de matérias-primas, partes e componentes, programação de veículos, devoluções a fornecedores, etc. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 48 ATIVIDADES RELACIONADAS A logística interna começa no momento em que a demanda é identificada e o pedido é confirmado. Ela inclui toda a movimentação de materiais até o momento em que o produto ou serviço solicitado é entregue ao cliente. Também inclui ações complementares, como devoluções, trocas, manutenção e monitoramento. ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 49 INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 50 INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 51 LOGÍSTICA INTERNA NA INDUSTRIA DA CONSTRUÇAO CIVIL É como se, a cada três prédios construídos: 1 m² de construção demanda 1 tonelada de materias Gasta-se em média 27% de peso a mais que o preciso 270 quilos por m² construído viram entulhos INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 52 Um virasse entulho: ANÁLISE Escolha uma empresa e relate como funciona sua logística interna quanto a: Suprimentos, Produção e Distribuição. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 53 PARTE 11 G CADEIA DE SUPRIMENTOS Estas aulas abordaram em Introdução a Logística, a parte da definição da cadeia de suprimentos e do seu gerenciamento, que é o SCM - Supply Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos). 1-CADEIA DE SUPRIMENTOS Relembrando: Segundo Carvalho, 2002, p. 31 DEFINIÇÃO É o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 54 SCM - Supply Chain Management : A cadeia de suprimentos é uma rede de vários negócios e relações entre diversas empresas. A gestão da cadeia de suprimentos, está relacionada à maneira pela qual as relações e a integração entre os elos da cadeia, a tomada decisão, o compartilhamento das informações e o gerenciamento das operações ocorrem. Exemplificação Gráfica É uma abordagem de gestão empresarial voltada a oferecer o máximo de valor agregado nos produtos e serviços ao cliente e o máximo de retorno sobre o investimento do ativo fixo (o investimento das organizações no negócio), através da gestão efetiva e otimizada dos fluxos de materiais, produtos, informações e recursos financeiros, de extremo a extremo da cadeia (do início ao fim da área de atividade), desde as fontes de suprimentos até o consumidor final. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 55 É a integração de todos os componentes da cadeia de negócios, sem verticalizar (assumir a operação) as atividades, mas com a focalização (dedicação ao que é importante) de cada empresa em seu negócio principal. Cadeia de Suprimentos – (Dinâmica: Simulação de diferentes mercados, diferentes cadeias de suprimentos) Desenvolvimento de uma importante dinâmica, onde simulamos um desenvolver de toda uma cadeia de suprimentos (produto qualquer), baseando suas variações de resultados em negociações realizadas entre os alunos. A dinâmica se resume em uma divisão dos alunos em diferentes mercados, onde cada um desses mercados possui uma cadeia formada por quatro seguimentos. (representado pela imagem abaixo): Cada empresa que compõe esta cadeia possui suas recomendações quanto ao % e valores de aquisição e vendas de seus produtos, onde cabe a cada empresa a tomada de decisão quanto as suas ações comerciais. Na ocasião, as variações de valores se darão apenas mediante decisões quanto ao % de ganho pretendido por cada empresa e aos valores conseguidos mediante negociação Fornecedor – Cliente. Resultados, análise das comparações obtidas versus melhor ou pior cenários após conclusão da dinâmica. ANÁLISE INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 56 2-EXEMPLO: A CADEIA DE SUPRIMENTOS DE SUCO DE LARANJA CONCENTRADO 3-COMO FAZER LOGÍSTICA? Conhecendo e administrando conjuntamente os fluxos logísticos. 4-FLUXOS LOGÍSTICOS São os caminhos percorridos pelos materiais e pelas informações que colocam estes materiais em movimento, dentro de cada organização e entre organizações diferentes. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 57 FLUXO LOGÍSTICO: RELAÇÕES DIRETAS DA EMPRESA 5-PROBLEMA ENFRENTADO PELA LOGÍSTICA Recursos e consumidores estão espalhados por uma grande área geográfica; Consumidoresnão residem próximo onde os produtos são produzidos. 6-OBJETIVO DA LOGÍSTICA Levar a quantidade exata do produto certo ao lugar adequado na hora correta pelo preço justo; Diminuir o hiato entre produção e demanda de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição que desejarem; Elevar o nível de serviços; Reduzir Custos. 