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fichamento trabalhos grupais

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA E INSTITUCIONAL
Fichamento 
Daniely Cristiane de Oliveira
 
Trabalho acadêmico apresentado à disciplina de Processos Grupais 
Tutor: Profª. Drª Flaviany Ribeiro da Silva
 
Pirassununga-SP
2018
Referência:- BASTOS, Alice Beatriz B. Izique. A técnica de grupos-operativos à luz de Pichon-Rivière e Henri Wallon. Psicol inf. [online]. 2010, vol.14, n.14, pp. 160-169.
Resumo 
O presente trabalho tem por objetivo esclarecer o conceito de grupo, destacar sua importância no meio social em que estamos inseridos e um de seus dois grandes ramos genéricos que é a técnica de grupos operativos. 
Esta técnica foi criada por Pichon-Revière a partir de uma experiência em um hospital com seus próprios pacientes, ele passa a observar a influencia do grupo família nos pacientes e a partir de então trabalhar com a dinâmica de grupo. 
Durante a evolução do texto serão destacados pontos como: a importância das relações estabelecidas pela criança, sua relação com o outro e com o próprio eu, a influencia do grupo escolar, a organização do grupo operativo, a importância do coordenador e da escuta vista como linguagem e como esta técnica pode contribuir na promoção e prevenção da saúde.
________________ 
		A interação com o outro desde o nascimento é fundamental para a constituição da identidade pessoal de cada ser humano, é a partir da diferença, das relações pessoas e dos grupos em que somos inseridos ao longo da vida que nos construímos. 
 		Em nossa sociedade, toda e qualquer instituição possui a formação de grupo, seja ele interno ou externo. O que o constitui é a existência de relações pessoais, ele não é um mero somatório de indivíduos, os integrantes devem estar reunidos em torno de uma tarefa em comum e o tamanho não pode exceder o limite de forma que coloque em risco a preservação da comunicação tanto visual como auditiva. Um grupo para ser potência deve ser dialógico, ter objetivos, levar em consideração o espaço, o tempo e as regras . Divide-se em dois grandes ramos: Operativos e Terapêuticos, o primeiro, que é o foco deste fichamento, é destinado à mudança e visa uma tarefa e o segundo visa à transformação.
		A técnica de grupos operativos foi desenvolvida por Pichon- Revière, médico psiquiatra, que a partir de uma greve no hospital Las Mercedes, em Buenos Aires, propôs que os pacientes doentes mentais daquele hospital “menos comprometidos” passassem a dar assistência aos “mais comprometidos”, a experiência foi significativa e produtiva, promoveu uma parceria de trabalho e um resultado satisfatório em relação às interações entre eles.
		A partir da observação da influencia da família no paciente, Pichon-Revière passou a trabalhar com a dinâmica de grupos, para ele nos processos grupais a aprendizagem permite o conhecimento de si próprio, do outro, promovendo a integração, questionamento e ate supostas soluções, e é isso que a técnica do grupo operativo promove; a aprendizagem entre os envolvidos passando a ter uma leitura crítica da realidade.
		Para Henri Wallon, as relações entre o homem e o meio influenciam fortemente na evolução humana, a criança constrói seu eu e sua identidade a partir das relações que estabelece com outras pessoas, objetos, espaço, tempo e, portanto, a família tem grande influencia neste processo, a criança passa a se situar em relação aos demais da casa, e aos poucos estabelece o conceito de formação de estrutura familiar. 
		Durante nossa trajetória certamente não nos iremos nos deparar somente com nosso grupo inicial, o familiar, mas também com vários outros dentre eles o grupo escolar que será diferente e de suma importância para a evolução psíquica na medida em que vai oferecendo novas oportunidades.
		Alem de ser importante para evolução do sujeito, o grupo também é importante para a evolução social, da personalidade e da consciência de si próprio, a partir de sua inserção dentro dele, passamos a encontrar diferenças, semelhanças, transformar e sermos transformados.
		Os grupos, segundo Pichon passam a ser formados a partir de relações que vão sendo estabelecidas entre os participantes, os objetivos em comum, as diferenças e maneiras como se vinculam.
		O principal objetivo do grupo operativo é a mudança, sendo assim, os participantes assumem diferentes papeis e posições frente à tarefa grupal. Nele há intervenção de um coordenador responsável pelo direcionamento do grupo em relação à tarefa comum e por direcionar as falas dos integrantes e o observador que registra os fatos ocorridos na reunião, estes dois costumam ser fixos durante a dinâmica já o papel de porta-voz, bode espiatório, e líder podem variar de acordo com as necessidades e expectativas do todo ou de cada um. 
		Não há necessariamente temas específicos para os encontros grupais, as pessoas falam de acordo com a dinâmica e o coordenador direciona e pontua a fala para que os participantes coloquem-se a pensar e falar melhor sobre si. A escuta aqui é estruturada como linguagem, auxilia o coordenador em suas sinalizações e favorece a elaboração de conflitos.
		Para finalizar, através da leitura deste e outros artigos relacionados à técnica dos grupos operativos, percebe-se que é um caminho extremamente positivo para promoção e prevenção da saúde, um meio de aprendizagem. Sair de um grupo em que está habituado e dispor-se a reunir em outro com um único objetivo, expor idéias, partilhar experiências, poder criticar, colocar-se a pensar sobre o eu e o outro, escutar e chegar a um consenso faz com que a dinâmica em que vivemos torne cada vez mais rica.

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