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31/03/2014 1 MUSCOTERAPIA HISTÓRICO HISTÓRICO DA MUSICOTERAPIA • POVOS PRIMITIVOS • GRÉCIA • Hipócrates • IDADE MÉDIA • RENASCIMENTO • A partir do Século 16 • Século 19 • Século 20 POVOS PRIMITIVOS • Acreditavam que o mundo era povoado por um numero incomensurável de espíritos, responsáveis pelos fenômenos naturais. Estes espíritos do bem e do mal, animavam todos os reinos da natureza e, se provocados, desencadeavam seus malefícios ou benefícios sobre a humanidade. Músicas de cura • o pajé ou feiticeiro canta ininterruptamente para o espírito que está causando a doença, uma melodia de estrutura repetitiva, o feiticeiro não interrompe seu canto enquanto não derrota o espírito causador da doença, obrigando-o a retirar-se. • Como o homem primitivo não atribuía a doença a um transtorno do organismo do doente, o meio curativo não se dirigia à pessoa, mas tão somente ao espírito maligno, sendo o corpo e a alma do doente apenas o terreno passivo do embate. GRÉCIA • – atitude racional frente a doença. Os primeiros filósofos procuravam encontrar os elementos que constituíam a natureza e o homem. Acreditavam que a hereditariedade, o clima, as estações do ano e a predisposição constitucional eram as principais causas das doenças. A doença consistia no desequilíbrio destes elementos que deveriam ser reequilibrados, a fim de devolver a saúde ao ser humano. Hipócrates • – Pai da medicina – A natureza do homem é o próprio homem, sua forma de sentir, agir e reagir. Acreditava que a doença era sempre psicossomática implicando numa desarmonia da natureza humana. No restabelecimento do equilíbrio perdido, a música, por ser ordem e harmonia dos sons, desempenhava tanto a função de provocar a depuração catártica das emoções, quanto a de enriquecer a mente e dominar as emoções através de melodias que levam ao êxtase. As cerimônias eram conduzidas por sacerdotes que cantavam para agradar aos deuses da doença e receber sem favores, tentando fazer com que indicassem a causa da doença e o meio de cura. Parece que os sacerdotes não executavam instrumentos, o que cabia aos flautistas e demais músicos do templo. 31/03/2014 2 IDADE MÉDIA • Hegemonia do cristianismo opondo-se às práticas anteriores, mas na tentativa de evitar as superstições, sufocou ao mesmo tempo o desenvolvimento dos estudos médicos. O maior interesse era a salvação das almas, em detrimento dos corpos dos enfermos. Esta foi a era da medicina religiosa e da cça às bruxas. A loucura era encarada como possessão demoníaca e os padres tratavam através de exorcismos, chegando a rejeitar qualquer outro meio de tratamento. Aqueles que não eram curados, eram condenados à fogueira. O uso médico da música desaparece, persistindo seu emprego religioso. A Igreja assume a tarefa de moldar a forma e o uso da música, para evitar influências sobre a alma dos mortais, reconhecendo o poder dos modos musicais de provocar comportamentos e emoções. RENASCIMENTO • – a valorização do humanismo – consiste na percepção da dignidade do homem como um ser racional, sensível. A cultura grega é ressuscitada em todo o seu vigor, inundando as artes, a poesia e todos os campos do conhecimento. A partir do Século 16 • – começa a se esboçar o desligamento dos conceitos médicos da magia e já existem os que atribuem a loucura a causas naturais e não a bruxaria. A Igreja continua a revelar sua preocupação com a influência que a música possa exercer sobre os fiéis, sendo motivo de exame no Concílio de Trento, em 1562. SÉCULO 18 • Século da Revolução Industrial • Traz profundas modificações nas relações humanas e sociais, no estilo de vida e nos hábitos dos povos. • Época dos grandes sanatórios – os doentes mentais, pessoas improdutivas e consideradas perigosas, passam a ser confinados