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Monitoria de Teorias da Dinâmica Capitalista / 2016.1
Monitor: Marcos Monteiro
Professor: Ana Cristina Reif de Paula
Lista Nº 1 – Keynes (Caps. 3 e 5)
 Apresente a teoria de emprego formulada por Keynes.
Inicialmente, Keynes aponta que o emprego de certo volume de mão de obra impõe ao empresário duas espécies de gastos: a primeira envolve os montantes que ele paga aos fatores de produção pelos seus serviços, chamada de custo de fatores do emprego em questão. Já a segunda abarca os montantes que ele paga a outros empresários (insumos) somado ao sacrifício que faz utilizando seu equipamento em vez de o deixar ocioso (depreciação voluntária), sendo denominada de custo de uso do emprego em questão.
A diferença entre valor da produção e a soma do custo de fatores e do custo de uso é o lucro, no caso, a renda do empresário. Cabe ressaltar que o próprio custo de fatores vem a ser a renda dos fatores de produção considerada pelo ponto de vista do empresário, de modo que o custo de fatores e o lucro formam a chamada renda total resultante do emprego oferecido pelo empresariado.
O lucro do empresário é a quantia que ele procura elevar ao máximo quando está decidindo qual o volume de emprego deverá oferecer. Vale comentar que acaba por ser conveniente chamar a renda agregada (custo de fatores mais lucro) resultante de certo volume de emprego de produto deste nível de emprego. O preço da oferta agregada da produção resultante de determinado volume de emprego é o produto esperado (desejado em nossa interpretação alternativa), que é suficiente para que os empresários procurem considerar vantajoso oferecer emprego (que cobrirá custos diretos + lucro desejado, em nossa formulação alternativa, com a diferença que, nesta visão, estamos plotando em relação à produção, para a qual existe um nível de emprego associado ao passo que Keynes elabora em termos de emprego, ao qual existe uma produção associada).
E Keynes continua afirmando que tanto para cada firma individual quanto para cada indústria, o volume de emprego depende justamente do nível de receita que os empresários esperam obter a partir de determinada produção. Sendo que os mesmos vão procurar se esforçar para fixar o volume de emprego ao nível em que esperam maximizar a diferença entre receita e custos dos fatores.
Logo, o volume de emprego depende basicamente de dois aspectos: Z, preço de oferta agregada da produção resultante de N homens, sendo a relação entre Z e N, denominada de função da Oferta Agregada. E D, o produto que os empresários esperam receber do emprego de N homens, sendo a relação entre D e N denominada de função da demanda agregada ( D=f(N)).
Importante comentar também que caso o produto esperado seja maior que o preço da oferta agregada, ou seja, se D for maior que Z, ocorrerá um incentivo que acaba por levar os empresários a aumentar o emprego acima de N e, se for necessário, a elevar os custos disputando fatores de produção, entre si, até se chegar ao valor de N em que Z seja igual a D. 
Sendo assim, o volume de emprego é determinado pelo ponto de interseção da função de demanda agregada e da função de oferta agregada, até porque é exatamente neste ponto em que a expectativas de lucro a longo prazo do empresariado serão maximizadas. Deve-se lembrar que o nível de emprego assim determinado pode ser qualquer entre zero e pleno emprego e, havendo desemprego, não haverá mecanismos endógenos de condução ao mesmo.
As expectativas de curto prazo guiam as decisões de produzir e estão expostas no capítulo 5 da TG. Vale ressaltar também que, de acordo com o capítulo 3, “Esta teoria pode ser resumida nas seguintes proposições:
(1) Sob certas condições de técnica, de recursos e de custos, a renda (tanto monetária quanto real) depende do volume de emprego N.
(2) A relação entre a renda de uma comunidade e o que se pode esperar que ela gaste em consumo, designado por D1, dependerá das características psicológicas da comunidade, a que chamaremos de sua propensão a consumir. Isso quer dizer que o consumo depende do montante da renda agregada e, portanto, do volume de emprego N, exceto quando houver alguma mudança na propensão a consumir.
(3) A quantidade de mão-de-obra N que os empresários resolvem empregar depende da soma (D) de duas quantidades, a saber: D1, o montante que se espera seja gasto pela comunidade em consumo, e D2, o montante que se espera seja aplicado em novos investimentos. D é o que já chamamos antes de demanda efetiva.
(4) Desde que D1 + D2 (C+I) = D = φ (N), onde φ é a função da oferta agregada, e como, segundo vimos em (2), D1 é uma função de N, a qual podemos escrever χ (N), que depende da propensão a consumir, deduz-se que φ (N) – χ (N) = D2.
(5) Consequentemente, o nível de emprego de equilíbrio depende (i) da função da oferta agregada, φ, (ii) da propensão a consumir, χ, e (iii) do montante do investimento, D2. Esta é a essência da Teoria Geral do Emprego.”
