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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
 
 
 
 
 
 
PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 
 
Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
A C Ó R D Ã O 
(8ª Turma) 
GMMEA/lsl/afe 
 
I - AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE 
REVISTA. PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. 
ACÓRDAO PUBLICADO SOB A ÉGIDE DA LEI N° 
13.015/14 – INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. 
USO INDEVIDO DO NOME DO RECLAMANTE APÓS 
O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO. 
Constatada a violação do art. 5°, X, da 
Constituição Federal, impõe-se o 
provimento do agravo de instrumento a 
fim de determinar o processamento do 
recurso de revista. 
II – RECURSO DE REVISTA - INDENIZAÇÃO 
POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO 
RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE 
EMPREGO. O uso indevido do nome do 
empregado após o término da relação 
empregatícia, sem a sua autorização, 
configura abuso do poder diretivo do 
empregador, a justificar sua condenação 
ao pagamento de indenização por danos 
morais. Recurso de revista conhecido e 
provido. 
 
 
Vistos, relatados e discutidos estes autos de Recurso 
de Revista n° TST-RR-673-04.2014.5.20.0007, em que é Recorrente PLÁCITO 
COSTA SANTOS e Recorrido IDEAL CURSOS E COLÉGIO LTDA. 
 
O reclamante interpõe agravo de instrumento (fls. 
169/173) contra o despacho de fls. 164/166, do TRT da 20ª Região, por 
meio do qual foi denegado seguimento ao seu recurso de revista. 
Não houve apresentação de contraminuta, consoante 
certidão de fls. 177. 
Dispensada a remessa dos autos ao Ministério Público 
do Trabalho, nos termos do Regimento Interno do TST. 
É o relatório. 
 
V O T O 
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Poder Judiciário
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PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 
 
Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
 
1 - CONHECIMENTO 
 
Conheço do agravo de instrumento porque atendidos os 
pressupostos legais de admissibilidade: tempestividade às fls. 174 e 169, 
e representação processual às fls. 13, sendo dispensado o preparo. 
 
2 – MÉRITO 
 
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO 
RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
O Regional denegou seguimento ao recurso de revista 
com fulcro na Súmula 126 do TST e no artigo 896, § 9°, da CLT. 
O reclamante se insurge contra o indeferimento do 
pedido da indenização por danos morais, concernente aos seus direitos 
de personalidade, tendo em vista que, embora já extinto o contrato de 
trabalho, ainda constava seu nome como membro da equipe de professores. 
Aduz que é indubitável a má utilização do seu nome, principalmente pelo 
viés comercial da situação. Aponta violação dos artigos 5°, X, da 
Constituição Federal e 18 do Código Civil. Transcreve aresto para 
confronto de teses. 
Com razão. 
O Regional, em relação ao tema, consignou: 
 
“Trata-se de inconformismo diante da sentença que julgou 
improcedente o pedido de indenização por danos morais. 
Assim posicionou-se a Magistrada sentenciante ao analisar acerca da 
indenização por danos morais (Id 212a99c): 
 
