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Fisio Digestivo II

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Absorção intestinal de água é passiva, ocorrendo devido absorção de solutos osmoticamente ativos
Água se move através da mucosa intestinal por via 
paracelular ou transcelular, sempre por osmose. 
Mucosa intestinal é permeável a água, permitindo 
que essa se mova em qualquer direção.
A medida que eletrólitos e outros nutrientes são 
absorvidos de forma ativa, a água é drenada 
passivamente do lúmen para os capilares. 
*
Secreção intestinal de água e eletrólitos.
Qdo. alimentos amiláceos entram no ID – digestão 
cria moléculas de di e trissacarídeos - partir do amido 
*
Tais moléculas puxam a água dos espaços laterais 
p/ o lúmen intestinal. A água dos espaços laterais 
é rapidamente substituída pela água dos capilares 
intestinais – se dirige para o intestino.
À medida que a digestão prossegue, as moléculas 
sacarídicas são absorvidas, reduzindo o número 
de partículas e diminuindo a pressão osmótica do 
lúmen intestinal.
A medida que ocorre a absorção – a água segue 
osmoticamente através do epitélio para os vasos. 
*
Fluxo sanguíneo intestinal.
Nutrientes absorvidos adentram os capilares por 
difusão a partir dos espaços laterais. A absorção 
concentra os nutrientes nos espaços.
Quando essas concentrações excedem suas 
concentrações no sangue, ocorre um gradiente de 
difusão.
Esse movimento cria uma força osmótica que puxa 
a água para os capilares. 
*
Outra força que leva a água para os capilares é a 
pressão hidrostática nos espaços laterais criada 
pelo efeito osmótico dos nutrientes absorvidos.
A medida que esses nutrientes atraem água do 
intestino, os espaços ficam distendidos, 
desenvolvendo uma pressão hidrostática.
Digestão e Absorção de Gorduras
Os lipídeos apresentam um problema digestivo 
especial para o animal. 
*
Eles não se dissolvem na água, o meio no qual 
ocorre a digestão. A ação detergente é necessária 
p/ dissolver os lipídeos, de forma que possam ser 
submetidos a ação de enzimas hidrolíticas no ID.
Lipídeos compõem uma grande porção das dietas 
dos carnívoros. Neonatos de todas as espécies 
mamíferas possuem alta capacidade de digestão 
e absorção de lipídeos.
Leite tem alto teor de gordura. 
*
Herbívoros têm capacidade de absorver lipídeos em 
quantidades mais elevadas do que as encontradas 
em suas dietas (suplementação de vacas de leite de 
alta produção e cavalos de corrida). 
*
Lipídeo dietético primário – triglicerídeo, que pode 
originar-se tanto de fontes vegetais como animais.
Outros lipídeos incluem o colesterol e fosfolipídios 
– fontes animais e vegetais. Vit. lipossolúveis A, D, 
E e K são absorvidas junto com os lipídeos.
Assimilação lipídica pode ser dividida em 4 fases:
Emulsificação
Hidrólise
Formação de micelas
Absorção 
*
Emulsificação é o processo de redução de lipídeos 
a um tamanho que forme suspensões estáveis em 
água ou soluções aquosas.
Essa fase começa no estômago – lipídeos são 
submetidos a mistura e ações de trituração.
No ID, a emulsificação se completa pela ação 
detergente dos ácidos biliares.
Gotículas recobertas de bile estão sujeitas às 
ações das enzimas hidrolíticas.
*
Hidrólise dos triglicerídeos ocorre por causa da 
ação combinada das enzimas pancreáticas lipase, 
fosfolipase e co-lipase. 
*
Produtos da digestão hidrolítica ( ácidos graxos e 
monoglicerídeos) se combinam c/ ácidos biliares 
para formar as micelas – pequenos agregados 
hidrossolúveis de ácidos biliares e lipídeos.
*
Micelas permitem aos lipídeos se difundirem pelo 
lúmen intestinal.
