Buscar

2.2 foucault

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

2.2 Foucault e as relações de poder, disciplina e panoptismo 
Unidade 2 
Indivíduo, Poder e Sociedade
Texto de referência:
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2009.
1
Foucault (1926 – 1984) foi um filósofo francês, eleito como um dos mais importantes pensadores do século XX. 
 Desenvolveu análises sobre a história da sexualidade, relações de poder, a ordem do discurso, instituições sociais (médicas, psiquiátricas, prisões). 
 Em Vigiar e Punir, nota-se a preocupação do autor com a dimensão do poder. 
 Foucault elabora uma “microfísica do poder”, destacando que o poder não está localizado em nenhum ponto específico da estrutura social. 
 O poder não apenas atua sobre os indivíduos, ao passo que eles também reagem ante o poder. 
 Os indivíduos são sujeitos e objeto do exercício do poder, simultaneamente. 
 O corpo como objeto e alvo do poder. 
 A preocupação com o controle social. 
 Em Vigiar e Punir, Foucault faz um resgate histórico da legislação penal. 
 Meios coercitivos e punitivos usados pelo poder público na repressão da delinquência. 
 Cada época histórica apresenta leis penais e sistemas punitivos específicos: da violência física (suplício do corpo como forma de salvação da alma) às instituições penitenciárias (senso mais humanizado, obedecendo aos princípios de respeito à pessoa).
 A construção de corpos dóceis: manipulação, modelação, treino e obediência = corpos disciplinados e submissos. 
 Limitações, proibições e obrigações. 
 Eficácia dos movimentos do corpo. 
 A disciplina como forma de dominação: maior obediência = maior utilidade. 
 Domínio em relação ao corpo do outro, para que ele faça o que se quer. 
 A disciplina aumenta as forças do corpo (em termos econômicos de utilidade) e diminui essas mesmas forças (em termos políticos de obediência).
 Utilidade econômica e obediência política. 
 Instituições disciplinares: colégios, hospitais, presídios, organizações militares, oficinas. 
 A eficácia da disciplina está relacionada à distribuição dos indivíduos no espaço:
Enclausuramento: colégios, quartéis, fábricas. 
Enquadramento: cada indivíduo em seu lugar e em cada lugar um indivíduo. 
Funcionalidade dos locais. 
Fila: cada um se define pelo lugar que ocupa na série e pela distância que o separa dos outros (Ex.: olhar classificador e controlador do professor na sala de aula). 
 O controle das atividades: pelo horário, que regulamenta os ciclos de repetição. 
 Divisão do tempo para ajustar o corpo a imperativos temporais.
 A utilização exaustiva do corpo no tempo, o princípio da não-ociosidade: desperdício de tempo é um erro moral e desonestidade econômica. 
 A necessidade da articulação entre o corpo e os objetos manipulados por ele. 
 Para Foucault, a disciplina imposta ao corpo dos indivíduos faz parte de um processo de transferência de conhecimento. 
 Disciplina como ensino-aprendizagem, como processo educacional: atividades, exercícios, provas para medir o grau de entendimento quanto ao controle. 
 Disciplinar os corpos para formar uma unidade: peças múltiplas que se deslocam em relação umas às outras. 
 Homem como peça de uma máquina. 
 Inserção do corpo em um conjunto com o qual se articula. 
 O panoptismo como poder disciplinar, gerando coerção e imposição. 
 Regulação do espaço. 
 Figura arquitetônica do dispositivo disciplinar (é visto, mas não vê; saiba que está sendo vigiado).
 A criação de uma “sociedade disciplinar”, a generalização do panoptismo. 
 O que generaliza o poder de punir não é a consciência universal da lei em cada indivíduo, mas a trama dos processos panópticos. 
 Disciplina, vigilância, controle, punição.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais