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CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Aula 8 Olá Pessoal, tudo certo? Como vão os estudos? Hoje veremos o “Poder Judiciário – Disposições Gerais”, tema que vai do art. 92 ao 100 da Constituição, trata-se de um tema visto como complexo e difícil por muitos, mas veremos agora que não é nenhum bicho de 7 cabeças não... é só ter atenção e treinar bastante nas questões. Vamos lá: Disposições Gerais: Órgãos do Poder Judiciário: O art. 92 da Constituição diz que são órgãos do Poder Judiciário: • Supremo Tribunal Federal; • Conselho Nacional de Justiça; (Incluído pela EC 45/04) • Superior Tribunal de Justiça; • Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; • Tribunais e Juízes do Trabalho; • Tribunais e Juízes Eleitorais; • Tribunais e Juízes Militares; • Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. Devemos ainda acrescentar as "Juntas Eleitorais", pois embora não estejam no art. 92, estão expressamente elencadas no art. 118, como sendo "ósrgão da Justiça Eleitoral". Parágrafos do art. 92: • O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede na Capital Federal. • O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território nacional. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 2 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Lembrando também que não há justiça municipal, o Poder Judiciário é federal ou estadual. 1. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) O CNJ é órgão integrante do Poder Judiciário. Comentários: STF Juízes de direito dos Estados e do DF/TF STM Juízes Federais Juízes do Trabalho Juízes e Juntas Eleitorais Juízes Militares CNJ Supremo Juízes de 1º grau Tribunais Superiores Tribunais de 2º grau Órgãos da justiça federal Comum (art.106) Órgãos da justiça do trabalho (art.111) Órgãos da justiça eleitoral (art.118) Órgãos da justiça estadual (art.125) Tribunais Militares TRE TJ TRF TRT TSE TST STJ Justiça Comum Justiça Especial Órgãos da justiça militar (art.122) ENFAM CJF ENAMAT CSJT CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 3 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR É um órgão de funções administrativas e correicionais que integra o Poder Judiciário (CF, art. 92). Gabarito: Correto. 2. (CESPE/AJAJ - TRT 5ª/2009) De acordo com a CF, são órgãos da justiça do trabalho o TST, os TRTs e as juntas de conciliação e julgamento. Comentários: Para a questão se tornar correta, deveríamos substituir as juntas de conciliação e julgamento pelos juízes do trabalho. Gabarito: Errado. Princípios do Estatuto da Magistratura CF art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: Pulo do Gato: A lei complementar terá o papel de prever vários temas relacionados com estatutos e organizações na Constituição Federal. Perceba: • Art. 79, parágrafo único. Conferir atribuições ao Vice- Presidente; • Arts. 93 e 128. Dispor sobre o Estatuto da Magistratura e o Estatuto do Ministério Público (Lei Complementar estadual no caso do MPE); • Art. 121. Dispor sobre a organização e competência dos tribunais eleitorais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. • Art. 131. Organização e funcionamento da AGU; • Art. 134, § 1º Organização da Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos Territórios; • Art. 142, § 1º Normas gerais para organização, preparo e emprego das Forças Armadas; Assim, é fácil lembrar: se estamos falando de um estatuto, competências, organizações... "provavelmente" precisaremos de uma lei complementar! CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 4 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 3. (CESPE/Técnico - MPU/2010) O Supremo Tribunal Federal (STF) cumpre, entre outras, a função de órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele cabe a iniciativa de, por meio de lei ordinária, dispor sobre o Estatuto da Magistratura. Comentários: Segundo o art. 93 da Constituição, isso é papel da lei complementar. É a lei complementar que tem o papel de prever vários temas relacionados com estatutos e organizações na Constituição Federal, como o Estatuto da Magistratura, do Ministério Público, a organização da AGU, DPU e etc. Gabarito: Errado. Ingresso na carreira: I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação; (Redação dada pela EC 45/04 que incluiu a necessidade dos 3 anos de prática jurídica) Organizando os requisitos: • concurso público de provas e títulos, com a participação da OAB em todas as fases; • bacharelado em direito; • no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e • obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação. 4. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O ingresso na carreira de magistratura se dá mediante concurso público de provas e títulos, divididas em fases, nas quais é obrigatória a participação da Ordem dos Advogados do Brasil, no mínimo, na primeira fase, podendo aspirar ao cargo os bacharéis em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Comentários: A questão trouxe corretamente alguns requisitos para o ingresso na magistratura, porém, errou pelo fato da presença da OAB ser obrigatória em todas as fases (CF, art. 93, I). Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 5 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Promoção: II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas: a) é obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento; b) a promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago; c) aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento; d) na apuração de antigüidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de dois terços de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo-se a votação até fixar- se a indicação; e) não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão; III - o acesso aos tribunais de segundo grau far-se-á por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na última ou única entrância; (Redação dada pela EC 45/04. Antes havia umaprevisão para os tribunais de alçada, que não existem mais) IV - previsão de cursos oficiais de preparação, aperfeiçoamento e promoção de magistrados, constituindo etapa obrigatória do processo de vitaliciamento a participação em curso oficial ou reconhecido por escola nacional de formação e aperfeiçoamento de magistrados; 5. (FCC/AJAJ TRT 14ª/2011) No que concerne ao Poder Judiciário, a Constituição Federal estabelece a necessidade de ser observado o princípio da alternância quanto aos critérios de antiguidade e merecimento na promoção de entrância para entrância, atendida, dentre outras, a seguinte norma: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 6 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) Não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. b) A promoção por merecimento pressupõe dois anos de exercício na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quarta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não houver com tais requisitos quem aceite o lugar vago. c) Aferição do merecimento conforme o desempenho e pelos critérios objetivos de produtividade e presteza no exercício da jurisdição e pela frequência, sendo dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. d) Na apuração de antiguidade, o tribunal somente poderá recusar o juiz mais antigo pelo voto fundamentado de um terço de seus membros, conforme procedimento próprio, e assegurada ampla defesa, repetindo- se a votação até fixar-se a indicação. e) É obrigatória a promoção do juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento. Comentários: Essa questão faz uma revisão de quase tudo que o art. 93, II, da Constituição fala sobre promoção de juízes. Letra A – Errado. Contraria o art. 92, II, “e” da Constituição, pois o juiz não pode devolver os autos ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Letra B – Errado. Contraria o