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11 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA MÓDULO II “LACTÁRIO” Autores: Lidiane Cantoni de Souza Luciana de Paula Faria Tabata Karine de S. Jesus Thaís Rabelo dos Santos Regina Ribeiro Pinto São José dos Campos 2007 SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL CURSO TÉCNICO EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA MÓDULO II “LACTÁRIO” Trabalho de Conclusão de Módulo apresentado ao curso Técnico em Nutrição e Dietética como requisito parcial para obtenção do titulo de Técnico em Nutrição e Dietética. Profª Orientadora Daniela Billa São José dos Campos 2007 � BANCA EXAMINADORA _______________________________ _______________________________ _______________________________ _______________________________ _______________________________ � AGRADECIMENTOS Ao nosso amado Senhor Jesus porque dele, por ele e para ele são todas as coisas. Aos nossos familiares e amigos pelo apoio recebido durante a elaboração deste projeto. “Não tenho um caminho novo. O que eu tenho de novo é um jeito de caminhar”. Thiago de Mello LISTA DE TABELAS Tabela 1 X xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 28 Tabela 2 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx........................................................ 31 Tabela 3 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx 31 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...................................................................................... 2 OBJETIVO ............................................................................................ 2.1 Objetivo Geral ................................................................................ 2.2 Objetivos Específicos ................................................................... 3 CONTEÚDO .......................................................................................... 3.1 Características gerais do Lactário 3.1.2 XXXXXXXXXXXXXXXXXx 3.1.3 XXXXXXX............................................................................... 3.2 XXXXXXXXX .............................................................................. 3.2.1 XXXXXXXXXXXXXXXXXXxx) ..................................... 3.2.2 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX ...................................... 3.3 XXXXXXXXXXXXXXXXXXX ....................................................... 3.3.1 XXXXXXXXXXXXX ............................................................... 3.3.2 XXXXXXXXXXXXXxxx ........................................................... 3.4 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXx ........... 3.4.1 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX 3.4.2 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXxx 3.4.3 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXxx 3.4.4 XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXx 4 METODOLOGIA ................................................................................... 5 RESULTADOS E DISCUSSÕES .......................................................... 7 CONCLUSÃO ....................................................................................... ANEXOS ..................................................................................................... REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................... � 1. INTRODUÇÃO A alimentação para criança representa um dos fatores básicos para seu desenvolvimento e crescimento. O leite materno é o alimento ideal para os recém nascidos e lactentes, dependendo desta etapa toda sua vida futura. No entanto, dentro dos hospitais, por motivos mais variados, muitas crianças necessitam de formulas lácteas como fonte básica para atender suas necessidades nutricionais. 2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral: Elaborar um projeto para construção de um lactário. 