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AULA 07 BIOSSEGURIDADE

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AULA 07
PROGRAMA DE 
BIOSSEGURIDADE PARA A 
PRODUÇÃO DE SUÍNOS
1. Todas as medidas destinadas a evitar a entrada de agentes infecciosos
nos animais bem como reduzir a sua propagação.
2. Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos destinados a evitar a
entrada de agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e parasitas) no
rebanho, bem como controlar sua disseminação entre os diferentes
setores ou grupos de animais dentro do sistema de produção.
Conceitos Amplos de BIOSSEGURIDADE:
Sobestiansky et al, (2012)
Não existe um plano de Biosseguridade polivalente que possa ser adotado em todas
as granjas uma vez que existem notáveis variações em termos de: localização,
instalações, manejo, nutrição, ambiência, genética e assistência técnica disponíveis. O
plano de Biosseguridade deve, portanto, ser um processo dinâmico adaptado em cada
situação (Perdigão, 2006).
Conceito Amplo de BIOSSEGURIDADE:
Refere-se ao conjunto de normas e procedimentos destinados a evitar a
entrada de agentes infecciosos (vírus, bactérias, fungos e parasitas) no
rebanho, bem como controlar sua disseminação entre os diferentes setores
ou grupos de animais dentro do sistema de produção (Sobestiansky, 1998).
GRANJAS DE REPRODUTORES SUÍDEOS CERTIFICADAS
(GRSC):
Granjas GRSC ou Granjas de Reprodutores Suídeos Certificadas são
aqueles sistemas de produção de suínos para reprodução certificados
oficialmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) em acordo com a Instrução Normativa da SDA (Secretaria de
Defesa Agropecuária) No 19 (IN19) de 15 de Fevereiro de 2002
publicada no Diário Oficial da União, Seção 1, de 1o de Março de 2002
(http://www.agricultura.gov.br/sda/legislacao ).
PLANO DE CONTINGÊNCIA:
Conjunto de normas e procedimentos a serem tomadas no caso de
ocorrência inesperada de um evento relacionado com o programa de
biosseguridade e/ou a saúde animal. O objetivo maior de um plano de
contingência é realizar um rápido esclarecimento.
Conceitos relacionados à BIOSSEGURIDADE:
Fonte: SOBESTIANSKY (2002).
POSSÍVEIS FORMAS DE INTRODUÇÃO DE AGENTES CAUSADORES DE DOENÇAS EM SISTEMAS 
INTENSIVOS DE PRODUÇÃO DE SUÍNOS
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Fonte: SOBESTIANSKY (2002).
Localização da Granja, Acesso, Barreira Vegetal
500 mt de criações e 100 mt de vias de acesso de veículos
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Fonte: SOBESTIANSKY (2002).
Cerca 1,5 mt de altura, 20m a 30 mt das instalações 
Barreira Vegetal: 50 Mt. de largura apartir da cerca
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Fonte: SOBESTIANSKY (2002).
Avisos
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Fonte: SOBESTIANSKY (2002).
Rodolúvio
BANHEIRO: ÁREA LIMPA E ÁREA SUJA
Área Suja
Chuveiro Chuveiro Chuveiro Sanitário 
Área Limpa
Armário 
Armário Área interna 
da granja
Área externa da 
granja
EscritórioFumigador
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Fossa Séptica
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Composteira
A compostagem é resultado da ação de bactérias termofílicas aeróbias sobre
componentes orgânicos (carcaças e restos de placentas, etc) misturados a
componentes ricos em carbono (maravalha, serragem ou palha).
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
LAGOA DE CONTENÇAO DE DEJETOS
PROGRAMA DE LIMPEZA E DESINFEÇÃO (PLD)
�Definição:
Conjunto de atividades que tem como foco a eliminação das instalações de todos
os microorganismos que tem poder de causar algum tipo de doença ao suíno ou
ao homem. O PLD é apenas uma das ferramentas para se obter uma bom efetivo
controle das doenças das granjas.
����Vantagens:
�Melhoria na performance e na produtividade
�Redução com gastos com medicamentos por porca/ano
�Redução de animais refugos
�Redução com gastos com mão-de-obra
�Redução da incidência de algumas doenças. 
�Limpeza: Seca e Úmida:
�Uso de vassouras, pá, água (quente/fria), detergente
����Desinfecção:
�É o processo que elimina os microorganismos do ambiente, inativando os
agentes patogênicos e classificada como preventiva ou emergente.
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
Fonte: Sobestiansky et al. (1998).
