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Economia e Saúde: Relações Fundamentais

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ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 
 Aula 01 Economia e saúde 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 1 
Índice 
 ............................................................................................................................................... 0 
Aula 1: Economia e saúde ..................................................................................................... 2 
Introdução .......................................................................................................................... 2 
Conteúdo ............................................................................................................................ 3 
O contexto: economia e saúde ....................................................................................... 3 
O contexto: economia e saúde ....................................................................................... 4 
Sociedade e Estado ........................................................................................................... 5 
Funções do Estado ............................................................................................................ 5 
Governo ............................................................................................................................... 6 
Políticas públicas ................................................................................................................ 7 
As ciências econômicas ................................................................................................... 8 
Elementos de um sistema econômico ........................................................................ 10 
A Economia aplicada ao setor da saúde ..................................................................... 12 
Custo de oportunidade ................................................................................................... 14 
A curva de possibilidades de produção ....................................................................... 15 
Crescimento econômico ............................................................................................... 17 
Como funciona a economia? ........................................................................................ 18 
Economias de mercado.................................................................................................. 19 
Economias centralmente planificadas......................................................................... 21 
Economia mista ............................................................................................................... 21 
Atividade proposta 01 ..................................................................................................... 22 
Atividade proposta 02 ..................................................................................................... 22 
Exercícios de fixação ..................................................................................................... 24 
Chaves de resposta .............................................................................................................. 29 
 
 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 2 
Economia e Finanças em Saúde 
 Apostila 
Aula 1: Economia e saúde 
Introdução 
 
Quando falamos de economia e finanças estamos falando de duas disciplinas 
estreitamente relacionadas, uma vez que a administração financeira se insere, 
tanto do ponto de vista conceitual quanto do ponto de vista da sua aplicação, 
no campo econômico, podendo ser vista como uma forma de Economia 
Aplicada. Mas não apenas isso, a administração financeira se utiliza dos dados 
fornecidos pela contabilidade empresarial, pois esta é responsável pelo 
sistemático registro e organização das informações financeiras das organizações 
na forma de orçamentos. A forte ligação entre essas três áreas de 
conhecimento justifica articulá-las em uma disciplina que visa instrumentalizar o 
profissional da saúde para o desempenho das funções de Administrador. 
O Profissional da Saúde, responsável pela promoção da saúde humana e pelo 
tratamento de doenças, através da aplicação dos princípios definidos pela 
ciência, deve buscar em outras áreas de conhecimento instrumentos que o 
auxiliem na compreensão global dos fenômenos que condicionam a vida 
saudável. Assim, a sociologia, a antropologia e a psicologia, por exemplo, 
fornecem um quadro conceitual que permite entender as forças que moldam os 
hábitos dos indivíduos e a própria sociedade. 
 
Objetivo: 
1. Contextualizar as relações entre a economia e o setor da saúde; 
2. Analisar as questões fundamentais da economia. 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 3 
Conteúdo 
O contexto: economia e saúde 
 
A produção e o acesso aos bens necessários à vida são aspectos importantes a 
serem compreendidos para dar efetividade às prescrições que permitem a cura 
e a manutenção de uma vida saudável, no contexto das organizações voltadas 
para a prática dos profissionais da saúde, sejam médicos, enfermeiros, 
auxiliares ou envolvidos com a administração das unidades de atendimento 
médico. 
 
Como resultado, a compreensão do funcionamento das unidades de 
atendimento ao indivíduo, sejam postos de atendimento, clínicas ou hospitais, e 
o que o condiciona do ponto de vista político, social e econômico é a função 
essencial do Administrador da Saúde. 
 
Para atingir os objetivos inerentes à sua função, o Administrador da Saúde deve 
dispor de um conjunto de conhecimentos que lhe permita articular as diversas 
dimensões que se conjugam em toda organização humana e, é claro, a 
organização voltada para o atendimento das necessidades da saúde humanas. 
 
Devemos compreender, então, as duas esferas da existência humana 
fundadoras do atendimento a essas necessidades: a Sociedade e o Estado na 
sua interação com a Economia. 
 
A Economia é a ciência social que trata exatamente da produção e da 
distribuição dos bens na Sociedade, podendo auxiliar o Profissional da Saúde a 
compreender os condicionantes das escolhas sociais e individuais e a natureza 
dos desequilíbrios na distribuição da renda e, por extensão, do acesso aos bens 
e serviços que atendem às suas necessidades de prevenção e tratamento de 
doenças. 
Examinemos, agora, o contexto das atividades econômicas, a partir de uma 
breve conceituação da Sociedade e do Estado. 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 4 
 
O contexto: economia e saúde 
 
A produção e o acesso aos bens necessários à vida são aspectos importantes a 
serem compreendidos para dar efetividade às prescrições que permitem a cura 
e a manutenção de uma vida saudável, no contexto das organizações voltadas 
para a prática dos profissionais da saúde, sejam médicos, enfermeiros, 
auxiliares ou envolvidos com a administração das unidades de atendimento 
médico. 
 