nestes depósitos, junto a presos diversos, sendo freqüente o uso de correntes para mantê-los contidos, impedindo-os de causarem dano a si mesmos e, principalmente, aos outros prisioneiros Século 19 • a história da Musicoterapia se vincula à história da psiquiatria. • Entre 1820 e 1880 os psiquiatras tornaram-se amplamente responsáveis pela sua evolução. • A ordem e a métrica musical recuperava o paciente portador de doenças mentais no que se refere às normas morais e pensamento adaptável. • Destaque para a apresentação de concertos musicais nos hospitais – a música contribuindo para a unidade nacional. • A descoberta dos medicamentos e o avanço da psiquiatria, a psicologia e a psicanálise explicam o declínio da Musicoterapia no final do século XIX e início do século XX. • Caracteriza-se por grandes revoluções quanto à doença mental e seu tratamento graças às idéias de Pinel (1801): • Conforme Pinel, subsiste sempre no alienado uma parte sadia que é preciso preservar e desenvolver, através de uma série de medidas higiênicas, de cuidados físicos e “morais”, que deveriam ser oferecidos pelos asilos. Entre esses cuidados situa-se a música, que, ao seu ver, deveria ser “doce e harmoniosa” e poderia ser facilmente obtida. Século 20 • – primeira guerra mundial – os hospitais dos eua contrataram músicos profissionais como “ajuda musical”, após comprovar o efeito relaxante e sedativo nos doentes de guerra produzido pela audição musical. Somente perto da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) devido a grande quantidade de soldados feridos e traumas jamais vistos, houve um início efetivo da utilização científica da música, dando origem a Musicoterapia. Começou a se formar um esquema mais organizado na utilização da música na reabilitação e recuperação dos soldados feridos, o que acabou gerando equipes para estudo dos efeitos terapêuticos da música, de como e porque eles eram alcançados. 31/03/2014 3 Século 20 • O desenvolvimento dos meios de reprodução sonora (1960-1970) oportunizou a aplicação e uso da música por leigos, enfermeiros, por exemplo, fato que deu novo ímpeto à Musicoterapia. • 1970 – A Musicoterapia usada essencialmente para analgeia em tratamentos dentários e partos. Marcado por duas grandes correntes de pesquisa realizadas essencialmente em odontologia e obstetrícia CONCEITOS • FEDERAÇÃO MUNDIAL DE MUSICOTERAPIA (1996): • “É a utilização da música e/ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com cliente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes, no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas. CONCEITOS • A musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ou restabelecer funções do indivíduo para que ele/ela possa alcançar uma melhor integração intra e/ou interpessoal e, em conseqüência, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento.” KENNETH BRUSCIA (Improvisational Models of Music Therapy) • “Musicoterapia é um processo orientado no qual o terapeuta ajuda o cliente a melhorar, manter, ou restaurar um estado de bem-estar, utilizando as experiências musicais, e as relações que se desenvolvem através destas, como forças dinâmicas de mudanças. O terapeuta ajuda o cliente através de contribuição, tratamento, e processos de avaliação.” ROLAND BENENZON • “A Musicoterapia é campo da medicina que estuda o complexo som-ser humano-som, para utilizar o movimento, o som e a música com objetivo de abrir canais de comunicação no ser humano, para produzir efeitos terapêuticos, psicoprofiláticos e de reabilitação no mesmo e na sociedade. FUNDAMENTOS DA MUSICOTERAPIA • Cada indivíduo tem sua identidade sonoro-musical que é formada de modo diferenciado em cada um. Nessaformação estão englobados os sons universais de todo ser humano, a carga cultural que ele carrega, o grupo onde