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claros os padrões de controle e de avaliação e deixa a equipe de trabalho mais motivada. Para ser bem-sucedida, a implantação da APO, como qualquer outra prática administrativa, exige apoio da alta administração; atenção no estabelecimento dos objetivos com definição participativa de metas alcançáveis e mensuráveis; e redução do excesso de burocracia. É preciso atentar para não incorrer em erros, como impor os objetivos, simplificar ao extremo todos os procedimentos, exigir a obtenção de resultados de maneira acelerada, não avaliar a prática implantada e ignorar metas pessoais dos gerentes, que devem ser acomodadas sem prejuízo dos objetivos organizacionais. Não é incomum que a prática da definição de objetivos e metas termine por focar resultados mais facilmente mensuráveis do que resultados mais importantes. Também não é infrequente continuar a perseguir objetivos que deixaram de fazer sentido, e constatar a aprovação de objetivos incompatíveis. Embora tenha surgido na década de 1950, a APO continua presente e sendo adotada nas mais diversas organizações, evidentemente, com a introdução de novas ferramentas auxiliares, como o Balanced Scorecard (BSC) que constitui um instrumento eficiente de avaliação do desempenho humano, remuneração flexível, concessão de bônus, entre outros. Mas com tudo isso, por que então a Abordagem Neoclássica não é tão marcante quanto as escolas vistas nas unidades anteriores? Porque ela não propõe uma mudança no pensamento corrente de uma época, mas sim o detalhamento da linha de pensamento da abordagem clássica da Administração. Contudo, é possível constatar que seu legado prático é significativo e amplamente utilizado na atualidade. Qualquer apresentação de reestruturação de empresa vai revelar, em algum slide de apresentação, o organograma que representará a organização e o modo como ela operará. Da mesma forma, a definição de objetivos e metas constitui a essência da prática executiva e funciona como pulso do desempenho e eficiência organizacional. Você sabe o que significa o símbolo do administrador? Ele inclui em sua forma as flechas laterais, que significam as metas, e as flechas centrais, que destacam os objetivos organizacionais. NÓS QUEREMOS SABER! Figura 8 - Símbolo do Administrador criado pelo Conselho Federal de Administração em 1979. Fonte: <http://www.cfa.org.br/administracao/sobre-a-profissao>. 29 A Escola de Relações Humanas apareceu a partir da necessidade de ajustar a tendência à desumanização do trabalho com a aplicação dos métodos e técnicas preconizadas pela Abordagem Clássica. Na Abordagem Clássica, a tecnologia e o método de trabalho eram as preocupações básicas do Administrador. As ideias da Escola de Relações Humanas desenvolveram-se a partir da análise dos resultados da “experiência de Hawthorne” (1927-1932), desenvolvida por Elton Mayo e colaboradores, e suas conclusões tornaram-se a base do pensamento administrativo desta abordagem. A partir dos resultados deste experimento, a ênfase nas tarefas e na estrutura concebida na abordagem clássica (homo economicus) foi substituída pela ênfase nas pessoas e na interação dos grupos sociais (homo social). A ênfase nos aspectos sociais e humanos da Escola de Relações Humanas permitiu o surgimento da Teoria Comportamentalista, cujo foco é na abordagem das ciências do comportamento (psicologia e sociologia), centrada nas pessoas, mas dentro de um contexto organizacional mais amplo. O foco do pensamento administrativo continua evoluindo, considerando as contribuições das abordagens anteriores, e assim surge a Escola Neoclássica, com ênfase na prática da ação administrativa, na necessidade de se organizar para alcançar resultados e na preocupação com centralização ou descentralização das decisões. A Administração por Objetivos (APO) disseminou a necessidade da fixação de objetivos, envolvendo superiores e subordinados, definindo que cada área da organização deveria ter objetivos específicos e que os objetivos das diversas áreas deveriam se interligar, mostrando a necessidade de mensuração e controle dos resultados, bem como da avaliação e revisão dos planos. Esta abordagem de APO contribuiu para o surgimento da administração estratégica e da ênfase em estratégias e táticas. SínteseSíntese 30 Laureate- International Universities BLAKE, Robert; MOUTON, Jane S. O Grid Gerencial. 3a. ed., São Paulo: Pioneira, 1978. CHIAVENATO, Idalberto. 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