Como resultado, a compreensão do funcionamento das unidades de 
atendimento ao indivíduo, sejam postos de atendimento, clínicas ou hospitais, e 
o que o condiciona do ponto de vista político, social e econômico é a função 
essencial do Administrador da Saúde. 
 
Para atingir os objetivos inerentes à sua função, o Administrador da Saúde deve 
dispor de um conjunto de conhecimentos que lhe permita articular as diversas 
dimensões que se conjugam em toda organização humana e, é claro, a 
organização voltada para o atendimento das necessidades da saúde humanas. 
 
Devemos compreender, então, as duas esferas da existência humana 
fundadoras do atendimento a essas necessidades: a Sociedade e o Estado na 
sua interação com a Economia. 
 
A Economia é a ciência social que trata exatamente da produção e da 
distribuição dos bens na Sociedade, podendo auxiliaro Profissional da Saúde a 
compreender os condicionantes das escolhas sociais e individuais e a natureza 
dos desequilíbrios na distribuição da renda e, por extensão, do acesso aos bens 
e serviços que atendem às suas necessidades de prevenção e tratamento de 
doenças. 
Examinemos, agora, o contexto das atividades econômicas, a partir de uma 
breve conceituação da Sociedade e do Estado. 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 5 
 
Sociedade e Estado 
 
Podemos definir o Estado como a nação politicamente organizada, constituindo-
se em um organismo político-administrativo cuja existência se justifica a partir 
de três elementos essenciais: 
 Povo; 
 Território; 
 Poder político. 
 
Ao examinarmos as concepções podemos notar que a relação entre Estado e 
Sociedade consiste na questão central de uma discussão bastante atual: qual o 
papel e o grau de intervenção do Estado na sociedade civil? (LIMA, 
1937). 
 
Funções do Estado 
 
Essas funções incluem uma ampla gama de atividades e dizem respeito a 
diversos aspectos da proteção ao indivíduo e à sociedade, como, por exemplo, 
a segurança das fronteiras, os direitos do consumidor, o policiamento, entre 
outros. Para atingir os objetivos de desenvolvimento nacional, poderíamos 
acrescentar, de acordo com Stiglitz apud Matias-Pereira (2010): 
 
 Promover a educação; 
 Fomentar a tecnologia; 
 Oferecer suporte ao setor financeiro; 
 Investir em infraestrutura; 
 Promover a concorrência; 
 Promover o desenvolvimento sustentável; 
 Manter uma rede de seguridade social. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 6 
Manter uma rede de seguridade social é a função que interessa diretamente 
ao Profissional da Saúde, pois uma boa parte do atendimento à população é 
feito através de instituições públicas, conforme determina o Artigo 194 da 
Constituição do Brasil. Esse artigo define a seguridade social como: 
 
“Um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e 
à assistência social. Em especial, a saúde é segmento autônomo da Seguridade 
Social e se diz que ela tem a finalidade mais ampla de todos os ramos 
protetivos porque não possui restrição de beneficiários e o seu acesso também 
não exige contribuição dos beneficiários” (TORRES, 2012). 
 
Algumas dessas funções eventualmente são cumpridas por empresas privadas. 
Depende, na verdade, das características de cada país a distribuição das 
atividades entre os setores público e privado. 
 
Isso nos traz uma função de crescente importância para o Estado 
contemporâneo: a sua função reguladora, estabelecendo os parâmetros de 
atuação da iniciativa privada. 
 
Governo 
 
O exercício do poder ou da autoridade do Estado constitui-se o Governo. A 
distinção entre Políticas de Estado e Políticas de Governo é importante para 
entendermos o caráter das ações governamentais quanto à vontade do 
governante e sua obrigação como chefe de Estado. 
 
Políticas de Estado 
 
São aquelas definidas por leis que estabelecem premissas e objetivos do 
Estado, possuindo por isso um sentido de permanência e estabilidade resultante 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 7 
de um diálogo da sociedade através das instituições políticas nacionais, em 
dado momento histórico. Assim, por exemplo, a Constituição de 1988 
estabeleceu uma série de princípios de defesa do cidadão e da cidadania que se 
tornaram a própria doutrina do Estado brasileiro. 
 
Políticas de Governo 
 
Por seu turno, correspondem às orientações e ações concretas do governante 
no cumprimento do seu programa de governo, submetendo-se, naturalmente, 
às Políticas de Estado. 
 
 
Atenção 
 A Constituição Federal brasileira separa claramente as funções 
de Estado e as funções de governo, quando, por exemplo, 
estabelece como obrigação do Estado brasileiro a promoção da 
saúde e da educação, tornando mandatório aos Governos 
orientarem suas ações para o atendimento dessas áreas. 
 