vive, as oscilações do cotidiano e o modo como ele sente as diferentes emoções desde a gestação, provenientes de suas influências sonoras, formando sua Identidade Sonora Musical do indivíduo, a qual chamamos de ISo: é um fenômeno de som e movimento interno que resume nossos arquétipos sonoros que nos caracteriza: nossas vivências sonoras gestacionais intra-uterinas e nossas vivências sonoras de nascimento e infantis até nossos dias. 31/03/2014 4 FUNDAMENTOS DA MUSICOTERAPIA Benenzon distingue: • ISo Universal – independe da cultura, de sua personalidade, de seu nível sócio econômico e de sua história. O Iso Universal caracteriza todo os seres humanos: sons como batimento cardíaco, inspiração, expiração, o fluxo sanguíneo, sons da natureza. • ISo Complementário – Esse Iso se altera com as pequenas mudanças de nosso dia-a-dia. • ISo Cultural – está ligado à cultura da qual o indivíduo faz parte, seria a identidade própria de uma comunidade de homogeneidade, da família. • ISo Grupal – inclui o aspecto social; é a identidade sonora de um grupo de pessoas e está ligado ao conceito de identidade étnica. Englobam as variações religiosas, regionais, de linguagem etc. de uma cultura. Um dos primeiros objetivos, num tratamento musicoterápico • , é abrir canais de comunicação no ser humano, dessa comunicação estabelecer o vínculo entre o Musicoterapeuta e o paciente, e daí produzir os efeitos terapêuticos desejados. É através do Princípio de ISo que o Musicoterapeuta irá buscar elementos sonoros, para poder estabelecer esses canais de comunicação com o paciente. aspectos facilitadores • Um dos principais aspectos facilitadores e base de sustentação da musicoterapia é a possibilidade do trabalho não-verbal, da comunicação através de outras formas que não a linguagem falada. Essa modalidade terapêutica permite estabelecer canais de comunicação mesmo quando a fala não tem significado lógico para os ouvintes: autistas, deficientes mentais profundos, estados de coma, etc. MUSICOTERAPIA E EDUCAÇÃO MUSICAL • Musicoterapia não é educação musical. E educação musical visa ensinar música ao indivíduo, a música estruturada. Exige estudo da leitura e escrita musical, solfejo, tem regras rígidas, ritmos exatos e técnicas de aperfeiçoamento num instrumento musical ou canto. As obras compostas devem ser executadas conforme o compositor assim o determinou em suas partituras. MUSICOTERAPIA E EDUCAÇÃO MUSICAL • A educação musical é pedagógica, seu objetivo é ensinar, desenvolver e aperfeiçoar os elementos musicais, despertando o potencial musical do indivíduo, visando uma melhor expressão artística-estética MUSICOTERAPIA E EDUCAÇÃO MUSICAL • O objetivo da Musicoterapia não é pedagógico mas sim terapêutico e uma terapia tem por objetivo ajudar, atender ou tratar um indivíduo. Ela visa o desenvolvimento de um processo facilitador que promova a comunicação, relação, expressão e organização, além de restaurar e melhorar a saúde integral do indivíduo, ou seja, física, mental e o relacionamento social. 31/03/2014 5 MUSICOTERAPIA E RELAXAMENTO • O relaxamento é uma técnica acessível a todos e auxilia a curar a mente e o corpo. Para cada tipo de problema ou necessidade que a pessoa tenha, ela deve usar um tipo diferente de relaxamento. Nenhum único procedimento é o ideal para todos e nenhum é o ideal para a mesma pessoa em todas as situações. Há de se conhecer para que e para quem antes de se aconselhar um relaxamento. MUSICOTERAPIA E RELAXAMENTO • Por exemplo, o relaxamento muscular é aconselhado para a pessoa estressada quando a sintomatologia é mais física e o relaxamento mental é mais aconselhável para a pessoa estressada que apresenta sintomas mais psicológicos. Os exercícios de respiração profunda podem ser utilizados por todos, mesmo aqueles que necessitam se manter em