art. 92, II, “b” da Constituição. O correto seria “primeira quinta parte” e não “quarta parte”. Letra C – Errado. Contraria o art. 92, II, “c” da Constituição. Não é dispensável aproveitamento em cursos oficiais ou reconhecidos de aperfeiçoamento. Letra D – Errado. Contraria o art. 92, II, “d” da Constituição. O voto que rejeita o juiz mais antigo tem que ser dado por “2/3” dos membros. Letra E – Correto. É a disposição encontrada na Constituição Federal em seu art. 92, II, “a”. Gabarito: Letra E. 6. (CESPE/ TJ-AC/2007) A promoção dos juízes, que ocorre de entrância para entrância, alternadamente, por antiguidade e merecimento, é obrigatória para juiz que figure por três vezes consecutivas ou cinco alternadas em lista de merecimento, desde que o juiz tenha dois anos de exercício na respectiva entrância e integre a primeira quinta parte da lista de antiguidade desta, salvo se não CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 7 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR houver, com tais requisitos, quem aceite o lugar vago. Por outro lado, não deve ser promovido o juiz que, mesmo preenchendo tais requisitos, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Comentários: A questão é uma boa revisão, pois traduz com perfeição vários princípios do estatuto da magistratura, no que tange a promoção. Este conteúdo pode ser encontrado na Constituição Federal, em seu art. 93, II. Gabarito: Correto. 7. (CESPE/Oficial de Inteligência- ABIN/2010) O magistrado que esteja apto à promoção no cargo, mas retenha, injustificadamente, autos em seu poder além do prazo legal não será promovido. Comentários: É importante que se tenha atenção ao termo "injustificadamente". Segundo a Constituição (CF, art. 93, II, e), não será promovido o juiz que, injustificadamente, retiver autos em seu poder além do prazo legal, não podendo devolvê-los ao cartório sem o devido despacho ou decisão. Gabarito: Correto. Subsídio: V - o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º; Organizando: • Tribunal Superior = 95% do STF • Demais magistrados serão escalonados, sendo que a diferença entre uma e outra não pode ser menor que 5%, nem maior que CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 8 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 10%, ou exceder 95% do subsídio dos membros do Tribunal Superior. • Lembrando que seguindo os ditames do art. 96, II, b, teremos então a seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário: � STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros; � Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados; � Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados. Aposentadoria: VI - a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o disposto no art. 40; (Regras do RPPS). Residência e Remoção: VII - o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do tribunal; VIII - o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, fundar-se-á em decisão por voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada ampla defesa; Atenção aos requisitos: � Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ; � Deve-se assegurar ampla defesa; VIII- a remoção a pedido ou a permuta de magistrados de comarca de igual entrância atenderá, no que couber, ao disposto nas alíneas a, b, c e e do inciso II; 8. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Conforme dispõe o texto constitucional, o juiz titular residirá na respectiva comarca, salvo autorização do Tribunal. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 9 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: É o disposto no art. 93, VII. Gabarito: Correto. Publicidade dos julgamentos e decisões IX - todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação; X - as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros; Organizando: • Todos os julgamentos → Serão públicos, mas a lei pode limitar a presença às partes e a seus advogados, ou somente a estes para preservar a intimidade; • Todas as decisões → Serãofundamentadas, sob pena de nulidade; • Se decisão for administrativa: � será em sessão pública; � se disciplinar → voto da maioria absoluta; 9. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) As decisões disciplinares dos tribunais serão tomadas pelo voto da maioria simples dos presentes à sessão. Comentários: O art. 93, X da Constituição determina que as decisões administrativas dos tribunais serão motivadas e em sessão pública, sendo as disciplinares tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros. Gabarito: Errado. 10. (ESAF/AFC-CGU/2008) A lei pode limitar a presença, em determinados atos dos órgãos do Poder Judiciário, inclusive julgamentos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 10 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Segundo o art. 93, IX - Todos os julgamentos dos órgãos do PJ serão públicos, e todas as decisões serão fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação. Gabarito: Correto. Formação do órgão especial XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; O órgão especial (OE) é criado devido às dificuldades de se deliberar com o pleno do tribunal quando ele fica com mais de 25 membros julgadores, assim, com a criação do órgão especial, ele absorverá funções básicas que antes pertenciam ao pleno do tribunal. O pleno não deixa de existir, porém ele deixa de exercer as funções primordiais do tribunal, as suas principais atribuições administrativas e jurisdicionas são delegadas para o “OE”. 11. (CESPE/TRF 1ª/2009) Segundo entendimento do STF, a previsão constitucional relativa à criação de órgão especial no âmbito dos tribunais não exclui a competência do respectivo plenário, sendo plenamente viável a coexistência dos dois órgãos máximos do Poder Judiciário no mesmo tribunal, ainda que mediante identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais. Comentários: Ao se criar o órgão especial, este deve absorver as funções que antes eram desempenhadas pelo plenário, não podendo se falar em identidade de atribuições administrativas e jurisdicionais. Gabarito: Errado. 12. (FCC/Analista - TRT-AL/2008) Nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo- CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 11 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR se metade das vagas por antigüidade e a outra metade por merecimento. Comentários: Questão muito maliciosa. Ela traz em seu enunciado exatamente o procedimento para a formação do órgão especial, porém, comete um falha: metade das vagas serão providas por antigüidade e a outra metade por eleição do tribunal pleno e não por merecimento (CF, art. 93, XI). Gabarito: Errado. Atividade jurisdicional XII - a atividade jurisdicional será ininterrupta, sendo vedado férias coletivas nos juízos e tribunais de segundo grau, funcionando, nos dias em que não houver expediente forense normal, juízes em plantão permanente; XIII - o número de juízes na unidade jurisdicional será proporcional à efetiva demanda judicial e à respectiva população; XIV - os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório; XV - a distribuição de processos será imediata, em todos os graus de jurisdição. 13. (CESPE/DPE-ES/2009) A atividade jurisdicional deve ser ininterrupta, sendo vedadas férias coletivas nos juízos e tribunais, devendo ainda haver juízes em plantão permanente nos dias em que não houver expediente forense normal. Comentários: A questão generalizou ao dizer o termo "tribunais", pois tal disposição só se aplica aos juízos e tribunais de 2º grau e não quaisquer tribunais, não se podendo incluir os tribunais superiores (CF, art. 93, XII). Gabarito: Errado. 14. (CESPE/Técnico-TJ-RJ/2008) A prática de atos jurisdicionais de mero expediente é indelegável, a exemplo dos atos decisórios, por serem eles inerentes à atividade judicante. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 12 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Segundo a Constituição em seu art. 92, XIV, os servidores receberão delegação para a prática de atos de administração e atos de mero expediente sem caráter decisório. Assim, é delegável tal função. Gabarito: Errado. Quinto Constitucional Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação. Observações: O legislador constituinte aplicou o “quinto constitucional” à formação dos seguintes tribunais: TRF, TJ, TJDFT, TST, TRT. Atenção ao fato de que o Quinto Constitucional para o TST e TRT é formado por advogados e membros do ministério público "do trabalho". Lembrando que no caso de TJ, quem nomeará é o Governador, mas no TJDFT será o Presidente, pois a cabe à União manter o Poder Judiciário do DF. 15. (CESPE/TRT-17ª/2009) Um quinto dos membros do TST são escolhidos entre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, atendidos os demais requisitos constitucionais. Lista SÊXTUPLA, formada pelas representaçõe s da classe. (6) O tribunal recebe e forma uma lista TRÍPLICE. (3) O Poder Executivo recebe a lista e em 20 dias escolhe 1. (1) CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 13 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: O enunciado se refere ao "quinto constitucional". Esta disposição pode ser encontrada no art. 111-A, I da Constituição. Gabarito: Correto. Garantias e impedimentos Segundo o art. 95 da Constituição podemos dizer que os juízes tem as seguintes garantias (extensíveis aos membros do MP): • vitaliciedade; • inamovibilidade; • irredutibilidade do subsídio (ressalvadas as hipóteses constitucionais). OBS1 - A vitaliciedade é adquirida no primeiro grau (juiz que ainda não está em tribunal) e só será adquirida após 2 anos de exercício. Enquanto o Juiz não for vitalício, ele pode perder o cargo caso haja: • Deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado; ou • Sentençajudicial transitada em julgado. Pulo do Gato: Veja que para adquirir a vitaliciedade o juiz precisa de apenas 2 anos de exercício, diferente da estabilidade dos servidores públicos, que é adquirida após 3 anos. Antes, era tudo 2 anos, mas a EC 19/98 aumentou o prazo para estabilidade e não tocou na vitaliciedade. Dica: Quando for preciso resolver uma questão que se refira a algum destes prazos: de estabilidade, quarentena, vitaliciedade... lembre-se que a regra é tudo ser 3 anos, só que a vitaliciedade é diferente da estabilidade, aí será fácil lembrar que a vitaliciedade é após apenas 2 anos. Agora note um fato curioso: vamos relacionar a vitaliciedade com o quinto constitucional. A Constituição estabelece que: "no primeiro grau" a vitaliciedade só será adquirida após 2 anos de exercício - Ora, o advogado ou membro do MP que entrar pelo quinto constitucional não entrará no primeiro grau, mas direto no segundo grau. Então, o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema, é que eles adquirem a CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 14 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR vitaliciedade automaticamente a partir do momento que tomarem posse. 16. (CESPE/AJAA-STF/2008) Um advogado que, em virtude do quinto constitucional, for nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquirirá a vitaliciedade imediatamente, sem a necessidade de aguardar dois anos de exercício. Comentários: Esse é o posicionamento doutrinário e jurisprudencial sobre o tema. Lembrando que essa aquisição se dá com a “posse”. Gabarito: Correto. 17. (CESPE/AJAA-STM/2011) Advogado nomeado desembargador de um tribunal de justiça estadual adquire vitaliciedade imediatamente a partir dessa nomeação. Comentários: O erro desta assertiva é a parte que diz “a partir dessa nomeação”. O correto seria a partir da posse. Gabarito: Errado. OBS2 - a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII, ou seja: � precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ; � deve-se assegurar ampla defesa. O art. 95 p. único ainda estabelece que aos juízes é vedado: • exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério; • receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo; • dedicar-se à atividade político-partidária. • receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; • exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração (quarentena). CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 15 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 18. (CESPE/TRF 5ª/2009) Suponha que um juiz federal substituto ocupe cargo de professor em uma universidade pública, na qual lecione a disciplina de direito penal, duas vezes por semana, no turno noturno, e que esse mesmo magistrado tenha sido convidado a ministrar aulas em um cursinho preparatório para a magistratura, uma vez por semana, também no turno noturno. Nessa situação hipotética, há violação à CF, visto que, conforme o entendimento do STF, juiz somente pode ocupar um único cargo de professor. Comentários: O que a Constituição veda é a acumulação de cargos "públicos". A possibilidade de um cargo de professor além da magistratura deve ser entendida como "professor de instituição pública". Em se tratando de instituições privadas, não há o que se falar em acumulação indevida de cargos, pois a Constituição não fez qualquer proibição quanto à iniciativa privada. Gabarito: Errado. 19. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Aos juízes e desembargadores é vedado o exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos quarenta dias do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração. Comentários: Essa disposição sobre a impossibilidade do exercício da advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos certo tempo do afastamento do cargo, por aposentadoria ou exoneração, é a chamada "quarentena" para os juízes (também aplicável aos membros do MP). Porém, esta "quarentena" não é de quarenta dias, e sim de 3 anos (CF, art. 96, parágrafo único, V). Gabarito: Errado. 20. (CESPE/TRE-MA/2009) Aos juízes é vedado o exercício da advocacia perante qualquer juízo ou tribunal, antes do decurso de três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Comentários: A vedação ocorre somente perante ao juízo ou tribunal do qual se afastou, conforme dispõe a Constituição em seu art. 95, Parágrafo único: Aos juízes é vedado: exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos 3 anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Gabarito: Errado. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 16 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 21. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Nos termos da Constituição Federal, aos juízes é permitido dedicar-se à atividade político- partidária. Comentários: Trata-se de vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo único, III. Gabarito: Errado. 22. (FCC/Auxiliar - TJ-PA/2009) Segundo a Constituição, os juízes podem receber, a qualquer título, participação em processo. Comentários: Assim como o recebimento de custas, o recebimento de participação em processo constitui vedação imposta pela Constituição Federal em seu art. 95, parágrafo único, II. Gabarito: Errado. 23. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Nos termos da Constituição, é vedado ao magistrado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos dois anos do afastamento por exoneração, salvo por motivo de aposentadoria. Comentários: A questão cobrou a chamada "quarentena" que se aplica aos Juízes e aos membros do Ministério Público. Porém, tal quarentena é de 3 anos e não 2 anos (CF, art. 95, parágrafo único, V). Gabarito: Errado. 24. (ESAF/PGFN/2007) A garantia da inamovibilidade dos Juízes não é absoluta, uma vez que é possível a remoção por interesse público, devendo a decisão ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa. Comentários: É o que dispõe o art. 95, combinado com o art. 93, VIII da Constituição Federal. Assim, a inamovibilidade pode ser relativizada por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII, ou seja: � precisará de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do CNJ; � deve-se assegurar ampla defesa. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 17 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Correto. 25. (ESAF/MPU/2004) A inamovibilidade, como garantia do juiz, não admite exceções. Comentários: É possível a remoção por interesse público, devendo a decisão ser tomada pelo voto da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça, assegurada a ampla defesa conforme dispõe o art. 95, combinado com o art. 93, VIII da Constituição Federal. Gabarito: Errado. 26. (ESAF/MPU/2004) Após a vitaliciedade, o juiz só perderá seu cargo por deliberação administrativa tomada por maioria qualificada do Pleno do Tribunal a que estiver vinculado. Comentários: Ocorrerá no caso de sentença judicial transitadaem julgado. (CF art. 95, I), e não por “deliberação administrativa”. Gabarito: Errado. 27. (FGV/Delegado de Polícia - ISAE/2010) Relativamente às vedações e garantias dos juízes, assinale a afirmativa incorreta. a) Os juízes gozam da garantia da inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma da Constituição. b) Aos juízes é vedado exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos cinco anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. c) Aos juízes é vedado exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério. d) Os juízes gozam da garantia da vitaliciedade. A vitaliciedade no primeiro grau só será adquirida após dois anos de exercício. e) Aos juízes é vedado dedicar-se à atividade político-partidária. Comentários: Letra A – Correto. É a disposição do art. 95, II da Constituição, lembrando que esse “na forma da Constituição” se refere ao art. 93, VIII, que diz: o ato de remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público: • Precisa de decisão da maioria absoluta do respectivo tribunal ou do Conselho Nacional de Justiça; CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 18 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • Deve-se assegurar ampla defesa. Letra B – Errado. Essa disposição, denominada “quarentena”, veda o exercício da advocacia no tribunal que se afastou dentro de 3 anos e não 5 anos (CF, art. 95, parágrafo único, V). Letra C – Correto. CF, art. 95, parágrafo único, I. Letra D – Correto. CF, art. 95, I. Atenção ao fato de a vitaliciedade ser alcançada após “2 anos”, diferentemente da estabilidade dos servidores públicos (3 anos). Letra E – Correto. CF, art. 95, parágrafo único, III. Gabarito: Letra B. Competências Privativas O art. 96 da Constituição relaciona as competências que são privativas dos tribunais em geral (inciso I) e específicas do STF, Tribunais Superiores e TJ (inciso II). • As competências do inciso I, em regra, são exercidas diretamente, de forma interna, como organizar as secretarias, prover seus cargos e etc., mas existe uma que precisa veicular por lei, que é a criação de várias judiciárias, daí a alínea “d” dizer que compete privativamente aos tribunais “propor a criação de novas varas judiciárias”. • As competências do inciso II, todas, precisam necessariamente tramitar pelo Legislativo, cabendo a esses órgãos que formam a cúpula da Justiça (STF e Tribunais Superiores - cúpula da Jus- tiça Federal -, e TJ - cúpula da Justiça Estadual), propor ao Legislativo um projeto de lei, para que se realizem cada uma das coisas ali previstas, dentro de sua área de atuação. Caberá, então, a estes órgãos de cúpula, propor dentro da sua área de competência, que o Legislativo delibere sobre: 1. a criação ou extinção dos tribunais inferiores, bem como a alteração do número de membros destes tribunais; 2. a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; 3. a alteração da organização e da divisão judiciárias. Vamos ver na Constituição, como é isso: Art. 96. Compete privativamente: I - aos tribunais: (Aqui são as competências internas dos tribunais, diretas) CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 19 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e administrativos; b) organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva; c) prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da respectiva jurisdição; d) propor a criação de novas varas judiciárias; (ele não cria varas diretamente, mas propõe esta criação). e) prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei; f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente vinculados; II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169: (Aqui a Constituição direciona-se aos órgãos de cúpula, aqueles que "mandam" em sua estrutura - STF, Tribunais Superiores e o TJ. Ao falar sobre o art. 169, ela manda observar os limites legais de despesa). a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores; b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores; d) a alteração da organização e da divisão judiciárias; A Alínea "b" fala da remuneração dos membros dos tribunais. Teremos então a seguinte regra para fixação dos subsídios dos membros do Judiciário: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 20 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR � STF - toma a iniciativa da lei para fixar os subsídios de seus Ministros; � Tribunais Superiores - tomam a iniciativa da lei para fixar o subsídio de seus Ministros; dos desembargadores dos respectivos tribunais de segundo grau e dos respectivos juízes vinculados; � Tribunais de Justiça - tomam a iniciativa perante o Poder Legislativo Estadual para fixar o subsídio de seus membros e juízes vinculados. 28. (CESPE/AJ-Taquigrafia-TJES/2011) Compete privativamente ao governador do estado a iniciativa para propor ao Poder Legislativo estadual a fixação da remuneração dos serviços auxiliares do respectivo tribunal de justiça. Comentários: O Poder Judiciário é autônomo, cabe somente a ele (no caso o TJ) propor ao Legislativo a sua estruturação interna e a fixação da sua remuneração (CF, art. 96). Gabarito: Errado 29. (CESPE/Juiz Federal Substituto - TRF 1ª/2009) Em consonância com o entendimento do STF, o Poder Judiciário pode dispor acerca da especialização de varas, desde que não haja impacto orçamentário, por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais. Comentários: Segundo o entendimento da Suprema Corte, o Poder Judiciário pode dispor sobre a especialização de varas por se tratar de matéria inserida no âmbito da organização judiciária dos tribunais, porém é necessário que não haja impacto orçamentário. Gabarito: Correto. 30. (CESPE/TRT-17ª/2009) Compete ao presidente do TRT encaminhar projeto de lei ordinária ao Congresso Nacional cujo objeto seja a instituição de novo plano de cargos e salários dos servidores daquele tribunal. Comentários: O TRT deverá enviar expediente ao TST, e este sim é que deverá encaminhar o projeto ao Congresso, já que o encaminhamento deverá ser feito pelo STF ou pelo respectivo tribunal superior de acordo com o art. 99 §2º, I da CF. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 21 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Gabarito: Errado. 31. (CESPE/Analista -TRT 9ª/2007) Compete ao próprio TRT a iniciativa de elaborar projeto de lei que disponha sobre planos de cargos e salários dos seus membros e de seus auxiliares. Comentários: As propostas de lei sempre devem ser enviadas ao Congresso pelo tribunal superior, nunca pelos regionais. Gabarito: Errado. 32. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) É competência do Supremo Tribunal Federal propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de cargos da Secretaria do Tribunal. Comentários: De acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b. Competirá ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ. Lembrando que nos termos da CF, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Gabarito: Correto. 