2.2 Objetivos Específicos: Definir o que é um lactário; Definir as características gerais do lactário; Elaborar cardápio de preparações lácteas; Pesquisar estrutura do lactário; Verificar cálculo de área do lactário; Identificar equipamentos, utensílios, sistema de distribuição, layout do lactário; Elaborar fluxogramas de lixo, preparação de alimentos, higienização de equipamentos, utensílios e ambiente; Analisar critérios de preservação do meio ambiente, para água, resíduos e lixo e controle integrado de pragas; Apresentar padrões para dimensionamento de pessoal, cargos e funções, recrutamento e seleção; Apresentar organograma; Desenvolver Programa de Treinamento e avaliar treinamento aplicado; Criar programa de Educação Nutricional para pais de pacientes do lactário; Pesquisar legislação trabalhista; Elaborar contrato de trabalho; Elaborar Manual de Boas Práticas; � 3. CONTEÚDO 3.1 Características gerais do Lactário Lactário é a unidade do hospital destinada ao preparo, higienização e distribuição de formas lácteas e complementares para os lactentes. Atende aos pacientes de Obstetrícia e Pediatria. Sua eficiência dependerá da correta localização no hospital, revisão de amplo espaço, distribuição exata das áreas de trabalho, instalação, equipamentos necessários e uma boa administração, para que as técnicas possam ser desenvolvidas satisfatoriamente e as mamadeiras preparadas sem contaminação. A pessoa selecionada para trabalhar no lactário deve ter atitude consciente, habilidade e atenção aos detalhes, além de obter cooperação dos outros funcionários e realizar treinamento em serviço. Deve ter conhecimento de todo funcionamento do lactário. Deverá organizar o trabalho a ser desenvolvido, tendo como objetivo a racionalização do funcionamento eficiente do lactário, de acordo com os padrões exigidos por lei. O lactário está implantado em hospital com 25 leitos pediátricos, tendo a possibilidade de preparar pelo menos 130 mamadeiras por dia. 3.2 Cardápios 3.2.1 Leites e Fórmulas lácteas Abaixo Tabela 1 com especificação de algumas preparações lácteas: Tabela 1. Preparações lácteas SIGLA Descrição LVI Leite vaca integral tipo A pasteurizado e esterilizado LV ½ 50 % água filtrada e esterilizada 50 % leite vaca tipo A pasteurizado e esterilizado LV 2/3 25 % água filtrada e esterilizada 75% leite vaca pasteurizado e esterilizado LCABRA Leite de cabra integral em pó. Reconstituição:180ml de água filtrada e esterilizada / 26 gramas de pó Densidade calórica:100ml = 70 Kcal LVMODI Fórmula infantil em pó para lactentes até 6 meses de idade. Reconstituição a 13,3 %: Osmolalidade : 300 mOsm/ kg de água. Densidade calórica: 100 ml = 67 Kcal LVSLACT Fórmula infantil em pó isenta de lactose para pacientes com intolerância a lactose. Reconstituição a 13,3% : Osmolaridade: 185 mOsm/litro Densidade calórica: 100ml = 67 kcal LV PREMATURO Fórmula infantil em pó para prematuros e recém-nascidos de baixo peso Fórmula 1 Reconstituição a 14,3% : Osmolalidade: 264 mOsm/kg água Densidade calórica : 100ml = 70 Kcal Reconstituição a 16,3%: Osmolalidade = 340 mOsm/ kg água Densidade calórica: 100ml = 80 kcal Fórmula 2Reconstituição a 15,4%: Osmolalidade = 260 a 280 mOsm/kg água Densidade calórica : 100ml = 80 kcal SOJA Fórmula infantil em pó à base de proteína isolada de soja para pacientes com intolerância ao leite de vaca Fórmula 1 Reconstituição a 13,3 %: Osmolalidade = 189 mOsm/ kg água Densidade calórica = 100ml = 67 kcal Fórmula 2 Reconstituição a 2,7% : Osmolalidade = 200 mOsm/ Kg água Densidade calórica : 100ml = 66 kcal HIDROPO Fórmula infantil em pó semi elementar e hipoalergênica para pacientes com diarréia severa Fórmula 1 Reconstituição a 13,6% :Osmolalidade = 195 mOsm/kg água Densidade calórica: 66kcal Reconstituição a 15% : Osmolalidade = 220 mOsm/kg água Densidade calórica : 100ml = a 13,6 Fórmula 2 Reconstituição a 15 %: Osmolalidade = 195 mOsm/kg água Densidade calórica : 100ml = 75 kcal FORELEM Fórmula infantil em pó elementar e hipoalergênica para deficiências digestivas e absortivas. Fórmula 1 Reconstituição a 15 %: Osmolalidade = 360 mOsm/ Kg água Densidade calórica : 100 ml = 71 kcal Fórmula 2 Reconstituição:1 envelope = 48,5 gramas para 220ml de água filtrada e esterilizada. Osmolalidade: 360 mOsm/Kg água – Densidade calórica: 1 ml = 0,8 kcal - 250ml = 200 kcal FÓRFRANGO Fórmula de frango artesanal Fonte-Seção de Lactário – DND - HC-UNICAMP Leites integrais São aqueles leites que não sofreram modificações na sua composição, ou seja, "leite" puro, eventualmente acrescido de vitaminas ou sais minerais, açúcar, mel, etc. Neste grupo estão os leites em pó infantis, leites frescos tipos A e B, leites integrais