Na teoria keynesiana, a moeda ganha um caráter ativo, com funções de meio de pagamento, unidade de conta e reserva de valor (transpassa valor no tempo) onde quem tem moeda tem poder de decisão, e no Princípio da Demanda Efetiva (PDE), consequentemente, deter moeda é deter poder de decisão, o que invalidaria a Lei de Say (oferta gera sua própria demanda), que acreditava que a moeda possuía apenas um papel passivo, era neutra no longo prazo, e só funcionava como meio de troca. Toda renda é igual à despesa, e toda venda é igual a compra, onde todo ato de compra e venda produz um fluxo monetário, que se traduz em pagamento de um lado e recebimento de outro, decorrentes de uma única decisão autônoma: a de gastar. 
A demanda efetiva é uma propriedade de uma economia mercantil, onde a produção é baseada na divisão social do trabalho, sendo realizada para produtores privados para os mercados (considera-se com ausência de regulação, pré conciliação entre planos de produção e gasto e autonomia – anarquia da produção). Além disso, tem-se o dinheiro como equivalente geral, gerando assim, assimetria entre a posse de dinheiro e a posse de mercadoria. Há um paradoxo nesse processo, onde a ausência de coordenação e a autonomia no processo produtivo que geram incerteza, pois as decisões de produzir estão subordinadas à necessidade de vender.
Para Keynes, tanto salários (w) como preços (p) não são flexíveis (como preconizava a teoria neoclássica), e então não se encontrará o equilíbrio de mercado. Primeiramente define-se a produção, depois o nível de emprego, e depois os salários, e o equilíbrio é não tendencial.
Por fim, vale concluir que na teoria proposta por Keynes, a propensão a consumir e o nível do novo investimento é que determinam o nível de emprego. Sendo este que irá determinar o nível de salários. (E não ao contrário, como proposto pela tradição neoclássica).
2) O que são, qual o papel e como são formadas as chamadas Expectativas de Curto Prazo, segundo a Teoria Geral?
Keynes possui uma teoria geral da aplicação do capital, na qual a composição de portfólio leva em conta as expectativas de retorno do ativo em questão. É uma teoria da tomada de decisões sob incerteza. Decisões que são guiadas por expectativas.
Tais expectativas, acabam se dividindo em dois grupos: Expectativas de Curto e de Longo Prazo. O primeiro tipo engloba as expectativas que determinado empresário tem em relação ao preço esperado de seu produto “acabado” (no sentindo de estar pronto para ser utilizado ou vendido). Vale ressaltar que estas expectativas guiam essencialmente as decisões de produzir e de empregar, de utilizar capacidade instalada.
O período de curto prazo pode ser dividido em dois momentos: o período de produção e o período de mercado. O período de produção é aquele no qual, dada uma capacidade produtiva dada, tomam-se as decisões de produzir e de quanto vai se empregar (além de decidir o preço, e produção e o emprego determinarem os salários, além do grau de utilização), de acordo com as expectativas de demanda esperada, sendo no tempo exante.O período de mercado, também conhecido como período de confrontação, é aquele onde o empresário observará se a demanda esperada exante se concretizou ou não, e se suas decisões foram, ou não, acertadas, sendo nesse caso o expost.
Por fim, vale ressaltar o processo de revisão de expectativas de CP é gradual e contínuo, sendo aproximada pelos resultados realizados, de tal forma que os resultados esperados e realizados se confundem. Isto só acontece, pois embora tanto produção quanto emprego sejam determinados pelas expectativas de CP do produtor e não por resultados passados, ainda assim, os resultados mais recentes acabam por desempenhar um papel predominante na determinação destas expectativas, visto não haver, em geral, mudanças súbitas e significativas na demanda corrente.
Os produtores acabam baseando suas expectativas na hipótese de que a maioria dos resultados observados mais recentes persistirá, exceto no caso em que os mesmos tenham motivos bem definidos para esperar uma possível mudança.
Por fim, cumpre observar também que Keynes supôs no capitulo três na TG que as expectativas de curto prazo dos produtores estão aproximadamente corretas, mas chamamos atenção para o fato de que o autor assim o fez para mostrar a possibilidade de haver equilíbrio – expectativas satisfeitas – e ainda assim não haver equilíbrio no mercado de trabalho, ou seja, se as expectativas de demanda induzem certo nível de contratação abaixo do pleno emprego de mão de obra e se essas expectativas forem satisfeitas, os agentes acertam suas expectativas não tendo incentivos para mudarem suas posições – equilíbrio – mas ainda assim haverá desemprego involuntário.
Os agentes mudam ou não suas expectativas de demanda e produzem mais ou menos, de acordo com o que tiver ocorrido no período anterior. Em suma, no período exante se decide o nível de produção, o quanto de empregar (N(L)), enquanto que no período expost confere-se a receita e, o lucro (que compõem a renda capitalista). O equilíbrio no mercado de trabalho, para Keynes, é não tendencial, sendo um acaso, em geral, menos provável que o desequilíbrio com desemprego involuntário.

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