Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* Absorção intestinal de água é passiva, ocorrendo devido absorção de solutos osmoticamente ativos Água se move através da mucosa intestinal por via paracelular ou transcelular, sempre por osmose. Mucosa intestinal é permeável a água, permitindo que essa se mova em qualquer direção. A medida que eletrólitos e outros nutrientes são absorvidos de forma ativa, a água é drenada passivamente do lúmen para os capilares. * Secreção intestinal de água e eletrólitos. Qdo. alimentos amiláceos entram no ID – digestão cria moléculas de di e trissacarídeos - partir do amido * Tais moléculas puxam a água dos espaços laterais p/ o lúmen intestinal. A água dos espaços laterais é rapidamente substituída pela água dos capilares intestinais – se dirige para o intestino. À medida que a digestão prossegue, as moléculas sacarídicas são absorvidas, reduzindo o número de partículas e diminuindo a pressão osmótica do lúmen intestinal. A medida que ocorre a absorção – a água segue osmoticamente através do epitélio para os vasos. * Fluxo sanguíneo intestinal. Nutrientes absorvidos adentram os capilares por difusão a partir dos espaços laterais. A absorção concentra os nutrientes nos espaços. Quando essas concentrações excedem suas concentrações no sangue, ocorre um gradiente de difusão. Esse movimento cria uma força osmótica que puxa a água para os capilares. * Outra força que leva a água para os capilares é a pressão hidrostática nos espaços laterais criada pelo efeito osmótico dos nutrientes absorvidos. A medida que esses nutrientes atraem água do intestino, os espaços ficam distendidos, desenvolvendo uma pressão hidrostática. Digestão e Absorção de Gorduras Os lipídeos apresentam um problema digestivo especial para o animal. * Eles não se dissolvem na água, o meio no qual ocorre a digestão. A ação detergente é necessária p/ dissolver os lipídeos, de forma que possam ser submetidos a ação de enzimas hidrolíticas no ID. Lipídeos compõem uma grande porção das dietas dos carnívoros. Neonatos de todas as espécies mamíferas possuem alta capacidade de digestão e absorção de lipídeos. Leite tem alto teor de gordura. * Herbívoros têm capacidade de absorver lipídeos em quantidades mais elevadas do que as encontradas em suas dietas (suplementação de vacas de leite de alta produção e cavalos de corrida). * Lipídeo dietético primário – triglicerídeo, que pode originar-se tanto de fontes vegetais como animais. Outros lipídeos incluem o colesterol e fosfolipídios – fontes animais e vegetais. Vit. lipossolúveis A, D, E e K são absorvidas junto com os lipídeos. Assimilação lipídica pode ser dividida em 4 fases: Emulsificação Hidrólise Formação de micelas Absorção * Emulsificação é o processo de redução de lipídeos a um tamanho que forme suspensões estáveis em água ou soluções aquosas. Essa fase começa no estômago – lipídeos são submetidos a mistura e ações de trituração. No ID, a emulsificação se completa pela ação detergente dos ácidos biliares. Gotículas recobertas de bile estão sujeitas às ações das enzimas hidrolíticas. * Hidrólise dos triglicerídeos ocorre por causa da ação combinada das enzimas pancreáticas lipase, fosfolipase e co-lipase. * Produtos da digestão hidrolítica ( ácidos graxos e monoglicerídeos) se combinam c/ ácidos biliares para formar as micelas – pequenos agregados hidrossolúveis de ácidos biliares e lipídeos. * Micelas permitem aos lipídeos se difundirem pelo lúmen intestinal. Lipídeos são absorvidos por difusão simples. Apesar de um mecanismo elaborado ser necessário para o transporte de sacarídeos e aa através da membrana apical, nenhum sistema de transporte é necessário p/ a absorção de lipídios. A membrana apical é composta de fosfolipídios. * Os produtos da digestão lipídica são solúveis na matriz fosfolipídica da membrana - ocorre a difusão * Ácidos biliares são reabsorvidos no íleo por um sistema de co-transporte de Na+. Todos os componentes da micela se