7-LOGÍSTICA EMPRESARIAL É a administração integrada dos fluxos das informações e dos materiais nas empresas e cadeias produtivas, partindo da demanda do cliente final e indo até a fonte de matéria-prima. (Council Logistics Management) 8- FLUXOS DE INFORMAÇÃO A logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos FLUXOS DE INFORMAÇÃO. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 58 Colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a custo razoável. Exemplo de Quadro do Fluxo de Informações da Cadeia de Suprimentos INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 59 9-CADEIA DE SUPRIMENTOS / ABASTECIMENTO A logística implica tanto o suprimento físico como a distribuição física. A área da logística aparece também representada por nomes como: Transporte; Distribuição; Distribuição física Suprimento e distribuição; Administração de materiais; Operações e logística. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 60 Uma cadeia de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente. A cadeia inclui todas as funções internas da organização e todos os agentes envolvidos no atendimento ao cliente/consumidor. O princípio básico da cadeia de suprimentos é sincronizar todos os processos de obtenção, movimentação e entrega dos materiais, desde o ponto de origem, até o ponto de consumo, utilizando-se de um conjunto de operações logísticas. 10- INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA E FLEXIBILIDADE: VISÃO DE TRABALHO O atual cenário no ambiente de negócios: Globalização; Desenvolvimento tecnológico; Aldeia global » Realidade; Demanda de novos mercados; INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 61 Formação de blocos econômicos; Quebra de barreiras alfandegárias; Grande concorrência. NOVO AMBIENTE DE NEGÓCIOS SUPPLY CHAIN MANAGEMENT » ALIANÇAS E TERCEIRIZAÇÕES INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 62 Surge novas formas de Relacionamento Inter-firmas. O advento da integração, colaboração e interdependência propiciada pela tecnologia da informação. SUPPLY CHAIN MANAGEMENT A cadeia de suprimentos é uma rede de vários negócios e relações entre diversas empresas. A gestão da cadeia de suprimentos está relacionada à maneira pela qual as relações e a integração entre os elos da cadeia, a tomada decisão, o compartilhamento das informações e o gerenciamento das operações ocorrem. É uma abordagem de gestão empresarial voltada a oferecer o máximo de valor agregado nos produtos e serviços ao cliente e o máximo de retorno sobre o investimento do ativo fixo (o investimento das organizações no negócio), através da gestão efetiva e otimizada dos fluxos de materiais, produtos, informações e recursos financeiros, de extremo a extremo da cadeia (do início ao fim da área de atividade), desde as fontes de suprimentos até o consumidor final. É a integração de todos os componentes da cadeia de negócios, sem verticalizar (assumir a operação) as atividades, mas com a focalização (dedicação ao que é importante) de cada empresa em seu negócio principal. Exemplo prático: A indústria automobilística, no exemplo da fábrica de caminhões da Volkswagen, buscou em toda a cadeia de fornecedores a otimização máxima ao seu negócio, entregando a eles parte das funções de montagem dos veículos. ECR – Efficient Consumer Response É um movimento de racionalização da cadeia varejista. Seu significado em português é Resposta Eficiente ao Consumidor. Um modelo estratégico de negócios, no qual fornecedores e varejistas trabalham de forma integrada, visando melhorar a eficiência da cadeia logística, de forma a entregar maior valor ao consumidor final. A abordagem sobre a Administração da Cadeia de Suprimentos vai focar o atual estágio no Brasil, procurando mostrar que o sonho da saída do produto do fornecedor até o ponto de vendas é possível, mas ainda há uma série de providências operacionais para sua implantação. O conceito de abastecimento, ou da logística, objetiva buscar acima de tudo a satisfação plena dos clientes em seus anseios, ou seja, busca equacionar toda a cadeia de suprimento de forma a atender às necessidades dos consumidores de forma completa, mas alcançando os objetivos financeiros da organização. A exemplo, o consumidor dos grandes centros procura cada vez mais conveniência. Desde um home banking até uma pizza