Lipídeos são absorvidos por difusão simples.
Apesar de um mecanismo elaborado ser necessário 
para o transporte de sacarídeos e aa através da 
membrana apical, nenhum sistema de transporte é 
necessário p/ a absorção de lipídios.
A membrana apical é composta de fosfolipídios.
*
Os produtos da digestão lipídica são solúveis na 
matriz fosfolipídica da membrana - ocorre a difusão
*
Ácidos biliares são reabsorvidos no íleo por um sistema de co-transporte de Na+.
Todos os componentes da micela se difundem nos 
enterócitos, exceto os ácidos biliares, que ficam na 
luz do intestino, separando-se de outros elementos 
da micela a medida que a absorção continua.
Qdo. esses ácidos atingem o íleo, há um sistema 
de transporte específico de ácido biliar. Esse 
sistema resulta na quase completa reabsorção dos 
ácidos. 
*
Após absorção – são transportados de volta p/ o 
fígado pelo sistema porta – reciclados na bile.
*
Os lipídeos absorvidos são estocados nos quilomícrons antes de deixar os enterócitos.
Depois de passarem pela membrana apical, os 
lipídeos são apanhados por moléculas carreadoras 
e transportados dentro da célula para o retículo 
endoplasmático.
São armazenados dentro de estruturas conhecidas 
como quilomícrons. Após a formação são expelidos 
na membrana basolateral p/ os espaços laterais. 
*
São mto. grandes p/ passar nos capilares intestinais 
então, trafegam através dos linfáticos e desembocam 
na veia cava, com isso, acabam por atingir o sistema 
sanguíneo. 
*
Digestão no neonato.
Durante as primeiras horas de vida, as proteínas 
não são digeridas, mas absorvidas intactas. 
Geral – função da digestão é destruir as proteínas 
por hidrólise. Alguns neonatos – necessidade de 
absorver proteínas intactas.
Bovinos, ovinos, suínos e equinos - quase nenhum 
Ac passa através da placenta – nascem sem a 
proteção imunológica dos Ac maternos. 
*
Em tais espécies, os Ac precisam ser adquiridos 
pela ingestão do colostro.
Ao nascimento, nesses animais, o sistema digestivo 
se altera c/ relação ao do adulto, a fim de absorver 
Ac protéicos intactos.
Há 03 alterações:
Secreção ácida do estômago retardada.
Demora - desenvolvimento da função pancreática
Epitélio intestinal é capaz de absorver proteínas no lúmen e liberá-las nos espaços laterais. 
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Imediatamente após o nascimento, esse epitélio 
intestinal começa a sumir e o faz inteiramente 
após 24 horas – fechamento do intestino.
A principal dissacaridase intestinal muda de lactase para maltase com o amadurecimento.
A lactose do leite é o principal CHO nas dietas de 
neonatos e jovens. Todos os mamíferos nascem c/ 
atividade elevada da lactase intestinal. 
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Por outro lado, a maltase, necessária p/ digerir o 
amido, é fraca por várias semanas pós nascimento.
Chegam ao desmame – lactase diminui e a maltase 
aumenta – mudança da lactose para o amido.
Fisiopatologia da Diarréia.
Diarréia – refere a aumento na frequência e volume 
das fezes. Volume aumenta por causa do aumento 
no conteúdo de água. Normalmente, a maioria da 
água é absorvida, deixando-se um volume pequeno 
p/ a passagem das fezes. 
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A diarréia ocorre quando há desequilíbrio entre a secreção e a absorção.
Diarréia por má absorção ocorre qdo. a absorção é 
inadequada para recuperar a porção suficiente de 
água secretada. 
Causas – perda do epitélio GI (infecções bactérias, 
vírus e protozoários). Essas infecções resultam em 
redução no tamanho do vilo – perdas celulares.
Vilosidades curtas provocam absorção prejudicada 
por duas razões: 
*
*
*
 
- Perda de área superficial intestinal absortiva.
