Buscar

CCJ0040-WL-D-AMMA-22-Questões e Processos Incidentes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 31 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 22
PROCESSO PENAL I
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
 Incidente de insanidade mental do acusado:
Inimputabilidade por doença mental; A
superveniência da doença mental durante o
processo e na execução da pena; a aplicação
da medida de segurança (o CP. e a lei
10.216/01). O procedimento: Nomeação de
curador, os peritos e suas conclusões,
oportunidade para arguição. Exame de
dependência toxicológica (Lei nº 11.343/06).
Prazo. Suspensão do processo.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
 Prisões cautelares. Introdução.
 Prisão em flagrante.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Incidente de insanidade mental
Caso concreto da semana 12.
João foi condenado por crime de latrocínio a uma pena de 
25 anos de reclusão a ser cumprida no regime fechado. 
Ocorre que no curso da execução de tal pena privativa de 
liberdade sobrevém doença mental ao condenado. Diante de 
tal situação, na qualidade de juiz da execução como 
decidiria? E se a doença mental ocorresse no curso do 
processo de conhecimento e posteriormente ao crime? E se a 
doença mental já existia no momento da prática da 
infração?
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
O art. 26, caput e parágrafo único, do CP, trata da 
inimputabilidade e da semi-imputabilidade, sendo certo que 
só é possível concluir que o réu tenha tal status através do 
exame insanidade mental.
Se o réu for declarado inimputável, deve ser aplicada uma 
das medidas de segurança (internação hospitalar e 
tratamento ambulatorial). Se o réu for declarado semi-
imputável, deve ser aplicada uma das medidas de segurança 
(internação hospital ou tratamento ambulatorial) ou deve 
ser diminuída de um a dois terços a pena.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Obs.: O juiz não fica vinculado à conclusão dos 
peritos (art. 182 do CPP). Os jurados também não 
ficam vinculados. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Podem ocorrer algumas situações curiosas.
(a) se o réu era imputável no momento do crime e continua 
imputável no momento da sentença, ele será condenado 
normalmente.
(b) se o réu era imputável no momento do crime, mas se 
tornou inimputável no curso do processo, o processo será 
suspenso (art. 152 do CPP). 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
(c) se o réu era inimputável no momento do crime e 
continua inimputável no momento da sentença, ele será 
absolvido impropriamente, aplicando-se a medida de 
segurança.
(d) se o réu era imputável no momento do crime, continuou 
imputável no momento da sentença, foi condenado 
normalmente e se tornou inimputável na execução da pena, 
a pena será convertida em medida de segurança (art. 183, 
da Lei 7210/84).
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
A busca e apreensão
Para Marcellus Polastri, Camargo Aranha, Magalhães 
Noronha, a busca e apreensão tem natureza de medida 
cautelar, e não de meio de prova, como registra o CPP.
Marcellus Polastri afirma que o juiz não deve determinar de 
ofício a busca e apreensão na fase policial, sob pena de um 
atuar inconstitucional, porque na fase inquisitorial ele deve 
manter-se equidistante, só atuando no caso de provocação.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Em se tratando de medida cautelar, a busca e apreensão 
exige fumus boni iuris e periculum in mora. Para Ada 
Pellegrini Grinover, o fumus é que deve ensejar maior 
reflexão, porque o periculum quase sempre está presente.
O art. 5º, XI, da CF, garante a inviolabilidade de domicílio. 
Para Marcellus Polastri e Tourinho Filho, a expressão “dia” 
abrange o horário das 6h às 18h.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Quando a constituição se refere a “flagrante delito”, 
Marcellus Polastri e Camargo Aranha entendem que estão 
abrangidas todas as hipóteses de flagrante, previstas no art. 
302 I a IV, do CPP, e não apenas os casos de flagrante 
próprio. Tourinho Filho afirma que a constituição se refere 
apenas às hipóteses de flagrante próprio, previstas no art. 
302, I e II, do CPP.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Observação: em se tratando de crime permanente (ex. 
sequestro, tráfico de drogas), sempre haverá estado de 
flagrância, o qual autoriza o ingresso no domicílio em 
qualquer horário e sem ordem judicial.
