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O Novo CPC/15 permite que, em algumas situações especiais, o magistrado possa proferir liminarmente decisões de mérito. Entre elas podemos citar a improcedência liminar do pedido do autor, assim regrada no artigo 332 do novo código, não sendo necessário proceder à fase instrutória, conforme procuraremos descrever nas linhas que seguem. Havendo a possibilidade legal da dispensa da fase instrutória do processo, ou seja, a fase de produção de provas, o novo CPC permite ao magistrado decidir liminarmente pela improcedência do pedido do autor nos casos específicos em que este contrariar: Enunciado de súmula do STF ou STJ; acórdão proferido pelo STF ou STJ, em recursos repetitivos; entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas; ou súmulas de tribunais de justiça sobre direito local. Também é facultado ao magistrado julgar liminarmente improcedente o pedido se verificada a decadência ou a prescrição. Cabe aqui salientar a diferença entre estes dois institutos. A decadência seria a perda do direito em si, ou seja, do direito material, já a prescrição é a perda do direito à pretensão ao direito em razão do tempo. Desta forma, verificando o juiz a ocorrência de decadência ou prescrição, este poderá julgar o mérito da causa de forma liminar. Observando o princípio do contraditório, deve o juiz abrir no processo, vistas para que o autor se manifeste a respeito da decisão proferida. O autor pode impor apelação contra a decisão proferida. Se o autor não interpor sua apelação, o mesmo será intimado do trânsito em julgado da sentença. Se o interpor apelação, o juiz tem o prazo de 5 dias para se retratar. Se o fizer, dará andamento ao processo com a citação do réu para se manifestar no processo. Se não o fizer, o réu será citado para apresentar suas contrarrazões ao recurso de apelação.
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