Digestão e absorção prejudicadas em relação aos nutrientes. 
*
Como a absorção dos mesmos é necessária p/ a 
absorção osmótica da água, sua absorção fica 
diminuída.
Ocorre diarréia secretora quando a velocidade de 
secreção intestinal
aumenta e ultrapassa a 
capacidade absortiva. Isso ocorre qdo o mecanismo 
secretor é estimulado anormalmente (toxinas).
Toxinas conhecidas como enterotoxinas - produzida 
por alguns tipos de bactérias patogênicas. 
*
Escherichia coli – causa diarréia hipersecretora 
extremamente comum em bezerros e leitões 
neonatos – grandes prejuízos a produtores. 
*
Digestão – Processos Fermentativos
Fermentação - atividade metabólica das bactérias
Na digestão fermentativa, os substratos moleculares 
são degradados pela ação das bactérias e de outros 
MO. 
A hidrólise enzimática é parte essencial na digestão 
fermentativa. A diferença da glandular, é que nessa, 
as enzimas são de natureza microbiana. 
*
Geralmente, essa digestão é mais lenta que a 
glandular.
Os locais de digestão devem ser propícios para o crescimento microbiano.
A digestão fermentativa ocorre em compartimentos 
especializados anteriormente ao estômago – pré-
estômagos e distalmente ao ID – ceco e cólon (IG) 
Seus pH e umidade se mantém em uma faixa 
compatível de crescimento de MO apropriados. 
*
Os MO responsáveis pela digestão fermentativa incluem bactérias, fungos e protozoários.
A população bacteriana associada a digestão é 
ampla (pelo menos 28 espécies diferentes no 
rúmen).
Os fungos desempenham papel na digestão das 
paredes celulares dos vegetais. A capacidade 
digestiva dos protozoários e bactérias são 
semelhantes. 
*
Os processos digestivos envolvem a interação 
entre várias espécies de bactérias e outros MO. 
O ecossistema da digestão é muito complexo, c/ 
os resíduos de uma espécie microbiana servindo 
de substrato p/ outra.
Substratos e produtos da digestão fermentativa.
Forragens são a principal fonte de alimento de 
herbívoros e um importante substrato para a 
digestão fermentativa (DF). 
*
As partes estruturais das plantas (folhas e caule) 
contém uma grande porção de parede celular 
(várias moléculas de CHO) – confere estrutura 
rígida.
Nenhum dos materiais constituintes da parede 
celular (celulose, hemicelulose, pectina e lignina) 
está sujeito a digestão hidrolítica pelas enzimas 
digestivas glandulares dos mamíferos.
Elas estão sujeitas a ação de um complexo de 
enzimas microbianas – celulase. 
*
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Tal sistema enzimático libera os mono e 
polissacarídeos dos CHO das paredes celulares. 
Esses sacarídeos não ficam disponíveis para a 
absorção pelo animal, sendo metabolizados pelos 
MO.
Lignina tem somente uma pequena porção digerida 
por esses processos. Sua concentração na planta 
aumenta c/ a idade e temperatura.
Outros nutrientes, que não as paredes celulares estão sujeitos a digestão fermentativa.
*
Quase toda a proteína e todos os CHO da dieta 
estão sujeitos a DF. Tal fato é importante nos 
ruminantes, em que o alimento é exposto a DF nos 
pré-estômagos, antes de sua chegada para a 
digestão glandular. 
*
Dessa maneira, a DF nos pré-estômagos que 
permite a utilização das paredes celulares, conduz 
ao uso ineficiente de outros nutrientes.
As condições anaeróbicas no rúmen resultam em atividades metabólicas que levam a produção de ácidos graxos voláteis (AGV).
Quando CHO entram no rúmen ou no cólon, são 
atacados por enzimas hidrolíticas. Ação enzimática 
libera glicose, mono e polissacarídeos que ficam 
sujeitos ao metabolismo da massa microbiana. 