difundem nos enterócitos, exceto os ácidos biliares, que ficam na luz do intestino, separando-se de outros elementos da micela a medida que a absorção continua. Qdo. esses ácidos atingem o íleo, há um sistema de transporte específico de ácido biliar. Esse sistema resulta na quase completa reabsorção dos ácidos. * Após absorção – são transportados de volta p/ o fígado pelo sistema porta – reciclados na bile. * Os lipídeos absorvidos são estocados nos quilomícrons antes de deixar os enterócitos. Depois de passarem pela membrana apical, os lipídeos são apanhados por moléculas carreadoras e transportados dentro da célula para o retículo endoplasmático. São armazenados dentro de estruturas conhecidas como quilomícrons. Após a formação são expelidos na membrana basolateral p/ os espaços laterais. * São mto. grandes p/ passar nos capilares intestinais então, trafegam através dos linfáticos e desembocam na veia cava, com isso, acabam por atingir o sistema sanguíneo. * Digestão no neonato. Durante as primeiras horas de vida, as proteínas não são digeridas, mas absorvidas intactas. Geral – função da digestão é destruir as proteínas por hidrólise. Alguns neonatos – necessidade de absorver proteínas intactas. Bovinos, ovinos, suínos e equinos - quase nenhum Ac passa através da placenta – nascem sem a proteção imunológica dos Ac maternos. * Em tais espécies, os Ac precisam ser adquiridos pela ingestão do colostro. Ao nascimento, nesses animais, o sistema digestivo se altera c/ relação ao do adulto, a fim de absorver Ac protéicos intactos. Há 03 alterações: Secreção ácida do estômago retardada. Demora - desenvolvimento da função pancreática Epitélio intestinal é capaz de absorver proteínas no lúmen e liberá-las nos espaços laterais. * Imediatamente após o nascimento, esse epitélio intestinal começa a sumir e o faz inteiramente após 24 horas – fechamento do intestino. A principal dissacaridase intestinal muda de lactase para maltase com o amadurecimento. A lactose do leite é o principal CHO nas dietas de neonatos e jovens. Todos os mamíferos nascem c/ atividade elevada da lactase intestinal. * Por outro lado, a maltase, necessária p/ digerir o amido, é fraca por várias semanas pós nascimento. Chegam ao desmame – lactase diminui e a maltase aumenta – mudança da lactose para o amido. Fisiopatologia da Diarréia. Diarréia – refere a aumento na frequência e volume das fezes. Volume aumenta por causa do aumento no conteúdo de água. Normalmente, a maioria da água é absorvida, deixando-se um volume pequeno p/ a passagem das fezes. * A diarréia ocorre quando há desequilíbrio entre a secreção e a absorção. Diarréia por má absorção ocorre qdo. a absorção é inadequada para recuperar a porção suficiente de água secretada. Causas – perda do epitélio GI (infecções bactérias, vírus e protozoários). Essas infecções resultam em redução no tamanho do vilo – perdas celulares. Vilosidades curtas provocam absorção prejudicada por duas razões: * * * - Perda de área superficial intestinal absortiva. Digestão e absorção prejudicadas em relação aos nutrientes. * Como a absorção dos mesmos é necessária p/ a absorção osmótica da água, sua absorção fica diminuída. Ocorre diarréia secretora quando a velocidade de secreção intestinal aumenta e ultrapassa a capacidade absortiva. Isso ocorre qdo o mecanismo secretor é estimulado anormalmente (toxinas). Toxinas conhecidas como enterotoxinas - produzida por alguns tipos de bactérias patogênicas. * Escherichia coli – causa diarréia hipersecretora extremamente comum em bezerros e leitões neonatos – grandes prejuízos a produtores. * Digestão – Processos Fermentativos Fermentação - atividade metabólica das bactérias Na digestão fermentativa, os substratos moleculares são degradados pela ação das bactérias e de outros MO. A hidrólise enzimática é parte essencial na digestão fermentativa. A diferença da glandular, é que nessa, as enzimas são de natureza microbiana. * Geralmente, essa digestão é mais lenta