UHT e longa vida e outros leites em pó. Indicados para todas as crianças após 1 ano de idade. Na prática, não há diferenças entre o uso de cada um deles. O que varia é o gosto, açúcar, apresentação comercial, etc. Os leites desnatados e semidesnatados só devem ser utilizados rotineiramente para as crianças sob indicação médica, por apresentarem baixo teor de gorduras e calorias. Fórmulas lácteas As fórmulas são compostos em que se usa a proteína isolada do leite de vaca e todo o restante é balanceado nutricionalmente, de acordo com recomendações internacionais (da Organização Mundial de Saúde). A gordura, os açúcares, os sais minerais e vitaminas e o ferro são acrescidos de fontes separadas em proporções exatas. São próprias para as crianças desde o nascimento até os 12 meses. A vantagem em relação ao leite integral encontra-se justamente em proporcionar as quantidades exatas dos micronutrientes no 1º ano de vida, particularmente o ferro, cuja absorção no leite integral é praticamente nula. Fórmulas de soja São como as fórmulas lácteas, mas no lugar da proteína isolada do leite de vaca é utilizada a proteína isolada de soja. O valor nutricional é o mesmo em relação às fórmulas lácteas, tanto em proteínas como em calorias. A indicação das fórmulas de soja são as crianças com intolerância à proteína do leite de vaca e/ou à lactose (conhecidas como "alergia ao leite de vaca") Fórmulas especiais Para as crianças com intolerâncias e alergias alimentares mais importantes ainda dispomos das fórmulas semi-elementares e elementares, que são fórmulas à base de hidrolisados protéicos ou aminoácidos puros, que raramente são intolerados. Fórmula de frango artesanal Indicada para pacientes portadores de desnutrição e diarréia crônica, intolerância adquirida a mono e dissacarídeos. Constituída basicamente de carne branca de frango pré-digerida com papaína, óleo de coco babaçu e glicose e/ou frutose. Devido a sua flexibilidade de constituição, em condições clínicas que assim o permitirem, outros ingredientes podem ser usados, tais com sacarose, dextrino-maltose, óleo de milho, soja e outros. A fórmula é preparada em lactário, embora possa ser efetuada também em cozinhas dietéticas ou mesmo na casa do paciente. Receita para 1 Litro de fórmula Ingredientes água potável 1000ml carne branca de frango (cortada em pedaços pequenos) 300g papaína 1 g Modo de Preparo Colocar a carne branca de frango com a papaína em banho-maria a 37° para digestão. Quanto mais purificada for a papaína, menor o tempo de digestão: um tempo médio de três horas é suficiente para uma boa digestão. Após digestão, acrescentar água e cozinhar em fogo brando durante meia hora. Utilizar 5, 15 ou 20% do total da carne de frango digerida segundo a etapa da modularização. Para uma melhor homogeneização é conveniente bater em liquidificador e passar por peneira. Misturar de 1 a 4% de óleo vegetal e 1 a 7% de hidrato de carbono. A tabela 1 apresenta a composição da fórmula baseada em carne de frango, comparada ao leite de vaca em pó diluído a 15% e ao leite de soja a 16%. A fórmula fornece 160 calorias para 1g de nitrogênio. Verifique na tabela 2. Tabela 2. Composição da fórmula baseada em carne branca de frango (CBF) e comparada ao leite de vaca em pó diluído a 15% e ao leite de soja a 16%. Nutrientes Fórmula CBF Fórmula de soja – 16% Leite de vaca em pó – 15% Proteína – g/100ml 3,5 3,5 3,9 Gordura – g/100ml 5,0 2,9 3,8 Hidratos de carbono – g/100ml 7,0 8,5 11,0 Sódio – mEq/l 7,0 19,0 22,0 Potássio – mEq/l 15,0 36,0 35,0 Cálcio – mEq/l 2,5 – 5,0 50,0 60,0 Magnésio – mEq/l 11,0 7,0 10,0 Fósforo – mg/100ml 25,0 65,0 92,0 Osmolidade – mOsm/Kg - 270 390 Caloria – por 100ml 87 74 94 - quando o hidrato de carbono é sacarose = 350 - quando o hidrato de carbono é glicose = 500 3.2.2 Mapa de previsão de Gêneros de Custos Gêneros Per capta (g/ml) PB FC IC Nº de utilização Margem de segurança Especificação Total Leite em pó integral 30/100 - - - 13 31,5 Lata 400g 1 Leite em pó de soja 30/100 - - - 10 31,5 Lata 300g 1 Leite em pó hipoalergênico 30/100 - - - 13 31,5 Lata 400g 1 Leite em pó de cabra 30/100 - - - 6 31,5 Lata 200g 1 Fórmula lácteas de 0 à 06 meses 30/100 - - - 15 31,5 Lata 450g 1 Fórmula lácteas de 6 meses à 1 ano 30/100 - - - 15 31,5 Lata 450g 1 Fórmula Láctea