Indenização por danos morais. 
Alega o reclamante que laborou para a reclamada na 
função de professor, durante o período de 01/02/2010 a 
06/12/2012, entretanto, mesmo após a data do término do 
contrato de trabalho, a empresa indevidamente continuou a 
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Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
utilizar o seu nome em seu site promocional, visando fins 
comerciais. 
Assim, requer a retirada de seu nome do sítio eletrônico da 
reclamada, e a condenação da mesma no pagamento de 
indenização, como forma de ressarcimento pelos danos morais 
ocasionados, pelo ato ilícito de indevida utilização da sua 
imagem. 
Por sua vez, a reclamada, em defesa, nega as alegações 
autorais, aduzindo ausência absoluta de provas, tendo em vista a 
imprestabilidade da prova apresentada, bem como de prejuízos 
morais à personalidade do empregado, visto que o fato, acaso 
acontecido, teria ocasionado apenas mero aborrecimento. 
Passa-se à análise do pedido. 
Primeiramente, cumpre ressaltar que no âmbito da 
Constituição Federal de 1988, o direito à imagem alça a condição 
de direito fundamental, assegurando ‘o direito à indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação’ (art. 5º, X, da 
CRFB/88), além da previsão referente a proteção contra 
reprodução da imagem e voz humana (art. 5°, XXVIII, da 
CRFB/88). 
Seguindo essa linha, o Código Civil de 2002 prevê no art. 
20 que ‘Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração 
da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de 
escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição 
ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, 
a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se 
lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. ’ 
Portanto, tendo em vista a norma acima exposta, caso a 
imagem de uma pessoa seja utilizada para fins comerciais, sem o 
devido consentimento, o juízo da causa, a requerimento da parte, 
poderá proibir esta prática e fixar indenização cabível, sendo 
desnecessária a demonstração do prejuízo, bastando a presença 
dos elementos do dolo ou culpa e do nexo de causalidade para a 
sua configuração. 
Entretanto, da prova carreada aos autos, extrai-se que no 
site da reclamada apenas constava o nome do autor, inexistindo 
fotografia do profissional de ensino, não havendo, portanto, 
violação ao direito de imagem do empregado. 
Restando claro que o citado artigo da Lei civilista não se 
aplica às situações de indevida utilização do nome da pessoa, 
mas sim da imagem, conclui-se que a manutenção do nome do 
reclamante no sítio eletrônico da instituição de ensino após o 
rompimento do vínculo empregatício, não caracteriza, por si só, 
prejuízos morais, mesmo diante da falta de autorização do 
interessado. 
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Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001,que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
Nesse sentido é a jurisprudência do TRT da 1ª Região: 
‘Quanto ao mais, é de se ver que o artigo 20 do Código Civil não 
cuida da utilização indevida do nome, mas da imagem, o que, de 
toda sorte, não se afigura no caso, tendo em vista que, como 
acentuado na r. sentença recorrida, não é possível se afirmar que 
qualquer pessoa que tivesse acesso ao sítio eletrônico da ré 
fizesse a identificação do reclamante, até porque não existe ali 
qualquer fotografia sua.’ (TRT 1ª Região, Proc. Nº 
0000365-35.2010.5.01.0007, 1ª Turma, DOE RJ 14-03-2011, 
Rel. Desembargadora ELMA PEREIRA DE MELO 
CARVALHO). 
Todavia, isto não implica dizer que a conduta por parte da 
reclamada, em utilizar o nome do autor sem autorização, não 
venha a ser objeto de reparação, mas frisa-se que neste caso o 
reclamante deve demonstrar que a ocorrência do ato ofensivo foi 
capaz de atingir sua integridade moral. 
Porém, deste ônus não se desincumbiu o empregado, pois 
não há nos autos comprovação da ocorrência de dano capaz de 
violar efetivamente a um direito da personalidade do reclamante, 
ou seja, que tenha atingido seu aspecto interior (honra, 
intimidade, privacidade), bem como o aspecto exterior (imagem, 
boa fama e estética) e que tenha abalado sua dignidade como 
pessoa humana. 
Logo, indefere-se o pedido de indenização por danos 
morais. 
Quanto ao pleito de retirada do nome do reclamante do site 
da reclamada, indefere-se, tendo em vista que as provas 
carreadas aos autos demonstram que tal providência já foi 
tomada pela reclamada. 
 
Sentença que se mantém, no particular, pelos próprios fundamentos, 
com arrimo no artigo 895, § 1º, inciso IV, da CLT.” (fls. 148/150 – g.n.) 
 