que a glandular. Os locais de digestão devem ser propícios para o crescimento microbiano. A digestão fermentativa ocorre em compartimentos especializados anteriormente ao estômago – pré- estômagos e distalmente ao ID – ceco e cólon (IG) Seus pH e umidade se mantém em uma faixa compatível de crescimento de MO apropriados. * Os MO responsáveis pela digestão fermentativa incluem bactérias, fungos e protozoários. A população bacteriana associada a digestão é ampla (pelo menos 28 espécies diferentes no rúmen). Os fungos desempenham papel na digestão das paredes celulares dos vegetais. A capacidade digestiva dos protozoários e bactérias são semelhantes. * Os processos digestivos envolvem a interação entre várias espécies de bactérias e outros MO. O ecossistema da digestão é muito complexo, c/ os resíduos de uma espécie microbiana servindo de substrato p/ outra. Substratos e produtos da digestão fermentativa. Forragens são a principal fonte de alimento de herbívoros e um importante substrato para a digestão fermentativa (DF). * As partes estruturais das plantas (folhas e caule) contém uma grande porção de parede celular (várias moléculas de CHO) – confere estrutura rígida. Nenhum dos materiais constituintes da parede celular (celulose, hemicelulose, pectina e lignina) está sujeito a digestão hidrolítica pelas enzimas digestivas glandulares dos mamíferos. Elas estão sujeitas a ação de um complexo de enzimas microbianas – celulase. * * Tal sistema enzimático libera os mono e polissacarídeos dos CHO das paredes celulares. Esses sacarídeos não ficam disponíveis para a absorção pelo animal, sendo metabolizados pelos MO. Lignina tem somente uma pequena porção digerida por esses processos. Sua concentração na planta aumenta c/ a idade e temperatura. Outros nutrientes, que não as paredes celulares estão sujeitos a digestão fermentativa. * Quase toda a proteína e todos os CHO da dieta estão sujeitos a DF. Tal fato é importante nos ruminantes, em que o alimento é exposto a DF nos pré-estômagos, antes de sua chegada para a digestão glandular. * Dessa maneira, a DF nos pré-estômagos que permite a utilização das paredes celulares, conduz ao uso ineficiente de outros nutrientes. As condições anaeróbicas no rúmen resultam em atividades metabólicas que levam a produção de ácidos graxos voláteis (AGV). Quando CHO entram no rúmen ou no cólon, são atacados por enzimas hidrolíticas. Ação enzimática libera glicose, mono e polissacarídeos que ficam sujeitos ao metabolismo da massa microbiana. * Glicose e outros açúcares são absorvidos pelos MO. Uma vez dentro das mesmas, a glicose entra na via glicolítica – originando duas moléculas de piruvato. Nesse processo – formadas 02 moléculas de ATP. Essas vias conduzem aos principais produtos finais da DF dos CHO, os AGV. Acético Propiônico Butírico * Em menor quantidade são produzidos: isobutírico, valérico, isovalérico e 2-metilbutírico. Essas moléculas são os produtos finais do metabolismo microbiano anaeróbico. O benefício obtido pelo hospedeiro está na energia química contida nos AGV. Ruminantes, os AGV são o principal combustível energético (mesmo papel da glicose nos monogástricos). DF das proteínas – desaminação de vários aa. * Além dos CHO, as proteínas tb. estão sujeitas ao ataque microbiano. A medida que elas entram nas áreas fermentativas do SGI, são atacadas pelas proteases microbianas – formando como produtos finais os peptídeos de cadeia curta. Esses peptídeos são absorvidos pelas células microbianas. Dentro das células eles podem ser utilizados tanto na síntese de proteína microbiana quanto para degradação, com produção de energia. * Qdo. a disponibilidade de energia e proteína está bem equilibrada, ocorre rápida proliferação microbiana e utilização eficiente da proteína. Como uma grande quantidade da proteína dietética é fermentada no rúmen, os ruminantes são dependentes da proteína microbiana para atender suas necessidades protéicas. A proteína microbiana alcança o