Políticas públicas 
 
As políticas públicas correspondem àquelas ações “estabelecidas no espaço 
governamental, conjugando os objetivos e princípios das políticas de Estado 
(...) com as metas e orientações de políticas governamentais” (MATIAS-
PEREIRA, 2010, p. 89). Buscam estabelecer diretrizes, através de metas, 
programas, princípios e objetivos, estabelecidos politicamente, que orientem, 
articulem e coordenem a atuação dos agentes públicos e privados e a 
correspondente alocação dos recursos. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 8 
Essas considerações introdutórias abordam o contexto institucional em que se 
dará a atuação do Profissional de Saúde, a serem consideradas para a atuação 
do Administrador: 
 
 O conhecimento das políticas públicas que afetam diretamente o setor 
da saúde; 
 As condicionantes ao desempenho das unidades de atendimento ao 
público. 
 Ao longo desta apostila vamos entender como se estabelecem as 
relações entre esses dois campos de conhecimento – a Economia e a 
Administração da Saúde. 
 
As ciências econômicas 
 
Estudar a forma específica de organização da sociedade para a produção e para 
o atendimento de toda a gama de necessidades humanas, consubstanciada em 
um sistema que coordena as atividades produtivas, é o objeto central da 
Economia. Esse objeto se define no problema da escassez: 
 
Como atender às necessidades humanas ilimitadas com uma 
quantidade limitada de recursos? 
 
 
Atenção 
 Podemos definir a Economia como “uma ciência social que 
estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) 
empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e 
serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e 
grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades 
humanas da melhor maneira possível” (BRAGA; VASCONCELLOS, 
2011). 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 9 
 
Surgem daí as três questões econômicas fundamentais: o que e quanto 
produzir, como produzir e para quem produzir (BRAGA; VASCONCELLOS, 2011, 
p. 4-5). 
 
O que e quanto produzir? 
 
Referem-se às escolhas a serem feitas pela sociedade, considerando a escassez 
dos recursos de produção, sobre os bens e as quantidades a serem produzidos. 
A forma como essas escolhas são feitas dependem da organização do sistema 
econômico. 
 
Como produzir? 
 
Implica na definição de como os recursos de produção serão combinados para 
a produção do que se escolhe, de acordo com os tipos de tecnologias de 
produção disponíveis. 
 
Para quem produzir? 
 
Diz respeito à questão mais aparente da economia: de que forma se dará a 
distribuição do produto pelos membros da sociedade. Essa questão não se 
refere apenas aos níveis de salários, das rendas, dos juros e dos lucros, quer 
dizer, à distribuição da renda que permitiria o acesso aos bens e serviços 
oferecidos, mas diz respeito à própria repartição inicial da propriedade e de sua 
transmissão por herança. 
 
A produção econômica é o resultado da combinação de recursos naturais, 
equipamentos e trabalho humano que, por serem necessários à produção, 
recebem o nome de fatores de produção (SILVA; SINCLAYR, 2010). 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 10 
 Recursos naturais : Elementos da natureza usados na produção de 
bens - a terra, os minerais, os animais etc. 
 
 Trabalho: A atividade humana física ou mental dispendida na produção. 
 
 Capital: Equipamentos, máquinas e ferramentas que aumentam a 
eficiência do trabalho. 
 
 Bens : Correspondem ao resultado da produção que atende às 
necessidades humanas. Podemser materiais ou tangíveis (alimentos, 
vestimentas, transportes etc.) ou imateriais, nesse caso designados 
como serviços prestados (aula, hospedagem, consultas profissionais etc.) 
 
As decisões estudadas pela economia envolvem a alocação desses fatores e o 
seu uso pelos agentes econômicos, que são pessoas ou organizações que 
desempenham os diferentes papéis na economia. 
 
Por exemplo, os consumidores, que somos todos nós, tomam decisões sobre o 
que consumir e quanto. Ao mesmo tempo algumas dessas pessoas tomam 
decisões sobre a organização da produção, são os empresários, enquanto 
outras vendem sua força de trabalho, os trabalhadores. 
 
Elementos de um sistema econômico 
 
Seguem-se algumas definições visando sistematizar alguns conceitos 
importantes. 
 
Capital 
 
É definido como o conjunto de ativos, máquinas, equipamentos, instalações, 
instrumentos e estoques de insumos (KRUGMAN; WELLS; OLNEY, 2010, p. 
430), sendo entendido, nesse sentido, como um meio de produção. Os ativos 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 11 
financeiros, em um sentido mais amplo da definição, também são entendidos 
como capital. Na sua forma física é chamado de capital tangível, mas quando se 
apresenta como um título, um documento de propriedade, uma patente ou 
equivalente, é chamado de capital intangível (BOTTOMORE, 1993, p. 299). 
 
Propriedade privada 
 
O termo capitalismo define uma economia onde o capital é uma propriedade 
privada do capitalista e, através dessa propriedade, o capitalista se apropria de 
parte da renda gerada nas atividades econômicas. 
 
Divisão do trabalho 
 
Definida em duas esferas. 
A divisão social do trabalho constituindo-se no conjunto de atividades de 
uma sociedade onde parcelas da população dedicam-se a atividades 
específicas, como agricultura, artesanato, serviços e assim por diante. 
 
A divisão de trabalho na produção diz respeito à decomposição dos 
processos de produção em seus elementos constitutivos, buscando sua maior 
eficiência. 
 
