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Perspectivas de Sistemas Abertos e Dinâmica Ambiental na Administração

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ADMINISTRAÇÃO, 
SISTEMAS E 
AMBIENTE 
AULA 6 
 
 
Prof. Daniel Weigert Cavagnari 
 
 
 
 
 
Conversa inicial 
Olá, seja bem-vindo(a)! 
Esse é o sexto – e último – encontro da disciplina Administração, Sistemas e 
Ambiente. 
Hoje vamos estudar sobre: 
Perspectivas de Sistemas Abertos 
Sistemas Mecânicos X Sistemas Orgânicos 
Dinâmica Ambiental 
Então, vamos começar!!! 
Sabe quem vai nos dar mais detalhes da aula de hoje? 
O professor Daniel! Confira no material online! 
 
Contextualizando 
Problematização 
Para a problematização, comece lendo o artigo chamado “Em Consonância 
com o Mundo Moderno” clicando aqui: 
http://172.16.0.8/dev/designer/rafael/ccdd_grad/administracao/sisteAmbientes/a
6/includes/pdf/consequencia.pdf 
 
 
 
 
 
Agora, que você já leu o texto, confira as problematizações: 
Pesquise sobre uma empresa que se enquadre no contexto de globalização e 
relacione as seguintes questões: 
Descreva pelo menos três características que a caracterizem essa como uma 
empresa global. Justifique seus apontamentos. 
Destaque quais os ganhos e perdas causados por essa expansão de mercado. 
Seja imparcial. 
Destaque os principais motivos que a levaram a ser uma empresa socialmente 
responsável, juntamente com suas perspectivas de futuro. O contrário também, 
se for o caso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema 1 - Perspectiva de Sistema Aberto 
 
 
Segundo Morgan (2002), 
Um sistema aberto é aquele em que existe uma troca constante com o 
ambiente. Ciclos de estímulos, transformação interna, respostas e novos 
estímulos são cruciais para a sustentação da vida e da forma do sistema. A 
natureza aberta dos sistemas biológico e social contrasta com a natureza 
"fechada" de muitos sistemas físicos e mecânicos, embora o grau de abertura 
possa variar. Torres, pontes e brinquedos mecânicos com movimentos 
predeterminados são sistemas fechados. Uma máquina que é capaz de regular 
suas operações internas de acordo com as variações do ambiente pode ser 
considerada um sistema parcialmente aberto. Um organismo vivo, uma 
organização ou grupo social é um sistema totalmente aberto. 
 
 
 
 
Não há nada mais aberto do que uma empresa internacionalizada, da qual 
oferece seus produtos ao mundo inteiro e com a mesma qualidade. Nada 
disso. Esses termos nos fazem olhar a empresa de fora para dentro (o que faz, 
como faz, aonde faz, etc.). 
Um sistema aberto nos permite olhar as empresas de dentro para fora. É como 
se olhássemos para cima, em uma noite de céu aberto, ausente de luzes 
artificiais, e percebêssemos que há muito o que descobrirmos, pois este não é 
finito. 
 
A questão principal é, como fazê-lo? 
 
É claro que as respostas para esse questionamento estão no ponto final do 
nosso planeta. Mas como ele não é quadrado, voltamos a condição de 
descobrirmos a precisão final do nosso valor do PI. Ou seja, não tem fim. 
 
Isso pode significar que uma empresa não tem limites para crescer? 
 
De certa forma pode até existir essa possibilidade, mas ainda não é esse o 
caso. Sabemos que se pensarmos em uma empresa seria um foco e estudo de 
caso perfeito, mas são inúmeras as empresas e a relação entre elas, 
principalmente de competição. O fator principal é exatamente esse, não a 
competição em si, mas as ferramentas que produzem esse efeito. 
Uma das ferramentas que conhecemos é a tecnologia. Essa, por si só, está 
ligada à condição de evolução e sensação de novidade. Tecnologia, hoje, está 
“conectada” a aparelhos eletrônicos modernos, como um smartphone, por 
exemplo. Mas isso é hoje. E antes, como era? 
 