*
Glicose e outros açúcares são absorvidos pelos 
MO. Uma vez dentro das mesmas, a glicose entra 
na via glicolítica – originando duas moléculas de 
piruvato.
Nesse processo – formadas 02 moléculas de ATP.
Essas vias conduzem aos principais produtos finais 
da DF dos CHO, os AGV.
Acético 
Propiônico
Butírico 
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Em menor quantidade são produzidos: isobutírico, 
valérico, isovalérico e 2-metilbutírico.
Essas moléculas são os produtos finais do 
metabolismo microbiano anaeróbico. 
O benefício obtido pelo hospedeiro está na energia 
química contida nos AGV. Ruminantes, os AGV 
são o principal combustível energético (mesmo 
papel da glicose nos monogástricos).
DF das proteínas – desaminação de vários aa. 
*
Além dos CHO, as proteínas tb. estão sujeitas ao 
ataque microbiano. A medida que elas entram nas 
áreas fermentativas do SGI, são atacadas pelas 
proteases microbianas – formando como produtos 
finais os peptídeos de cadeia curta.
Esses peptídeos são absorvidos pelas células 
microbianas. Dentro das células eles podem ser 
utilizados tanto na síntese de proteína microbiana 
quanto para degradação, com produção de 
energia. 
*
Qdo. a disponibilidade de energia e proteína está bem equilibrada, ocorre rápida proliferação microbiana e utilização eficiente da proteína.
Como uma grande quantidade da proteína dietética 
é fermentada no rúmen, os ruminantes são 
dependentes da proteína microbiana para atender 
suas necessidades protéicas.
A proteína microbiana alcança o abomaso e ID a 
medida que os MO vão saindo do rúmen c/ o fluxo 
em direção às vias digestivas inferiores. 
*
A eficiência digestiva é otimizada por condições 
que resultam na transferência da proteína 
microbiana p/ o animal hospedeiro.
Tais condições são mais bem alcançadas por 
populações microbianas em rápida proliferação.
A taxa de proliferação depende do suprimento de 
nutrientes e da velocidade com que eles são 
removidos do rúmen.
Para células microbianas serem produzidas, são 
necessários energia e nitrogênio (N). 
*
A energia pode ser proveniente tanto da glicose 
quanto do peptídeo, mas o N deve-se originar do 
peptídeo.
Qdo. a disponibilidade de glicose é alta c/ relação 
ao peptídeo, há grande oferta de energia, porém, 
insuficiente de N para manter ma síntese protéica 
adequada e, a replicação microbiana não é máxima
Nesse caso, a energia é utilizada p/ manutenção de 
células que não se dividem e não pelas em 
multiplicação. 
*
*
Quando a disponibilidade de glicose e peptídeo 
está igualada, a energia p/ crescimento provém da 
glicose, com os peptídeos p/ síntese microbiana.
*
Qdo. a disponibilidade de peptídeo excede a de 
glicose, existe uma ampla oferta de N p/ sustentar 
o crescimento, porém esse está limitado pelos 
suprimentos energéticos insuficientes.
Essa condição força os MO a usarem os peptídeos 
p/ satisfazerem suas necessidades energéticas, c/ 
isso, a taxa de proliferação é baixa.
Relação entre disponibilidade de CHO e peptídeo 
(N) exerce forte impacto sobre a produção das 
células microbianas. 
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Portanto – gera uma grande influência sobre a 
nutrição do hospedeiro.
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A proteína microbiana pode ser sintetizada no rúmen a partir de fontes de N não-protéico (NNP).
Qdo. há oferta suficiente de CHO, a maioria dos MO 
ruminais pode sintetizar proteína a partir da amônia.
Com isso, a proteína pode ser sintetizada a partir de 
fontes não protéicas, como a uréia. 
Do pt. de vista econômico, o fenômeno é explorado 
incluindo uréia no lugar da onerosa proteína nas 
dietas, permitindo aos MO sintetizarem proteína p/ 
suprir as necessidades de aa dos hospedeiros.
