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O que é Transição Nutricional

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O que é Transição Nutricional?
Transição nutricional é o conjunto de mudanças dos padrões nutricionais, modificando a dieta e se correlacionando com mudanças sociais, econômicas, demográficas e relacionadas à saúde, o que geralmente está associado à obesidade (POPKIN et al., 2012). Uma das características marcantes do processo de transição nutricional no Brasil é o antagonismo de tendências temporais entre desnutrição e obesidade. Ao mesmo tempo em que declina a ocorrência da desnutrição em crianças e adultos num ritmo bem acelerado, aumenta a prevalência de excesso de peso e obesidade na população brasileira em determinadas regiões (BATISTA FILHO & RISSIN, 2003). 
Há algumas décadas era considerada improvável uma pandemia de obesidade. No entanto, a partir da década de 70 o número de obesos foi aumentando até tornar-se preocupante na década de 90 (MONTEIRO et al., 2011). No entanto, na maioria dos países da América Latina, Ásia e no norte da África vem ocorrendo uma acelerada mudança de perfil nutricional na população. A este quadro damos o nome de transição nutricional (BATISTA FILHO & RASSIN, 2003; POPKIN et al., 2012).
O nosso bem estar físico e mental está intimamente ligado com a alimentação. A dieta é fundamental na manutenção da saúde. Alterações na dieta podem ocasionar alterações importantes no metabolismo, como o desenvolvimento de doenças diversas devido à queda de qualidade na resposta imune. Muitos estudos têm sido focados neste tema, como os registros Organização Mundial de Saúde (2010) e Food and Agriculture Organization (FAO, 2010), mostrando que a distribuição de alimentos e a sua ingestão é extremamente heterogênea dependendo da região geográfica (BATISTA FILHO & RASSIN, 2011). 
O aumento da população obesa ou com sobrepeso, se deve, muito ao aumento crescente da ingestão de alimentos processados, óleos comestíveis, bebidas adoçadas com açúcar, associados à diminuição do consumo de fibras, frutas, verduras e legumes. As refeições rápidas aumentaram o consumo de refrigerantes, “salgadinhos”, biscoitos, sanduíches e sorvetes, que substituíram o arroz, feijão, carne, verduras e frutas. Outros fatores não alimentares, como o aumento da distância entre o trabalho e a casa do indivíduo, aumento do sedentarismo e diminuição da atividade física também contribuem para este aumento (POPKIN, 2001; TARDIDO & FALCÃO, 2006).
No Brasil, o consumo de frutas, legumes e verduras é estimado em 2,3% do total de calorias diárias, o que está abaixo do nível ideal de consumo em todas as regiões e níveis sócio-econômicos (IBGE, 2004). A OMS estima que aproximadamente 2,7 milhões de mortes por ano em todo mundo estão relacionadas ao consumo inadequado de frutas, legumes e verduras, sendo este um dos dez fatores centrais na determinação de doenças (WHO, 2002). 
Em uma tentativa para diminuir os danos causados pela má conduta alimentar, a Organização Mundial de Saúde (WHO, 2002) estabeleceu limites máximos para o consumo de gorduras (30% do consumo calórico total), ácidos graxos saturados (10% do consumo calórico total), açúcar (10% do consumo calórico total), colesterol (300 mg por dia ou 100 mg/1.000 kcal) e sal (6 grama por dia), de modo a estimular o consumo de carboidratos complexos (mínimo de 50% do consumo calórico total), de fibras, de legumes, de verduras e de frutas (400 grama por dia ou cerca de 7% do consumo calórico total) (WHO, 2002).

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