Antes do início do século a tecnologia era apenas uma possibilidade ligada à 
algoritmos e cálculos matemáticos. Mas não se iluda. Qualquer ferramenta 
computacional, ou de cálculo em si, é apenas um multiplicador de 
possibilidades. Mais ou menos assim: 
 
Do pensamento filosófico à escrita. Da escrita à matemática. Da matemática à 
lógica. Da lógica o controle da energia. Desse controle, as válvulas. Das 
válvulas, os transistores, os microchips, e enfim, o computador. Calma, ainda 
faltam mais de 50 anos para o primeiro smartphone. 
Não podemos esquecer ainda outras linhas científicas exatas, como da física, 
biologia, entre outras. 
Vamos voltar um pouco nas nossas aulas e lembrar dos computadores e a 
poderosa IBM. Ela era detentora de tecnologia de computadores e dominava o 
a automação de grandes empresas. Quando surgiu o primeiro computador 
pessoal, parecia a própria descoberta do átomo. Mas melhor ainda, quando 
nos anos 80 a IBM lançou seu computador pessoal, dado início ao IBM-PC e a 
possibilidade de criações similares a ele. 
Em meados dos anos 1980 algumas empresas iniciaram a fabricação de seus 
próprios modelos de computadores padrão PC (ou IBM-PC), aproveitando a 
popularidade e disseminação do próprio computador. 
Onde havia um sistema operacional DOS (Disk Operation System: Microsoft 
DOS), haviam programas de computadores e pessoas interessadas em possuir 
um, fosse nos escritórios ou até mesmo em casa. 
Essa abertura que o mercado de computadores proporcionou, levou a um novo 
mercado, mais amplo e quase sem limites e ao alcance de todos aqueles que 
estivessem dispostos a reconhecer que tendências se criavam 
constantemente. Uma das principais tendências nos computadores pessoais 
nesta época, fora a de velocidade dos computadores. Mais rápidos, melhores. 
 
Mas a melhor de todas foi a de liberdade de escolha. Para se ter um 
computador pessoal nos anos 90, não era necessário adquirir um, como uma 
TV ou videogame, encaixotado conforme seu fabricante. Bastava montar um a 
seu próprio gosto. Essa condição caseira de juntar partes de um computador, 
com componentes e periféricos de várias marcas e funções, condicionou o 
mundo a cada pessoa ter seu próprio computador. Se comparamos o 
computador pessoal à descoberta do átomo, então neste caso teríamos a 
descoberta do genoma humano. 
 
Marca Dell – Mix de fabricantes 
A Dell Computadores explica bem esse mundo de possíveis escolhas, da qual 
se destacou na montagem de computadores de qualidade, baseada em 
fabricantes diferentes. 
Para conhecer mais clique aqui: 
https://guilhermemaldonado.wordpress.com/2009/09/05/historia-da-marca-dell/ 
Até que veio a miniaturização. Notebooks levaram a uma nova condição de 
adquirirmos computadores conforme a disponibilidade dos fabricantes. Mas 
não como antes. As escolhas eram muitas, mas um novo limite fora imposto. 
Embora, a tendência de unir vários fabricantes em um produto, ajudava na 
concepção e designe. Não é à toa que encontremos um processador Samsung 
em um iPhone da Apple. 
Quando surgem os primeiros smartphones, nos conformamos, pois novas 
possibilidades surgiram dada a integração de tantos conceitos, como a 
comunicação, mensagens, computadores e Internet. 
 
 
A questão agora é, quais as perspectivas para que esse sistema, essa indústria 
de computadores, se abra novamente? Ninguém melhor que a Google, uma 
das empresas mais abertas a novas possibilidades que conhecemos, 
esclarecer o próximo passo. 
Qual será o produto baseado na tecnologia da informação, ao qual podemos 
adquirir em diversas formas e utilidades? Isso mesmo, o smartphone, os 
tablets. Mas não podemos esquecer que eles têm a funcionalidade a qual as 
empresas que os fabricam impõem. Até quando? 
Talvez a resposta esteja aqui, no “Projeto Ara”. Clique no botão a seguir para 
conhecer melhor este projeto: 
http://arena4g.com/2014/12/google-vai-criar-loja-especial-para.htmlÀs vezes pode ser difícil estabelecer um entendimento baseando-se em pontos 
de vista diferentes, como os empresários avaliando a dinâmica do ambiente ou 
como consumidores, cada vez mais exigentes de novidades. 
Mas isso são fatores comuns à evolução da própria sociedade. Empresas são 
feitas por pessoas, então não poderia ser de outra forma. Morgan (2006) 
esclarece: 
Evolução do sistema refere-se ao processo cíclico de variação, seleção e 
retenção de características selecionadas do sistema que permitem que ele 
evolua para formas mais complexas de diferenciação e integração a fim de lidar 
com os desafios e oportunidades impostos pelo ambiente. 
Podemos citar diversas marcas conhecidas desde o tempo dos nossos 
bisavôs, como Philips, Sony, IBM, Quaker, Nestlé, entre outras, das quais 
sobreviveram a grandes mudanças. Mas essas empresas já foram maiores, 
acredite. A questão é que a cada década a perspectiva de mudança estratégica 
dessas empresas é grande, mas maior ainda é a pressão para que 
permaneçam menos no mundo, caso não se preocupem com ele. 
O grande desafio na atualidade é interagir com o mundo, em busca de novas 
perspectivas e constante progresso. Mas se no futuro não houver um mundo, 
com o que as empresas interagirão? 
 
