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Programa sanitário da brucelose e tuberculose

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FEBRE AFTOSA
•Brasil é classificado como livre de febre aftosa pela OMSA
Maior exportador de carne bovina
•Grande impacto econômico
•Zoonose
•Doença de eutanásia obrigatória 
-Agente etiológico: 
Gênero Aphthovirus (único segmento de RNA não envelopado)
Família Picornaviridae
Pode ser caracterizado em 7 sorotipos: A, O, C (erradicado), Asia 1, SAT 1, SAT 2 e SAT 3
No Brasil só foram encontrados os sorotipos A, O e C, porém o país não teve casos da doença desde 2006
•Alta resistência em temperaturas de refrigeração e congelamento 
Sensibilidade maior ao calor (inativado no cozimento à 70°C por meia hora)
Inativado em ph abaixo de 6 ou acima de 9 (conversão de músculo em carne adequada - queda abaixo de 6)
Alta resistência à produtos químicos 
Inativação com hidróxido de sódio (2%), carbonato de sódio (4%), ácido cítrico (0,2%), ácido acético (2%),hipoclorito de 
sódio (3%)
•Alta viabilidade em vísceras, ossos, linfonodos (conversão de músculo em carne apenas nos músculos), leite 
pasteurizado (70°C apenas por 15 a 20s)
Pode permanecer por semanas em ambiente rico de matéria orgânica, alta umidade e baixa temperatura 
Forragem contaminada - 1 mês
-Hospedeiros suscetíveis: animais biungulados e humanos
Mais susceptíveis e sensíveis - ruminantes
Reservatórios - animais de vida livre
•Fontes de infecção: animais infectados
•Letalidade varia de acordo com a idade e estado de saúde 
Mais jovens - maior letalidade
Adulto e saudável - menor letalidade
O animal se torna portador se após 28 dias da infecção, o vírus continuar sendo encontrado na orofaringe
•Via de eliminação: secreção das vesículas 
Secreções e excreções do corpo
-Meios de transmissão: contato direto com animais infectados
Contato indireto através do ar ou veículos como as pessoas que veiculam na produção 
Alta propagação pelo ar e água
•Portas de entrada: mucosas e feridas na pele
Suínos - mucosa oral (comida contaminada)
-Período de incubação:
•suínos: 2 dias
•bovinos: até 14 dias
•ovinos: 2 a 8 dias
Fase de eclipse - corresponde ao período da penetração viral até que a célula infectada forme as partículas virais
Fase prodrômica - começo da produção de partículas virais, sinais inespecíficos
-Sinais clínicos:
•aftas na região de gengiva, dentes, bochechas
Espaço interdigital - suínos 
Vesícula que se rompem a partir do 3ª dia (alta descarga viral)
•febre alta
•perda de peso
•anorexia
•salivação 
•descarga nasal
•claudicação (aftas interdigitais)
Em ovinos, a manifestação é mais leve, podendo correr aborto e agalaxia* (característico - falta de produção de leite)
•miocardite (suínos - coração tigrado)
-Diagnóstico:
•ELISA (bovinos)
•neutralização viral
•PCR
Diferencial: estomatite vesicular, infecção por Senecavirus A (suínos), varíola bovina
*o diagnóstico laboratorial de um caso provável de doença vesicular deve passar pelo laboratório de defesa 
agropecuária oficial
-Amostras:
•epitélio ou crostas das vesículas 
•líquido vesicular
•swab da lesão 
•soro sanguíneo 
•líquido esofágico faringeano
-Legislação:
•Doença de notificação obrigatória
Qualquer pessoa pode notificar
•Caso suspeito deve ser investigado pelo serviço 
sanitário em até 12h
Proibição do trânsito de animais
Busca de propriedades ou possíveis rotas que o 
virus possa infectar
•Interdição da propriedade 
•aguardo da confirmação 
Animais isolados e fechados
Delimitação das áreas, levantamento dos vínculos epidemiológicicos da propriedade, avaliação do mapa da região para 
determinação das áreas:
-área perifocal
Raio de 3 km a partir do foco 
-área de vigilância 
Raio de 7 km a partir do peri-foco
-área de proteção 
Raio de 15 km a partir do foco
-área de emergência veterinária
Raio de 25 km a partir do foco
-investigação simultânea
Inspeção clínica dos animais eutanasiados, coleta de amostras para testes laboratoriais (dispersão do virus)
Ideal que todos animais sejam examinados e testados
Encerramento do foco - vazio sanitário (mínimo 30 dias) + animais sentinelas (bovinos jovens - 30 dias) + testes dos 
animais sentinelas (15 pós entrada + 30 dias pós entrada)
*animais sentinelas que não apresentaram a doença podem ser mantidos na propriedade 
•caso confirmado - foco de febre aftosa
Plano de contingência para a doença 
-Saneamento do foco
Avaliação do valor zootécnico dos animais (indenização)
-Eutanásia de todos animais infectados e contactantes diretos, com enterro e cremação 
-Descarte ou desinfecção dos materiais (desinfecção preliminar + limpeza com lavagem + desinfecção definitiva)
-Vazio sanitário de 30 dias
-Presença de animais sentinelas se forem determinado pelo serviço veterinário oficial (5% da população anterior - 30 
dias)
-Repovoamento (começa com 20% da população original com avaliação semanal por 60 dias)
-Área perifocal
Levantamento das propriedades rurais com animais susceptiveis 
Visitas e avaliação dos animais a cada 3 dias por 15 dias após processo de desinfecção do foco
-Área de vigilância 
Visitas semanais
-Área de proteção 
Visitas regulares
-Área de emergência veterinária
Proibido aglomerações de animais
-Vacinação:
*presença de foco - serviço de defesa sanitária pode preconizar uma vacinação emergencial 
Vacinação compulsória preventiva nas áreas que são livres com vacinação 
•plano estratégico para combate e vigilância de febre aftosa
Tem o objetivo de descrever programas para o país se manter livre da febre aftosa
•7 regiões isentas da vacinação em 2023: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do sul, Espírito Santo, 
Minas Gerais e Tocantins
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