Sistema “TD TF” 
Vazio Sanitário Sistema Manejo Continuo
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
COMPONENTES DE UM PROGRAMA DE BIOSSEGURIDADE
CONFORTO NAS INSTALAÇÕES
Utilização de Vacinas na Produção de Suínos:
Programa de Vacinação:
-Aquisição de vacinas;
-Acondicionamento;
-Conservação da vacina 2º a 8º C;
-Defesa contra agentes patogênicos;
-Uso preventivo;
Algumas doenças importantes de interesse Zootécnico na produção de suínos
DOENÇAS SINTOMAS LEITÕES MARRAS MATRIZES CACHAÇOS
Pneumonia por Micoplasma Tosse, Espirros, Perda de Peso
1ª dose - 7 dias Reforço 
- 28 dias - - -
Rinite Atrófica Perda de Peso, Destruição dos Cornetos, Espirros
1ª dose - 7 dias Reforço 
- 28 dias 6 e 3 sem. pré-parto 4 e 2 sem. pré-parto Semestral
Parvovirose Leitegadas Pequenas e Mumificação - 6 e 3 sem. pré-cobertura 4 e 2 sem. pré-cobertura Semestral
Pleuropneumonia Perda de Peso e Mortalidade 1ª dose - 4-5 sem. Reforço após 3 sem. 6 e 3 sem. pré-parto 4 e 2 sem. pré-parto Semestral
Parvovirose e Leptospirose
Abortos, Natimortos, 
Mumificação e Repetição do 
Cio
1a dose no desmame 
Reforço após 3 sem. 6 e 3 sem. pré-cobertura 4 e 2 sem. pré-cobertura Semestral
Leptospirose Abortos e Leitões Fracos 1a dose no desmame Reforço após 3 sem. 6 e 3 sem. pré-cobertura 4 e 2 sem. pré-cobertura Semestral
Colibacilose Diarréia Amarelada e Mortalidade - 6 e 3 sem. pré-parto 4 e 2 sem. pré-parto -
Doença de Aujeszky Abortos e Alta Mortalidade em Leitões 65 dias 6 e 3 sem. pré-cobertura 4 e 2 sem. pré-parto Semestral
Peste Suína Clássica Alta Mortalidade 65 dias 4 sem. pré-cobertura 70-90 dias de gestação Anual
Erisipela Lesões Cutâneas, Morte Súbita, Artrite
1ª dose no desmame 
Reforço após 3 sem. 6 e 3 sem. pré-parto 4 e 2 sem. pré-parto Semestral
X.1 - DOENÇAS PARASITARIAS:
����Colibacilose:
Quadro Apresentado: Os animais podem adoecer 12 horas após o nascimento,
apresentando diarréia aquosa, branco-amarelada, a colibacilose pode se
disseminar fácil, podendo chegar a 100% de mortalidade na maternidade.
Etiologia: O agente etiologico é a Escherichia coli. Tratamento: Envolve
essencialmente Limpeza das baias, com a remoção das fezes e o controle da
umidade, vacinar as porcas e os leitões é essencial, a ingestão do colostro é
fundamental para a transferência de imunoglobulina.
���� Salmonelose:
Quadro Apresentado:Animais febris, fracos, a mortalidade em animais doentes
é, em geral, bastante alta, na forma crônica nota-se a presença de fezes
aquosas, onde o portador de salmonelose pode chegar a um processo diarreico
e contaminar todo o meio ambiente e, contaminar todos os animais e ambiente.
Etiologia: Doença também chamada de paratifo ou tifo dos leitões, é causada
pôr bactéria do gênero Salmonella, as mais comuns: S. cholerasuis, S. derby,
S. typhimurium. Tratamento: Separar os animais enfermos em baias próprias
ou mesmo elimina-los, evitar superpopulação em baias recria e term. Limpar e
desinfetar as instalações, baias secas, vacinar os animais, fazer antibiograma
para identificar o agente contaminante.
X.1 - DOENÇAS PARASITARIAS:
�Sarna Sarcoptica:
Quadro Apresentado:Caracteriza-se pela formação de papoulas, descamação
da pele, perda de pêlos, podendo ocorrer otite e infecções secundarias.
Etiologia: Conhecida como sarna dos suínos, causada pôr um parasito
(Sarcoptes scabei), a sarna instala-se no inicio na cabeça, principalmente nas
orelhas, alastrando-se pôr todo o corpo. Tratamento: Banhos com produtos
fosforadose clorofosfarados, ou com principio ativo Ivermectina, com uso
preventivos estratégicos.
���� Erisipela:
Quadro Apresentado: Enfermidade especifica do suíno, é uma doença
cosmopolita, na forma crônica a pele dos animais sempre apresenta manchas
avermelhadas escuras em forma de losângulos, as vezes evoluindo para necrose,
apresenta artrite deixando o animal sem locomoção. Etiologia:
Enfermidade causada pôr uma bactéria chamada: Erysipelotrix rhusiopathiae.
Tratamento: É uma doença facilmente curável, o uso de penicilinas e o ideal é
um eficiente uso de ciclo de vacinação.
�Piolhos:
Quadro Apresentado: Os animais ficam inquietos, exibem erosões cutâneas,
deve-se quotidianamente se fazer uma inspeção visual nos animais.Etiologia:
Causada pôr um grande piolho, conhecido como: Haematopinus suis.