33. (FCC/Analista - TRT-SP/2008) Compete privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Comentários: Nos termos da Constituição, art. 96, I, competirá privativamente aos tribunais organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva. Lembrando que de acordo com a Constituição, em seu art. 96, II, b, competirá ao STF a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares. No caso dos demais órgãos do judiciário federal essa competência caberá ao respectivo tribunal superior. E no caso da justiça estadual competirá ao TJ. Gabarito: Correto. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 22 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 34. (FEPESE/Analista Jurídico - PGE-SC/2010) Aos Tribunais de Justiça é vedado propor ao Legislativo a alteração de membros dos tribunais inferiores. Comentários: Cada tribunal de cúpula é responsável por propor ao Legislativo a alteração de membros de seus tribunais ou dos tribunais de sua área de jurisdição. Como o TJ é o tribunal de cúpula na justiça estadual, ele tem a competência de fazer esta proposta ao legislativo. Gabarito: Errado. Julgamento dos membros do MP pelo TJ: CF, art. 96, III - Compete privativamente aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. Esquematizando: Cabe ao TJ: • Julgar nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral: � os juízes estaduais e do DF/TF; e � os membros do MP (Estadual). • Julgar nos crimes comuns: os Prefeitos (art. 29.X + Súmula STF 702) É preciso ter atenção que este julgamento pelo TJ (órgão máximo do Judiciário em âmbito estadual) só se faz para os membros do MP Estadual. No caso dos membros do MP da União, eles são julgados em regra pelo Tribunal Regional Federal. A não ser que sejam membros do MP que exerçam sua profissão oficiando perante os tribunais, quando, neste caso, serão julgados pelo STJ. Assim temos: Regra: • Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ • Membros do MP da União - Julgados pelo TRF Exceção: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 23 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR • Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão julgados pelo STJ. 35. (CESPE/AJAJ - STM/2011) Um promotor de justiça estadual que praticar um crime comum será processado e julgado por juiz de direito de uma das varas criminais do estado. Comentários: Os membros do Ministério Público Estadual possuem prerrogativa de foro para julgamento perante o Tribunal de Justiça (CF, art. 96, III). Gabarito: Errado. 36. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Ao TJRJ compete julgar os juízes do respectivo estado, bem como os seus membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, inclusive os crimes eleitorais. Comentários: A Constituição estabelece no seu art. 96, III, que compete aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, porém fica ressalvada a competência da Justiça Eleitoral. A justiça eleitoral é uma justiça especializada que irá sempre atrair para si a competência para julgar crimes cometidos durante eleições. Gabarito: Errado. 37. (NCE/Técnico Sup. Administrativo - MPE-RJ/2007) O Promotor de Justiça Criminal da Comarca de Campos requisitou instauração de inquérito policial tendente à apuração de crime de desobediência, em tese praticado por Gilmar, diretor da penitenciária estadual de Campos, em virtude de alegado descumprimento de ordem judicial de interdição da penitenciária sob sua direção. Inconformado, Gilmar impetra habeas corpus objetivando controlar a legalidade da instauração do inquérito. O órgão jurisdicional competente para processamento e julgamento da pretensão de Gilmar é: a) Superior Tribunal de Justiça; b) Tribunal Regional Federal; c) Juízo criminal federal de Campos; d) Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro; e) Supremo Tribunal Federal. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 24 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Essa regra tem que ser muito bem fixada: Regra: • Membros do MP Estadual - Julgados pelo TJ • Membros do MP da União - Julgados pelo TRF Exceção: • Se os membros do MP da União oficiarem perante os tribunais serão julgados pelo STJ. Gabarito: Letra D. Princípio da reserva de plenário Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Assim, em princípio, quando um órgão fracionário (turma ou câmara) de um tribunal se deparar com uma controvérsia constitucional, não poderá, em regra, declarar a inconstitucionalidade da lei, mas, deverá remeter a questão ao pleno ou órgão especial (OE), se existir, e este sim é que terá a competência para declarar a inconstitu- cionalidade da lei. Esta regra, porém, admite exceções, já que, primando-se pela economia processual, dispensa-se este procedimento quando já existir decisão sobre o tema proferida anteriormente pelo OE, pelo pleno ou pelo STF (CPC art. 481 parágrafo único). Súmula Vinculante nº 10 → Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou em parte. 38. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os Tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. Comentários: Essa é a chamada "Cláusula da reserva de plenário", está no art. 97 da Constituição, que determina que a declaração da inconstitucionalidade de leis ou atos normativos não podem ser feitas pelo órgão fracionário do tribunal, somente pelo órgão especial ou CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL- CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 25 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR pleno e com o voto da maioria absoluta de seus membros. Assim, para que um TRIBUNAL (não vale para juízos, apenas para os tribunais) declare uma lei como inconstitucional, ele só poderá fazer isso através de seu pleno, ou então de seu órgão especial. Além disso, depende ainda da maioria absoluta dos votos do referido pleno ou órgão especial (OE). Gabarito: Correto. 39. (CESPE/PGE-AL/2008) Ainda há muitas discussões nos tribunais pátrios acerca da cláusula constitucional de reserva de plenário. Ainda prevalece o entendimento de que não há violação a essa cláusula quando a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade. Comentários: Isto já está pacífico e sumulado através da súmula vinculante de nº10 que dispõe que a decisão de órgão fracionário de tribunal afasta a incidência de lei ou ato normativo do poder público, no todo ou em parte, ainda que sem declarar expressamente a sua inconstitucionalidade, viola a Constituição. Gabarito: Errado. Juizados Especiais e Justiça de Paz Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumariíssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau; II - justiça de paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro anos e competência para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 26 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR § 1º Lei federal disporá sobre a criação de juizados especiais no âmbito da Justiça Federal. Lei nº 10.259/01, art. 2º → Consideram-se infrações de menor potencial ofensivo os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, ou multa. Organizando: Competência � Causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante procedimento oral e sumaríssimo. Competência � Celebrar casamentos, verificar o processo de habilitação, e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. 40. (ESAF/ANA/2009) A justiça de paz, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, possui competência privativa para, na forma da lei, celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em face de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional, além de outras previstas na legislação. Comentários: Não se trata de uma competência privativa (CF art. 98, II). Gabarito: Errado. Custas e emolumentos § 2º As custas e emolumentos serão destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. (Incluído pela EC 45/04) 41. (CESPE/AJEP-TJES/2011) Os emolumentos e as custas judiciais são destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da justiça. Comentários: Juizados especiais Justiça de Paz Providos por juízes togados, ou togados e leigos Remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de 4 anos. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 27 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Trata-se do teor do art. 98, §2º da Constituição Federal, que foi inserido pela EC 45/04. Este dispositivo determina que as custas e emolumentos sejam destinados exclusivamente ao custeio dos serviços afetos às atividades específicas da Justiça. Gabarito: Correto. Autonomia Financeira e Orçamentária: A Constituição de 1988 garantiu ao Poder Judiciário a autonomia administrativa e financeira, cabendo ao próprio Judiciário, através de seus tribunais, elaborar a sua proposta orçamentária. Essas propostas devem, obviamente, estar compatibilizadas como a lei diretrizes orçamentárias (LDO) que é o instrumento que estabelece as metas e prioridades para o orçamento anual. Art. 99. Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira. § 1º - Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Veja que os limites estabelecidos para as propostas orçamentárias são estipulados conjuntamente com os demais Poderes. Não é o Executivo, nem o Judiciário, nem o Legislativo que impõe os limites, é uma decisão conjunta. Após elaboradas as propostas, os presidentes do tribunais responsáveis devem encaminhá-las ao Poder Executivo, para que as propostas sejam compiladas e levadas para deliberação no Legislativo. Lembramos nessa oportunidade que o Executivo detém a exclusividade da iniciativa das leis orçamentárias, promovendo no Brasil a existência do chamado "orçamento misto", onde o Executivo compila as propostas e o Legislativo delibera sobre elas. Falamos que os "presidentes tribunais responsáveis" encaminham a proposta ao Executivo, mas quem são eles? Serão o seguinte: Na esfera federal: • O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); • Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s). Na esfera estadual. • O Presidente do TJ. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 28 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR OBS- A Constituição estabelece que ao fazer o encaminhamento das propostas, os Presidentes dos "tribunais responsáveis" pelo envio, devem ter a aprovação dos tribunais interessados. Assim, o Presidente do TST, por exemplo, não poderá fazer o envio sem que o próprio TST tenha aprovado a sua proposta, e os TRT`s também tenham aprovado as propostas referente a eles. Mas e se nesse vai pra lá, vem pra cá, o presidente do tribunal perder o prazo de encaminhamento, o que acontece? Aí a Constituição estabelece que: CF, art. 99 § 3º Se os órgãos referidos no § 2º não encaminharem as respectivas propostas orçamentárias dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente, ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 1º deste artigo (limites da LDO). Essa é uma disposição constitucional que se encontra diversas vezes ao longo de nosso Texto Magno, isso porque os orçamentos são leis importantíssimas, com prazo constitucional de deliberação. A deliberação orçamentária não pode ficar a mercê da inoperância de algum órgão da máquina administrativa. Desta forma, caso algum dos órgãos não envie a sua proposta orçamentária, considera-se como proposta a mesma que foi aprovada anteriormente para aquele órgão, podendo o próprio Executivo promover ajustes para enquadrar a proposta na LDO. Damesma forma, se o órgão enviar a proposta no prazo certo, mas a proposta estiver em desacordo com a LDO, o Executivo estará apto a promover os ajustes necessários para enquadrá-la, veja: CF, art. 99 § 4º Se as propostas orçamentárias de que trata este artigo forem encaminhadas em desacordo com os limites estipulados na forma do § 1º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. A Constituição ainda estabelece mais um parágrafo para ratificar a importância do respeito aos orçamentos. CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 29 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR O orçamento é uma lei, e como lei deve ser respeitada. Assim, é óbvio que não se pode gastar mais do que foi estabelecido para tal órgão, nem assumir obrigações que extrapolem os limites definidos para tal. A exceção ocorre tão somente se houver abertura de créditos orçamentários adicionais (suplementares ou especiais) para tal. Esses créditos, nada mais são do que um reforço orçamentário, autorizado pelo Legislativo. Serão suplementares quando já existir a dotação e o Legislativo autorizar que ela seja aumentada, ou será especial, caso não exista dotação para aquela despesa e o Legislativo autoriza que se crie um crédito para tal. 42. (CESPE/Escrivão - PC-ES/2011) O encaminhamento, ao Poder Legislativo, das propostas orçamentárias do Supremo Tribunal Federal e dos demais tribunais superiores cabe ao presidente desse tribunal, com a aprovação dos respectivos tribunais. Comentários: O encaminhamento das propostas do Judiciário não é diretamente ao Legislativo, pois só o Executivo é que pode encaminhar orçamento para o Legislativo. Desta forma, o encaminhamento é feito ao Executivo, para que este compile a proposta e promova os ajustes (se necessário) e depois leve à deliberação legislativa. Gabarito: Errado. 43. (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Compete ao presidente do TRF da 5.ª Região encaminhar ao Congresso Nacional proposta orçamentária do tribunal que preside. Comentários: Quem encaminha a proposta orçamentária ao Congresso é sempre o Poder Executivo. A questão então erra 2 vezes: o primeiro erro é que as propostas do Judiciário devem ser encaminhadas ao Executivo, para fins de consolidação, e não ao Congresso. E segundo que, nos termos do art. 99 §2º, I, o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete no âmbito da União, aos Presidentes do STF e dos Tribunais Superiores. Gabarito: Errado. 44. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) O TJRJ tem autonomia administrativa e financeira, devendo elaborar a sua própria proposta orçamentária, dentro dos limites estipulados conjuntamente com os outros poderes, na lei de diretrizes orçamentárias, encaminhando-a por meio de seu presidente. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 30 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR A Constituição estabelece no seu art. 99 que ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira e depois dispõe no § 1º deste mesmo artigo que os tribunais deverão elaborar suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. A última disposição é encontrada no § 2º, II deste artigo que diz que o encaminhamento da proposta, ouvidos os outros tribunais interessados, compete no âmbito dos Estados e no do Distrito Federal e Territórios, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. Gabarito: Correto. 45. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações por parte do TJRJ que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, mesmo que mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Comentários: O erro foi dizer "mesmo que mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais". Pois contraria o disposto no art. 99 §5º que permite a utilização dos créditos suplementares ou especiais. Gabarito: Errado. 