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Aula 4 Educação, Cidadania e Democracia

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Educação, Cidadania e Democracia
Conceitos Fundamentais
a) Estado
Em geral, a organização jurídica coercitiva de determinada comunidade. O uso da palavra Estado deve-se a Maquiavel em sua obra ‘O Príncipe’. Podem ser distinguidas três concepções fundamentais:
Concepção organicista - segundo a qual o Estado é independente dos indivíduos e anterior a eles. Tal concepção funda-se na analogia entre Estado e um organismo vivo. O Estado é um homem em grandes dimensões, suas partes ou membros não ser separados da totalidade. A totalidade precede, portanto, as partes (os indivíduos, ou grupos de indivíduos) de que resulta; a unidade, a dignidade e o caráter que possui não podem derivar de nenhuma de suas partes nem do seu conjunto. Esta concepção foi elaborada pelos gregos.
Concepção atomista ou contratualista - segundo a qual o Estado é uma criação dos indivíduos, ou seja, é obra humana: não tem dignidade e nem caracteres que não lhe tenham sido conferidos pelos indivíduos que o produziram. Foi essa a concepção dos estóicos, que consideravam o Estado como res populi.
Concepção formalista: segundo a qual o Estado é uma criação jurídica. O Estado é considerado em primeiro lugar, como comunidade, como um grupo social residente em determinado território e tem três elementos ou propriedades características:soberania ou poder preponderante ou supremo, povo e território.
b) Formação do Estado Moderno ou Estado-Nação
A formação do Estado Moderno, Estado-Nação ou Estado Liberal Burguês aparece no vocabulário político em meados do século XIX (1830). De acordo com a periodização proposta pelo historiado inglês Eric Hobsbawm passou por três etapas, são elas:
Princípio de nacionalidade (1830-1880): vincula nação e território e o discurso da nacionalidade provém da economia política liberal burguesa.
Idéia Nacional (1880-1918): articulada à língua, à religião e à raça e seu discurso provém dos intelectuais pequeno-burgueses.
Questão Nacional (1918-1950-60): enfatiza a consciência nacional, defendida por um conjunto de lealdades políticas e seu discurso provém dos partidos políticos e do Estado.
Decorre desses problemas a ideologia do nacionalismo, ou seja, a estratégia ideológica da burguesia foi desenvolver no cidadão do novo modelo de sociedade o sentimento de pertencimento à nação, ou seja, de uma religião cívica do patriotismo. Essa foi a tentativa de se criar uma unidade em uma sociedade dividida em classes sociais
c) Teses do Liberalismo Político e Liberalismo Econômico
Tomemos por base a definição presente no Dicionário de Filosofia de Nicolas Abbagnano:
“Liberalismo. Doutrina que tomou para si a defesa e a realização da liberdade no campo político. Nasceu e afirmou-se na Idade Moderna e pode ser dividida em duas fases: 1ª do século XVIII, caracterizada pelo individualismo; 2ª do séc. XIX, caracterizada pelo estatismo”.
O pressuposto filosófico do liberalismo político centra-se na defesa de que os seres humanos têm, por natureza, direitos fundamentais e que cabe ao Estado respeitá-los. Em outras palavras, o liberalismo limita as funções do Estado e este teria os poderes públicos regulados por normas gerais subordinadas às leis.
D) Democracia
	
		
	
	
	
	Vem do grego demo = povo e cracia = governo, ou seja, governo do povo. Portanto é um sistema em que os cidadãos de um país podem participar da vida política. Tal participação pode ocorrer através de eleições, plebiscitos e referendos. Além disso, é dado o direito a cada cidadão de ser expressarem livremente.
Contudo, vale ressaltar que na Grécia Antiga a democracia era restrita por se constituir como privilégio de poucos, ou seja, era reservada apenas os que eram considerados cidadãos (os proprietários de terra que correspondiam a apenas 10% da população).
Na sociedade moderna prevalece o modelo de democracia representativa em que os cidadãos elegem representantes, em intervalos regulares através das eleições, que votam os assuntos em seu favor.
	
	
	
	
E) Cidadania
	
		
	
	
	
	O conceito de cidadania tem origem na Grécia Antiga, da noção de polis ou cidade-estado, sendo usado para designar os direitos relativos ao cidadão. Portanto, o indivíduo que vivia na cidade e ali participava ativamente das decisões políticas.
Por este conceito estar vinculado à noção de direitos, principalmente de direitos políticos, permitem aos cidadãos participarem direta ou indiretamente na formação do governo e na sua administração através do voto ou do concurso público. Contudo, o cidadão além de terem direitos tem deveres, uma vez que em uma coletividade seus direitos são garantidos mediante deveres dos demais componentes de uma estrutura social.
	
	
	
	
Os ideais socialistas
Os processos revolucionários burgueses nos séculos XVII, XVIII e XIX tiveram participação efetiva dos trabalhadores (servos, vassalos e camponeses) nos frontes de guerra, principalmente na Revolução Francesa que tinha como lema: liberdade, igualdade e fraternidade.
Embora os ideais burgueses criticam severamente os privilégios do clero e da nobreza e pregavam que os benefícios da sociedade capitalista deveriam ser estender a todos, eles acabaram restringindo tais privilégios somente à burguesia capitalista. Diante de tal fato, o proletariado começa a se organizar e a reivindicar seus direitos.
De acordo com o marxismo, os dois níveis de realidades existentes, que decorrem da relação do homem com a natureza e com os demais seres humanas se explicam através dos conceitos de infra-estrutura econômica e superstrutura econômica.
Infra-estrutura ou estrutura material da sociedade é a base econômica, isto é, as formas pelas quais são produzidas os bens materiais que atendam as necessidades do humanas.
Superestrutura corresponde a estrutura jurídico-política (Estado, direito etc.) e à estrutura ideológica (formas de consciência social).
         De acordo com esta vertente, a educação se situa no campo da superestrutura econômica com a finalidade de garantir a objetificação das representações da burguesa no plano da consciência como correspondentes à realidade concreta.

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