entregue quentinha em casa, ou compras pela internet, o desafio maior é tornar essas operações viáveis, e esse é o trabalho da logística. Há, entretanto, um entrave maior, que é o da lucratividade — a Amazon, maior empresa do mundo em vendas de livros e similares, perdeu muito dinheiro no início de suas operações. FUNCIONAMENTO DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS GANHA-GANHA Vejamos o exemplo do consumidor de cerveja em lata de alumínio. Seu perfil, como consumidor, se pesquisarmos em maiores detalhes, busca sua satisfação: No sabor do produto; INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 63 Na fácil disponibilidade de aquisição para não manter estoques em sua residência; No preço de compra. Para atender a estes requisitos de satisfação, a detentora da marca do produto (cerveja em lata de alumínio) deverá exercitar um processo de negociação no modelo ganha-ganha com toda a cadeia envolvida no processo de suprimento de nosso consumidor de cerveja em lata. Funcionamento de uma cadeia de suprimentos ganha-ganha, através da integração logística. A INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA Os atores envolvidos neste processo de abastecimento são: 1. Redes de varejo que comercializam seus produtos; 2. Fornecedores da indústria de cerveja (lata de alumínio, cevada, água, equipamentos etc.); 3. Distribuidores autorizados dos produtos desta indústria de cerveja; 4. Fornecedores de insumos aos fornecedores da indústria de cerveja (alumínio em folha, equipamentos etc.). Esta cadeia relativamente simples no seu conceito pode integrar dezenas de empresas em uma só atividade: produção, distribuição e comercialização de cerveja em lata de alumínio. O processo deverá atender a requisitos básicos da necessidade dos clientes, como vimos acima, mas buscando otimização operacional em toda a cadeia, principalmente na redução dos níveis de estoques e na operação logística envolvida. O Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos se dá por técnicas que não visam à “verticalização” das atividades (atividades sendo realizadas por um só agente da cadeia — ex.: a indústria decerveja fabricar a lata de alumínio ou montar lojas para vender a mesma diretamente ao consumidor final), mas sim identificando as oportunidades de desenvolvimento de soluções e de otimizações na cadeia, através da “horizontalização”, gerando melhor atendimento ao cliente e, conseqüentemente, um diferencial competitivo. ANÁLISE Vídeo Supply Chain Management com exemplos didáticos e estudo de caso de três empresas, a Hewlett-Packard, a Saturn Corporation e a Case Internetional. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 64 Ao final, análises de Robert B. Handfield (atuava na Universidade de Michigan – Estados Unidos), que ajudará na complementação dos estudos e das características e importâncias das cadeias de abastecimentos. Robert B. Handfield Rob Handfield, Bank of America University Distinguished, é Professor de Supply Chain Management na North Carolina State University e diretor da Cadeia de Fornecimento de Recursos Cooperativa (http://scrc.ncsu.edu). Ele também atua como Professor Adjunto com o Supply Chain Management Research Group na Manchester Business School. www.supplychainredesign.com/robert-handfield.php http://www.mgt.ncsu.edu/index-exp.php/directory/dossier/robert-handfield/ Vídeo: A Gestão da Cadeia de Abastecimento (SCM - Supply Chain Management) foi criada para contrabalancear o aumento dos custos, atenderem as exigências dos clientes e fazer frente à concorrência. Os usos de computadores e da tecnologia da informação possibilitaram o sucesso da SCM. Um dos problemas do SCM inicialmente foi a sua própria definição. INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 65 Impulsionadores do SCM Atual: Características dos Parceiros: Objetivos das Parcerias: INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 66 Inovação nas Relações: Benefícios do SCM INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 67 Mais Benefícios: Futuro Próximo: INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 68 No futuro, não teremos mais empresa competindo com empresa, mas sim uma cadeias de abastecimentos competindo com outras cadeias de abastecimentos. FONTE VÍDEO: ANÁLISE www.prodfor.com.br INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 69 ATIVIDADE: Crie um paralelo entre os estudos efetuados da Cadeia de Suprimentos com o Prodfor - Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores. O Prodfor - Programa Integrado de Desenvolvimento e Qualificação de Fornecedores representa uma ação conjunta das principais empresas estabelecidas no Espírito Santo para elaborar e implementar um modo integrado para desenvolvimento e qualificação de seus fornecedores. Visa assegurar a realização de um sistema devidamente organizado, com o propósito de desenvolver e qualificar fornecedores de bens e serviços para as grandes empresas compradoras atuantes no Estado. Participam do Prodfor, como mantenedoras, as empresas: Arcelor Mittal Tubarão Arcelor Mittal Cariacica Canexus Chocolates Garoto Companhia Espírito Santense de Saneamento - Cesan Fibria Espírito Santo Centrais Elétricas S.A. - EDP Escelsa Oi Petrobrás Samarco Mineração Technip Vale O apoio e a coordenação técnica são exercidos pela Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo - Findes, através do Instituto Euvaldo Lodi - IEL-ES. Mais informações: www.prodfor.com.br PARTE 12 G ADMINISTRAÇAO DE MATERIAS http://www.prodfor.com.br/mantenedoras?layout=category INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 70 1 - ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS, MATERIAIS E PATRIMONIAIS CONSIDERAÇÕES INICIAIS CONCEITO E DEFINIÇÃO: Administração de material é uma atividade que abrange a execução e gestão de todas as tarefas de suprimento, transporte e manutenção do material de uma organização. 1.1 - INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS A gerência de materiais é um conceito vital que pode resultar na redução de custos e no aperfeiçoamento do desempenho de uma organização de produção, quando é adequadamente entendida e executada. É um conceito que deve estar contido na filosofia da empresa e em sua organização. Os materiais em geral representam a maior parcela de custo de produtos acabados, mostrando que são responsáveis por aproximadamente 52% do custo do produto numa média empresa e, em alguns casos, podem chegar a 85%. O investimento em estoque de materiais é tipicamente de 1/3 do ativo de uma empresa. Administração de Materiais SUPRIMENTOS TRANSPORTE ARMAZENAGEM PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO SISTEMAS INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA Curso Técnico em Logística – Introdução a Logística – Módulo 1 – Luiz Henrique Página 71 Administrar materiais é fazer um exercício de provedor, analista, pesquisador e programador. É, acima de tudo, colocar a empresa como um organismo viável a todos que dela participam. ALGUMAS PALAVRAS CHAVES DA ADMINISTRAÇÃO DO MATERIAL Abastecimento Preço Almoxarifado / Estoques Qualidade Armazenagem Quantidade Compras Registro Controle Inventário Material Outros segmentos 1.2 BREVE HISTÓRICO DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS Estocar materiais é uma das atividades mais antigas da humanidade. Desde que o homem deixou de ser nômade e começou a plantar e criar animais para o seu próprio sustento. Com o desenvolvimento de técnicas de plantio, passou a colher em grandes quantidades, e estabelecer técnicas de estocagem, de forma a possibilitar o uso futuro desses materiais quando não ocorressem colheitas. Os humanos que viviam na era mesolítica e neolítica (8000 AC a 4500 AC) já estocavam alimentos, como cereais e o gado, fator esse que propiciou uma profunda mudança no estilo de vida e desenvolvimento humano. Quando as mudanças climáticas forçaram grandes migrações de povos no período de 6000 anos A.C a 1700 A.C., a maioria migrou para o Egito e a Mesopotâmia surgindo grandes civilizações. Ocorreu, conseqüentemente, a necessidade desses povos estocarem materiais, porém gerando problemas: Micotoxinas. (...) Estas toxinas são facilmente obtidas de mofo de cereais (.) Admite-se que esta foi a praga do Egito que ceifou a vida dos primogênitos dos egípcios, conforme relata o Livro do Êxodo (os primogênitos eram encarregados de inspecionar os silos de cereais segundo o antigo costume egípcio (...) Em frente à casa havia um terreno murado onde os moradores criavam alguns pequenos animais domésticos e, às vezes um ou dois bois (as pessoas comuns não tinham dinheiro para manter cavalos, se bem que asnos não fossem incomuns). Neste mesmo terreno ficava um, ou às vezes mais, pequeno silo onde os moradores guardavam o trigo a cevada e os demais grãos que iriam consumir. Especialmente durante
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