um certo nível de alerta. MUSICOTERAPIA E RELAXAMENTO • A Musicoterapia não é técnica, mas sim uma terapia através dos sons e da música; uma ciência que utiliza elementos sonoro-rítmico- musicais no tratamento, reeducação, reabilitação e recuperação de indivíduos portadores das mais diversas patologias ou ainda na área preventiva, procura estabelecer uma relação de equilíbrio entre as três áreas da conduta humana: mente, corpo e mundo externo. AS CARACTERISTICAS TERAPÊUTICAS DA MÚSICA • Cativa e mantém a atenção. • Reflete na memória de um paciente. • Facilita a quebra de barreiras sociais, graças ao princípio da comunicação não-verbal. • Estimula a memória. • Encoraja e pede movimento. • Trabalha memória e emoções. • Tem retorno imediato, tanto verbal quanto não-verbal. • Não exige especialização – a prática independe da habilidade O QUE ESPERAR DE UM MUSICOTERAPEUTA • O Musicoterapeuta deve: • Ter formação para exercer a prática musicoterápica; • Discutir o plano de tratamento com outros profissionais e familiares; • Ater-se a sua área de atuação; • Manter o relacionamento terapeuta/paciente dentro de limites éticos, mantendo o princípio de sigilo absoluto e confiança entre partes; • Demonstrar entusiasmo ao mesmo tempo em que mantém uma atividade profissional com o paciente; • Produzir e pesquisar material e estratégia para tratamento personalizado • Pautar o tratamento baseado na história individual do cliente; • Determinar prazo e objetivo; • Determinar um plano de tratamento, com as estratégias e técnicas a serem utilizadas; • Reavaliar o paciente e a eficácia da terapia; • Documentar, por escrito, o desenvolvimento da terapia; • Finalizar a terapia quando o serviço não for mais necessário ou apropriado. SITUAÇÕES EM QUE A MUSICOTERAPIA PODE AJUDAR • Deficiências Físicas • Paralisias, amputações, distrofia muscular,etc. • Deficiências Sensoriais • Deficiência visual, auditiva. • Doenças Mentais • Esquizofrenia, autismo infantil, depressões, • distúrbio obsessivo compulsivo • Distúrbios Neurológicos • Lesões cerebrais, etc. 31/03/2014 6 SITUAÇÕES EM QUE A MUSICOTERAPIA PODE AJUDAR • Educação • Auxiliar no desenvolvimento psicopedagógico • Dinâmica de grupo em sala de aula • Cursos e treinamentos para educadores visando a ampliação da comunicaçãonão-verbal • Profilaxia • Gestantes, bebês e crianças (na estimulação precoce), adolescentes, adultos, terceira idade. • Social • Menores carentes, instituições, droga, dependência • Empresarial • Consultoria psicomotora, dinâmica de grupo nos projetos de qualidade de vida, com enfoque organizacional. MÚSICA História Individual • Preferências musicais (e outros dados importantes com relação a elas); • Possui parentes músicos? • Já realizou algum estudo musical? Quando? • Lembranças relacionadas com as preferências musicais (infância, adolescência, etc); • Música que lembre minha infância; • Música que lembre minha adolescência; • Uma canção que eu detesto; • Minha canção favorita. • Estudos com ultra-som demonstram que o feto pode responder a estímulos sonoros com apenas 16 semanas de vida. História Individual • “A partir desse período, quando as estruturas cerebrais do feto estiverem formadas, ele reterá na memória tudo o que estiver vivendo. As músicas que ele ouvir serão, portanto, reconhecidas após o nascimento” (Cristiane Prade, psicológa e musicoterapeuta). • Está cada vez mais consciente do espaço que o rodeia. • O feto vivencia os sons e as vibrações de sua mãe, através dos batimentos cardíacos, cordão umbilical, pulsação, etc. • O parto não é doloroso apenas para a mãe... • Também é traumático e estressante para o bebê! • Meu corpo se compõe em silêncio e som!!OS SONS CONQUISTAM A MEDICINA • Estudos científicos atestam o que nossos ancestrais já imaginavam: a música é mais que fonte