anti-regurgitação 30/100 - - - 15 31,5 Lata 450g 1 Fórmula de Soja 30/100 - - - 13 31,5 Lata 400g 1 Fórmulas especiais 30/100 - - - 13 31,5 Lata 400g 1 Peito de frango 24/80 - 3.2.3 Política de Compras Os produtos serão comprados para o consumo quinzenal. Através de cotação em dois fornecedores distintos, fazendo-se a opção pelo menor valor da compra total e melhor prazo para pagamento. Na tabela 3, verifica-se que o fornecedor “B” obteve o menor valor total da compra, mas o fornecedor “A” apresenta um melhor prazo para pagamento, portanto possui preferência para compra. Tabela 3. Cotação de preços de Leites e fórmulas lácteas Produto UN Fornecedor A Fornecedor B Leite em pó integral lata 400g R$ 7,59 R$ 8,25 Leite em pó de soja lata 300g R$ 12,03 R$ 13,00 Leite em pó hipoalergênico lata 400g R$ 46,68 R$ 47,00 Leite em pó de cabra lata 200g R$ 29,50 R$ 25,00 Fórmula lácteas de 0 à 06 meses lata 450g R$ 15,00 R$ 14,90 Fórmula lácteas de 6 meses à 1 ano lata 450g R$ 12,85 R$ 13,45 Fórmula Láctea anti-regurgitação lata 450g R$ 16,77R$ 17,00 Fórmula de Soja lata 400g R$ 32,50 R$ 36,60 Fórmulas especiais lata 400g R$ 157,00 R$ 150,62 TOTAL: R$ 329,92 R$ 325,82 3.3 Estrutura da UAN 3.3.1 Cálculo da área do lactário Com base na Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002 que Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde foi calculada a área para o lactário. Em hospitais com até 15 leitos pediátricos, pode ter área mínima de 15,0 m² com distinção entre área “suja e limpa”, com acesso independente à área “limpa” feito através de vestiário de barreira. Para um hospital com 25 leitos teremos área de 25m2. Com distribuição por setores conforme a Tabela 4. Tabela 4. Divisão da área por setores Ambiente Quantificação Dimensão mínima Sala de limpeza composta de: Área para recepção, lavagem de mamadeiras e outros utensílios. Área para desinfecção de alto nível de mamadeiras. 1 8,0 m2 1 4,0 m2 Sala de preparo composta de: Área para preparo e envase de fórmulas lácteas e não lácteas Área para estocagem e distribuição de fórmulas lácteas e não lácteas 1 7,0 m2 1 5,0 m2 Área para esterilização terminal. 1,0 m2 3.3.2 Equipamentos Tabela 5. Equipamentos para lactário TIPO DESCRIÇÃO QUANTIDADE Equipamento médico assistencial: Balança eletrônica de precisão 1 Equipamento de apoio: Banho Maria 1 Estufa para secagem e esterilização 1 Fogão duas bocas 1 Liquidificador 1 Material Permanente Geladeira: 1 Freezer 1 Termômetro 1 Escorredor de mamadeiras 2 3.3.2.1 Mobiliário hospitalar Tabela 6. Mobiliário hospitalar para lactário TIPO DESCRIÇÃO QUANTIDADE Mobiliário hospitalar Armário 2 Balcão com pia em aço inox 2 Banqueta giratória 2 Mesa de trabalho tipo bancada em aço inox 2 Lavatório 1 3.3.2.2 Utensílios Tabela 7. Utensílios para lactário TIPO DESCRIÇÃO QUANTIDADE Mamadeiras 70 Jarra graduada (medidora) 2 Colher graduada (medidora) 2 Facas, colheres, garfos. 2 Caneca de aço inox 2 litros 2 Peneira em aço inox 2 Escovas com cerdas pretas para higienizar mamadeiras 4 Tábua de polietileno 2 Panela de aço inox 1 3.3.3 Sistema de distribuição As mamadeiras devem ser preparadas imediatamente antes de servir; As mamadeiras deverão ser transportadas e distribuídas no berçário, em carros abertos, pelo próprio pessoal do lactário; As mamadeiras deverão ser distribuídas somente depois de resfriadas; Num berçário, onde só é permitida a entrada do pessoal que nele trabalha, um elemento pertencente ao berçário deverá receber as mamadeiras e guardá-las no refrigerador, a temperatura de 2°C a 4° C. 3.4 Layout Planejou-se o layout do lactário, que será apresentado adiante, com base na Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002, que Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde e na Portaria CVS-6/99, de 10.03.99, que se aplica a todos os estabelecimentos nos quais sejam realizadas algumas das seguintes atividades: produção, industrialização, fracionamento, armazenamento e transporte de alimentos. O lactário será composto por uma Sala de limpeza, uma Sala de preparo (distribuição) e vestiário para paramentação específica do funcionário ativo no lactário. A sala da Nutricionista e os vestiários separados por sexo, serão comum aos da Unidade de Nutrição e Dietética do hospital. 