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Centro Universitário FEI Espectrofotometria na região do ultravioleta/visível Arthur Gabriel Capati Bruna Mirabella Tonarque Camila Pacheco Cabral Isabella Aro de Matos RA:11 116.750-8 RA:11.116.694-8 RA:11.116.659-1 RA: 11.115.744-2 Período: Diurno Turma: 740 Professor: Marcos Makoto Toyama São Bernardo do Campo 2018 INTRODUÇÃO A espectroscopia começou com experimentos de óptica de Isaac Newton, no século XVII, que pela primeira vez demonstrou que luz branca pode ser dividida em cores componentes, por meio de um prisma, mostrando que o prisma separa as partes constituintes da luz branca. Figura 1- Prisma de Newton Durante o início dos anos 1800, Joseph von Fraunhofer avanços experimentais com espectrômetros dispersivos para tornar-se uma técnica científica mais precisa e quantitativa. Desde então, a espectroscopia desempenhou e continua a desempenhar, um papel significativo na química, física e astronomia. A espectroscopia no ultravioleta visível {\displaystyle UV/VIS}envolve a espectroscopia de fótons, ou seja, baseia-se na medida quantitativa da absorção da luz pelas soluções, onde a concentração na solução da substância absorvente é proporcional à quantidade de luz absorvida. Ela utiliza luz na faixa do visível, ultravioleta e infravermelho. Nessas faixas de energia as moléculas sofrem transições eletrônicas moleculares. As radiações eletromagnéticas com comprimento de onda entre 380 e 750 nm são visíveis ao olho humano. A luz visível constitui uma parcela muito pequena no espectro eletromagnético. A zona do espectro cujas radiações possuem um comprimento de onda abaixo de 380 nm é denominada ultravioleta (UV), como ilustra a Figura 2. Figura 2- Espectroscopia visível As características de absorção de uma espécie são convenientemente descritas através de seu espectro de absorção, que é um gráfico de alguma função atenuante de um feixe de radiação versus comprimento de onda, frequência ou número de onda. Dois termos são frequentemente empregados como medidas quantitativas para a atenuação de um feixe de radiação: transmitância e absorbância. Transmitância (T) : é a fração de radiação incidente transmitida pelo meio: No qual: P0= energia radiante P= energia absorvida Absorbância (A): de um meio é definida pela equação: O método utilizado para determinar de um modo quantitativo a concentração de substâncias em solução que absorvem radiação, é usando a Lei de Beer-Lambert: Onde: a= absortividade b= caminho óptico do meio c= concentração da espécie absorvente Quando a concentração for expressa em mol/L e o caminho óptico em centímetros, a absortividade é conhecida como absortividade molar e é dado pelo símbolo especial . Então, a equação para a Lei de Beer é dada por: A = bc Onde: unidade para será L.mol-1 .cm-1 OBJETIVOS Preparação e diluição de substância aquosa para descobrir a concentração de outra solução antes fornecida, através de uma análise de absorção atômica. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Preparou-se 100 ml de uma solução aquosa de permanganato de potássio 2.10-3 mol/L, a partir de uma solução padrão com 0,02 mol/L. Após preparação, diluiu-se quatro vezes da seguinte forma: proporção 1:1 com concentrações de 1.10-3; 5.10-4; 2,5.10-4; 1,25.10-4 mol/L. Foi iniciado a varredura de absorbância atrás do valor de comprimento de onda máximo, com a solução aquosa de concentração intermediaria. Para cada leitura nova, ajustavou-se o valor de zero em relação a A e foi estabelecido uma leitura de 400 a 700nm com intervalo de 50nm. Registrou-se seus valores para futura construção do gráfico. Para obter uma precisão ainda maior, após achar o seu máximo, abriu-se a varredura para uma variação de 10 em 10nm. Uma vez conhecido o comprimento de onda que possui o maior valor de absorbância, fixou-se o valor no espectrofotômetro e efetuou-se a leitura dos valores de A para cada uma das 5 soluções de concentrações diferentes e também da solução de concentração desconhecida/problema. Futuramente foi construído a curva de calibração para descobrir o valor da concentração da solução problema. 