Equilíbrio 
 
Os mercados tendem a estabilizar-se em situações de equilíbrio, isto é, em 
situações em que nenhum dos participantes melhoraria sua situação se fizesse 
algo diferente. A imagem que bem explica é a das filas em um supermercado: 
cada cliente que se aproxima do caixa escolhe a menor fila, de tal forma que 
teremos sempre filas mais ou menos iguais. A condição de equilíbrio se daria 
quando todas as filas tivessem o mesmo tamanho. Os mercados concorrenciais, 
como veremos, caminham nessa direção. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 12 
Eficiência 
 
Exatamente por caminharem em direção a situações de equilíbrio os mercados 
tendem a usar os recursos de forma mais eficiente, pois os recursos sempre 
serão empregados onde eles podem obter maiores retornos, como quando 
procuramos a fila menor (KRUGMAN; WELLS; OLNEY, 2010, p. 11-13). 
 
Eficiência, equidade e objetivos sociais 
 
Nem sempre, no entanto, os mercados por si alcançam a melhor distribuição do 
produto (ou da renda), nem os objetivos que a sociedade pretende alcançar. 
Continuando com a imagem das filas no supermercado, teríamos situações em 
que pessoas com um ou dois itens estariam na mesma fila que pessoas com 
seus carrinhos cheios. Nesse caso uma medida não econômica seria necessária 
para manter uma equidade, no caso o tempo de espera na fila, entre os 
clientes, que poderia ser a criação de um caixa para clientes com poucos itens 
(como é na prática). Nas economias nacionais é o Estado que desempenha esse 
papel, corrigindo distorções ou dirigindo a economia na direção pretendida pela 
sociedade. 
A Economia aplicada ao setor da saúde 
 
No contexto da organização social para a produção de bens e das escolhas do 
consumidor, cabe discutirmos o papel desempenhado por este campo de 
conhecimento, pois nos interessa aqui entender as inter-relações entre as 
necessidades de saúde humanas, conforme definidas pela disciplina, e as 
possibilidades de seu atendimento. 
É nesse ponto que os caminhos das duas disciplinas se cruzam. O Profissional 
da Saúde deve compreender os condicionantes básicos das escolhas que são 
socialmente feitas para a produção e a distribuição dos bens, no caso 
medicamentos e serviços de saúde. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 13 
Ao mesmo tempo, para ser efetivo nas suas prescrições e na organização do 
atendimento, deve compreender como as escolhas individuais são feitas de 
uma perspectiva econômica, combinada com outras influências de natureza 
psicológica, social e cultural, as quais, aqui, apenas transversalmente serão 
abordadas. 
Ao longo desta apostila vamos estudar as questões decorrentes desse enfoque 
agrupadas nas seguintes unidades: 
 
 Aspectos econômicos. 
 Aspectos administrativos. 
 
Aspectos econômicos, que emergem diretamente da teoria econômica, isto 
é, do estudo de como os agentes econômicos combinam os recursos escassos 
para a satisfação de suas necessidades. As análises serão feitas sob duas 
perspectivas, correspondentes aos dois principais ramos da Economia: 
 Da perspectiva dos indivíduos e das firmas, ramo da economia chamado 
de microeconomia, cujo foco é a ação administrativa das organizações 
de saúde e o comportamento do consumidor (aulas 2 a 4); 
 Dos agregados econômicos e de seus efeitos sobre a sociedade, ramo 
chamado de macroeconomia, onde o foco é a atuação governamental 
(aulas 2 a 4). 
 
Aspectos Administrativos, que se referem a como as unidades de saúde, 
públicas ou privadas, a partir da compreensão do papel do Estado, 
sistematizam sua atuação. Essa organização, que podemos simplificadamente 
chamar de empresarial, se dá através de diversos instrumentos de gestão 
disponibilizados por dois outros campos de saberes: a Administração e as 
Ciências Contábeis (aulas 6 a 8): 
 Os aspectos econômico-sociais da administração pública da saúde; 
 Aspectos da administração financeira e orçamentária de unidades clínicas 
e hospitalares. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 14 
Custo de oportunidade 
 
A Economia é uma ciência que lida com escolhas, pois devemos decidir quais 
desejos serão atendidos com a utilização de quais recursos. Sempre que 
escolhemos produzir determinado bem devemos abrir mão de recursos que 
poderiam ser empregados na produção de outros bens, o que se chama custo 
de oportunidade (trade-off) na produção de um bem. Este é um dos 
conceitos mais importantes da economia, se aplicando tanto à alocação de 
recursos como às decisões entre investimentos alternativos. 
 
O custo de oportunidade não é o ganho relativo a uma escolha, nem o custo da 
produção do que foi escolhido, mas corresponde ao ganho que se deixou de ter 
ou o sacrifício do que se deixou de produzir ao se fazer uma escolha. 
 