3.4.1 Estrutura /Localização Área deverá ser livre de focos de insalubridade, ausência de lixo, objetos em desuso, animais, insetos e roedores com acesso direto e independente, não comum a outros usos (habitação). As áreas circundantes não devem oferecer condições de proliferação de insetos e roedores. 3.4.2 Piso Material liso, resistente, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação, antiderrapante, resistente ao ataque de substâncias corrosivas e que seja de fácil higienização (lavagem e desinfecção), não permitindo o acúmulo de alimentos ou sujidades. Deve ter inclinação suficiente em direção aos ralos, não permitindo que a água fique estagnada. Em áreas que permitam existência, os ralos devem ser sifonados, e as grelhas devem possuir dispositivos que permitam o fechamento. Os materiais, cerâmicos ou não, quando usados nas áreas críticas, não podem possuir índice de absorção de água superior a 4% individualmente ou depois de instalados no ambiente, além do que, o rejunte de suas peças, quando existir, também deve ser de material com esse mesmo índice de absorção. O uso de cimento sem qualquer aditivo antiabsorvente para rejunte de peças cerâmicas ou similares, é vedado tanto nas paredes quanto nos pisos das áreas criticas. Quando utilizadas no piso, as tintas a base de epóxi, PVC e poliuretano,devem resistir também a abrasão e impactos a que serão submetidas. 3.4.3 Rodapés A execução da junção entre o rodapé e o piso deve ser de tal forma que permita a completa limpeza do canto formado. Rodapés com arredondamento acentuado, além de serem de difícil execução ou mesmo impróprios para diversos tipos de materiais utilizados para acabamento de pisos, pois não permitem o arredondamento, em nada facilitam o processo de limpeza do local, quer seja ele feito por enceradeiras ou mesmo por rodos ou vassouras envolvidos por panos. Especial atenção deve ser dada a união do rodapé com a parede de modo que os dois estejam alinhados, evitando-se o tradicional ressalto do rodapé que permite o acúmulo de pó e é de difícil limpeza. 3.4.4 Paredes Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras, isento de fungos (bolores) e em bom estado de conservação. Se for azulejada deve respeitar a altura mínima de 2 metros. Deve ter ângulos arredondados no contato com o piso e teto. As tintas elaboradas a base de epóxi, PVC, poliuretano ou outras destinadas a áreas molhadas, podem ser utilizadas nas áreas críticas tanto nas paredes, tetos quanto nos pisos, desde que sejam resistentes à lavagem, ao uso de desinfetantes e não sejam aplicadas com pincel. 3.4.5 Forros e Tetos Acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras e em bom estado de conservação. Deve ser isento de goteiras, vazamentos, umidade, trincas, rachaduras, bolor e descascamento. Se houver necessidade de aberturas para ventilação, esta deve possuir tela com espaçamento de 2 mm e removíveis para limpeza. O pé direito no mínimo de 3 m no andar térreo e 2,7m em andares superiores. Pode utilizar forro removível. 3.4.6 Portas e Janelas As portas devem ter superfície lisa, de cores claras, de fácil limpeza, ajustadas aos batentes, de material não absorvente, com fechamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé. As entradas principais devem ter mecanismos de proteção contra insetos e roedores. Janelas com telas milimétricas limpas, sem falhas de revestimento e ajustadas aos batentes. As telas devem ter malha de 2 mm e serem de fácil limpeza e em bom estado de conservação. As janelas devem estar protegidas de modo a não permitir que os raios solares incidam diretamente sobre os alimentos ou equipamentos mais sensíveis ao calor. Todas as entradas de ar externas devem ser localizadas o mais alto possível em relação ao nível do piso. Não deve haver saliências e beiras nas portas e janelas a fim de evitar o acumulo de sujidades. 3.4.7 Iluminação O ambiente deve ter iluminação uniforme, sem ofuscamentos, sem contrastes excessivos, sombras e cantos escuros. As lâmpadase luminárias devem estar limpas protegidas contra explosão e quedas acidentais e em bom estado de conservação, sendo que não deve alterar as características sensoriais dos alimentos. 