abomaso e ID a medida que os MO vão saindo do rúmen c/ o fluxo em direção às vias digestivas inferiores. * A eficiência digestiva é otimizada por condições que resultam na transferência da proteína microbiana p/ o animal hospedeiro. Tais condições são mais bem alcançadas por populações microbianas em rápida proliferação. A taxa de proliferação depende do suprimento de nutrientes e da velocidade com que eles são removidos do rúmen. Para células microbianas serem produzidas, são necessários energia e nitrogênio (N). * A energia pode ser proveniente tanto da glicose quanto do peptídeo, mas o N deve-se originar do peptídeo. Qdo. a disponibilidade de glicose é alta c/ relação ao peptídeo, há grande oferta de energia, porém, insuficiente de N para manter ma síntese protéica adequada e, a replicação microbiana não é máxima Nesse caso, a energia é utilizada p/ manutenção de células que não se dividem e não pelas em multiplicação. * * Quando a disponibilidade de glicose e peptídeo está igualada, a energia p/ crescimento provém da glicose, com os peptídeos p/ síntese microbiana. * Qdo. a disponibilidade de peptídeo excede a de glicose, existe uma ampla oferta de N p/ sustentar o crescimento, porém esse está limitado pelos suprimentos energéticos insuficientes. Essa condição força os MO a usarem os peptídeos p/ satisfazerem suas necessidades energéticas, c/ isso, a taxa de proliferação é baixa. Relação entre disponibilidade de CHO e peptídeo (N) exerce forte impacto sobre a produção das células microbianas. * Portanto – gera uma grande influência sobre a nutrição do hospedeiro. * A proteína microbiana pode ser sintetizada no rúmen a partir de fontes de N não-protéico (NNP). Qdo. há oferta suficiente de CHO, a maioria dos MO ruminais pode sintetizar proteína a partir da amônia. Com isso, a proteína pode ser sintetizada a partir de fontes não protéicas, como a uréia. Do pt. de vista econômico, o fenômeno é explorado incluindo uréia no lugar da onerosa proteína nas dietas, permitindo aos MO sintetizarem proteína p/ suprir as necessidades de aa dos hospedeiros. * A amônia, que é tóxica, é absorvida pelo rúmen e encaminhada p/ fígado através do sistema vascular porta-hepático. * Portanto, pouca amônia tóxica alcança a circulação sistêmica. Motilidade do Segmento Ruminorreticular e Manutenção do Ambiente Ruminal Funções fisiológicas do rúmen servem p/ manter um ambiente favorável para a fermentação. Para que o hospedeiro garanta os tipos apropriados de padrão fermentativo, devem ser mantidas dentro do rúmen condições que promovam o crescimento e favoreçam os padrões metabólicos dos MO. * Há várias necessidades que precisam ser atendidas pelo hospedeiro – ocorra fermentação adequada: Fornecer substrato p/ fermentação. Manter a temperatura a 37º C ou próxima disso. Remover o resíduo indigerível. A taxa de remoção dos MO deve ser compatível com o período de regeneração dos MO mais favoráveis. Produtos ácidos da fermentação (AGV) devem ser tamponados ou removidos. * O primeiro desses requisitos, a oferta de substrato, requer somente o ato de ingerir alimentos. Requisitos restantes dependem do desenvolvimento de funções fisiológicas especiais associadas aos pré-estômagos. Essas funções incluem: Os padrões de motilidade. A absorção dos AGV. Produção de quantidades altas de saliva. * A fermentação ruminal é mantida pela retenção seletiva do material a sofrer fermentação ativa, enquanto permite a passagem dos resíduos não-fermentáveis p/ o abomaso. As paredes do segmento ruminorreticular são musculares, possuem SN intrínseco e são capazes de realizar padrões de motilidade complexos. A retenção ruminal do material em fermentação e a liberação do resíduo não-fermentável são acompanhadas por esses padrões de motilidade. * Nota-se a divisão do segmento ruminorreticular em sacos. Essas divisões são criadas por pilares musculares que se projetam p/ a luz do órgão. Durante as contrações, os pilares se elevam e relaxam