Por exemplo, suponha que um indivíduo possua uma determinada quantia em 
dinheiro que lhe permite viajar ou comprar um carro. O custo de oportunidade 
de escolher viajar é deixar de comprar um carro, e vice-versa. Em termos mais 
próximos a uma realidade administrativa, esse custo pode ser expresso entre as 
alternativas de comprar um novo equipamento de raio x ou fazer uma reforma 
no centro cirúrgico. 
 
 
Atenção 
 Daí decorre a expressão “não existe almoço grátis”, muito ouvida 
em discussões sobre a economia: tudo o que se escolhe fazer 
implica em deixar-se de fazer outra coisa. Isso porque os bens 
são sempre escassos em relação às necessidades e desejos, 
impondo escolher em que serão aplicados os recursos de 
produção. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 15 
A curva de possibilidades de produção 
 
Essedilema nas escolhas é representado pela Curva de Possibilidades de 
Produção – CPP (ou Curva de Transformação da Produção). A CPP é um bom 
exemplo de um modelo utilizado para de forma simplificada representar a 
realidade. Para sua construção consideramos uma economia onde temos como 
alternativa de produção dois bens, antibióticos e anti-inflamatórios, e 
compõe-se de: 
 
Fator trabalho: Uma dada população. 
 
Fator capital: Uma dada técnica e uma quantidade de instrumentos de 
produção (ferramentas, equipamentos, máquinas etc.). 
 
Fator terra: Ou fator recurso natural, é uma dada porção de terra agricultável. 
 
Consideraremos a disponibilidade de todos esses fatores constante (em 
economês, “coeteris paribus”) e que estão em pleno emprego, isto é, todos os 
recursos estão empregados na produção. 
 
Qualquer decisão sobre a quantidade produzida de um bem implicará então na 
redução da quantidade produzida do outro bem. Assim, poderíamos supor que 
se alocássemos os fatores apenas para a produção de antibióticos, obteríamos 
1.500 quilos e, fazendo o mesmo para a de anti-inflamatórios teríamos 2.000 
quilos. As diversas combinações de produção possíveis poderiam ser agrupadas 
da seguinte forma (PINHO; VASCONCELLOS; TONETO Jr., 2011, p. 12): 
 
 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 16 
O gráfico a seguir mostra as diversas combinações possíveis de produção de 
soja e cana-de-açúcar. No ponto B, por exemplo, temos a produção de 750 Kg 
de antibióticos e de 1.000 kg de anti-inflamatórios. Se nos deslocássemos para 
o ponto C, significaria que sacrificaríamos 250 kg de antibióticos e 
produziríamos mais 500 kg de anti-inflamatórios, totalizando 1.000 Kg. O custo 
de oportunidade, neste caso, seria o de deixar de produzir 250 kg de 
antibióticos. 
 
 
 
Gráfico adaptados de SILVA; SINCLAYR, 2010, p. 21-23. 
 
Nessa condição em que existem custos de oportunidade estamos considerando 
uma situação de pleno emprego, todos os recursos estão sendo utilizados na 
produção. As situações em que não existe o pleno emprego encontram-se na 
área formada pela curva e pelos eixos do gráfico, por exemplo, o ponto F, 
assinalado no gráfico anterior. 
Nesse ponto, representando a produção de cerca de 350 kg de antibióticos e 
algo com 600 kg de anti-inflamatórios, não há custos de oportunidade 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 17 
envolvidos: como há recursos ociosos o aumento da produção de qualquer um 
dos bens não implicaria em sacrificar a produção do outro. 
 
Essa situação caracteriza uma ineficiência na produção, isto é, existem recursos 
ociosos na economia. A eficiência em economia se define, então, pelo uso de 
todos os recursos na produção, de tal forma que não se pode aumentar a 
produção de um bem sem diminuir a de outro. A Curva de Possibilidade de 
Produção define exatamente as combinações eficientes na utilização dos 
recursos. (KRUGMAN; WELLS; OLNEY, 2010, p. 20). 
 
O ponto G corresponderia a uma situação impossível, onde a produção seria 
maior do que permitiria a quantidade de recursos disponíveis. 
 
Crescimento econômico 
 
O crescimento econômico pode ser definido como “a capacidade crescente da 
economia de produzir bens e serviços”. A curva de possibilidades de produção 
nos mostra o que significa efetivamente esse crescimento: uma expansão da 
capacidade máxima de produção de uma economia resultante do aumento da 
disponibilidade dos fatores de produção. 
 
Isso ocorre, por exemplo, com a introdução de uma nova tecnologia ou o 
aumento da população em condições de trabalhar. Teremos, então, um 
aumento da capacidade produção da economia como um todo, o que se 
expressa no deslocamento da curva para a direita, como no gráfico. Para cada 
ponto da nova curva teremos uma maior possibilidade de produção (KRUGMAN; 
WELLS; OLNEY, 2010, p. 3). 
 
Naturalmente, uma situação inversa, resultante da diminuição da capacidade 
produtiva, levaria a um deslocamento para a esquerda da curva. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 18 
 
 
Esse modelo se aplica a quaisquer dos bens, considerando-se a economia como 
um todo, mesmo que eles não sejam aparentemente concorrentes em termos 
de recursos utilizados. Em última análise, por exemplo, disputarão mão de obra, 
mesmo que a um alto custo de realocação e treinamento. 
 
