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ARTIGO: PRESCRIÇÃO, DECADÊNCIA E PROVAS

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ARTIGO: PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA E PROVA.
FRANCIMAR GOMES MOURA.
BACHAREL EM TEOLOGIA E BACHARELANDO EM DIREITO NA FACULDADE MAURICIO DE NASSAU. JOÃO PESSOA – PARAÍBA - BRASIL. 
Sumario
1-Introdução; 2-Conceito; 3-Requisitos; 4-Fundamentos; 5-Espécies; 6-Prazos na prescrição; 7-Suspensão da prescrição;8-Casos de interrupção da prescrição; 9-Renúncia; 10- Alteração do prazo; 11-Momento de ser ; 12-Ações; 13-Decadência; 14-previsão de decadência;15- Provas; 16-conclusão; 17-referencias.
1-INTRODUÇÃO
O Codigo Civil brasileiro regulamentou a extintiva na parte geral, dando ênfase a força extintora do direito. No direito das coisas, na parte referente aos modos de aquisição do domínio, tratou da prescrição aquisitiva, em que predomina a força geradora.
Para distingui prescrição de decadência, o novo codigo civil optou por uma formula que espanca qualquer duvida. Prazos de prescrição são,apenas e exclusivamente,os taxativamente descriminados na parte geral,nos arts. 205 (regra geral) e 206 (regras especiais),sendo de decadência todos os demais,estabelecidos como complemento de cada artigo que rege a matéria, tanto na parte geral como na especial.
2-CONCEITO
A prescrição, segundo Clóvis Bevilacqua, "é a perda da ação atribuída a um direito e de toda a sua capacidade defensiva em conseqüência do não uso dela, durante um determinado espaço de tempo". A prescrição nada mais é do que a perda do direito de ação em virtude do transcurso do tempo. 
Todavia esse conceito encontra-se superado, pois, percebeu-se que prescrição é a perda da pretensão do titular do direito violado, conforme preceitua o art. 189 do Código Civil. 
Podemos ver que o prescreve, é a possibilidade de se propor uma ação que garanta o direito pertencente à pessoa, e não o próprio direito; ela pode tê-lo eternamente, ”embora perca ele sua ineficácia por não mais ter elementos de defesa”, mas não terá mais possibilidade de reclamá-lo. 
3-REQUISITOS
Existem dois requisitos elementares na ocorrência da prescrição: a inércia do titular do direito e o transcurso do tempo fixado em lei.
Havendo inércia do titular do direito, fica demonstrado seu desinteresse, razão pela qual não merece proteção legal. Não há que se falar em injustiça ao extinguir a possibilidade de propor ação, pois o próprio titular do direito deixou de reclamá-lo. 
Nesse sentido os prazos, nos casos omissos seguem a regra geral do art. 205 do CC: "A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor". Em vários casos a lei é expressa a respeito do início do curso do prazo, mas, no geral, o prazo prescricional se inicia no momento em que a ação poderia ter sido proposta, isto é, depois de deferir o direito de ajuizar o feito. 
4-FUNDAMENTOS
Vários são os fundamentos para a prescrição, havendo divergência entre os doutrinadores. 
Para alguns autores, a prescrição é como um castigo, para àquele que fica na inércia, e para outros é porque já foi pago
Todavia o fundamento dado pela maioria dos escritores consiste em dizer que a sociedade não pode permitir que demandas fiquem eternamente em aberto, havendo um interesse social em estabelecer harmonia e justiça, segurança, dando fim a litígios e evitando que estes fiquem por tempo indefinido a disposição de alguém, podendo ele depois de muitos anos vir a cobrar um direito seu que se perdeu no tempo, inclusive suas provas de constituição deixando de existir. 
5-ESPÉCIES
Há duas espécies de prescrição: a extintiva e a aquisitiva.
A prescrição extintiva, traz consigo um elemento negativo, pois representa a perda do direito de ação pela sua não-postulação no tempo previsto em lei. 
Já a prescrição aquisitiva, se reveste de força criadora, pois é modo de adquirir a propriedade pela posse prolongada da coisa. Dá-se pela incorporação de determinado bem, que desfruta há longo tempo, ao seu patrimônio (trata-se do usucapião). 
O tempo é o elemento jurídico de definição nas espécies, ora para conceder um direito, ora para extingui-lo. Porém, embora o tempo seja elemento comum aos dois institutos, são eles de natureza diversa. 
6-PRAZOS NA PRESCRIÇÃO
Quanto aos prazos, a prescrição pode ser ordinária: 10 anos (art. 205 do CC) ou especial (art. 206 e §§ do CC). 
7-SUSPENSÃO DA PRESCRIÇÃO
De acordo com 0s artigos, 197, 198 ou 199, do CC. Uma vez suspenso, o prazo só se inicia ou volta a fluir após cessar tal causa. Nesse caso, o tempo anteriormente decorrido será computado e o lapso prescricional continuará a ser contado de onde parou. A suspensão decorre de lei.
"Art. 197 do Código Civil: Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela".
"Art. 198 do Código Civil: Também não ocorre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3°; 
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados, ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra".
"Art. 199 do Código Civil: Não corre igualmente a prescrição: 
I - pendendo condição suspensiva;
II – não estando vencido o prazo; 
III – pendendo ação de evicção". 
De acordo com o art. 201 do CC, "suspensa a prescrição em favor de um dos credores solidários, só aproveitam os outros se a obrigação for indivisível". 
Já para o art. 200 do CC. "quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva".