Dica 
Agora uma leitura para aprofundarmos os nossos conhecimentos: 
“Administração em um contexto globalizado, dinâmico e competitivo: 
perspectivas”. Páginas 87 a 102. Acesse no material online o conteúdo 
sugerido! 
E confira também o que o professor Daniel tem a dizer! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tema 2 - Sistemas Mecânicos versus Sistemas Orgânicos 
É seu primeiro dia de férias e sua ideia é conhecer caminhos que ainda não 
conhece. Para tanto, é necessário ir o mais longe possível. Você pega seu 
carro e viaja por longos quilômetros. É confortável e estimulante, ver essa 
máquina perfeita, funcionando como um relógio e totalmente controlada por 
você. Não há distância que possa limitá-lo de conhecer novos caminhos. 
Cientificamente temos um organismo vivo 
conduzindo um sistema mecânico. 
Até que em um momento da viagem a estrada acaba. Não há mais para onde 
seguir com sua máquina, pois não há um chão regular que possibilite seguir em 
frente. 
Embora tenhamos uma união interessante entre dois sistemas, em algum 
momento eles se tornam distintos. Ou seja, uma máquina sempre precisará de 
um ser humano para funcionar. Mas claro, é uma necessidade pequena, de 
pouco esforço. Porém, quando o limite da máquina é atingido, é necessário que 
essa participação orgânica se apresente em maior grau. 
Podemos dizer, nesse caso, que máquinas são limitadas e podem ficar 
obsoletas. Pessoas não. Pessoas podem se limitar por suas condições 
psicológicas. Bom, mas essa é outra ciência. 
Para conferir o Quadro 1, que é um comparativo entre os sistemas mecânicos 
e orgânicos, clique aqui: 
http://172.16.0.8/dev/designer/rafael/ccdd_grad/administracao/sisteAmbientes/a
6/includes/pdf/quadro_1.pdf 
Segundo Caravantes, Et. Al. (2005), para os sistemas mecânicos, tudo o que 
se busca são as certezas. Características clássicas de sistemas fechados e 
burocráticos. 
Para os sistemas orgânicos, as influências são constantes e as incertezas 
pressionam os sistemas fechados a abrirem. 
As diferenças podem ser claras e grandes, mas ambos coexistem e fazem 
parte de um sistema único e contínuo. Sistemas mecânicos podem ser vistos 
como troncos de árvores. 
Quando cresce, você sabe bem para onde vão. Mas quando os galhos 
começam a sair, não se sabe a direção que vão tomar ou qual será maior ou 
menor, com mais ou menos folhas ou frutos. Isso é orgânico. 
O que sabemos é que os sistemas podem ser caracterizados como mecânicos 
e orgânicos, ora em maior grau, ora em menor grau: 
Quando lineares, seguem um princípio, meio e fim, uma linha reta. Mas isso 
não se aplica ao todo e sim às partes, aos subsistemas. Uma produção é 
previsível, um mercado nem sempre. 
Podem ser dispersos. Apesar de terem seus princípios e meios, antes do fim 
podemos ter um recomeço, a IBM e a Apple são exemplos disso. 
Os sistemas também podem ser correlatos. Embora caminhem independentes, 
em algum momento se encontraram para criar novas vertentes. Esse, por ser 
mais amplo, é o que mais influencia as mudanças estruturais ou radicais. Um 
terremoto seria um exemplo exagerado disso. 
Esse equilíbrio entre os dois sistemas pode criar até mesmo mundos paralelos. 
Imagine que um dia as máquinas proporcionarão uma interação rápida e em 
tempo real entre os seres humanos, podendo controlar máquinas à distância e 
até mesmo criar relacionamentos impossibilitados pela distância. 
Espere, mas isso já existe! É a Internet! Os instrumentos tecnológicos e a 
criatividade juntos. Então, a questão agora é, o que virá depois? 
A questão é que o equilíbrio é obra das máquinas e as diferenças pressionam 
ao desequilíbrio, seja ele ambiental, seja ele social. Enfim, podemos concluir 
que o equilíbrio é relativo à lógica de quem aplica, cabe às máquinas fazer com 
precisão, cabe à nós a decisão. 
 