Contudo, deve-se ter em mente que é uma simplificação, não existe uma 
economia que produza apenas dois bens, mas que nos serve para explicar o 
conceito de custo de oportunidade, ou trade off, importante para entendermos 
a natureza das escolhas econômicas. Além disso, nos dá uma explicação para a 
noção de eficiência econômica e de crescimento econômico. 
 
Como funciona a economia? 
 
O Estado e o Mercado são, na sociedade contemporânea, as duas esferas que 
fazem a alocação dos fatores e a distribuição do produto, bem como buscam 
estimular o desenvolvimento econômico. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 19 
 
Economias de mercado 
 
Vamos supor uma economia em que não exista governo. Nessa economia 
existem apenas as famílias, que são as únicas ofertantes dos fatores de 
produção – recursos naturais, trabalho e capital – e as empresas (firmas), as 
únicas demandantes dos fatores de produção. O quadro ao lado representa a 
relação circular que se estabelece entre as famílias e as empresas através de 
dois mercados: o mercado de fatores e o mercado de bens. 
 
 
 
Esse ciclo, onde circulam fatores que produzem bens, é o chamado fluxo real 
da economia. Em contrapartida, em sentido inverso, as famílias recebem a 
remuneração pelos fatores empregados na produção em dinheiro que será 
utilizado para comprar os bens no mercado, que por sua vez retornarão às 
empresas e assim por diante. Esse fluxo é chamado de fluxo nominal, ou fluxo 
circular da renda. 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 20 
O total do fluxo nominal é equivalente ao total de bens que circulam na 
economia. Algumas igualdades básicas decorrem daí: a renda de uma economia 
é igual ao valor dos produtos produzidos, por sua vez, nesse modelo 
simplificado, o total gasto, ou o dispêndio, também é igual à renda e à 
produção. 
 
Essas igualdades, veremos adiante, são medidas do nível da atividade 
econômica e expressam a mesma riqueza sob diversas formas. É por essa razão 
que você ouve economistas falando tanto em PIB - Produto Interno Bruto (tudo 
o que é produzido na economia) quanto em Renda Nacional como grandezas 
equivalentes. 
 
O sistema de preços que regula esses fluxos funciona exatamente pela 
conjugação das forças, ou interesses, da demanda e da oferta, determinando 
dessa forma os preços relativos de todas as mercadorias. 
 
Os bens mais desejados ou menos disponíveis tendem a ter um preço maior e 
os bens poucos procurados ou muito disponíveis um preço menor. 
 
 
Atenção 
 Define-se renda como a remuneração paga pelas empresas pelo 
uso dos fatores de produção (VICECONTI; NEVES, 2012, p. 6) e 
é composta por: 
• Salário: é a remuneração do fator trabalho, incluindo-se 
comissões, honorários de profissionais liberais, ordenados de 
executivos ou toda remuneração relativa ao trabalho, mesmo 
que não assalariado. 
• Juros e lucro: remuneração do fator de produção capital. 
• Aluguéis: remuneração dos proprietários dos recursos 
naturais e dos bens de capitais arrendados a terceiros. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 21 
Economias centralmente planificadas 
 
Embora poucos países, na atualidade, sejam economias centralizadas, isto é, 
onde o Estado responde quase integralmente pela alocação dos recursos 
econômicos, vamos examinarrapidamente seu funcionamento, para 
entendermos alguns dos seus aspectos básicos. 
 
O que caracteriza uma economia centralizada, ou socialista, é a propriedade 
pública dos meios de produção, normalmente organizados em empresas 
estatais. Os meios de produção referentes às atividades dos artesãos e dos 
pequenos camponeses mantêm-se privados. As unidades produtivas, fábricas e 
fazendas, submetem-se em termos organizacionais ao Estado. 
 
Como não existe um sistema de preços que regule os níveis de produção e de 
distribuição do produto, o Estado, através de órgãos centrais de planejamento, 
cumpre essa função. 
 
Economia mista 
 
Cabe, por fim, mencionar que alguns países, como a Suécia e a Noruega são 
considerados de economia mista, isto é, embora exista uma forte participação 
do Estado na economia através de empresas estatais, existe um mercado livre 
de bens e fatores de produção. 
 
Se compararmos os dois sistemas básicos parece bem evidente, pelo que a 
história recente nos mostrou, que o sistema de mercado é mais eficiente e 
dinâmico em termos de crescimento econômico. 
 
Por outro lado, nas economias centralizadas teríamos uma distribuição do 
produto mais igualitária. Atualmente, é mais amplamente adotado o sistema de 
mercado, porém com uma forte participação do Estado na economia, 
especialmente após a crise desencadeada em 2008, quando retornou ao centro 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 22 
das atenções a doutrina do Estado como ordenador da economia e estimulador 
do crescimento. 
 