de entretenimento, é um potente alterador de consciência, capaz de promover a saúde. • A partir da segunda metade do século XX, diversos estudos atestaram os benefícios psicológicos e fisiológicos da música sobre a saúde humana. OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA • O homem antigo desconhecia métodos organizados de terapia dos sons, mas, na verdade, nem precisava deles, pois conhecia e vivenciava espontaneamente a influência dos sons. • Platão – a música é o remédio da alma • Demócrito – som melodioso da flauta doce conseguia combater os efeitos da picada de serpentes venenosas. A INFLUÊNCIA DA MÚSICA • Os estímulos sonoros produzem efeitos positivos e negativos no ser humano. • Um estudo canadense, realizado em 2001, comprovou que a música ativa os centros de prazer no cérebro, assim com a comida, o sexo ou as drogas. • Boas ou ruins, ao entrarem nos ouvidos, todas as informações sonoras são convertidas em impulsos que vão aos nervos auditivos até o sistema límbico, a porção do cérebro responsável pelas emoções, sensações e sentimentos. Dali, os impulsos percorrem todo o corpo, alterando a respiração, os batimentos cardíacos e a circulação sanguínea. • “A música pode, modificar o metabolismo, afetar a energia muscular, elevar ou diminuir a pressão sanguínea e influir na digestão. E pode fazer todas essas coisas com maior sucesso e de maneira bem mais agradável do que quaisquer outros estimulantes capazes de produzir as mesmas alterações em nosso corpo”. (Julius Portnoy) 31/03/2014 7 A INFLUÊNCIA DA MÚSICA • Estudos sobre os efeitos dos estímulos sonoros sobre os músculos do esqueleto mostram que: • A música exerce poderosa influência sobre a atividade muscular, que aumenta ou diminui de acordo com o caráter das melodias empregadas. • Quando é triste ou o seu ritmo é lento, e em tom menor, a música diminui a capacidade de trabalho muscular a ponto de interrompê-lo de todo se o músculo estiver fatigado por um trabalho anterior. EFEITOS NEGATIVOS DO SOM • Conforme sua qualidade, intensidade e quantidade, o som pode beneficiar ou agredir o organismo. • Alguns exemplos de efeitos negativos dos sons, excesso e alta frequência (neuropsiquiatra francês Jacques Baoudoresque): • Úlceras e distúrbios gerais do estômago; • Elevação da pressão arterial; • Perda ou diminuição da capacidade auditiva; • Diminuição da acuidade visual; • Redução do tempo de sono; • Dificuldade de percepção das cores; • Aumento da sudorese; • Redução da capacidade intelectual e da concentração; • Agravamento de doenças cardíacas; • Câimbras, vertigens; • Tendências a neuroses; • Irritabilidade – desequilíbrio das reações neuropsíquicas e orgânicas; • Aumento do consumo do oxigênio; • Perturbações circulatórias do feto na gravidez. EFEITOS POSITIVOS DO SOM • ANTI-ESTRESSE • SONÍFERO • TRANQUILIZANTE • REGULADOR PSICOSSOMÁTICO • ANALGÉSICO E/OU ANESTÉSICO • EQUILIBRADOR DO SISTEMA CARDIOGRAMA • EQUILIBRADOR DO METABOLISMO PROFUNDO SOM Características principais do som: • ALTURA • DURAÇÃO – • INTENSIDADE • TIMBRE ALTURA • ALTURA – distinção entre sons graves e agudos. É determinada pela frequência das vibrações, isto é, da sua velocidade. Som grave – são sons pesados, são associados com lentidão e peso, quando muito intensos podem causar uma sensação desconfortável de leseira ou inércia. Som agudo – são sons penetrantes, são associados com a leveza, rapidez e agilidade mas, quando muito intensos podem ferir o ouvido como “uma agulha” penetrante” DURAÇÃO • DURAÇÃO – é o tempo de emissão das vibrações, ou seja, o tempo que permanece audível para o ouvido humano: longo e curto; 31/03/2014 8 INTENSIDADE • INTENSIDADE – é determinada pela força ou pelo volume do agente que produz o som. É a característica que determina se o som é forte ou fraco; TIMBRE • TIMBRE – é a identidade sonora de um som, é o que diferencia um som do outro e o que permite que possamos distinguir se o som é de um violão, de uma flauta ou de uma voz humana. Efeitos Psicológicos • Atua sobre o sistema nervoso central e pode produzir efeitos sedativos, estimulantes, depressivos, alegres, etc. A música pode sugerir qualquer tipo de sentimento; • Pode despertar, invocar, provocar, fortalecer e desenvolver qualquer tipo de emoção; • Pode motivar a auto-expressão; • Pode ajudar a desenvolver a capacidade de atenção; • Pode ensinar a reflexão; • Pode estimular a imaginação; Efeitos Psicológicos • Pode ajudar a desenvolver a memória; • Pode ajudar a desenvolver a criatividade; • Pode ajudar a que a criança desenvolva o seu pensamento pré-lógico em lógico preservando a sua criatividade; Efeitos Psicológicos • Pode ser uma fonte de prazer semelhante ao jogo devido à constante variação dos sons musicais; • Pode ajudar a desenvolver o sentido de ordem e de análise; • Facilita o desenvolvimento da inteligência, porque promove o raciocínio por etapas; • A música facilita o processo de aprendizagem porque activa um número considerável de neurónios. INSTRUMENTO MUSICAL • Um instrumento musical é um objecto, ou objeto, construído com o propósito de produzir música. Os vários tipos de instrumentos podem ser classificados de diversas formas, sendo uma das mais comuns, a divisão de acordo com a forma pela qual o som é produzido. O estudo dos instrumentos musicais designa-se por organologia. • A data e a origem do primeiro aparelho considerado como instrumento musical é objecto de debates. Arqueologistas tendem a debater o assunto referindo a validade de várias evidências como artefactos e trabalhos culturais. • Instrumentista é aquele músico que toca algum instrumento. Observação: Pode soar estranho mas, na verdade, nem todo músico é um instrumentista (também chamado de concertista, na música erudita). Alguns músicos seguem uma carreira sem tocar instrumento algum, como a de: Bibliotecário; Terapia Musical; Engenheiro de Som; Produtor Musical; Historiador; Educação Musical; Direito Musical; Jornalismo em Música; Empresário Musical; Disc ou Video Jockey; Diretor de Programação; Designer de Software ou Hardware de Música; Musicologia; Musicografia; até mesmo o Compositor pode saber tudo sobre os instrumentos, mas não tocar nada; Estes não são intérpretes, mas os maiores estudiosos acadêmicos do campo de Música, noutras especializações. • Índice 31/03/2014 9 Características dos instrumentos musicais • Em princípio, qualquer objeto pode ser usado para produzir sons e utilizado na música, mas costuma-se utilizar este termo para designar objetos feitos especificamente com este objetivo. Isso se deve ao fato de que, em um instrumento musical, é possível controlar com mais precisão as características do som produzido. Em geral considera-se um som como musical quando podemos controlar uma ou mais de suas características: timbre, altura (grave, médio e agudo), duração (do som e/ou do silêncio) e intensidade. Componentes • É impossível generalizar a construção e o funcionamento dos instrumentos musicais porque existe uma variedade muito grande, mas de maneira geral, qualquer instrumento possui ao menos uma das partes descritas a seguir: Elemento produtor de som • Também chamado de corpo sonoro ou corpo produtor de som . É a parte do instrumento musical que efetivamente entra em vibração em resposta a um estímulo do executante, produzindo uma onda sonora. Por exemplo, as cordas, palhetas, membranas, tubos ou o próprio corpo do instrumento. Em alguns instrumentos de sopro, ou aerófonos, é o próprio ar que entraem vibração ao passar por uma aresta, como em uma flauta. Corpo • Parte do instrumento destinada a dar suporte mecânico às outras partes do