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Aluna: Letícia Cunha RA: 21653684 Professora: Aline Maria Thome Arruda Disciplina: Teoria Política Moderna Thomas Hobbes - Leviatã Thomas Hobbes foi um filosófo inglês que articulou a primeira teoria sobre O Contrato Social, com sua obra Leviatã, escrita em 1651. Hobbes é reconhecido como um dos fundadores da filosofia política e ciência política modernas. Hobbes inicia a segunda parte de seu livro O Leviatã - intitulado Do Estado - falando sobre o "estado de natureza". Para ele, o homem - em seu estado de natureza- gozava de uma liberdade total, porém, viviam no que ele chama de "guerra de todos contra todos", não existindo sequer qualquer chance de segurança plena. Essa "guerra de todos contra todos" citada por Hobbes em O Leviatã é resultado direto das vontades e desejos dos homens que lutavam entre si para a realização dos mesmos. Hobbes vê que para existir a devida segurança, é necessário a criação de um meio que é capaz de assegurar a segurança dos indivíduos de forma eficiente e permanente. Assim, surge o Estado. O Estado para Hobbes vai ser a compactuação das vontades e desejos de uma multidão de homens. Ao eleger um soberano (Leviatã), terão que aceitar as decisões tomadas pelo mesmo já que, ele está a representar a vontade geral. Se o Leviatã foi eleito pela maioria, é obrigatório que os que opinaram contra, acatem e respeitem-no, ao contrário, estariam contrariando o pacto. Uma vez eleito, não se pode "mudar" ou questionar o Leviatã já que o mesmo tem por direito o poder de castigar aqueles que se opuserem ao seu poder. A função principal do Leviatã é manter a segurança de seus servos. Para Hobbes, o Leviatã é o representante divino e sem ele como mediador não existe pacto entre Deus e os homens. Hobbes vê a monarquia como a melhor forma de governo possível, pois se só o soberano escolhe, somente ele governa. Diferente da democracia onde o povo governa e oligarquia onde apenas os melhores governam. Por fim, no capítulo XX, Hobbes aponta dois tipos de soberania: paterna e despótica. A soberania paterna é exemplificada na soberania do pai ou na soberania da mãe em relação ao filho ou a filha. É o que chamamos de patriarca ou matriarca e ela é caracterizada pelo Estado de Natureza onde o pai ou mãe exercem direito sobre aquele que gerou. No caso do poder despótico, o maior exemplo citado por Hobbes é a guerra, onde, os servos, por vontade própria, decidirão se aquele é o vencedor. Hobbes afirma que não é a vitória que decide o Leviatã, mas sim o pacto social entre servos que assume o vencedor como o tirano, optando pela vida e pela segurança. Ao contrário do que se pensava - podemos pensar na crítica de Henry Maine que dizia que seria impossível selvagens que nunca tiveram contato social dominarem a linguagel a ponto de se reunir e firmar um pacto social - o "estado de natureza" hobbesiano não é um selvagem. É o mesmo homem que vive em sociedade. Hobbes afirma que a natureza do homem é imutável, portanto, o homem hobbesiano não é um ser totalmente irracional, mas sim m homem que vive basicamente de imaginação, ele pretende ser respeitado, ter poder e essa busca incansável pela defesa de sua honra, pelo poder ocasiona o estado de guerra. Com esse pensamento, Hobbes abre a era moderna do pensamento filosófico e é com Maquiavel e de certa medida Rousseau, um dos pensadores "malditos" da filosofia política. Hobbes apresenta o estado como monstruoso, o Homem como maldoso rompendo de vez a imagem Aristotélica do homem como "animal social" e um bom governante.
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