Dica 
Mais uma boa leitura para você: “Lawrence e Lorsch e o Contingencialismo”. 
Páginas 168 a 174. 
Acesse o material online. 
Faça você mesmo 
 Pesquise acerca do conceito de “Ótimo de Pareto”, de Vilfredo Pareto (1848 - 
1923), e faça um resumo desse conceito, conforme seu entendimento. 
A seguir, escreva um texto com no mínimo 2 laudas, relacionando as empresas 
enquanto sistemas mecanicistas e orgânicos, influenciadas pelas condições 
políticas e conjunturais. Lembre-se de mencionar Pareto. 
Para escrever o texto, siga as instruções do professor Daniel: 
Pense em uma situação em que toda e qualquer necessidade ou desejo de 
consumo se resuma em um único produto. Isso mesmo, se você precisa de 
produtos de higiene pessoal, apenas uma marca estará disponível. Se quer um 
eletrônico, uma TV ou smartphone, apenas uma marca estará disponível. Pior, 
não serão baratos. 
A questão é, que mudo pode ser tão bom se não há possibilidade de escolha? 
Esse é o mundo dos monopólios, em que apenas uma empresa domina o 
mercado e estabelece o produto que você irá consumir e que preço irá pagar. 
Falta um equilíbrio. 
O equilíbrio, a paridade do mercado, uma situação ótima, seriam muitos 
vendedores do mesmo tipo de produto, em que pudéssemos escolher entre o 
de melhor qualidade e pagar o menor preço possível. Enquanto o mercado 
briga pela nossa escolha, nos satisfazemos do melhor com o menor custo. Isso 
realmente seria ótimo. 
O Professor Daniel fala mais sobre os Sistemas Mecânicos e Orgânicos no 
material online! 
Tema 3 - Dinâmica Ambiental 
Lembra-se quando falamos em sobrevida e subsistência, comparando sistemas 
fechados e sistemas abertos? 
Pois bem, em sistemas abertos, influenciados constantemente pelo ambiente, 
podemos imaginar que empresas abrem e fecham constantemente, ora para 
dar lugar a novos empreendimentos, ora para se reinventarem. 
Mas estamos falando em ambientes que influenciam constantemente, sejam as 
empresas com sistemas abertos ou com sistemas fechados. 
Imagine a seguinte situação: 
Você tem uma encomenda para enviar para um cliente importante e depende 
única e exclusivamente de uma empresa de correios. É, nós sabemos que 
possuímos apenas uma, monopolizada e tecnicamente falha. Então, ora 
entregas não chegam ao seu destino, ora não há ressarcimento para isso. Pior, 
não há alternativas compatíveis ou responsabilidades sem uma marca 
profunda de burocracia. 
Mais de cinquenta mil reclamações e nenhuma resposta ao consumidor éum 
exemplo disso (Para conferir exemplos disso, clique 
http://www.reclameaqui.com.br/indices/780/correios-empresa-brasileira-de-
correios-e-telegrafos/. Um sistema bem fechado diria. 
A questão de controle e domínio de mercado é uma situação de ambientes 
controlados por grandes empresas. Embora possa parecer um problema 
exclusivamente do consumidor, é maior ainda do mercado. 
Não poder participar de um mercado porque uma grande empresa o domina e 
estabelece as regras é garantia única e exclusiva de fechar um sistema. 
Monopólios são assim. 
 