Inicialmente, revela-se impertinente a denúncia de 
divergência jurisprudencial e de afronta a dispositivo legal, pois, nos 
termos do art. 896, § 9º, da CLT, tratando-se de causa sujeita ao 
procedimento sumaríssimo o cabimento do recurso de revista somente será 
admitido por contrariedade a Súmula de jurisprudência do TST ou afronta 
direta à Constituição Federal. 
Em prosseguimento, verifica-se que a decisão regional 
consignou que, no site da reclamada, constava apenas o nome do reclamante, 
inexistindo fotografia do profissional de ensino, não havendo violação 
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ao direito de imagem do empregado, sendo indevida, portanto, a 
indenização por danos morais. 
Importa esclarecer que o direito personalíssimo à 
imagem está tutelado pela Constituição Federal em seu art. 5º, X, que 
assim dispõe: 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem 
das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
 
Também o Código Civil de 2002 prevê indenização pelo 
uso não autorizado da imagem das pessoas, ainda que não lhe atinja a honra, 
a boa fama ou a respeitabilidade, caso se destine a fim comercial, como 
no caso dos autos. Confira-se: 
 
Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da 
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da 
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem 
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais (destaquei). 
 
Assim, ainda que não tenha sido provado qualquer 
constrangimento com o uso do nome do ex-empregado no "site" da instituição 
de ensino, não pode deixar de ser reconhecido o ato ilícito, em razão 
da ausência de autorização expressa para a sua veiculação. 
Dessa forma, uma vez demonstrado o ato ilícito 
praticado pela reclamada, a ofensa à imagem e à intimidade da autora, 
além do nexo causal, impõe-se a condenação da empresa ao pagamento da 
indenização por dano moral. 
Acrescento, por oportuno, jurisprudência desta Corte 
no mesmo sentido: 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA DO 
RECLAMANTE. USO INDEVIDO DO NOME E DA IMAGEM DO 
EMPREGADO. INDENIZAÇÃO. CCB, ARTIGO 20. A jurisprudência 
predominante nesta Corte consolidou-se no sentido de que o uso da imagem 
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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
e do nome do empregado, sem o devido consentimento deste, gera o direito à 
indenização. Vislumbrada aparente afronta ao artigo 20 do Código Civil, o 
Agravo de Instrumento merece provimento. Agravo de Instrumento do 
reclamante conhecido e provido. AGRAVO DE INSTRUMENTO EM 
RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. MULTA DO ARTIGO 477, 
§8º, DA CLT. VÍNCULO DE EMPREGO. RECONHECIMENTO EM 
JUÍZO. O Acórdão recorrido, ao apreciar a matéria pertinente à multa do 
artigo 477, §8º, da CLT, deferindo o seu pagamento, adotou entendimento 
consonante com a iterativa, notória e atual jurisprudência desta Corte. A 
negativa de seguimento ao Recurso de Revista, portanto, encontra apoio nas 
regras do artigo 896, §7º, da CLT e Súmula nº 333 do TST. Agravo de 
Instrumento conhecido e desprovido. RECURSO DE REVISTA 
(RECLAMANTE). USO INDEVIDO DO NOME E DA IMAGEM DO 
EMPREGADO. INDENIZAÇÃO. CCB, ARTIGO 20. Tem o empregado 
direito ao recebimento de indenização por danos morais, quando houver a 
indevida utilização de seu nome e imagem. Recurso de Revista conhecido e 
provido.” (ARR-1206-78.2012.5.02.0024, Relator Desembargador 
Convocado: José Ribamar Oliveira Lima Júnior, Data de Julgamento: 
16/12/2015, 4ª Turma, Data de Publicação: DEJT 18/12/2015) - (grifei) 
 
