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Equações Diferenciais – Tópico 10 • Equações diferenciais não homogêneas • Método dos coeficientes indeterminados • Método da variação de parâmetros Equações diferenciais não homogêneas { Lembremos da forma da EDO linear não homogênea onde p, q, g são funções contínuas em um intervalo I. { A equação homogênea associada é { Aprenderemos neste tópico como resolver EDO não homogêneas utilizando nossos conhecimentos sobre a solução da equação homogênea. )()()( tgytqytpy =+′+′′ .0)()( =+′+′′ ytqytpy Teorema 1 { Se Y1, Y2 são soluções da equação não homogênea então (Y1 - Y2) é solução da equação homogênea { Se y1, y2 formam um conjunto fundamental de soluções da equação homogênea, então existe constantes c1, c2 tal que )()()()( 221121 tyctyctYtY +=− )()()( tgytqytpy =+′+′′ 0)()( =+′+′′ ytqytpy Teorema 2 (Solução geral) { A solução geral de uma equação não homogênea pode ser escrita como onde y1, y2 formam um conjunto fundamental de soluções da equação homogênea, c1, c2 são constantes arbitrárias e Y é uma solução específica da equação não homogênea. )()()()( 2211 tYtyctycty ++= )()()( tgytqytpy =+′+′′ Método dos coeficientes indeterminados { Seja a equação linear não homogênea com solução geral { Nesta seção usaremos o método dos coeficientes indeterminados para obter uma solução particular Y para a equação não homogênea, assumindo que sabemos determinar y1, y2 para o caso homogêneo. { O método dos coeficientes indetermindados é usualmente limitado a p e q constantes, e g(t) dado por uma função polinomial, senos, cossenos ou exponencial. )()()( tgytqytpy =+′+′′ )()()()( 2211 tYtyctycty ++= Exemplo 1: g(t) exponencial { Considere a equação não homogênea { Vamos procurar um Y que satisfaça esta equação. Uma vez que a exponencial se replica através da operação de derivação, um bom começo para Y é: { Substituindo estas derivadas na equação diferencial, { Assim, uma solução particular para a EDO não homogênea é teyyy 2343 =−′−′′ ttt AetYAetYAetY 222 4)(,2)()( =′′=′⇒= 2/136 3464 22 2222 −=⇔=−⇔ =−− AeAe eAeAeAe tt tttt tetY 2 2 1)( −= Exemplo 2: Seno g(t), primeira tentativa (1 de 2) { Considere a equação não homogênea { Vamos procurar um Y que satisfaça esta equação. Uma vez que o seno se replica através de duas operação de derivação, um bom começo para Y é: { Substituindo estas derivadas na equação diferencial, { Uma vez que sin(x) e cos(x) são linearmente independentes, devemos fazer c1= c2 = 0, e portanto 2 + 5A = 3A = 0, que é impossível. tyyy sin243 =−′−′′ tAtYtAtYtAtY sin)(,cos)(sin)( −=′′=′⇒= ( ) 0cossin 0cos3sin52 sin2sin4cos3sin 21 =+⇔ =++⇔ =−−− tctc tAtA ttAtAtA Exemplo 2: Seno g(t), solução particular (2 de 2) { Nossa próxima tentativa para determinar Y é { Substituindo estas derivadas na EDO, obtemos { Assim, uma solução particular da EDO não homogênea é tBtAtYtBtAtY tBtAtY cossin)(,sincos)( cossin)( −−=′′−=′⇒ += ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 17/3 ,17/5 053,235 sin2cos53sin35 sin2cossin4sincos3cossin =−=⇔ =−−=+−⇔ =−−++−⇔ =+−−−−− BA BABA ttBAtBA ttBtAtBtAtBtA tyyy sin243 =−′−′′ tttY cos 17 3sin 17 5)( +−= Exemplo 3: g(t) polinomial { Considere a equação não homogênea { Vamos procurar Y que satisfaça esta equação. Começando com { Substituindo estas derivadas na equação diferencial, { Assim, uma solução particular da EDO não homogênea é 1443 2 −=−′−′′ tyyy AtYBAttYCBtAttY 2)(,2)()( 2 =′′+=′⇒++= ( ) ( ) ( ) ( ) 8/11 ,2/3 ,1 1432,046,44 14432464 144232 22 22 −==−=⇔ −=−−=+=−⇔ −=−−++−−⇔ −=++−+− CBA CBABAA tCBAtBAAt tCBtAtBAtA 8 11 2 3)( 2 −+−= tttY Exemplo 4: Produto de funções { Considere a equação não homogênea { Vamos procurar Y que satisfaça esta equação, como segue: { Substituindo as derivadas na EDO e resolvendo para A e B: teyyy t 2cos843 −=−′−′′ ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) teBAteBA teBA teBAteBAteBAtY teBAteBA tBetBetAetAetY tBetAetY tt t ttt tt tttt tt 2sin342cos43 2cos22 2sin22sin222cos2)( 2sin22cos2 2cos22sin2sin22cos)( 2sin2cos)( −−++−= +−+ +−++−+=′′ +−++= ++−=′ += tetetYBA tt 2sin 13 22cos 13 10)( 13 2 , 13 10 +=⇒== Discussão: Soma de g(t) { Considere novamente a EDO geral não homogênea { Suponha que g(t) é uma soma de funções: { Se Y1, Y2 são soluções de respectivamente, então Y1 + Y2 é solução da equação não homogênea acima. )()()( tgytqytpy =+′+′′ )()()( 21 tgtgtg += )()()( )()()( 2 1 tgytqytpy tgytqytpy =+′+′′ =+′+′′ Exemplo 5: Soma de g(t) { Considere a equação { As equações a serem resolvidas individualmente são { Assim, a solução particular é teteyyy tt 2cos8sin2343 2 −+=−′−′′ tetettetY ttt 2sin 13 22cos 13 10sin 17 5cos 17 3 2 1)( 2 ++−+−= teyyy tyyy eyyy t t 2cos843 sin243 343 2 −=−′−′′ =−′−′′ =−′−′′ Exemplo 6: Primeira tentativa (1 de 3) { Considere a equação { Procuremos um Y que satisfaça esta equação, segue: { Substituindo estas derivadas na EDO: { Assim, não existe solução particular sob a forma tyy 2cos34 =+′′ tBtAtYtBtAtY tBtAtY 2cos42sin4)(,2sin22cos2)( 2cos2sin)( −−=′′−=′⇒ += ( ) ( ) ( ) ( ) t ttBBtAA ttBtAtBtA 2cos30 2cos32cos442sin44 2cos32cos2sin42cos42sin4 = =+−++− =++−− tBtAtY 2cos2sin)( += Exemplo 6: Solução homogênea (2 de 3) { Assim, não existe solução particular sob a forma { Para entendermos o porque, lembremos que a solução da equação homogênea é dada por: { Assim, nossa solução particular tentativa é solução da equação homogênea ao invés da equação não homogênea. tBtAtY 2cos2sin)( += tctctyyy 2sin2cos)(04 21 +=⇒=+′′ tyy 2cos34 =+′′ 04 =+′′ yy Exemplo 6: Solução particular (3 de 3) { Nossa próxima tentativa para achar Y será: { Substituindo as derivadas na EDO temos, tBttAttBtA tBttBtBtAttAtAtY tBttBtAttAtY tBttAttY 2cos42sin42sin42cos4 2cos42sin22sin22sin42cos22cos2)( 2sin22cos2cos22sin)( 2cos2sin)( −−−= −−−−+=′′ −++=′ += tttY BA ttBtA 2sin 4 3)( 0,4/3 2cos32sin42cos4 =⇒ ==⇒ =− tyy 2cos34 =+′′ Método da variação de parâmetros { Relembrando a equação não homogênea onde p, q, g são funções contínuas em um intervalo aberto I. { A equação homogênea associada é { Nesta seção aprenderemos o método de variação de parâmetros para resolver a equação não homogênea. Assim, como o método dos coeficientes indeterminados, este procedimendo supoem o conhecimento das soluções da equação homogênea. { Variação de parâmetros é um método geral, e não necessita de conhecimento sobre a forma da solução. Contudo, é necessário calcular certas integrais, e isto pode ser complicado. )()()( tgytqytpy =+′+′′ 0)()( =+′+′′ ytqytpy Exemplo 7: Variação de parâmetros (1 de 6) { Vamos procurar uma solução particular da equação abaixo. { Não podemos usar o método dos coeficientes indeterminados uma vez que g(t) é uma razão de sin t ou cos t, ao invés de soma ou produto. { Primeiramente, lembremos a solução da equação homogênea: { Para achar uma solução particular da equação homogênea, começamos com a forma { Então { ou tyy csc34 =+′′ tctctyC 2sin2cos)( 21 += ttuttuty 2sin)(2cos)()( 21 += ttuttuttuttuty 2cos)(22sin)(2sin)(22cos)()( 2211 +′+−′=′ ttuttuttuttuty 2sin)(2cos)(2cos)(22sin)(2)( 2121 ′+′++−=′ Exemplo 7: Duas equações para u1 e u2 (2 de 6) { Do slide anterior, { Note que para determinar u1 e u2 é necessário duas equações distintas. A primeira delas é a própria equação diferencial. Já a segunda é obtida impondo { Então { Segue, ttuttuttuttuty 2sin)(2cos)(2cos)(22sin)(2)(2121 ′+′++−=′ 02sin)(2cos)( 21 =′+′ ttuttu ttuttuty 2cos)(22sin)(2)( 21 +−=′ ttuttuttuttuty 2sin)(42cos)(22cos)(42sin)(2)( 2211 −′+−′−=′′ Exemplo 7: As duas equações (3 de 6) { Lembremos a equação diferencial do nosso exemplo { Substituindo y'' e y nesta equação, obtemos { Essa equação simplifica em { Assim, para resolver u1 e u2, temos duas equações: ( ) tttuttu ttuttuttuttu csc32sin)(2cos)(4 2sin)(42cos)(22cos)(42sin)(2 21 2211 =++ −′+−′− 02sin)(2cos)( csc32cos)(22sin)(2 21 21 =′+′ =′+′− ttuttu tttuttu tttuttu csc32cos)(22sin)(2 21 =′+′− tyy csc34 =+′′ Exemplo 7: Determinando u1' (4 de 6) { Para achar u1 e u2 , deve-se resolver as equações { Da segunda equação, { Substituindo esta expressão na primeira equação obtemos: t ttutu 2sin 2cos)()( 12 ′−=′ ( ) ( ) ( ) ( )[ ] ttu cos3)(1 −= t tttttu ttttuttu tt t ttuttu sin cossin232cos2sin)(2 2sincsc32cos)(22sin)(2 csc32cos 2sin 2cos)(22sin)(2 22 1 2 1 2 1 11 ′ ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=+′− =′−′− =⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ ′−+′− 02sin)(2cos)( csc32cos)(22sin)(2 21 21 =′+′ =′+′− ttuttu tttuttu Exemplo 7 : Determinando u1 e u2 (5 de 6) { Do slide anterior, { Então { Assim, tt t t t t t tt tt t tttu sin3csc 2 3 sin2 sin2 sin2 13 sin2 sin213 cossin2 sin21cos3 2sin 2coscos3)( 2 22 2 −=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −= ⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡ −=⎥⎦ ⎤⎢⎣ ⎡=′ 222 111 cos3cotcscln 2 3sin3csc 2 3)()( sin3cos3)()( ctttdtttdttutu cttdtdttutu ++−=⎟⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ −=′= +−=−=′= ∫∫ ∫∫ t ttututtu 2sin 2cos)()(,cos3)( 121 ′−=′−=′ Exemplo 7: Solução geral (6 de 6) { Lembrando da equação e de sua solução homogênea yC: { Usando a expressão