8-CASOS DE INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO
Art. 202 do Código Civil: "A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á: 
I – por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual;
II – por protesto, nas condições do inciso antecedente;
III – por protesto cambial;
IV – pela apresentação do título de crédito em juízo de inventário ou em concurso de credores;
V – por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; 
VI – por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe reconhecimento do direito pelo devedor".
Nesse sentido, contra os absolutamente incapazesnão corre prescrição, sendo que o curso do prazo prescricional não se inicia ou é suspenso se já houver se iniciado. Por outro lado, em relação aos relativamente incapazes e às pessoas privadas da administração de seus bens, a lei permite que a prescrição contra eles se consume, mas lhes confere ação regressiva contra seus representantes, que deixaram a ação prescrever (art. 195 do CC). 
Já o art. 204 do CC diz que "a interrupção da prescrição por um credor não aproveita aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados. 
§ 1º A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros; assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve os demais e seus herdeiros. 
§ 2º A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis. 
§ 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador". 
9-RENÚNCIA
Prescreve o art. 191 do CC, que a renúncia da prescrição pode ser expressa (declaração unilateral, autêntica, não sujeita à forma especial) ou tácita (ato ostensivo do devedor que reconheça a prescrição, mas não deve deixar dúvidas). Porém só terá validade após a prescrição se consumar (ou seja, após transcorrido o prazo legal) e desde que não cause prejuízo a terceiros. 
10-ALTERAÇÃO DO PRAZO
Para o art. 192 do CC, não se admite o aumento ou diminuição dos prazos prescricionais por convenção entre as partes, considerando que se trata de uma matéria de ordem pública, sendo inalteráveis as disposições legais. 
11-MOMENTO DE SER ALEGADA
A prescrição pode ser pronunciada de ofício(Lei nº 11.280/06), ou alegada a qualquer tempo, em qualquer grau de jurisdição pela parte a quem aproveita, ou seja, pela parte a que beneficia (art. 193 do CC). 
Dispõe o art. 219, § 5º do CPC, com redação dada pela nova Lei 11.280/06, revogando assim o art. 194 do CC. Tal modificação implica estender aos direitos patrimoniais demandados pelo autor o poder jurisdicional de reconhecimento direto do efeito prescricional sobre o exercício do direito de ação. 
12-AÇÕES IMPRESCRITÍVEIS
Há ações que são imprescritíveis, por tratarem de direitos que não admitem perecimento, como os direitos da personalidade, estado da pessoa, alguns direitos de família, etc. 
13-DECADÊNCIA
O atual Código trata expressamente da decadência, como instituto de direito substantivo, será a perda do direito previsto na legislação, também pelo seu não exercício em determinado lapso temporal, ou seja, o direito subjetivo caduca em virtude do decurso infrutífero de um tempo prefixado para utilização de um direito.
Nesse sentido, a decadência reflete um direito potestativo, diferente da prescrição não há o critério da pretensão, a perda é dada pelo seu não exercício judicial ou extrajudicial. 
Todavia os direitos suscetíveis de decadência não sofrem ameaça de violação, pois estes não se opõe um dever de quem quer que seja, mas uma sujeição de alguém.
14- PREVISÃO DE DECADÊNCIA
Art. 207. Salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição.
Art. 208. Aplica-se à decadência o disposto nos arts. 195 e 198, inciso I.
Art. 209. É nula a renúncia à decadência fixada em lei.
Art. 210. Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei.
Art. 211. Se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
Podemos ver que, na decadência há certas particularidades a serem observadas, a não interrupção, e nem a suspensão de prazo.
A decadência é irrenunciável, ou seja, o prazo. Além de que, quando prevista em lei é para o juiz reconhecer de ofício, ou seja, não é uma faculdade e sim um dever do juiz, podendo existir algumas exceções. 
15-PROVAS
Prova é o meio empregado para demonstrar a existência do ato ou negocio jurídico.Deve ser admissível(não proibida por lei e aplicável ao caso em exame), pertinente (adequada a demonstração dos fatos em questão), e concludente (esclarecedora dos fatos controvertidos). 
Art. 213. Não tem eficácia a confissão se provém de quem não é capaz de dispor do direito a que se referem os fatos confessados.
Parágrafo único. Se feita a confissão por um representante, somente é eficaz nos limites em que este pode vincular o representado.
Art. 214. A confissão é irrevogável, mas pode ser anulada se decorreu de erro de fato ou de coação.
art. 223. A cópia fotográfica de documento, conferida por tabelião de notas, valerá como prova de declaração da vontade, mas, impugnada sua autenticidade, deverá ser exibido o original.
Parágrafo único. A prova não supre a ausência do título de crédito, ou do original, nos casos em que a lei ou as circunstâncias condicionarem o exercício do direito à sua exibição.
Art. 225. As reproduções fotográficas, cinematográficas, os registros fonográficos e, em geral, quaisquer outras reproduções mecânicas ou eletrônicas de fatos ou de coisas fazem prova plena destes, se a parte, contra quem forem exibidos, não lhes impugnar a exatidão.
16-CONCLUSÃO
Em suma a prescrição admite interrupção e não corre em relação a determinadas pessoas, a decadência, já a decadência diz respeito a perda do direito material, ocorrendo contra quem quer que seja, não admitindo suspensão, sequer interrupção. Prova é o meio empregado para demonstrar a existência do ato ou negocio jurídico.
17-REFERENCIAS
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil – Parte Geral. Sinopses jurídicas. São Paulo: Saraiva. 2007.
RODRIGUES, Sílvio. Direito Civil. Volume I. Parte Geral. São Paulo. Saraiva. 2002. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Volume I. Parte Geral. 2ª edição. São Paulo. Atlas. 2002.

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