alternadamente, acentuando ou reduzindo as divisões do órgão. Os dois padrões de motilidade ruminorreticular são Contrações primárias ou de mistura Contrações secundárias ou de eructação * 1 Retículo; 2 Rumen (saco craneal); 3 Rumen (saco dorsal); 4 Rumen (saco cego dorsal); 5 Rumen (saco ventral); 6 Rumen (saco cego ventral) 7 Omaso; 8 Abomaso; 9 Orificio retículo-omasal; 10 Cardias; 11 Pliegue retículo-omasal 12 Pilar craneal; 13 Pilar longitudinal; 14 Pilar caudal; 15 Pilar coronario dorsal; 16 Pilar coronario ventral. * A contração primária serve p/ misturar a ingesta e auxiliar a separação das partículas grandes e pequenas. A função da secundária é forçar o gás em direção à porção cranial do rúmen. As contrações secundárias são importantes, pois forma-se grande quantidade de gases durante a fermentação, que deve ser removida para prevenir a distensão ruminal. * Contrações ocorrem c/ frequência de 01 – 03 / min tendo maior frequência durante a alimentação e desaparecendo durante o sono. * A taxa e a força das contrações dependem da característica da dieta. Alimentos grosseiros e fibrosos estimulam contrações fortes e frequentes. Contrações exercem importante influência sobre o fluxo de líquido e partículas através do rúmen. Gravidade e motilidade ruminorreticulares criam 1 fluxo seletivo de substâncias p/ fora do rúmen. A ingesta ruminal é estratificada pelos efeitos da gravidade e da motilidade ruminorreticulares. * Existem zonas ou fases distintas da ingesta ruminal Na porção dorsal do rúmen, há uma zona gasosa, criada pelos gases da fermentação. Abaixo da mesma, encontra-se uma zona sólida, composta de partículas de forragens (fermentação). Zona sólida permanece em flutuação por causa do ar aprisionado entre as partículas e tb. das bolhas de gases da fermentação que se formam em volta das bactérias aderidas ao material vegetal. * Na porção inferior há uma zona líquida. A área entre as zonas sólida e líquida denomina-se zona pastosa Essas 4 zonas são criadas por efeito da gravidade. * A gravidade determina o ritmo c/ que os materiais em forma de partículas se movimentam através das zonas do segmento ruminorreticular. Qdo. a forragem é consumida pelos ruminantes, as partículas são fragmentadas apenas parcialmente pela mastigação inicial, chegando ao retículo como um bolo entrelaçado de peças longas de forragens. Ele possui uma gravidade menor por causa do ar aprisionado entre as partículas. * Em função dessa reduzida gravidade, ele flutua na zona de ejeção, até que ocorra uma contração reticular, momento em que a pressão ejeta o bolo do retículo p/ a zona sólida do saco dorsal. No saco dorsal, as bactérias começam a aderir às partículas de forragem, e a fermentação se inicia c/ formação de pequenas bolhas (gases). Essas pequenas bolhas auxiliam na manutenção da baixa gravidade das partículas. * A motilidade do saco dorsal serve para misturar a ingesta. A medida que é misturada, as partículas começam a se dissolver por causa da destruição fermentativa dos CHO. Com o progredir da fermentação o tamanho das partículas é reduzido; o ar aprisionado escapa; e a gravidade das partículas aumenta. C/ o aumento da gravidade, as partículas tendem a submergir e se separar da zona pastosa onde há adicional fermentação e redução do tamanho. * Medida que a ingesta em circulação é movimentada o material que ainda possui baixa gravidade tende a permanecer em suspensão na zona pastosa. O material denso tende a se depositar na zona de escape potencial. Durante as contrações, esse material sai através do orifício reticulomasal. A forragem longa é reduzida pela mastigação inicial em partículas c/ 1 - 2 cm. O tamanho das partículas diminui nas porções ventrais do rúmen. * Partículas que se movimentam através do orifício reticulomasal tem 2 a 3 mm. A digestibilidade e as características físicas dos alimentos exercem influência tanto no ritmo da passagem quanto na taxa de ingestão. Pode-se concluir que o alimento não deixa o rúmen