Tratamento:O mesmo para a sarna
X.2 - DOENÇAS RESPIRATORIAS:
���� Rinite Atrofica:
Quadro Apresentado: Os animais apresentam espirros, com ou sem corrimentos
muco purulento, corrimento lacrimal, atrofia dos cornetos, enrugamento da pele do
nariz com conseqüente atrofia, pneumonias são freqüentes no processo
secundário. Etiologia: Principal causador desta doença é a bactéria: Bordetella
bronchiseptica, sendo que a mesma associa-se com agentes microbianos:
micoplasmas pasteurelas. Tratamento: Como prevenção deve-se atentar para um
bom manejo e uma boa alimentação, a partir disto observar animais doentes e
elimina-los imediatamente, o método mais eficiente na prevenção é o uso da
vacina.
���� Pneumonia Enzootica Suína (P.E.S.)
Quadro Apresentado: Doença crônica, caracterizada pôr tosse persistente,
retardamento do crescimento, apresentam a doença na terceira semana de vida,
pode complicar quando associada a outras complicações. Etiologia: O agente
causador desta doença é o vírus Mycoplasma hyopneumoniae.Tratamento: Não
é curada eficientemente pôr antibióticos, atualmente se tem vacinas para o
combate da pneumonia pôr micoplasma. Um bom manejo fito-sanitario do
rebanho, uma boa nutrição, dão boas condições para se evitar a doença,
recomenda-se o descarte dos animais e o inicio de nova criação quando da
instalação da doença
X.3 - DOENÇAS REPRODUTIVAS:
���� Leptospirose:
Quadro Apresentado: Apresenta abortos( três ultimas semanas de gestação) e
eventualmente leitões fracos, esterilidade e natimortos. Etiologia: Doença
causada pelo gênero Leptospira, com freqüência para: L. pomona, L. canicola,
L. ballun. Tratamento: Controle estratégico de roedores(principalmente ratos),
podendo desde que detectado a doenças se fazer uma terapia através de
antibióticos com tendência a tetraciclinas.
���� Brucelose:
Quadro Apresentado: Abortos, como principal sintoma, sendo que tanto nos
machos quanto nas fêmeas podem ocorrer artrites, nos abortos os fetos tendem a
se apresentar com sinais de mumificação, presença de secreções vaginais e
quando em casos especiais a gestação se levada a termo, os leitões nascerão
mortos ou muito fracos. Etiologia: É causada pela Brucella sui. Sendo descrito
casos raros da B. abortus. Tratamento: Não há tratamento para os animais
doentes.
���� Parvovirose:
Quadro Apresentado: É uma virose, que causa: morte embrionária,
mumificação, leitegadas de tamanhos reduzidos. Etiologia: O agente etiologico é
um vírus, Parvovirus sui, da família parvoviridae. Tratamento: Define como sendo
estratégico o uso de vacinação para controle e prevenção desta doença, também
adquirir fêmeas com soropositivo deste agente.
X.4 – OUTRAS DOÊNÇAS DE INTERESSE PARA OS SUÍNOS:
���� Peste Suína Clássica:
Quadro Apresentado: Diarréia sanguinolenta, animais ficam preguiçosos e parados, com
anorexia, temperatura acima de 40 graus, anemia, apresenta inchaço ocular, vômitos, andar
cambaleante, apresenta manchas avermelhadas na pele. Etiologia: Doença cosmopolita,
especifica dos suínos, provocada pôr um vírus do tipo RNA, apresenta rápido
desenvolvimento levando todo o plantel quase sempre ao extermínio. Tratamento: Não
existe, apenas manejo adequado da granja, aquisição de animais isentos da doença e uso
eficiente da vacina, quando não for área livre.
OBS: Esta doença tem aprovado uma legislação para seu controle, através de portaria do
Ministério da Agricultura e do Abastecimento, onde aprova as normas de controle e
erradicação da PSC em todo território nacional, ficando proibida a vacinação em todo o país,
exceto nas zonas que venham a ser delimitadas ou em surto comprovado através de exames.
���� Doença de Aujeszky:
Quadro Apresentado: Sintoma de distúrbios nervosos e respiratórios, associada a aumento
da temperatura corporal, causando freqüentemente a morte do animal, normalmente a
infecção em animais adultos, provoca natimortalidade e abortos. Etiologia: Herpesvírus,
vírus DNA. Tratamento: Esta doença tem uma incidência baixa, deve-se atentar para
aquisição de animais de granjas sem estorico da doença, mas a melhor forma de
prevenç0ão é a utilização de vacinas.
���� Doença do Edema:
Quadro Apresentado: Acomete principalmente animais desmamados, caracteriza por
apresentar morte súbita, desenvolvimento de edema subcutâneo e sintomatologia nervosa.
Etiologia: Escherichia coli enterotoxêmica é uma bacilo ou cocobacilo gram-negativo.
Tratamento: Assegurar um bom consumo de colostro pelos leitões, Ter um bom consumo de
uma boa ração pré-inicial, com cochos adequados, assegurar boas temperaturas após a
desmama (28 Graus), Ter lotes homogenios na creche.

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