46. (FCC/TCE-SP/2011) Ao assegurar a autonomia administrativa e financeira do Poder Judiciário, a Constituição da República prevê que a) os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados pelo Poder Executivo na lei de diretrizes orçamentárias. b) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito dos Estados, aos Presidentes dos Tribunais de Justiça, com a aprovação dos respectivos tribunais. c) o encaminhamento da proposta orçamentária compete, no âmbito da União, ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, ouvidos os outros tribunais interessados. d) se as propostas orçamentárias do Poder Judiciário forem encaminhadas em desacordo com os limites da lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Legislativo procederá aos ajustes necessários para fins de consolidação da proposta orçamentária anual. e) durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 31 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Comentários: Letra A – Errado. Não é o Executivo que estipula os limites. Os limites são estipulados em conjunto com todos os Poderes. Assim versa a CF, no seu art. 96§ 1º: Os tribunais elaborarão suas propostas orçamentárias dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais Poderes na lei de diretrizes orçamentárias. Letra B – Correto. É a seguinte regra para a competência do encaminhamento das propostas orçamentárias dos tribunais: Na esfera federal: • O Presidente do STF (em se tratando da proposta do STF); • Os Presidentes dos Tribunais Superiores (em se tratando das propostas deles próprios e de seus órgãos vinculados - ex. O TST envia ao Executivo a sua proposta, as propostas dos TRT´s). Na esfera estadual. • O Presidente do TJ. Letra C – Errado. O STF só encaminha em se tratando das propostas do próprio STF, no caso dos demais tribunais da esfera federal competirá ao respectivo tribunal superior. Letra D – Errado. A competência de tais ajustes é do Executivo e não do Legislativo. Letra E – Errado. Em regra, isso que a assertiva disse até está certo! Porém, a banca deu como errada por haver uma exceção no art. 99 § 5º da Constituição: “exceto se forem previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais”. Gabarito: Letra B. 47. (FCC/AJ-Arquivologia TRT 19ª/2011) Conforme prevê a Constituição Federal, no tocante ao Poder Judiciário, durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, EXCETO se a) previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. b) independentemente de prévia autorização, forem para receber chefe de delegação estrangeira em visita ao Supremo Tribunal Federal. c) independentemente de prévia autorização, forem para receber o chefe do Poder Executivo em visita ao Supremo TribunalFederal. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 32 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR d) independentemente de prévia autorização, forem para homenagear o Presidente do Supremo Tribunal Federal por recebimento de prêmio no exterior. e) independentemente de prévia autorização, forem para realizar solenidade de despedida do Presidente do Supremo Tribunal Federal em exercício no término do seu mandato no caso de aposentadoria por tempo de serviço. Comentários: A letra A é a única que traz o teor correto, pois é a exceção prevista no art. 95 §5º da Constituição. CF, art. 99 § 5º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias, exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais. Gabarito: Letra A. Pagamento de débitos por Precatórios Precatório é um “documento formal em que se pede algo”. O regime de precatórios é uma forma de a Fazenda Pública pagar as dívidas decorrentes de sentenças judiciais transitadas em julgado. Todo ano, ao fazer o orçamento (Federal, Estadual, Municipal ou Distrital), caberá ao ente da federação incluir na lei orçamentária os valores destinados ao pagamento dos precatórios judiciais que forem apresentados até o meio do ano anterior ao da vigência de tal orçamento (1º de Julho), devendo tais dotações orçamentárias ficar consignadas diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão do precatório determinar o pagamento até o fim do exercício de tal orçamento, sendo a quantia paga atualizada monetariamente. Agora que já vimos uma noção inicial, vamos ver os artigos constitucionais sobre o tema: Art. 100. Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. (Artigo e seus parágrafos com redação dada pela EC 62/09) Deste dispositivo, tiramos coisas muito importantes: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 33 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR 1 - É obrigatório que o pagamento das dívidas oriundas de sentenças judiciais seja feito pelo regime de precatório. Não poderá ser feito um “pagamento direto”. Exceção se faz somente aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor (vide §3ª do art. 100 da Constituição). Pelo §4º, essa definição de “pequeno valor”, pode ser fixada por leis próprias de cada ente da federação (até porque pequeno valor para a União é bem diferente de um pequeno valor para um município de 2000 habitantes, certo?). Este “pequeno valor”, em qualquer caso, não poderá ser menor do que o valor do maior benefício previdenciário pago pelo Regime Geral de Previdência. Ou seja, na definição de pequeno valor, o mínimo é o “teto do RGPS”. Vejamos: § 3º O disposto no caput deste artigo relativamente à expedição de precatórios não se aplica aos pagamentos de obrigações definidas em leis como de pequeno valor que as Fazendas referidas devam fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado. § 4º Para os fins do disposto no § 3º, poderão ser fixados, por leis próprias, valores distintos às entidades de direito público, segundo as diferentes capacidades econômicas, sendo o mínimo igual ao valor do maior benefício do regime geral de previdência social. 2- Além de ser obrigatório o uso do precatório para os débitos acima do “pequeno valor”. Os pagamentos serão feitas em uma ordem cronológica da apresentação dos precatórios, isso para dotar de impessoalidade o regime. Fica vedada ainda a designação específica de casos ou de pessoas dentro do orçamento. O precatório é por ordem cronológica e pronto! Essa ordem só é excepcionalizada no caso dos débitos que tenham natureza alimentícia, esses são os únicos que podem “furar a fila”. Vejamos o §§1º e 2º: § 1º Os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º deste artigo. § 2º Os débitos de natureza alimentícia cujos titulares tenham 60 (sessenta) anos de idade ou mais na data de expedição do precatório, ou sejam portadores de doença grave, definidos na forma da lei, serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, até o valor CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 34 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR equivalente ao triplo do fixado em lei para os fins do disposto no § 3º deste artigo (“pequeno valor”), admitido o fracionamento para essa finalidade, sendo que o restante será pago na ordem cronológica de apresentação do precatório. 3- Os débitos de natureza alimentícia furam a fila dos precatórios, e dentre esses, ainda furam mais a fila aqueles de natureza alimentícia que tenha como credor pessoas com mais de 60 anos ou portadores de doença grave (definida em lei). Mas observe, isso só ocorre quando o débito desses credores “especiais” (idosos ou portadores de grave doença) for até o triplo daquela quantia definida em lei como “pequeno valor”. Admite-se fracionar a dívida quando ela for maior do este limita (3x o pequeno valor), pagando-se essa quantia inicial “furando a fila” e deixando-se o resto para pagar na ordem da apresentação. § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente. § 6º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exequenda determinar o pagamento integral e autorizar, a requerimento do credor e exclusivamente para os casos de preterimento de seu direito de precedência ou de não alocação orçamentária do valor necessário à satisfação do seu débito, o sequestro da quantia respectiva. § 7º O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. 