“RECURSO DE REVISTA 1 - PRESCRIÇÃO. O art. 7.º, XXIV, da 
Constituição Federal não trata de prescrição, mas, sim, de aposentadoria. 
Logo, impertinente a indicação do referido dispositivo constitucional. 
Recurso de revista não conhecido. 2 - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. O 
entendimento desta relatora é no sentido de que os honorários advocatícios, 
na Justiça do Trabalho, devem ser deferidos tanto pela mera sucumbência 
quanto a título de perdas e danos, seja na relação de emprego, amparada pela 
CLT, seja na relação de trabalho, protegida pela legislação ordinária, posição 
que melhor se coaduna com o princípio constitucional da igualdade, regendo 
uniformemente o assunto para todos os jurisdicionados da seara laboral. 
Entretanto, a Súmula 219 desta Corte, à qual me curvo em nome da 
uniformização da jurisprudência, exige a observância dos requisitos 
previstos na Lei 5.584/70. No caso dos autos, está ausente um dos requisitos 
previstosna Lei 5.584/70, consistente na assistência sindical, não sendo 
possível, pois, nos termos do entendimento sumulado, a condenação da 
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Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
reclamada ao pagamento dos honorários advocatícios. Recurso de revista 
conhecido e provido. 3 - INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO DO 
NOME DO RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE 
EMPREGO. AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO. Configura dano moral o 
uso indevido do nome do reclamante pela reclamada, como responsável 
técnico pela área química da empresa, para fins comerciais, após o termino 
da relação de emprego. Recurso de revista não conhecido. 4 - VALOR DA 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. No caso concreto, o valor fixado 
a título de indenização por danos morais (R$ 16.600,00) pautou-se pelos 
princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, levou em conta a ofensa 
e o prejuízo a que submetido o reclamante, mas também o caráter punitivo e 
pedagógico a que deve ser submetido o ofensor, em virtude da gravidade do 
dano e do seu patrimônio financeiro. Assim, incólume o artigo 5.º, X, da 
Constituição Federal. Recurso de revista não conhecido.” 
(RR-149500-42.2009.5.15.0145 , Relatora Ministra: Delaíde Miranda 
Arantes, Data de Julgamento: 09/09/2015, 2ª Turma, Data de Publicação: 
DEJT 18/09/2015) – (grifei) 
 
“RECURSO DE REVISTA INTERPOSTO SOB A ÉGIDE DA LEI 
N° 13.015/2014 - DANO MORAL - USO INDEVIDO DO 
NOME/IMAGEM DO TRABALHADOR - CONFIGURAÇÃO - 
QUANTUM INDENIZATÓRIO 1. O uso indevido do nome/imagem do 
trabalhador, sem a concordância expressa deste, configura manifesto abuso 
do poder diretivo do empregador, a justificar sua condenação em indenização 
por dano moral. Precedentes. 2. O Eg. TRT, ao fixar o quantum indenizatório 
a título de dano moral, pautou-se pelo princípio da razoabilidade, em 
observância aos critérios de justiça e equidade, não se justificando a 
excepcional intervenção desta Corte Superior. Recurso de Revista não 
conhecido.” (RR - 1382-42.2013.5.09.0084 , Relatora Ministra: Maria 
Cristina Irigoyen Peduzzi, Data de Julgamento: 25/11/2015, 8ª Turma, Data 
de Publicação: DEJT 27/11/2015) - (grifei) 
 
“AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE REVISTA EM 
FACE DE DECISÃO PUBLICADA ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI Nº 
13.015/2014. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. O exame 
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2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
dos autos revela que a Corte Regional proferiu decisão completa, válida e 
devidamente fundamentada, razão pela qual não prospera a alegada negativa 
de prestação jurisdicional. Agravo de instrumento a que se nega provimento. 
DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DA AUTORA NO "SITE" 
DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO. DIREITO DE IMAGEM. O uso não 
autorizado da imagem das pessoas, ainda que não lhe atinja a honra, a boa 
fama ou a respeitabilidade, impõe indenização por danos, nos termos do 
artigo 5º, X, da Constituição Federal e artigo 20 do Código Civil de 2002, 
caso se destine a fim comercial, e independe de prova do prejuízo 
experimentado, de acordo com a Súmula nº 403 do STJ. Precedentes. Agravo 
de instrumento a que se nega provimento.” (AIRR-3377-08.2011.5.03.0091, 
Relator Ministro: Cláudio Mascarenhas Brandão, Data de Julgamento: 
12/08/2015, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 14/08/2015) - (grifei) 
 