instrumento. Por exemplo, o cabo de um sino de mão. Em muitos casos, o corpo também tem função na produção ou controle do som, como o corpo de um violino que também serve para tensionar as cordas, permitir que o instrumentista controle a altura das notas e também como caixa de ressonância. Caixa de ressonância • Câmara cheia de ar, com formatos variados que serve principalmente para reforçar a intensidade sonora. O formato da câmara de ressonância permite reforçar apenas determinadas freqüências, atenuando outras. Isso possibilita um controle mais preciso do timbre do instrumento. Na maioria dos casos a caixa de ressonância faz parte do corpo do instrumento, como em um piano, um violão ou um tambor. Em outros casos está incorporado ao próprio elemento produtor de som, como em um agogô. Elementos de estímulo e controle • Envolve uma grande variedade de objetos ou mecanismos destinados a produzir os estímulos ao elemento produtor de som fazendo com que ele entre em vibração ou controlar a forma como os sons são produzidos, afinados ou modificados. Entre outros, temos arcos, trastes, plectros, baquetas, martelos, bocais, foles, teclados, válvulas, chaves ou pedais 31/03/2014 10 Acessórios • Alguns instrumentos permitem o uso de acessórios para provocar alterações na forma de execução ou em alguma das características do som produzido. Entre os acessórios podemos citar: • abafadores para diminuir a intensidade sonora, normalmente usados para estudo. • surdinas para abafar e modificar o som produzido. • caixas de ressonância alternativas ou meios eletrônicos de amplificação. • suportes ou alças para facilitar a execução em posições não convencionais. Tessitura e registro • A tessitura de uma voz ou instrumento musical é a extensão de notas em que um instrumento pode tocar. Por padronização identifica-se a tessitura através do nome e da oitava da nota mais grave e da mais aguda que um instrumento pode executar. Por exemplo, a extensão útil de um saxofone alto vai de Reb2 (Ré bemol da segunda oitava) até Lab4 (Lá bemol da quarta oitava). A tessitura do piano vai do Lá-1 até o Do7. • Chamam-se registros as três regiões em que a tessitura de um instrumento ou voz pode ser dividida. Divide-se em registro grave, médio e agudo. Cada registro tem características próprias. Em alguns casos o timbre é muito diferente de região para região. Em alguns instrumentos nem é possível executar todas as notas de uma escala em determinadas regiões. Além disso, certos efeitos sonoros que alguns instrumentos permitem só podem ser executados em um dos registros instrumentais. • O conhecimento da tessitura e do registro instrumental são fundamentais para a perfeita execução do instrumento e para a composição musical. De outra forma, um compositor poderia escrever uma melodia para um determinado instrumento com notas que ele não fosse capaz de executar. • O conceito de tessitura só faz sentido para instrumentos que permitem variação de altura, mas o registro pode indicar a região de alturas predominante mesmo em instrumentos de altura indefinida. Altura determinada • Quando as notas do instrumento podem ser afinadas de acordo com escalas definidas, estes instrumentos são conhecidos como instrumentos de altura definida. Quase todos os instrumentos de cordas e sopros têm altura definida. Alguns instrumentos de percussão, como o xilofone, a celesta e os tímpanos também possuem altura definida. • Para que a altura seja definida, não é necessário que o instrumento possa variar a freqüência das notas durante a execução, mas somente que as notas possam ser afinadas com precisão em relação a outros instrumentos. Há, por exemplo alguns ton-tons que possuem altura definida, mesmo que as suas notas não possam ser alteradas durante a execução. Altura indeterminada • Quando as notas