Observação 2: Para o entendimento majoritário (Tourinho 
Filho), o art. 240, § 1º, f, do CPP, não foi recepcionado pelo 
art. 5º, XII, da CF.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
PRISÕES CAUTELARES
Introdução 
A prisão pode ser definitiva ou cautelar. A prisão definitiva, 
também chamada de prisão-pena ou prisão-sanção, decorre 
da sentença condenatória transitada em julgado. A prisão 
cautelar, também chamada de prisão sem pena ou prisão 
provisória, é aquela aplicada antes da sentença 
condenatória ou absolutória. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
O princípio da presunção da inocência, previsto no art. 5º, 
LVII, da CF, veda expressamente a prisão definitiva antes do 
trânsito em julgado da sentença condenatória, mas não a 
prisão cautelar. Em verdade, não obstante a presunção de 
inocência, o art. 5º, LXI, da CF, autoriza expressamente a 
prisão no curso do processo. Deve ser feita a ponderação dos 
valores constitucionais, cabendo ao juiz, em cada caso 
concreto, definir se o acusado deve ou não responder ao 
processo em liberdade. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Convém destacar que a regra geral é a liberdade, sendo a 
prisão cautelar medida excepcional. Isso se justifica porque 
sempre se corre o risco de deixar o acusado preso no curso 
do processo e, depois, no momento da sentença, absolvê-lo. 
Registre-se que o art. 5º, LXXV, da CF, não prevê 
expressamente o direito de indenização neste caso. 
Registre-se que a jurisprudência majoritária não reconhece 
o direito de ser indenizado ao réu que, preso no curso do 
processo, vem a ser absolvido. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Segundo Marcelus Polastri, a prisão cautelar tem os 
seguintes pressupostos.
(a) fumus boni iuris ou fumus comissi delicti: concretiza o 
processo penal condenatório pela verificação da presença de 
elementos indicadores da existência do crime e da autoria.
(b) periculum in mora ou periculum libertatis: perigo ou 
risco de que, com a demora do julgamento, possa o acusado, 
solto, impedir a correta solução da causa ou a aplicação da 
sanção punitiva. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
A prisão cautelar admite as seguintes espécies: (a) prisão em 
flagrante; (b) prisão temporária; (c) prisão preventiva; (d) 
prisão decorrente de pronúncia; (e) prisão decorrente de 
sentença condenatória recorrível. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Prisão em flagrante
A palavra “flagrante” vem do latim flagrans, do verbo 
flagrare, que significa queimar, arder em chamas, crepitar. 
Logo, a expressão “flagrante delito” significa o delito que 
está sendo cometido. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
A prisão em flagrante, prevista nos arts. 301 a 310 do CPP, é
a única hipótese em que ocorre a prisão cautelar sem prévia
ordem judicial, havendo expressa previsão constitucional no
art. 5º, LXI, da CF. Trata-se de pronta reação da sociedade à
prática do crime.
Convém distinguir: uma coisa é o ato de flagrante, ou seja, a
captura do agente na ardência da prática delitiva; outra
coisa é a prisão que decorre da lavratura do auto de prisão
em flagrante.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Nos casos de ação penal pública condicionada à
representação ou de ação penal privada, é possível a
captura do agente, mas é imprescindível a manifestação da
vítima para a lavratura do auto de prisão em flagrante, a
qual, segundo Marcellus Polastri, deve ser colhida em até
24h, em razão do art. 306 do CPP.
Abordando o sujeito ativo da prisão em flagrante, o art. 301
do CPP trata do flagrante facultativo, quepode ser
efetivado por qualquer pessoa, e do flagrante obrigatório,
que deve ser efetivado pela autoridade policial e seus
agentes.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Espécies de prisão em flagrante:
Caso concreto da semana 13:
Determinada quadrilha, composta por oito membros, 
realizava crime de roubo em agência bancária quando foram 
surpreendidos por policiais, tendo início intensa troca de 
tiros. Dois dos membros da quadrilha, João e José, 
conseguiram fugir pela porta dos fundos da agência, levando 
consigo três malas contendo dinheiro, sendo que saíram 
despercebidos no meio da confusão não sendo perseguidos. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
João estava baleado e foi preso em um hospital particular, 
onze horas após o crime, ao ser reconhecido por um dos 
funcionários do banco, sendo José encontrado nove horas 
depois, no interior de sua casa, já durante a noite, na posse 
das malas com o dinheiro. Um outro grupo de quatro 
quadrilheiros, Ricardo, Gelson, Ângelo e Everardo, fizeram o 
gerente do banco de refém, ingressaram em um veículo e 
fugiram do local, passando a ser perseguidos pelos policiais 
que, porém, logo após o início da perseguição perderam os 
criminosos de vista, continuando a procurá-los, tendo estes 
sido localizados e presos dezesseis horas após o crime.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Um outro bandido, Mário, fugiu correndo, sem ser visto 
pelos policiais, aproveitando-se da grande confusão, mas um 
transeunte informou aos policiais a direção seguida pelo 
meliante e estes foram em tal direção buscando localizá-lo e 
acabaram por prendê-lo já no dia seguinte, escondido em 
um matagal, após intensas buscas. O último dos membros da 
quadrilha, Renato, que havia ficado em um carro, furtado 
seis horas antes, e que serviria para dar fuga aos demais, 
abandona o local e uma hora depois é parado em uma blitz e 
acaba sendo preso. Diante do quadro fático exposto, analise 
a legalidade de cada uma das prisões ocorridas, abordando o 
alcance das expressões "logo após" e "logo depois"(artigo 
302, III e VI, CPP), indicando ainda as espécies de flagrante 
e os correspondentes dispositivos legais .