*
A amônia, que é tóxica, é absorvida pelo rúmen e 
encaminhada p/ fígado através do sistema vascular 
porta-hepático.
*
Portanto, pouca amônia tóxica alcança a circulação 
sistêmica.
Motilidade do Segmento Ruminorreticular e 
Manutenção
do Ambiente Ruminal
Funções fisiológicas do rúmen servem p/ manter um ambiente favorável para a fermentação.
Para que o hospedeiro garanta os tipos apropriados 
de padrão fermentativo, devem ser mantidas dentro 
do rúmen condições que promovam o crescimento 
e favoreçam os padrões metabólicos dos MO. 
*
Há várias necessidades que precisam ser atendidas 
pelo hospedeiro – ocorra fermentação adequada:
Fornecer substrato p/ fermentação.
Manter a temperatura a 37º C ou próxima disso.
Remover o resíduo indigerível.
A taxa de remoção dos MO deve ser compatível com o período de regeneração dos MO mais favoráveis.
Produtos ácidos da fermentação (AGV) devem ser tamponados ou removidos. 
*
O primeiro desses requisitos, a oferta de substrato, 
requer somente o ato de ingerir alimentos.
Requisitos restantes dependem do desenvolvimento 
de funções fisiológicas especiais associadas aos 
pré-estômagos.
Essas funções incluem:
Os padrões de motilidade.
A absorção dos AGV.
Produção de quantidades altas de saliva.
*
A fermentação ruminal é mantida pela retenção seletiva do material a sofrer fermentação ativa, enquanto permite a passagem dos resíduos não-fermentáveis p/ o abomaso.
As paredes do segmento ruminorreticular são 
musculares, possuem SN intrínseco e são capazes 
de realizar padrões de motilidade complexos.
A retenção ruminal do material em fermentação e 
a liberação do resíduo não-fermentável são 
acompanhadas por esses padrões de motilidade. 
*
Nota-se a divisão do segmento ruminorreticular em 
sacos. Essas divisões são criadas por pilares 
musculares que se projetam p/ a luz do órgão.
Durante as contrações, os pilares se elevam e 
relaxam alternadamente, acentuando ou reduzindo 
as divisões do órgão. 
Os dois padrões de motilidade ruminorreticular são
Contrações primárias ou de mistura
Contrações secundárias ou de eructação 
*
1 Retículo; 2 Rumen (saco craneal); 3 Rumen (saco dorsal); 4 Rumen 
(saco cego dorsal); 5 Rumen (saco ventral); 6 Rumen (saco cego ventral) 
7 Omaso; 8 Abomaso; 9 Orificio retículo-omasal; 10 Cardias; 11 Pliegue 
retículo-omasal 12 Pilar craneal; 13 Pilar longitudinal; 14 Pilar caudal; 15 
Pilar coronario dorsal; 16 Pilar coronario ventral.
*
A contração primária serve p/ misturar a ingesta e 
auxiliar a separação das partículas grandes e 
pequenas. 
A função da secundária é forçar o gás em direção 
à porção cranial do rúmen.
As contrações secundárias são importantes, pois 
forma-se grande quantidade de gases durante a 
fermentação, que deve ser removida para prevenir 
a distensão ruminal. 
*
Contrações ocorrem c/ frequência de 01 – 03 / min 
tendo maior frequência durante a alimentação e 
desaparecendo durante o sono.
*
A taxa e a força das contrações dependem da 
característica da dieta. Alimentos grosseiros e 
fibrosos estimulam contrações fortes e frequentes.
Contrações exercem importante influência sobre o 
fluxo de líquido e partículas através do rúmen.
Gravidade e motilidade ruminorreticulares criam 1 fluxo seletivo de substâncias p/ fora do rúmen.
A ingesta ruminal é estratificada pelos efeitos da 
gravidade e da motilidade ruminorreticulares. 