5) RESULTADOS E DISCUSSÕES A partir das quatro soluções de KMnO4 preparadas, de concentrações 1 x 10-3, 5 x 10-4, 2.5 x 10-4 e 1.25 x 10-4 mol/L, foi utilizada para a análise a amostra 3 ( 5 x 10-4 mol/L). Realizamos a análise no espectrofotômetro, utilizando comprimento de onda (λ) de 400nm a 700nm com intervalo de 50nm. Com isso obtivemos os seguintes valores de absorbância: Tabela 1 – Valores de Absorbância da amostra 3 λ (nm) Absorbância (A) 400 0.040 450 0.195 500 0.791 550 0.780 600 0.123 650 0.057 700 0.024 Observa–se que o maior valor de absorbância encontrado foi na faixa de 500nm. Assim, realizamos uma análise mais detalhada entre os valores de 450 e 550nm, com intervalo de 10nm, para encontrarmos o valor mais exato que possui o maior valor de absorbância. Os dados obtidos resultaram no seguinte gráfico: Tabela 2 – Valores de Absorbância da amostra 3 (nm) Absorbância (A) 450 0.118 460 0.191 470 0.289 480 0.434 490 0.598 500 0.768 510 0.838 520 1.002 530 0.947 540 1.015 550 0.744 Com os dados da tabela 1 e 2 obtivemos o gráfico abaixo: Gráfico 1 – Espectrofotômetro Eletrônico Como podemos observar na tabela 2 e no gráfico acima o maior valor de absorbância encontrado foi na faixa de 540nm. Fixamos então esse comprimento de onda e realizamos a análise de todas as soluções preparadas, como também, da solução problema (A). Tabela 3 – Valores de absorbância de todas as amostras preparadas Solução Concentração (mol/L) Absorbância (A) 1 2 x 10-3 3.000 2 1 x 10-3 2.222 3 5 x 10-4 1.045 4 2.5 x 10-4 0.555 5 1.25 x 10-4 0.282 A ? 0.831 OBS: Os valores da solução 1 não foram utilizados pois a solução é concentrada e faz com que estoure a escala do aparelho Com os valores da tabela 3 obtivemos o seguinte gráfico: Gráfico 2 – Curva de Calibração Com a equação da reta obtida no gráfico 2, obtivemos um valor de coeficiente de absortividade molar igual a 1467,19 e assim calculamos a concentração da solução problema: 0,831 = 1467,9 x C + 0,2832 C = 3,7319 x 10-4 mol/L 6) CONCLUSÃO A construção do espectro de absorção, gráfico 1, é necessário para determinar o comprimento de onda especifico da substância analisada, sendo, sempre, utilizado aquele que possui a maior absorbância. Isto por que quanto maior a absorbância para a mesma concentração, maior será a absortividade para aquele comprimento de onda, logo há maior sensibilidade na absorção da luz o que leva a uma maior precisão nas análises. A partir da construção da curva de calibração, pode-se determinar a concentração de qualquer substância pura do composto analisado. Para concentrações que a absorbância estoure, é necessário realizar diluições na solução de análise e ao final realizar os cálculos relacionados à diluição. Com a equação da reta da curva de calibração, chegou-se a conclusão que a concentração da solução-problema(A) é de 3,7319 x 10-4 mol/L. Como a absorbância da solução não apresentou problema na escala do aparelho, não foi necessário realizar cálculos para a diluição. 7) BIBLIOGRAFIA Daniel C. Harris, Análise química quantitativa; LTC, 2008 Lakowicz, Joseph R, Principles of fluorescence spectroscopy, 3ª edição, Springer, 2009.
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