Atividade proposta 01 
Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=WnZs9xrDM0k Encontro do 
século - Smith e Marx (EJA), que mostra um encontro hipotético entre 
Adam Smith (1723-1790), fundador da escola de pensamento liberal, e Karl 
Marx (1818-1883), teórico que sistematizou em bases científicas as correntes 
socialistas do século XIX. Reflita e discuta sobre esse tema em relação ao 
atendimento das necessidades de saúde da população, considerando os 
atendimentos público e privado. 
 
Chave de resposta: você deverá fazer uma correlação direta entre os 
sistemas econômicos e o atendimento privado e público das necessidades de 
saúde, assim como exemplificar com casos concretos, como os da Suécia, do 
Brasil ou dos Estados Unidos. 
 
Atividade proposta 02 
 
Leia a notícia Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), acessando o 
link: http://dab.saude.gov.br/portaldab/ape_ubsf.php e analise o investimento 
feito em termos de custo de oportunidade. 
Qual a vantagem efetiva que esse investimento tem sobre outras formas de 
atendimento ambulatorial? 
 
Chave de resposta: você deverá avaliar a vantagem desse tipo de 
investimento, por permitir o atendimento de uma área geográfica muito maior 
do que faria uma unidade fixa. A construção de uma unidade fixa representa 
um custo de oportunidade maior, já que imobiliza recursos em uma mesma 
área. 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 23 
Referências 
 
BRAGA, M. B.; VASCONCELLOS, M. S. Introdução à economia. In: PINHO, D. 
B.; VASCONCELLOS, M. S.; TONETO Jr., R. Introdução à economia. São 
Paulo: Saraiva, 2011. 
LIMA, E. Q. Theoria do Estado. 3. ed. J. R. Santos (Ed.). Rio de Janeiro: 
Jacintho, 1937. 
MATIAS-PEREIRA, J. Finanças públicas: a política orçamentária no Brasil. São 
Paulo: Atlas, 2010. 
SILVA, C. L.; SINCLAYR, L. Economia e mercados: introdução à economia. 
19. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. 
TORRES, F. C. Seguridade social: conceito constitucional e aspectos gerais. 
Disponível em: < href="http://www.ambito-
juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11212" 
http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_ar
tigos_leitura&artigo_id=11212>. Acesso em: 17 fev. 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 24 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
São definidos como fatores de produção – recursos naturais, trabalho e capital 
necessários à produção de medicamento: 
a) Florestas, vestimentas especiais e centrifugador 
b) Drogas, farmacêutico e centrifugador 
c) Sementes, farmacêutico e energia 
d) Energia, farmacêutico e geradores de eletricidade 
e) Sementes, farmacêutico e linhas de financiamento 
 
Questão 2 
O Artigo 194 da Constituição do Brasil define a seguridade social como um 
“conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, 
destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social”. Desse artigo decorre que a saúde: 
a) Deve ser fornecida apenas a quem contribui para a previdência social. 
b) Deve ser fornecida pelo Estado apenas à população carente. 
c) Deve ser universal e gratuita. 
d) Deve ser universal, mas não gratuita. 
e) Deve ser fornecida pelas instituições privadas. 
 
Questão 3 
Assinale o par que representa uma Política de Estado e uma Política de 
Governo: 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 25 
a) Garantir acesso à saúde a todos – Instituir um programa de pesquisa em 
tecnologia. 
b) Instituir um programa de pesquisa em tecnologia – Garantir acesso à 
saúde a todos. 
c) Fixar a taxa de juros Selic – Gerir o sistema de previdência social 
d) Fazer campanha para incentivar a prática de esportes pela população – 
Fazer campanha contra o fumo. 
e) Criar linhas de financiamento de apoio à exportação – Fixar a taxa de 
juros Selic. 
Questão 4 
Assinale o par que exemplifica a divisão social do trabalho e a divisão técnica 
do trabalho: 
a) Médico - Enfermeiro. 
b) Funções desempenhadas em um hospital – Funções em um centro 
cirúrgico. 
c) Funções em um centro cirúrgico - Médico. 
d) Enfermeiro – Funções em um centro cirúrgico. 
e) Enfermeiro – Auxiliar de enfermagem. 
Questão 5 
O administrador da saúde, na sua atuação profissional, deve conjugar 
conhecimentos de diversas áreas, visando a um atendimento integral das 
necessidades do paciente e da sociedade. Do ponto de vista econômico, 
assinale três das principais áreas econômicas e suas respectivas possíveis 
aplicações: 
a) Economia: conhecimento do ambiente econômico; administração 
financeira: gestão dos recursos; contabilidade empresarial: fornecimento 
de informações. 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 26 
b) Economia: conhecimento dos princípios econômicos; administração 
financeira: gestão operacional; contabilidade empresarial: controle de 
material. 
c) Administração: atuação integral na gestão; administração financeira: 
gestão de recursos; contabilidade financeira: pagamento de impostos. 
d) Administração: gestão ambiental; economia: gestão financeira; 
contabilidade financeira: conhecimento do ambiente empresarial. 
e) Administração: gestão ambiental; administração financeira: gestão 
econômica; contabilidade financeira: contabilidade gerencial. 
Questão 6 
Vemos frequentemente na imprensa a discussão sobre o nosso 
desenvolvimento tecnológico e a necessidade do país investir mais em 
pesquisa. Em função disso, discute-se sobre o acesso da população à educação 
como um dos requisitos ao desenvolvimento econômico. Tais temas referem-se 
a que questões econômicas fundamentais? 
a) O que e para quem produzir 
b) O que produzir 
c) Como produzir 
d) Porque produzir 
e) O que e quanto produzir 
Questão 7 
Considerando uma economia em equilíbrio, qual seria a relação entre os 
indicadores da Renda Nacional - RN e do Produto Interno Bruto - PIB? 
a) RN > PIB 
b) RN < PIB 
c) Não há relação entre os dois indicadores 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 27 
d) RN = PIB 
e) Impossível determinar 
Questão 8 
Considerandoo gráfico abaixo, representando a utilização de recursos em uma 
economia hipotética, o que significaria se o nível de produção fosse definido 
pelo ponto F? 
 