*
Existem zonas ou fases distintas da ingesta ruminal 
Na porção dorsal do rúmen, há uma zona gasosa, 
criada pelos gases da fermentação. 
Abaixo da mesma, encontra-se uma zona sólida, 
composta de partículas de forragens (fermentação).
Zona sólida permanece em flutuação por causa do 
ar aprisionado entre as partículas e tb. das bolhas 
de gases da fermentação que se formam em volta 
das bactérias aderidas ao material vegetal. 
*
Na porção inferior há uma zona líquida. A área entre 
as zonas sólida e líquida denomina-se zona pastosa 
Essas 4 zonas são criadas por efeito da gravidade.
*
A gravidade determina o ritmo c/ que os materiais em forma de partículas se movimentam através das zonas do segmento ruminorreticular.
Qdo. a forragem é consumida pelos ruminantes, as 
partículas são fragmentadas apenas parcialmente 
pela mastigação inicial, chegando ao retículo como 
um bolo entrelaçado de peças longas de forragens.
Ele possui uma gravidade menor por causa do ar 
aprisionado entre as partículas.
*
Em função dessa reduzida gravidade, ele flutua na 
zona de ejeção, até que ocorra uma contração 
reticular, momento em que a pressão ejeta o 
bolo do retículo p/ a zona sólida do saco dorsal.
No saco dorsal, as bactérias começam a aderir às 
partículas de forragem, e a fermentação se inicia 
c/ formação de pequenas bolhas (gases).
Essas pequenas bolhas auxiliam na manutenção 
da baixa gravidade das partículas. 
*
A motilidade do saco dorsal serve para misturar a 
ingesta. A medida que é misturada, as partículas 
começam a se dissolver por causa da destruição 
fermentativa dos CHO.
Com o progredir da fermentação o tamanho das 
partículas é reduzido; o ar aprisionado escapa; e a 
gravidade das partículas aumenta.
C/ o aumento da gravidade, as partículas tendem 
a submergir e se separar da zona pastosa onde 
há adicional fermentação e redução do tamanho. 
*
Medida que a ingesta em circulação é movimentada 
o material que ainda possui baixa gravidade tende 
a permanecer em suspensão na zona pastosa.
O material denso tende a se depositar na zona de 
escape potencial. Durante as contrações, esse 
material sai através do orifício reticulomasal.
A forragem longa é reduzida pela mastigação inicial 
em partículas c/ 1 - 2 cm. O tamanho das partículas 
diminui nas porções ventrais do rúmen.
*
Partículas que se movimentam através do orifício 
reticulomasal tem 2 a 3 mm.
A digestibilidade e as características físicas dos alimentos exercem influência tanto no ritmo da passagem quanto na taxa de ingestão.
Pode-se concluir que o alimento não deixa o rúmen 
até que esteja degradado em pequenas partículas. 
Atividade dos MO e remastigação são responsáveis 
pela redução do tamanho das partículas. 
*
*
A taxa de quebra das fibras é em função de sua 
digestibilidade. Fibras pouco digeríveis demoram 
mais tempo.
C/ isso, a taxa de ingestão de alimentos não pode 
exceder aquela de saída da ingesta. A preparação 
dos alimentos pode influenciar essa relação.
O ato de picar as forragens de baixa digestibilidade 
aumenta sua velocidade de passagem pelo rúmen. 
Isso eleva a quantidade de material que um animal 
pode comer. 
*
*
A ruminação, ou mastigação do bolo alimentar, exerce efeito sobre a redução do tamanho das partículas e sobre o movimento do material sólido através do rúmen.
Ruminação – ato de remastigar a ingesta ruminal. 
A regurgitação é o ato inicial. Quando ela ocorre há 
uma contração extra do retículo.
Simultaneamente o cárdia se relaxa. Qdo. o bolo 
entra no esôfago, há uma onda de peristaltismo 
reverso propelindo o material p/ a boca. 
*
Esse processo dá início a remastigação do material 
Tempo da remastigação depende da característica 
da dieta, com o material fibroso requerendo maior 
tempo que os alimentos moídos.