3.4.8 Ventilação Deve garantir o conforto térmico, a renovação do ar e que o ambiente fique livre de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. A circulação de ar no lactário, deve ser feita com o ar insuflado e controlado através de filtros ou através de exaustão com equipamentos devidamente dimensionados. A direção do fluxo de ar nas áreas de preparo dos alimentos deve ser direcionado da área limpa para a suja. Não devem ser utilizados ventiladores nem aparelhos de ar condicionado nas áreas de manipulação. O conforto térmico pode ser assegurado por aberturas de paredes que permitam a circulação natural do ar, com área equivalente a 1/10 da área do piso. 3.4.9 Instalações sanitárias Devem existir banheiros separados para cada sexo, em bom estado de conservação, constituído de vaso sanitário, pia e mictório para cada 20 funcionários, dispostos de bacia com tampa, papel higiênico, lixeira com tampa acionada por pedal, mictórios com descarga, pias para lavar as mãos, sabonete líquido ou sabão anti-séptico, toalha de papel, de cor clara, não reciclado. Nas instalações sanitárias exclusivas para funcionários das empresas produtoras de alimentos fica proibido o descarte de papel higiênico em lixeira, devendo ser este diretamente no vaso sanitário. As instalações sanitárias devem ser bem iluminadas, paredes e piso de cores claras, de material liso, resistente e impermeável, portas com molas, ventilação adequada com janelas teladas. Não devem se comunicar diretamente com a área de manipulação de alimentos ou refeitórios. 3.4.10 Tubulações de instalações prediais Nas áreas críticas e semicríticas todas tubulações devem ser embutidas ou protegidas, de tal forma que permita a perfeita higienização da superfície que as recobre sem por em risco a integridade da tubulação. 3.4.11 Aterramento Todos as instalações elétricas de um Lactário devem possuir um sistema de aterramento que leve em consideração a equipotencialidade das massas metálicas expostas em uma instalação. Todos os sistemas devem atender a normas da ABNT NBR 13.534 e NBR 5410 e NBR 5419, no que diz respeito ao sistema de aterramento. Fica proibida a utilização do sistema TN-C especificado na norma NBR 13.534 em Lactários. Nenhuma tubulação destinada a instalações pode ser usada para fins de aterramento. 3.4.12 Vestiário Separado para cada sexo, devendo possuir armários individuais e chuveiro para cada 20 funcionários, com paredes e pisos de cores claras, material liso, resistente e impermeável, portas com molas, ventilação adequada e janelas teladas. 3.4.13 Lixo Deve estar disposto adequadamente em recipientes com tampas, constituídos de material de fácil higiene. O lixo fora do lactário deve ficar em local fechado, isento de moscas, roedores e outros animais. O lixo não deve sair do lactário pelo mesmo local onde entram as matérias primas. Na total impossibilidade de áreas distintas, determinar horários diferenciados. O lixo deve estar devidamente adicionado, de modo que não represente riscos de contaminação. 3.4.14 Esgotamento Sanitário Ligado à rede de esgoto, ou quando necessário tratado adequadamente para ser eliminado através de rios ou lagos. Não deverá existir dentro das áreas de preparo de alimentos, caixa de gordura ou de esgoto. Caso a região onde o lactário estiver localizado tenha rede pública de coleta e tratamento de esgoto, todo o esgoto resultante desse pode ser lançado nessa rede sem qualquer tratamento. Não havendo rede de coleta e tratamento, todo esgoto terá que receber tratamento antes de ser lançado em rios, lagos, etc. (se for o caso). 3.4.15 Áreas para preparação das mamadeiras 3.4.15.1 Sala de preparo das mamadeiras: Pias com água corrente quente e fria, para manipulação e lavagem de material usado no preparo das mamadeiras (frascos, bicos, protetores para bicos), chupetas e seus protetores, equipamentos e utensílios do lactário. Deverá haver coleta e afastamento de efluentes diferenciados e a depender dos equipamentos utilizados, neste caso é obrigatório a apresentação do layout da sala com o equipamento. Além disso, considera-se área que requer climatização e controle na qualidade do ar. Atividades específicas da área: fazer o preparo de fórmulas lácteas e não lácteas, fazer o envase, rotulagem e esterilização das fórmulas lácteas e não lácteas. Entretanto, deve-se permitir a passagem direta das mamadeiras entre estes ambientes através de guichê ou similar. 