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Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. A C Ó R D Ã O (8ª Turma) GMMEA/lsl/afe I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. ACÓRDAO PUBLICADO SOB A ÉGIDE DA LEI N° 13.015/14 – INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO. Constatada a violação do art. 5°, X, da Constituição Federal, impõe-se o provimento do agravo de instrumento a fim de determinar o processamento do recurso de revista. II – RECURSO DE REVISTA - INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO. O uso indevido do nome do empregado após o término da relação empregatícia, sem a sua autorização, configura abuso do poder diretivo do empregador, a justificar sua condenação ao pagamento de indenização por danos morais. Recurso de revista conhecido e provido. Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso de Revista n° TST-RR-673-04.2014.5.20.0007, em que é Recorrente PLÁCITO COSTA SANTOS e Recorrido IDEAL CURSOS E COLÉGIO LTDA. O reclamante interpõe agravo de instrumento (fls. 169/173) contra o despacho de fls. 164/166, do TRT da 20ª Região, por meio do qual foi denegado seguimento ao seu recurso de revista. Não houve apresentação de contraminuta, consoante certidão de fls. 177. Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público do Trabalho, nos termos do Regimento Interno do TST. É o relatório. V O T O E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.2 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 1 - CONHECIMENTO Conheço do agravo de instrumento porque atendidos os pressupostos legais de admissibilidade: tempestividade às fls. 174 e 169, e representação processual às fls. 13, sendo dispensado o preparo. 2 – MÉRITO INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO O Regional denegou seguimento ao recurso de revista com fulcro na Súmula 126 do TST e no artigo 896, § 9°, da CLT. O reclamante se insurge contra o indeferimento do pedido da indenização por danos morais, concernente aos seus direitos de personalidade, tendo em vista que, embora já extinto o contrato de trabalho, ainda constava seu nome como membro da equipe de professores. Aduz que é indubitável a má utilização do seu nome, principalmente pelo viés comercial da situação. Aponta violação dos artigos 5°, X, da Constituição Federal e 18 do Código Civil. Transcreve aresto para confronto de teses. Com razão. O Regional, em relação ao tema, consignou: “Trata-se de inconformismo diante da sentença que julgou improcedente o pedido de indenização por danos morais. Assim posicionou-se a Magistrada sentenciante ao analisar acerca da indenização por danos morais (Id 212a99c): Indenização por danos morais. Alega o reclamante que laborou para a reclamada na função de professor, durante o período de 01/02/2010 a 06/12/2012, entretanto, mesmo após a data do término do contrato de trabalho, a empresa indevidamente continuou a E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.3 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. utilizar o seu nome em seu site promocional, visando fins comerciais. Assim, requer a retirada de seu nome do sítio eletrônico da reclamada, e a condenação da mesma no pagamento de indenização, como forma de ressarcimento pelos danos morais ocasionados, pelo ato ilícito de indevida utilização da sua imagem. Por sua vez, a reclamada, em defesa, nega as alegações autorais, aduzindo ausência absoluta de provas, tendo em vista a imprestabilidade da prova apresentada, bem como de prejuízos morais à personalidade do empregado, visto que o fato, acaso acontecido, teria ocasionado apenas mero aborrecimento. Passa-se à análise do pedido. Primeiramente, cumpre ressaltar que no âmbito da Constituição Federal de 1988, o direito à imagem alça a condição de direito fundamental, assegurando ‘o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação’ (art. 5º, X, da CRFB/88), além da previsão referente a proteção contra reprodução da imagem e voz humana (art. 5°, XXVIII, da CRFB/88). Seguindo essa linha, o Código Civil de 2002 prevê no art. 20 que ‘Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. ’ Portanto, tendo em vista a norma acima exposta, caso a imagem de uma pessoa seja utilizada para fins comerciais, sem o devido consentimento, o juízo da causa, a requerimento da parte, poderá proibir esta prática e fixar indenização cabível, sendo desnecessária a demonstração do prejuízo, bastando a presença dos