O material regurgitado possui partículas da zona 
pastosa – ingesta selecionada p/ ruminação não é 
o material grosseiro do rúmen, e sim o material que 
já sofreu atividades digestivas (MO) da zona sólida.
A ruminação tb. serve para auxiliar no processo de 
separação de partículas. 
*
Quando o bolo alcança a boca, água e pequenas 
partículas são deglutidas antes da mastigação do 
bolo restante – atividade que tende a separar as 
partículas pequenas das
maiores.
Pequenas partículas tendem a afundar, enquanto 
as grandes são ejetadas de volta a zona pastosa.
A ruminação ocorre durante períodos em que o 
animal não está ingerindo alimentos. O tempo 
gasto depende do tipo de dieta.
*
Varia de quase nenhum nas dietas de grãos a 10 
h/dia naquelas a base de volumosos.
*
Água se movimenta através do rúmen a uma velocidade muito maior que o material particulado
Quase toda água que entra no rúmen o faz através 
do esôfago, quer pelo:
Fluxo salivar
Ingestão
Alimentos suculentos
Taxa de salivação é influenciada pelo tempo de 
mastigação e tipo de alimento (forragens secas 
levam a grandes taxas de fluxo salivar). 
*
Taxa de ingestão de água é influenciada pela: 
Ingestão de alimento.
Conteúdo de sal da dieta.
Pouca água penetra no rúmen através da mucosa. 
A mucosa dos pré-estômagos é aglandular e 
estratificada, não havendo secreção líquida. 
Pequena quantidade penetra por osmose. 
*
Função do Omaso.
O omaso é composto por um corpo e um canal. O 
corpo é preenchido c/ múltiplas pregas, ou folhas.
O canal conecta o retículo ao abomaso. A ingesta 
é movimentada p/ o omaso durante as contrações 
do retículo. Sua estrutura sugere função absortiva.
Uma possibilidade é que ocorra remoção dos AGV 
e bicarbonato residuais da ingesta antes que 
sejam transportados ao abomaso. 
*
Os AGV parecem causar reações desfavoráveis 
ao abomaso e o bicarbonato neutralizaria o HCl do 
abomaso – trabalho adicional às glândulas do 
abomaso p/ manter o pH.
Absorção dos AGV.
AGV representam 60 – 80% da energia requerida 
pelo animal e são absorvidos diretamente pelo 
epitélio dos pré-estômagos. Somente pequenas 
quantidades escapam p/ vias digestivas inferiores. 
*
*
Esses processos absortivos ajudam a manter o pH 
ruminal, removendo o ácido dos pré-estômagos.
No processo de absorção de uma molécula de AGV
outra de bicarbonato é gerada na luz; portanto, a 
absorção de AGV ajuda a tamponar o pH ruminal 
tanto pela produção de base quanto, pela remoção 
de ácido.
Desenvolvimento do rúmen e função da goteira esofágica.
*
Ao nascimento, os pré-estômagos têm o tamanho 
igual ao abomaso, que contrasta c/ as proporções 
nos animais adultos.
O aumento de volume ocorre após o nascimento, 
porém, depende do tipo de dieta.
Bovinos, o período de desenvolvimento é dividido:
Fase não ruminante – até 03 semanas de idade.
Fase transitória (3ª à 8ª semana de idade). 
*
Proporções próximas dos adultos são alcançadas 
à 8ª semana, desde que os bezerros tenham tido 
acesso a alimentos sólidos.
Ao nascimento, os pré-estômagos são estéreis, 
sendo rapidamente colonizados por bactérias do 
ambiente.
No caso dos protozoários, os bezerros necessitam 
de exposição aos bovinos adultos. 
*
Goteira esofágica desvia o fluxo de leite ingerido p/ o abomaso, sem passar pelos pré-estômagos.
P/ desenvolvimento ruminal apropriado é importante 
– leite seja desviado do rúmen em desenvolvimento.