 
Um caso muito conhecido de empresas que se fecharam ao mundo e 
passaram a controlar não só a demanda, mas também o futuro, foram as 
empresas produtoras de combustíveis. 
Por mais de sessenta anos a indústria do petróleo, em nome do seu próprio 
progresso, emitiu gases poluentes e danosos à saúde. Não que não o faça 
hoje, mas na época a emissão de chumbo no meio ambiente era absurdamente 
problemática. Pior, trinta desses sessenta anos se passaram, na tentativa de 
convencer essas empresas do problema, o que não adiantou. 
Somente pressionando a sociedade e as autoridades é que foi possível 
conscientizar. 
As consequências são extremas até hoje, mas não cabe mostrar aqui o que 
pode se esperar quanto à contaminação de chumbo no organismo. 
Ainda bem que não chegamos aos 100 anos de chumbo, e pode-se imaginar 
se haveriam tantos consumidores para usufruir de coisas mais interessantes, 
criadas por empresas nos últimos 30 anos, porque o mundo ainda é um bom 
lugar para se viver e fazer negócios. 
 
Conheça um pouco desse caso assistindo aos vídeos a seguir: 
 
Tetraetilchumbo – Parte 1 
https://youtu.be/CZZFpUO
bK14 
 
 
 
Tetraetilchumbo – Parte 
https://youtu.be/fWjjusv
mIeU 
 
Tetraetilchumbo – Parte 
3 
https://youtu.be/31DuxrG
0ArU 
 
Conheça ainda a história do homem que lutou quase que sua vida toda para 
conscientizar o mundo do perigo do tetraetilchumbo, o cientista Clair Cameron 
Paterson! 
Clique aqui para ler: 
https://alemdolaboratorio.wordpress.com/2015/03/02/cientwistas-clair-paterson/ 
E agora? Se você acha que não há alternativas de parar de poluir o meio 
ambiente com gases provenientes de combustíveis como gasolina, óleo diesel 
e até mesmo os gases oriundos da queima do gás natural e do álcool etílico 
(para quem pensa que o fato de não ter cor e nem cheiro não polui ou intoxica), 
clique no link e leia o artigo: 
http://172.16.0.8/dev/designer/rafael/ccdd_grad/administracao/sisteAmbientes/a
6/includes/imagens/carro.pdf 
Quando estamos chegando a limites da exploração de recursos e da nossa 
própria capacidade de raciocinar, ou melhor, de enxergar o mundo como um 
lugar limpo para o futuro, passamos a agredi-lo, seja direta ou indiretamente. 
Não, não é uma discussão ambiental o fato de que a cada smartphone novo, 
um celular vai para o aterro mais próximo, poluindo o meio ambiente e criando 
um mundo pior no futuro. 
Isso nos faz pensar que, se o projeto Ara não tem futuro (criar smartphones a 
partir de partes dele, ou atualizá-lo com essas mesmas partes) porque 
fragmenta a competição do mercado, então o que terá futuro? Se um projeto 
como esse reduzir o consumo exacerbado em aparatos tecnológicos, pelo 
menos pela metade, já é um bom começo. 
A questão é justamente essa. O quanto as empresas estão preparadas 
estrategicamente para perceber o ambiente e incluir projetos sustentáveis 
àqueles originalmente engenhosos. 
A seguir, você vai conferir 5 projetos sustentáveis recomendados pela ONU. 
Clique e confira: http://www.archdaily.com.br/br/01-115948/cinco-projetos-
sustentaveis-recomendados-pela-onu 
A teoria econômica diz que quando os mercados funcionam livremente, sem 
qualquer intervenção, a sociedade atinge a maior eficiência produtiva possível. 
Ou seja, quanto mais competitivo é o mercado, maior é o bem-estar dos 
consumidores e mais baixo o custo da produção. 
Assim, as falhas de mercado são uma importante justificativa para que os 
governos, conscientes de um futuro sustentável, criem falhas de mercado, afim 
de evitar excessos de quem está totalmente livre. Como empresas que poluem, 
o governo cria multas para que esse mercado depredador falhe. Esses 
excessos que influenciam a sociedade (poluição, depredação) chamamos 
também de externalidades. Nesse exemplo depredador, externalidade 
negativa. 
Externalidades ocorrem quando alguma empresa pratica uma ação que 
influencia o bem-estar de outros, sem receber ou pagar alguma compensação 
por isso. 
Exemplo: Você vai à praia, come e bebe, e deixa seu lixo no local. As pessoas 
que não tiveram nada a ver com isso, não se beneficiaram da festa, passam 
um mal-estar pela sujeira vista. 
As externalidades podem ser negativas, mas também podem ser 
positivas, como uma empresa que dá prioridade na contratação de 
pessoas da comunidade em que esteja instalada. 
 