para u1 e u2 do slide anterior, a solução geral da equação diferencial é [ ] ( )[ ] tctctttt tyttttttt tyttttttt tyttttttt tyttuttuty C C C C 2sin2cos2sincotcscln 2 3sin3 )(2sincotcscln 2 31cos2sincossin23 )(2sincotcscln 2 32cossin2sincos3 )(2sincos32sincotcscln 2 32cossin3 )(2sin)(2cos)()( 21 22 21 ++−+= +−+−−= +−+−= ++−+−= ++= tctctytyy C 2sin2cos)(,csc34 21 +==+′′ Variação de parâmetros para uma EDO linear de segunda ordem arbitrária { Suponha que y1, y2 são soluções fundamentais da equação homogênea associada com a equação não homogênea acima. Veja que o coeficiente de y'' é 1. { Para determinar u1 e u2, é necessário resolver { Fazendo isto, e usando o Wronskiano, obtemos { Assim, )()()()()( 0)()()()( 2211 2211 tgtytutytu tytutytu =′′+′′ =′+′ )()()()()( )()()( 2211 tytutytuty tgytqytpy += =+′+′′ ( ) ( ) )(, )()()(, )(, )()()( 21 1 2 21 2 1 tyyW tgtytu tyyW tgtytu =′−=′ ( ) ( )∫∫ +=+−= 2211212121 )(, )()()(, )(, )()()( cdt tyyW tgtytucdt tyyW tgtytu Teorema 3 { Considere as equações { Se as funções p, q e g são contínuas em um intervalo aberto I, e se y1 e y2 são soluções fundamentais da Eq. (2), então uma solução particular da Eq. (1) é e a solução geral é ( ) ( )∫∫ +−= dttyyW tgtytydttyyW tgtytytY )(, )()()()(, )()()()( 21122121 )()()()( 2211 tYtyctycty ++= )2(0)()( )1()()()( =+′+′′ =+′+′′ ytqytpy tgytqytpy Equações diferenciais não homogêneas Teorema 1 Teorema 2 (Solução geral) Método dos coeficientes indeterminados Exemplo 1: g(t) exponencial Exemplo 2: Seno g(t), primeira tentativa (1 de 2) Exemplo 2: Seno g(t), solução particular (2 de 2) Exemplo 3: g(t) polinomial Exemplo 4: Produto de funções Discussão: Soma de g(t) Exemplo 5: Soma de g(t) Exemplo 6: Primeira tentativa (1 de 3) Exemplo 6: Solução homogênea (2 de 3) Exemplo 6: Solução particular (3 de 3) Método da variação de parâmetros Exemplo 7: Variação de parâmetros (1 de 6) Exemplo 7: Duas equações para u1 e u2 (2 de 6) Exemplo 7: As duas equações (3 de 6) Exemplo 7: Determinando u1' (4 de 6) Exemplo 7 : Determinando u1 e u2 (5 de 6) Exemplo 7: Solução geral (6 de 6) Variação de parâmetros para uma �EDO linear de segunda ordem arbitrária Teorema 3 Equações diferenciais não homogêneas Teorema 1 Teorema 2 (Solução geral) Método dos coeficientes indeterminados Exemplo 1: g(t) exponencial Exemplo 2: Seno g(t), primeira tentativa (1 de 2) Exemplo 2: Seno g(t), solução particular (2 de 2) Exemplo 3: g(t) polinomial Exemplo 4: Produto de funções Discussão: Soma de g(t) Exemplo 5: Soma de g(t) Exemplo 6: Primeira tentativa (1 de 3) Exemplo 6: Solução homogênea (2 de 3) Exemplo 6: Solução particular (3 de 3) Método da variação de parâmetros Exemplo 7: Variação de parâmetros (1 de 6) Exemplo 7: Duas equações para u1 e u2 (2 de 6) Exemplo 7: As duas equações (3 de 6) Exemplo 7: Determinando u1' (4 de 6) Exemplo 7 : Determinando u1 e u2 (5 de 6) Exemplo 7: Solução geral (6 de 6) Variação de parâmetros para uma �EDO linear de segunda ordem arbitrária Teorema 3
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