Isso é realizado pela atividade da goteira esofágica 
– estrutura semelhante a uma calha.
O leite é dirigido para o omaso e de lá chega rápido 
ao abomaso. Apenas 10% do leite alcança o rúmen. 
*
Função do intestino grosso (IG) dos equinos.
A função do ceco e do cólon é recuperar líquidos e 
eletrólitos da ingesta que abando na o íleo. 
*
Em alguns herbívoros, essa função foi expandida 
p/ incluir a digestão fermentativa (DF).
Funções - absorção / fermentação complementam-
se nos cólons dos herbívoros não ruminantes.
Isso conduz a 1 sistema interativo de fermentação 
e absorção. Distúrbios na fermentação resultam 
em anormalidades na absorção e vice-versa.
O tipo de substrato e os padrões de fermentação são idênticos nos pré-estômagos e no IG. 
*
Os principais substratos p/ a fermentação no IG são 
os CHO e proteínas. A fermentação intestinal é 
auxiliada pela ação gástrica prévia.
A proteína, assim como os CHO, são absorvidos no 
ID, levando a deficiência de N p/ os MO do cólon.
Ao contrário dos ruminantes, não há uma forma 
eficiente de aproveitamento da proteína microbiana 
sintetizada no IG, sendo a maior parte eliminada 
nas fezes. 
*
Ocorre absorção de pequenas quantidades de aa 
pelo ceco e cólon – nada perto dos ruminantes.
A motilidade do ceco e do cólon serve p/ reter o material a ser fermentado e separar as partículas 
A separação entre o material a ser fermentado é 
acompanhada pela retenção seletiva das partículas 
com base nos seus tamanhos.
O processo de DF não é tão eficiente quanto no 
ruminante. 
*
IG é dividido em: ceco, cólon ventral, cólon dorsal 
e cólon menor.
Do ID, a ingesta alcança o ceco. O material no ceco 
e cólon maior tem alto teor de umidade (pastoso). 
*
Característica da motilidade cecal - efeito misturador 
Essa ação mantém o conteúdo em um estado 
homogêneo. Contrações ocorrem a cada 3 - 4 min.
A constrição força o material através do orifício 
cecocólico, para dentro do cólon ventral direito.
Lá, a segmentação desempenha uma função 
misturadora que auxilia na fermentação, 
proporcionando o contato dos AGV c/ a mucosa 
para a absorção.
*
A medida que o tamanho das partículas é reduzido 
pela ação fermentativa e pela atividade misturadora 
do cólon, elas se tornam pequenas p/ fluírem c/ a 
fase líquida e deixarem o cólon.
*
As sílabas fecais são formadas por segmentação 
dentro do cólon menor.
A taxa de fermentação e a produção de AGV no cólon equino são semelhantes às do rúmen.
No cólon equino estão presentes maneiras de 
tamponamento e de absorção de AGV. 
Nos equinos, grandes quantidades de líquido, rico 
em tampões bicarbonato e fosfato, são secretados 
pelo íleo e transferidos para o ceco, imitando as 
glândulas salivares dos bovinos. 
*
Durante o período de produção ativa de AGV, 
grandes quantidades de líquido entram p/ a luz do 
IG, a partir do sangue, atravessando a mucosa.
Essa resposta secretora (sódio e bicarbonato) é 
responsável pelo tamponamento do conteúdo 
luminal.
Movimento de entrada da água resulta da secreção 
da mucosa, enquanto o de saída acompanha a 
absorção dos AGV.
*
Os mecanismos de absorção dos AGV no cólon 
parecem ser idênticos àqueles do rúmen - absorção 
de sódio acompanha a de AGV, e o bicarbonato é 
gerado na luz.
Função do cólon menor é recuperar água, AGV e 
eletrólitos que não foram absorvidos no cólon maior
Parece haver pequena produção de AGV no cólon 
menor, porém, nesse local observa-se considerável 
absorção de água, sódio e fosfato.

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