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
O art. 302 do CPP prevê as espécies de prisão em 
flagrante.
(a) flagrante próprio ou propriamente dito (art. 302, I e II, 
do CPP): o agente é surpreendido praticando o crime ou 
ainda na cena do crime, havendo relação de imediatidade
entre a prática criminosa e a prisão;
(b) flagrante impróprio ou quase-flagrante (art. 302, III, do 
CPP): a perseguição ocorre logo após a prática criminosa; a 
expressão “logo após” não se vincula ao prazo de 24h, como 
normalmente se afirma na prática; 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
(c) flagrante ficto ou presumido (art. 302, IV, do CPP): a 
expressão “logo depois” é mais ampla do que a expressão 
“logo após”; embora não haja consenso.
Observação: no caso de crime permanente (ex. seqüestro –
art. 148 do CP), assim como a sua consumação, o estado de 
flagrância se prolonga no tempo, razão pela qual se justifica 
a prisão em flagrante em qualquer momento
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Observação: existe divergência quanto à possibilidade de 
prisão em flagrante no caso de crime habitual (ex. 
curandeirismo – art. 284 do CP); Tourinho Filho entende que 
o flagrante não é possível porque o crime habitual apenas se 
consuma com a reiteração da prática criminosa, motivo pelo 
qual a conduta isolada praticada no dia da prisão não 
configura o crime e, portanto, não justifica a prisão; mas há 
autores que entendem que a conduta do dia prisão deve ser 
considerada em conjunto com as condutas passadas, de 
modo que é possível a prisão em flagrante. 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
A doutrina também se refere às seguintes prisões em 
flagrante.
Exercício suplementar da semana 13:
O policial Fernando recebe determinação para investigar a 
venda de drogas em uma determinada localidade, próximo a 
uma reconhecida Faculdade de Direito. A autoridade 
judiciária autoriza que o policial, neste primeiro momento, 
não atue sobre os portadores e vendedores de 
entorpecentes, com a finalidade de identificar e 
responsabilizar um maior número de integrantes na 
operacionalização do tráfico e de sua distribuição. A figura 
do flagrante diferido é prevista em quais legislações 
brasileiras? 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
a) Na Lei de Drogas (11.343/06) e na Lei do Crime 
Organizado (9.034/95).
b) Somente na Lei de Drogas (11.343/06).
c) Na Lei de Drogas (11.343/06) e na Lei de Crimes 
Hediondos (8.072/90).
d) Na Lei do Crime Organizado (9.034/95) e na Lei de Crimes 
Hediondos (8.072/90). 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
(a) flagrante provocado ou preparado: é criada uma situação 
em que o agente é levado a praticar uma conduta que, a 
princípio, não praticaria; a súmula 145 do STF afirma que a 
hipótese é de crime impossível, razão pela qual a prisão não 
se sustenta; logo, a prisão em flagrante deve ser relaxada; 
(b) flagrante esperado ou aguardado: não se muda a vontade 
do agente; sabendo que o agente praticará tal conduta, 
apenas aguarda-se o momento para efetuar a prisão; a 
prisão é legal e deve ser mantida.
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
(c) flagrante forjado ou criado: muda-se o fato para 
justificar a prisão que, a princípio, não ocorreria; a prisão é 
ilegal e deve ser relaxada.
(d) flagrante postergado ou protelado: atrasa-se o momento 
da execução da prisão com o objetivo de conseguir maiores 
elementos probatório (art. 2º, II, da Lei 9034/95). 
DIREITO PROCESSUAL PENAL I
AULA 22
Observação: Quando a constituição – art. 5º, XII - se refere a 
“flagrante delito”, Marcellus Polastri e Camargo Aranha 
entendem que estão abrangidas todas as hipóteses de 
flagrante, previstas no art. 302 I a IV, do CPP, e não apenas 
os casos de flagrante próprio. Tourinho Filho afirma que a 
constituição se refere apenas às hipóteses de flagrante 
próprio, previstas no art. 302, I e II, do CPP.

Outros materiais