Conclui-se, pois, que o Regional, ao adotar o 
entendimento de que o reclamante não faz jus ao pagamento de indenização 
por dano morais decorrente do uso indevido do seu nome em 
“site” da instituição de ensino sem a sua autorização, incorreu em 
violação do art. 5°, X, da Constituição Federal. 
Portanto, dou provimento ao agravo de instrumento para 
mandar processar o recurso de revista e determinar seja publicada 
certidão, para efeito de intimação das partes, dela constando que o 
julgamento da revista dar-se-á na primeira sessão ordinária subsequente 
à data da publicação, nos termos da Resolução Administrativa 928/2003 
do TST. 
 
II - RECURSO DE REVISTA 
 
Conheço do recurso de revista porque atendidos os 
pressupostos legais de admissibilidade: tempestividade às fls. 163 e 157, 
e representação processual às fls. 13, sendo dispensado o preparo. 
 
a) Conhecimento 
 
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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
 
fls.9 
 
 
 
 
PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 
 
Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO 
RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
Conforme assentado no exame do agravo de instrumento, 
o reclamante logrou demonstrar que a decisão regional violou o art. 5°, 
X, da Constituição Federal, ensejando, assim, o conhecimento do recurso 
de revista. 
Dessa forma, conheço do recurso de revista, com fulcro 
no art. 896, “c”, da CLT. 
 
b) Mérito 
 
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. USO INDEVIDO DO NOME DO 
RECLAMANTE APÓS O TÉRMINO DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
Conhecido o recurso de revista por violação do art. 
5°, X, da Constituição Federal, a consequência lógica é o seu provimento 
para, considerando a intensidade do dano, a finalidade pedagógica que 
deve ter a indenização, bem como a condição econômica das partes, condenar 
a reclamada ao pagamento de indenização por dano moral, no valor de R$ 
10.000,00 (dez mil reais). 
Inverte-se o ônus da sucumbência. Arbitra-se à 
condenação o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com custas no importe 
de R$ 200,00 (duzentos reais). 
 
ISTO POSTO 
 
ACORDAM os Ministros da Oitava Turma do Tribunal 
Superior do Trabalho, por unanimidade: I – dar provimento ao agravo de 
instrumento para mandar processar o recurso de revista e determinar seja 
publicada certidão, para efeito de intimação das partes, dela constando 
que o julgamento do recurso dar-se-á na primeira sessão ordinária 
subsequente à data da publicação, nos termos do RITST; II - conhecer do 
recurso de revista, por violação do art. 5°, X, da Constituição Federal, 
e, no mérito, dar-lhe provimento para, considerando a intensidade do 
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Poder Judiciário
Justiça do Trabalho
Tribunal Superior do Trabalho
 
fls.10 
 
 
 
 
PROCESSO Nº TST-RR-673-04.2014.5.20.0007 
 
Firmado por assinatura digital em 27/05/2016 pelo sistema AssineJus da Justiça do Trabalho, conforme MP 
2.200-2/2001, que instituiu a Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileira. 
dano, a finalidade pedagógica que deve ter a indenização, bem como a 
condição econômica das partes, condenar a reclamada ao pagamento de 
indenização por dano moral, no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Inverte-se o ônus da sucumbência. Arbitra-se à condenação o valor de R$ 
10.000,00 (dez mil reais), com custas no importe de R$ 200,00 (duzentos 
reais). 
Brasília, 25 de maio de 2016. 
 
 
Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001) 
MÁRCIO EURICO VITRAL AMARO 
Ministro Relator 
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