 
 
 
 Externalidades positivas: Apesar de se chamar positiva, essa 
externalidade nem sempre é tão boa quanto se imagina. O fato de 
os causadores da externalidade não conseguirem apropriar-se de 
seus benefícios é justamente o que diminui o incentivo para que 
essa externalidade seja gerada. Exemplo: Um vereador asfaltar a 
rua do bairro ao qual possui um terreno ou uma casa. 
 Externalidades negativas: ocorrem se alguém fizer qualquer ação 
que prejudique, indiretamente, outro indivíduo. 
 
No caso das externalidades negativas, por exemplo, em vários lugares há leis 
que proíbem o fumo em ambientes públicos. 
Essas leis têm como objetivo precisamente conter uma externalidade, ou seja, 
resolver uma situação que reduz o bem-estar dos indivíduos e não consegue 
ser resolvida pelos mecanismos de mercado. 
 
Dica 
Para você ler: 
Administração em um Contexto Globalizado, Dinâmico e Competitivo: 
Ambiente”. Páginas 102 a 112. Confira no material online! 
Lá, o professor Daniel também tem outros detalhes. 
 
 
 
 
 
Na Prática 
Estudo de Caso 
Para começar, clique no link e leia atentamente um texto sobre as 
Externalidades do Futuro! 
http://172.16.0.8/dev/designer/rafael/ccdd_grad/administracao/sisteAmbientes/a
6/includes/imagens/estudo.pdf 
Parece até piada de mau gosto uma história como essa, mas pode ser uma 
realidade tão extravagante quanto é. Talvez esse cenário negro e futurista 
possa conscientizar muitas empresas no mundo a evitar o excesso de 
poluentes no ar e nas águas. 
Mas isso não acontece. Empresas não pensam em coletividade para o bem-
estar da sociedade, mas sim, em lucratividade. 
Resta então ao Estado esse papel de mediar empresas e sociedade e evitar 
que o mundo se acabe. 
A solução pode parecer simplesmente um investimento em educação, como 
pesquisa e desenvolvimento. Mas não é. Não é a capacidade técnica em criar 
meios alternativos que resolverão o problema da falta de água, aquecimento 
global, entre outros. 
O que resolve é o poder do Estado em evitar que pessoas e empresas 
promovam externalidades negativas. Mas também não pode incentivar um 
excesso de externalidades positivas. O Estado deve promover o equilíbrio, 
evitando ao máximo as externalidades negativas e promovendo as 
externalidades positivas cautelosamente. 
Talvez o mundo não fique tão trágico assim quanto demonstra o texto, uma vez 
que as empresas hoje em dia estejam de olhos abertos não apenas para os 
seus “sapatos”, mas também para o horizonte. 
 
Assim, avalie e exercite as seguintes questões: 
Pesquise uma empresa, de preferência tradicional, e que faz uso dos recursos 
naturais sem qualquer responsabilidadesocial. 
Descreva essa empresa como um sistema fechado, ao qual ela é, e como um 
sistema aberto, o quanto ela pensa que seja. 
Apresente as características dessa empresa enquanto mecanicista ou 
enquanto orgânica. 
 
Síntese 
Na aula de hoje o objetivo proposto foi de aprofundar o conhecimento acerca 
dos sistemas abertos, bem como suas perspectivas em relação aos ambientes, 
internos e externos. 
Nesse contexto, analisamos as principais diferenças práticas dos sistemas 
orgânicos e sistemas mecânicos, bem como o equilíbrio entre ambos. 
Em seguida analisamos a dinâmica geradas pelos ambientes externos, 
influenciando no presente e futuro não só das organizações, mas também da 
sociedade que as compõem. 
O professor Daniel encerra o nosso encontro. Vá até o material online e fique 
ligado! 
 
 
 
 
 
 
Referências 
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Processo. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 
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Paulo: Pearson, 2005. 
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