 
 
 
 
 
a) Essa economia estaria utilizando os recursos da forma mais eficiente 
possível. 
b) Estaria sendo eficiente na produção dos dois bens considerados. 
c) Estaria utilizando os recursos disponíveis na economia de modo 
ineficiente. 
d) A produção neste ponto é impossível. 
e) Estaria sendo eficiente apenas na produção de soja. 
Questão 9 
A Curva de Possibilidades de Produção, ao mostrar as combinações possíveis de 
recursos empregados, considerando uma quantidade dada de fatores de 
produção, mostra em relação a cada bem: 
a) O custo de capital 
b) A receita total 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 28 
c) O custo da mão de obra 
d) A limitação dos recursos naturais 
e) O custo de oportunidade 
Questão 10 
Define-se renda como a remuneração paga pelas empresas pelo uso dos 
fatores de produção e é composta por: 
a) Salários e lucro 
b) Lucro, aluguéis e juros 
c) Recursos naturais, trabalho e capital 
d) Salários, honorários, aluguéis e lucro 
e) Salários, aluguéis e juros e lucro 
 
 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 29 
 
Chaves de resposta 
Questão 1 - B 
Justificativa: Droga: produto que pode ser de origem natural empregado na 
preparação de medicamentos. Farmacêutico: elabora o medicamento. 
Centrifugador: equipamento utilizado na fabricação de medicamentos. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: De acordo com Torres (2012) “a saúde é segmento autônomo da 
Seguridade Social e se diz que ela tem a finalidade mais ampla de todos os 
ramos protetivos porque não possui restrição de beneficiários e o seu acesso 
também não exige contribuição dos beneficiários”. 
 
Questão 3 - A 
Justificativa: Política de Estado refere-se às obrigações do Estado, logo, de todo 
governante, de acordo com a lei. É o caso de garantia do ensino fundamental. 
Política de Governo refere-se à implementação dos programas de governo, 
como a instituição de um programa de pesquisa específico. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: O Enfermeiro cumpre uma função que atende uma necessidade da 
sociedade como um todo, assim como o médico, o carpinteiro ou o economista. 
Em um centro cirúrgico as funções desempenhadas referem-se à organização 
para desempenhar uma tarefa determinada. 
 
Questão 5 - A 
Justificativa: A Economia serve ao administrador para entender o ambiente 
econômico e sua influência na organização. A administração financeira, como o 
nome diz, administra os recursos financeiros da organização que afetam a 
todos os seus recursos tangíveis e intangíveis. A contabilidade empresarial 
serve à organização das informações da organização. 
 
 ECONOMIA E FINANÇAS EM SAÚDE 30 
 
Questão 6 - C 
Justificativa: A tecnologia e a qualidade da mão de obra, obtidas com a 
pesquisa e a educação, resultam em maior produtividade da economia como 
um todo. Referem-se, então, à questão de como produzir. 
 
Questão 7 - D 
Justificativa: Em uma economia, toda a produção deverá ser absorvida pelo 
mercado, resultando na igualdade da relação entre RN e PIB. 
 
Questão 8 - C 
Justificativa: Considerando que as combinações possíveis de recursos e os 
níveis máximos de produção (no exemplo, pontos A, B, C e D), o ponto F 
mostra que estão sendo empregados menos recursos do que seria possível, 
logo, a economia está sendo ineficiente. 
 
Questão 9 - E 
Justificativa: A curva de produção mostra, entre outras coisas, quanto se tem 
que deixar de produzir de um bem para produzir outro, que é a definição de 
custo de oportunidade. 
 
Questão 10 - E 
Justificativa: Salário: é a remuneração do fator trabalho, incluindo-se 
comissões, honorários de profissionais liberais, ordenados de executivos ou 
toda remuneração relativas ao trabalho, mesmo que não assalariado. Aluguéis: 
remuneração dos proprietários dos recursos naturais e dos bens de capitais 
arrendados a terceiros. Juros e lucro: remuneração do fator de produção 
capital.

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