elementos do dolo ou culpa e do nexo de causalidade para a sua configuração. Entretanto, da prova carreada aos autos, extrai-se que no site da reclamada apenas constava o nome do autor, inexistindo fotografia do profissional de ensino, não havendo, portanto, violação ao direito de imagem do empregado. Restando claro que o citado artigo da Lei civilista não se aplica às situações de indevida utilização do nome da pessoa, mas sim da imagem, conclui-se que a manutenção do nome do reclamante no sítio eletrônico da instituição de ensino após o rompimento do vínculo empregatício, não caracteriza, por si só, prejuízos morais, mesmo diante da falta de autorização do interessado. E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.4 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001,que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. Nesse sentido é a jurisprudência do TRT da 1ª Região: ‘Quanto ao mais, é de se ver que o artigo 20 do Código Civil não cuida da utilização indevida do nome, mas da imagem, o que, de toda sorte, não se afigura no caso, tendo em vista que, como acentuado na r. sentença recorrida, não é possível se afirmar que qualquer pessoa que tivesse acesso ao sítio eletrônico da ré fizesse a identificação do reclamante, até porque não existe ali qualquer fotografia sua.’ (TRT 1ª Região, Proc. Nº 0000365-35.2010.5.01.0007, 1ª Turma, DOE RJ 14-03-2011, Rel. Desembargadora ELMA PEREIRA DE MELO CARVALHO). Todavia, isto não implica dizer que a conduta por parte da reclamada, em utilizar o nome do autor sem autorização, não venha a ser objeto de reparação, mas frisa-se que neste caso o reclamante deve demonstrar que a ocorrência do ato ofensivo foi capaz de atingir sua integridade moral. Porém, deste ônus não se desincumbiu o empregado, pois não há nos autos comprovação da ocorrência de dano capaz de violar efetivamente a um direito da personalidade do reclamante, ou seja, que tenha atingido seu aspecto interior (honra, intimidade, privacidade), bem como o aspecto exterior (imagem, boa fama e estética) e que tenha abalado sua dignidade como pessoa humana. Logo, indefere-se o pedido de indenização por danos morais. Quanto ao pleito de retirada do nome do reclamante do site da reclamada, indefere-se, tendo em vista que as provas carreadas aos autos demonstram que tal providência já foi tomada pela reclamada. Sentença que se mantém, no particular, pelos próprios fundamentos, com arrimo no artigo 895, § 1º, inciso IV, da CLT.” (fls. 148/150 – g.n.) Inicialmente, revela-se impertinente a denúncia de divergência jurisprudencial e de afronta a dispositivo legal, pois, nos termos do art. 896, § 9º, da CLT, tratando-se de causa sujeita ao procedimento sumaríssimo o cabimento do recurso de revista somente será admitido por contrariedade a Súmula de jurisprudência do TST ou afronta direta à Constituição Federal. Em prosseguimento, verifica-se que a decisão regional consignou que, no site da reclamada, constava apenas o nome do reclamante, inexistindo fotografia do profissional de ensino, não havendo violação E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.5 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. ao direito de imagem do empregado, sendo indevida, portanto, a indenização por danos morais. Importa esclarecer que o direito personalíssimo à imagem está tutelado pela Constituição Federal em seu art. 5º, X, que assim dispõe: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Também o Código Civil de 2002 prevê indenização pelo uso não autorizado da imagem das pessoas, ainda que não lhe atinja a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, caso se destine a fim comercial, como no caso dos autos. Confira-se: Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais (destaquei). Assim, ainda que não tenha sido provado qualquer constrangimento com o uso do nome do ex-empregado no "site" da instituição de ensino, não pode deixar de ser reconhecido o ato ilícito, em razão da ausência de autorização expressa para a sua veiculação. Dessa forma, uma vez demonstrado o ato ilícito praticado pela reclamada, a ofensa à imagem e à intimidade da autora, além do nexo causal, impõe-se a condenação da empresa ao pagamento da indenização por dano moral. Acrescento, por oportuno, jurisprudência desta Corte no mesmo sentido: “AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. USO INDEVIDO DO NOME E DA IMAGEM DO EMPREGADO. INDENIZAÇÃO. CCB, ARTIGO 20. A