até que esteja degradado em pequenas partículas. Atividade dos MO e remastigação são responsáveis pela redução do tamanho das partículas. * * A taxa de quebra das fibras é em função de sua digestibilidade. Fibras pouco digeríveis demoram mais tempo. C/ isso, a taxa de ingestão de alimentos não pode exceder aquela de saída da ingesta. A preparação dos alimentos pode influenciar essa relação. O ato de picar as forragens de baixa digestibilidade aumenta sua velocidade de passagem pelo rúmen. Isso eleva a quantidade de material que um animal pode comer. * * A ruminação, ou mastigação do bolo alimentar, exerce efeito sobre a redução do tamanho das partículas e sobre o movimento do material sólido através do rúmen. Ruminação – ato de remastigar a ingesta ruminal. A regurgitação é o ato inicial. Quando ela ocorre há uma contração extra do retículo. Simultaneamente o cárdia se relaxa. Qdo. o bolo entra no esôfago, há uma onda de peristaltismo reverso propelindo o material p/ a boca. * Esse processo dá início a remastigação do material Tempo da remastigação depende da característica da dieta, com o material fibroso requerendo maior tempo que os alimentos moídos. O material regurgitado possui partículas da zona pastosa – ingesta selecionada p/ ruminação não é o material grosseiro do rúmen, e sim o material que já sofreu atividades digestivas (MO) da zona sólida. A ruminação tb. serve para auxiliar no processo de separação de partículas. * Quando o bolo alcança a boca, água e pequenas partículas são deglutidas antes da mastigação do bolo restante – atividade que tende a separar as partículas pequenas das maiores. Pequenas partículas tendem a afundar, enquanto as grandes são ejetadas de volta a zona pastosa. A ruminação ocorre durante períodos em que o animal não está ingerindo alimentos. O tempo gasto depende do tipo de dieta. * Varia de quase nenhum nas dietas de grãos a 10 h/dia naquelas a base de volumosos. * Água se movimenta através do rúmen a uma velocidade muito maior que o material particulado Quase toda água que entra no rúmen o faz através do esôfago, quer pelo: Fluxo salivar Ingestão Alimentos suculentos Taxa de salivação é influenciada pelo tempo de mastigação e tipo de alimento (forragens secas levam a grandes taxas de fluxo salivar). * Taxa de ingestão de água é influenciada pela: Ingestão de alimento. Conteúdo de sal da dieta. Pouca água penetra no rúmen através da mucosa. A mucosa dos pré-estômagos é aglandular e estratificada, não havendo secreção líquida. Pequena quantidade penetra por osmose. * Função do Omaso. O omaso é composto por um corpo e um canal. O corpo é preenchido c/ múltiplas pregas, ou folhas. O canal conecta o retículo ao abomaso. A ingesta é movimentada p/ o omaso durante as contrações do retículo. Sua estrutura sugere função absortiva. Uma possibilidade é que ocorra remoção dos AGV e bicarbonato residuais da ingesta antes que sejam transportados ao abomaso. * Os AGV parecem causar reações desfavoráveis ao abomaso e o bicarbonato neutralizaria o HCl do abomaso – trabalho adicional às glândulas do abomaso p/ manter o pH. Absorção dos AGV. AGV representam 60 – 80% da energia requerida pelo animal e são absorvidos diretamente pelo epitélio dos pré-estômagos. Somente pequenas quantidades escapam p/ vias digestivas inferiores. * * Esses processos absortivos ajudam a manter o pH ruminal, removendo o ácido dos pré-estômagos. No processo de absorção de uma molécula de AGV outra de bicarbonato é gerada na luz; portanto, a absorção de AGV ajuda a tamponar o pH ruminal tanto pela produção de base quanto, pela remoção de ácido. Desenvolvimento do rúmen e função da goteira esofágica. * Ao nascimento, os pré-estômagos têm o tamanho igual ao abomaso, que contrasta c/ as proporções nos animais adultos. O aumento de volume ocorre após o nascimento, porém, depende do tipo de dieta. Bovinos, o período de desenvolvimento é dividido: Fase não ruminante – até 03 semanas de idade. Fase transitória (3ª à 8ª semana de idade). * Proporções próximas dos adultos são alcançadas à 8ª semana, desde que os bezerros tenham tido acesso a alimentos sólidos. Ao nascimento, os pré-estômagos são estéreis, sendo rapidamente colonizados por bactérias do ambiente. No caso dos protozoários, os bezerros necessitam de exposição aos bovinos adultos. * Goteira esofágica desvia o fluxo de leite ingerido p/ o abomaso, sem passar pelos pré-estômagos. P/ desenvolvimento ruminal apropriado é importante – leite seja desviado do rúmen em desenvolvimento. Isso é realizado pela atividade da goteira esofágica – estrutura semelhante a uma calha. O leite é dirigido para o omaso e de lá chega rápido ao abomaso. Apenas 10% do leite alcança o rúmen. * Função do intestino grosso (IG) dos equinos. A função do ceco e do cólon é recuperar líquidos e eletrólitos da ingesta que abando na o íleo. * Em alguns herbívoros, essa função foi expandida p/ incluir a digestão fermentativa (DF). Funções - absorção / fermentação complementam- se nos cólons dos herbívoros não ruminantes. Isso conduz a 1 sistema interativo de fermentação e absorção. Distúrbios na fermentação resultam em anormalidades na absorção e vice-versa. O tipo de substrato e os padrões de fermentação são idênticos nos pré-estômagos e no IG. * Os principais substratos p/ a fermentação no IG são os CHO e proteínas. A fermentação intestinal é auxiliada pela ação gástrica prévia. A proteína, assim como os CHO, são absorvidos no ID, levando a deficiência de N p/ os MO do cólon. Ao contrário dos ruminantes, não há uma forma eficiente de aproveitamento da proteína microbiana sintetizada no IG, sendo a maior parte eliminada nas fezes. * Ocorre absorção de pequenas quantidades de aa pelo ceco e cólon – nada perto dos ruminantes. A motilidade do ceco e do cólon serve p/ reter o material a ser fermentado e separar as partículas A separação entre o material a ser fermentado é acompanhada pela retenção seletiva das partículas com base nos seus tamanhos. O processo de DF não é tão eficiente quanto no ruminante. * IG é dividido em: ceco, cólon ventral, cólon dorsal e cólon menor. Do ID, a ingesta alcança o ceco. O material no ceco e cólon maior tem alto teor de umidade (pastoso). * Característica da motilidade cecal - efeito misturador Essa ação mantém o conteúdo em um estado homogêneo. Contrações ocorrem a cada 3 - 4 min. A constrição força o material através do orifício cecocólico, para dentro do cólon ventral direito. Lá, a segmentação desempenha uma função misturadora que auxilia na fermentação, proporcionando o contato dos AGV c/ a mucosa para a absorção. * A medida que o tamanho das partículas é reduzido pela ação fermentativa e pela atividade misturadora do cólon, elas se tornam pequenas p/ fluírem c/ a fase líquida e deixarem o cólon. * As sílabas fecais são formadas por segmentação dentro do cólon menor. A taxa de fermentação e a produção de AGV no cólon equino são semelhantes às do rúmen. No cólon equino estão presentes maneiras de tamponamento e de absorção de AGV. Nos equinos, grandes quantidades de líquido, rico em tampões bicarbonato e fosfato, são secretados pelo íleo e transferidos para o ceco, imitando as glândulas salivares dos bovinos. * Durante o período de produção ativa de AGV, grandes quantidades de líquido entram p/ a luz do IG, a partir do sangue, atravessando a mucosa. Essa resposta secretora (sódio e bicarbonato) é responsável pelo tamponamento do conteúdo luminal. Movimento de entrada da água resulta da secreção da mucosa, enquanto o de saída acompanha a absorção dos AGV. * Os mecanismos de absorção dos AGV no cólon parecem ser idênticos àqueles do rúmen - absorção de sódio acompanha a de AGV, e o bicarbonato é gerado na luz. Função do cólon menor é recuperar água, AGV e eletrólitos que não foram absorvidos no cólon maior Parece haver pequena produção de AGV no cólon menor, porém, nesse local observa-se considerável absorção de água, sódio e fosfato.
Compartilhar