produzidas pelo instrumento não podem ser precisamente afinadas, diz-se que eles possuem altura indefinida, não definida ou indeterminada. Em geral trata-se de instrumentos não harmônicos, ou seja, possuem uma grande quantidade de parciais não harmônicos em seu timbre, o que torna a afinação difícil ou impossível. A maioria dos instrumentos de altura não definida são instrumentos de percussão, como tambores, pratos, gongos e sinos. Existem alguns instrumentos de cordas e sopros com altura indefinida, como o berimbau e o kazoo. • Por não possuírem altura determinada, estes instrumentos podem ser utilizados em músicas de qualquer tonalidade sem que haja problemas de afinação. Em geral é possível definir o registro dos instrumentos embora não sua altura. Um bumbo, por exemplo, possui registro mais grave que uma caixa, e um tamborim, por sua vez, é mais agudo do que ambos. Classificação • Existem muitas formas de classificar os instrumentos musicais, cada uma delas se presta melhor para cada finalidade. Existem classificações que levam em conta os conjuntos instrumentais tais como orquestras. Um exemplo é a classificação dos instrumentos da orquestra sinfônica que divide os instrumentos em cordas, sopros (subdivididos em madeiras e metais) e percussão. • Algumas classificações levam em conta o caráter histórico, cultural ou religioso que os instrumentos exercem em determinada sociedade, como por exemplo as classificações tradicionais da Índia e do Tibete. Outras, como a classificação da Grécia antiga classificavam os instrumentos, por seus aspectos morfológicos, em instrumentos masculinos e femininos. Todas estas classificações têm em comum o fato de classificarem apenas os instrumentos relevantes a cada cultura ou época. 31/03/2014 11 Instrumentos de cordas • Nos cordofones o som é provocado pela vibração de parte do instrumento: as cordas, quando friccionadas, pinçadas ou percutidas. Exemplos: • Baixo • Baixo elétrico • Balalaica • Bandolim • Banjo • Berimbau • Cavaquinho • Charango • Cembalo • Cistre • Cítara • Clavicórdio • Contrabaixo • Cravo • Craviola • Dulcimer • Espineta • Guitarra • Guitarra acústica • Guitarra semiacústica • Guitarra eléctrica • Guitarra inglesa • Guitarra portuguesa • Guitolão • Harpa • Kantele - (Derivado da Cítara) • Kora • Koto • Lira • Piano • Rebab • Saltério • Sanfona • Sangen • Sitar • Ukulele • Viola • Viola caipira • Viola da gamba • Viola-de-cocho • Violino • Violoncelo Instrumentos de percussão • Agogô • Afoxé • Bateria (pratos) • Bloco sonoro • Caneca • Carrilhão • Castanhola • Caxixi • Chimbal • Chocalho • Ganzá • Marimba • Pandeireta (soalhas) • Pandeiro (soalhas) • Pandeirola • Pratos • Reco-reco • Sino • Sinos tubulares • Tantã • Triângulo(ferrinhos) • Xilofone • Xequerê Instrumentos de percussão • Atabaque • Batá • Bateria (tambores) • Bumbo (um tipo de tambor) • Caixa • Cuíca • Djembê • Pandeireta (pele) • Pandeiro (pele) • Repinique • Surdo • Tambor • Tamborim • Tarol (um tipo de tambor) • Tom-tom • Zabumba Instrumentos de teclas • Os instrumentos de teclas podem classificados como pertencendo a qualquer uma das diversas categorias anteriores, pelo modo como o som é produzido. Mas, pelo modo de tocar, há quem considere os instrumentos de teclas como uma categoria diferente. Exemplos: • Acordeão • Bandoneon • Celesta • Clavicórdio • Concertina • Cravo • Ondas Martenot • Órgão • Piano • Teclado Instrumentos musicais eléctricos • Categoria introduzida no século XX, para permitir a classificação de instrumentos em que intervém a energia eléctrica. • Órgão eletrônico • Piano digital • Sampler • Sintetizador • Teremim • Teclado Acessórios • Captador • Diapasão • Encordoamentos • Palhetas• Afinadores • Estojos • Bancos de pé • Tarrachas • Manivelas
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