jurisprudência predominante nesta Corte consolidou-se no sentido de que o uso da imagem E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.6 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. e do nome do empregado, sem o devido consentimento deste, gera o direito à indenização. Vislumbrada aparente afronta ao artigo 20 do Código Civil, o Agravo de Instrumento merece provimento. Agravo de Instrumento do reclamante conhecido e provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. MULTA DO ARTIGO 477, §8º, DA CLT. VÍNCULO DE EMPREGO. RECONHECIMENTO EM JUÍZO. O Acórdão recorrido, ao apreciar a matéria pertinente à multa do artigo 477, §8º, da CLT, deferindo o seu pagamento, adotou entendimento consonante com a iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte. A negativa de seguimento ao Recurso de Revista, portanto, encontra apoio nas regras do artigo 896, §7º, da CLT e Súmula nº 333 do TST. Agravo de Instrumento conhecido e desprovido. RECURSO DE REVISTA (RECLAMANTE). USO INDEVIDO DO NOME E DA IMAGEM DO EMPREGADO. INDENIZAÇÃO. CCB, ARTIGO 20. Tem o empregado direito ao recebimento de indenização por danos morais, quando houver a indevida utilização de seu nome e imagem. Recurso de Revista conhecido e provido.” (ARR-1206-78.2012.5.02.0024, Relator Desembargador Convocado: José Ribamar Oliveira Lima Júnior, Data de Julgamento: 16/12/2015, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/12/2015) - (grifei) “RECURSO DE REVISTA 1 - PRESCRIÇÃO. O art. 7.º, XXIV, da Constituição Federal não trata de prescrição, mas, sim, de aposentadoria. Logo, impertinente a indicação do referido dispositivo constitucional. Recurso de revista não conhecido. 2 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O entendimento desta relatora é no sentido de que os honorários advocatícios, na Justiça do Trabalho, devem ser deferidos tanto pela mera sucumbência quanto a título de perdas e danos, seja na relação de emprego, amparada pela CLT, seja na relação de trabalho, protegida pela legislação ordinária, posição que melhor se coaduna com o princípio constitucional da igualdade, regendo uniformemente o assunto para todos os jurisdicionados da seara laboral. Entretanto, a Súmula 219 desta Corte, à qual me curvo em nome da uniformização da jurisprudência, exige a observância dos requisitos previstos na Lei 5.584/70. No caso dos autos, está ausente um dos requisitos previstosna Lei 5.584/70, consistente na assistência sindical, não sendo possível, pois, nos termos do entendimento sumulado, a condenação da E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.7 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios. Recurso de revista conhecido e provido. 3 - INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO. Configura dano moral o uso indevido do nome do reclamante pela reclamada, como responsável técnico pela área química da empresa, para fins comerciais, após o termino da relação de emprego. Recurso de revista não conhecido. 4 - VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. No caso concreto, o valor fixado a título de indenização por danos morais (R$ 16.600,00) pautou-se pelos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, levou em conta a ofensa e o prejuízo a que submetido o reclamante, mas também o caráter punitivo e pedagógico a que deve ser submetido o ofensor, em virtude da gravidade do dano e do seu patrimônio financeiro. Assim, incólume o artigo 5.º, X, da Constituição Federal. Recurso de revista não conhecido.” (RR-149500-42.2009.5.15.0145 , Relatora Ministra: Delaíde Miranda Arantes, Data de Julgamento: 09/09/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/09/2015) – (grifei) “RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI N° 13.015/2014 - DANO MORAL - USO INDEVIDO DO NOME/IMAGEM DO TRABALHADOR - CONFIGURAÇÃO - QUANTUM INDENIZATÓRIO 1. O uso indevido do nome/imagem do trabalhador, sem a concordância expressa deste, configura manifesto abuso do poder diretivo do empregador, a justificar sua condenação em indenização por dano moral. Precedentes. 2. O Eg. TRT, ao fixar o quantum indenizatório a título de dano moral, pautou-se pelo princípio da razoabilidade, em observância aos critérios de justiça e equidade, não se justificando a excepcional intervenção desta Corte Superior. Recurso de Revista não conhecido.” (RR - 1382-42.2013.5.09.0084 , Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento: 25/11/2015, 8ª Turma, Data de Publicação: DEJT 27/11/2015) - (grifei) “AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. O exame E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.8 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. dos autos revela que a Corte Regional proferiu decisão completa, válida e devidamente fundamentada, razão pela qual não prospera a alegada negativa de prestação jurisdicional. Agravo de instrumento a que se nega provimento. DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DA AUTORA NO "SITE" DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. DIREITO DE IMAGEM. O uso não autorizado da imagem das pessoas, ainda que não lhe atinja a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, impõe indenização por danos, nos termos do artigo 5º, X, da Constituição Federal e artigo 20 do Código Civil de 2002, caso se destine a fim comercial, e independe de prova do prejuízo experimentado, de acordo com a Súmula nº 403 do STJ. Precedentes. Agravo de instrumento a que se nega provimento.” (AIRR-3377-08.2011.5.03.0091, Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 12/08/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/08/2015) - (grifei) Conclui-se, pois, que o Regional, ao adotar o entendimento de que o reclamante não faz jus ao pagamento de indenização por dano morais decorrente do uso indevido do seu nome em “site” da instituição de ensino sem a sua autorização, incorreu em violação do art. 5°, X, da Constituição Federal. Portanto, dou provimento ao agravo de instrumento para mandar processar o recurso de revista e determinar seja publicada certidão, para efeito de intimação das partes, dela constando que o julgamento da revista dar-se-á na primeira sessão ordinária subsequente à data da publicação, nos termos da Resolução Administrativa 928/2003 do TST. II - RECURSO DE REVISTA Conheço do recurso de revista porque atendidos os pressupostos legais de admissibilidade: tempestividade às fls. 163 e 157, e representação processual às fls. 13, sendo dispensado o preparo. a) Conhecimento E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.9 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO Conforme assentado no exame do agravo de instrumento, o reclamante logrou demonstrar que a decisão regional violou o art. 5°, X, da Constituição Federal, ensejando, assim, o conhecimento do recurso de revista. Dessa forma, conheço do recurso de revista, com fulcro no art. 896, “c”, da CLT. b) Mérito INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO Conhecido o recurso de revista por violação do art. 5°, X, da Constituição Federal, a consequência lógica é o seu provimento para, considerando a intensidade do dano, a finalidade pedagógica que deve ter a indenização, bem como a condição econômica das partes, condenar a reclamada ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Inverte-se o ônus da sucumbência. Arbitra-se à condenação o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com custas no importe de R$ 200,00 (duzentos reais). ISTO POSTO ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por unanimidade: I – dar provimento ao agravo de instrumento para mandar processar o recurso de revista e determinar seja publicada certidão, para efeito de intimação das partes, dela constando que o julgamento do recurso dar-se-á na primeira sessão ordinária subsequente à data da publicação, nos termos do RITST; II - conhecer do recurso de revista, por violação do art. 5°, X, da Constituição Federal, e, no mérito, dar-lhe provimento para, considerando a intensidade do E s t e do cu me nt o po de s er a ce ssad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C . Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho fls.10 PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. dano, a finalidade pedagógica que deve ter a indenização, bem como a condição econômica das partes, condenar a reclamada ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Inverte-se o ônus da sucumbência. Arbitra-se à condenação o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com custas no importe de R$ 200,00 (duzentos reais). Brasília, 25 de maio de 2016. Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) MÁRCIO EURICO VITRAL AMARO Ministro Relator E s t e do cu me nt o po de s er a ce ss ad o no e nd er eç o el et rô ni co h tt p: // ww w. ts t. ju s. br /v al id ad or s ob c ód ig o 10 01 2D 17 73 C8 5C 39 2C .
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