48. (FCC/Analista - TRT 15ª/2009) O Presidente do Tribunal competente, que por ato comissivo ou omissivo, tentar frustrar a liquidação regular de precatório incorrerá em crime de responsabilidade. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 35 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR A Constituição estabelece em seu art. 100 §7º o Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. Gabarito: Correto. 49. (CESPE/TRF 5ª/2009) Os débitos de natureza alimentícia,para fins de pagamento por precatório, compreendem os decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações, por morte ou invalidez, fundadas na responsabilidade civil, em virtude de sentença transitada em julgado. Comentários: A Constituição estabelece no seu art. 100 §1º que os débitos de natureza alimentícia compreendem aqueles decorrentes de salários, vencimentos, proventos, pensões e suas complementações, benefícios previdenciários e indenizações por morte ou por invalidez, fundadas em responsabilidade civil, em virtude de sentença judicial transitada em julgado, e serão pagos com preferência sobre todos os demais débitos, exceto sobre aqueles referidos no § 2º do mesmo artigo ( débitos de natureza alimentícia que se referem a idosos e portadores de deficiência). Gabarito: Correto. 50. (CESPE/Analista-TJ-RJ/2008) Compete à União fixar, por meio de lei ordinária, o valor das obrigações de pequeno valor que a fazenda federal, estadual, distrital ou municipal deva fazer em virtude de sentença judicial transitada em julgado, independentemente de precatório. Comentários: Pois a Constituição permite no seu art. 100 §4º que poderão ser fixados, por leis próprias de cada ente, valores distintos às entidades de direito público. Gabarito: Errado. 51. (ESAF/MPU/2004) O presidente do Tribunal, que por ato omissivo retardar a liquidação regular de precatório, incorrerá em crime de responsabilidade. Comentários: CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 36 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR O ato pode ser tanto omissivo quanto comissivo, assim dispõe o art. 100 §7º da Constituição, e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça. Gabarito: Correto. § 8º É vedada a expedição de precatórios complementares ou suplementares de valor pago, bem como o fracionamento, repartição ou quebra do valor da execução para fins de enquadramento de parcela do total ao que dispõe o § 3º deste artigo. Ou seja, o precatório tem de da dívida integral. Não pode fracionar em diversos pedacinhos para fugir da ordem cronológica e tentar enquadrar no “pequeno valor”. Fracionamento só pode ocorrer no caso de débitos alimentícios de maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, e ainda assim, este fracionamento é só para o caso de caber no limite de “3x o pequeno valor” e furar a fila cronológica, e não para caber dentro do pequeno valor ser pago diretamente. § 9º No momento da expedição dos precatórios, independentemente de regulamentação, deles deverá ser abatido, a título de compensação, valor correspondente aos débitos líquidos e certos, inscritos ou não em dívida ativa e constituídos contra o credor original pela Fazenda Pública devedora, incluídas parcelas vincendas de parcelamentos, ressalvados aqueles cuja execução esteja suspensa em virtude de contestação administrativa ou judicial. § 10. Antes da expedição dos precatórios, o Tribunal solicitará à Fazenda Pública devedora, para resposta em até 30 (trinta) dias, sob pena de perda do direito de abatimento, informação sobre os débitos que preencham as condições estabelecidas no § 9º, para os fins nele previstos. Ou seja, antes de pagar ao credor do precatório, deve se verificar se ele tem alguma dívida com a fazenda pública devedora, caso tenha esta dívida líquida e certa, ainda que esteja inscrita na dívida ativa, far-se-á uma compensação daquilo que ele está devendo, excluindo o valor desta dívida do montante que ele iria receber. A fazenda pública tem 30 dias depois de provocada pelo juiz para informar se o credor possui ou não débitos líquidos e certos com ela, se não informar, ela perde o direito ao abatimento. § 11. É facultada ao credor, conforme estabelecido em lei da entidade federativa devedora, a entrega de créditos CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 37 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR em precatórios para compra de imóveis públicos do respectivo ente federado. § 12. A partir da promulgação desta Emenda Constitucional (EC 69/2009), a atualização de valores de requisitórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento, independentemente de sua natureza, será feita pelo índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança, e, para fins de compensação da mora, incidirão juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. § 13. O credor poderá ceder, total ou parcialmente, seus créditos em precatórios a terceiros, independentemente da concordância do devedor, não se aplicando ao cessionário o disposto nos §§ 2º e 3º. § 14. A cessão de precatórios somente produzirá efeitos após comunicação, por meio de petição protocolizada, ao tribunal de origem e à entidade devedora. § 15. Sem prejuízo do disposto neste artigo, lei complementar a esta Constituição Federal poderá estabelecer regime especial para pagamento de crédito de precatórios de Estados, Distrito Federal e Municípios, dispondo sobre vinculações à receita corrente líquida e forma e prazo de liquidação. CF, ADCT, art. 97 - Até que seja editada a lei complementar de que trata o § 15 do art. 100 da Constituição Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios que, na data de publicação desta Emenda Constitucional, estejam em mora na quitação de precatórios vencidos, relativos às suas administrações direta e indireta, inclusive os emitidos durante o período de vigência do regime especial instituído por este artigo, farão esses pagamentos de acordo com as normas a seguir estabelecidas, sendo inaplicável o disposto no art. 100 desta Constituição Federal, exceto em seus §§ 2º, 3º, 9º, 10, 11, 12, 13 e 14, e sem prejuízo dos acordos de juízos conciliatórios já formalizados na data de promulgação desta Emenda Constitucional. (O art. 97 exposto é seguido por 18 parágrafos que regulamentam o tema) § 16. A seu critério exclusivo e na forma de lei, a União poderá assumir débitos, oriundos de precatórios, de Estados, Distrito Federal e Municípios, refinanciando-os diretamente. CURSO ON-LINE - D. CONSTITUCIONAL - CÂMARA PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 38 Prof. Vítor Cruz WWW.PONTODOSCONCURSOS.COM.BR Resumo sobre precatórios: • O regime é obrigatório para todo crédito contra a fazenda pública oriundo de sentença judicial transitada em julgado, salvo para o definido em lei (de cada um dos entes) como sendo de pequeno valor; • Pequeno valor não pode ser uma quantia inferior ao teto do Regime Geral de Previdência; • A ordem de pagamento é a seguinte: 1º- Créditos de natureza alimentícia de maiores de 60 anos ou portadores de doença grave, limitados a três vezes o definido como pequeno valor. 2º- Demais créditos de natureza alimentícia; 3º- Ordem cronológica da apresentação dos demais precatórios, vedado o fracionamento. • Se o precatório for apresentado até 1º de julho, é obrigatório que se inclua no orçamento do ano seguinte, e se pague até o final daquele ano, corrigido monetariamente pelo índice geral da caderneta de poupança. Se não pagar até o final do ano, além da correção, irá incidir juros simples no mesmo percentual de juros incidentes sobre a caderneta de poupança, ficando excluída a incidência de juros compensatórios. • O Presidente do Tribunal competente que, por ato comissivo ou omissivo, retardar ou tentar frustrar a liquidação regular de precatórios incorrerá em crime de responsabilidade e responderá, também, perante o Conselho Nacional de Justiça.
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