3.4.15.2 Área para armazenamento em temperatura ambiente (estoque): Esta área destina-se a armazenamento de alimentos à temperatura ambiente. Poderá ser de uso comum o estoque da UND com a opção ainda de utilizar-se armários com ventilação adequada ou ainda prateleiras sob os balcões dentro da sala de preparo. Os alimentos devem ser separados por grupos, no caso, tipos de leites e fórmulas lácteas, separados da parede e entre pilhas no mínimo 10 cm e distante do forro 60 cm. Prateleiras com altura de 25 cm do piso. Não deve existir entulho ou material tóxico nesta área, sendo o material de limpeza armazenado separadamente dos alimentos. Ventilação adequada. Nesta área não devem existir equipamentos que propiciem condições que interfiram na qualidade e nas condições sensoriais dos alimentos. 3.4.15.3 Área para armazenamento em temperatura controlada Esta área destina-se ao armazenamento de alimentos perecíveis ou rapidamente deterioráveis, ou seja, mamadeiras já envasadas, frango para preparação de “fórmula de frango”. Os equipamentos de refrigeração e congelamento devem ser de acordo com a necessidade e tipos de alimentos a serem produzidos/ armazenados. Serão disponibilizados dois refrigerados, sendo um para armazenar mamadeiras prontas e outro para armazenar mamadeiras higienizadas e desinfetadas. No caso de possuir apenas uma geladeira ou câmara, o equipamento deve estar regulado para o alimento que necessitar de menor temperatura. 3.4.15.4 Área para higiene/ guarda dos utensílios de preparação Local separado e isolado da área de processamento, contendo água quente e fria, além de espaço suficiente para guardar peças de equipamentos e utensílios limpos, nomeado “Sala de limpeza”. Afastamento de efluentes diferenciados e a depender dos equipamentos utilizados, neste caso é obrigatória apresentação do layout da sala com o equipamento. Atividades específicas da área: receber, higienizar e esterilizar mamadeiras e demais utensílios utilizados. 3.4.15.5 Área para cocção/ reaquecimento Área para cocção com equipamentos que se destinem ao preparo de alimentos quentes, neste caso localizada na área de preparo de mamadeiras. O fogão utilizado será de apenas 2 chamas. 3.4.15.6 Sala da administração A área deve estar localizada acima do piso da área total da cozinha, com visor que facilite a supervisão geral do ambiente e das operações de processamento. Será comum a sala de administração da UND. 3.4.15.7 Área para guarda de botijões de gás De acordo com a ABNT deve existir área exclusiva para armazenamento de recipientes de GLP e seus acessórios. A delimitação desta área deve ser com tela, grades vazadas ou outro processo construtivo que evite a passagem de pessoas estranhas à instalação e permita uma constante ventilação. Dependendo do consumo, os cilindros são descentralizados ou centralizados. Quando o consumo for superior a 1kg/h adota-se o sistema centralizado em cilindros transportáveis, e quando for superior a 30kg/h adota-se o sistema centralizado em cilindros estacionários. O dimensionamento da central é função do consumo e da regularidade do abastecimento. Neste caso, a área será comum a da UND do hospital. 3.4.15.8 Área para higienização e guardade material de limpeza ambiental Esta área é exclusiva para higienização de material de limpeza e deve ter tanque provido de água fria e quente. Neste caso localizada na sala de limpeza. 3.4.15.9 Área/ Local para higiene das mãos Deve existir lavatórios exclusivos para higiene das mãos. Quando não houver separação de áreas deve existir pelo menos uma pia para higiene das mãos, em posição estratégica em relação ao fluxo de preparações dos alimentos, torneiras dos lavatórios acionadas sem contato manual. Não deve existir sabão anti-séptico para higiene das mãos nas pias utilizadas para manipulação e preparo dos alimentos, devido ao alto risco de contaminação química dos alimentos. No lactário em questão haverá um lavatório na área de limpeza e um segundo na área de preparação. 3.5 Fluxograma do lixo � 3.6 Fluxograma da preparação dos alimentos � 3.7 Fluxograma de higienização de equipamentos � 3.8 Fluxograma de higienização de Utensílios � 3.8.1 Fluxograma de higienização de mamadeiras � 3.9 Fluxograma de higienização do ambiente � 3.10 Preservação do meio ambiente 3.10.1 Água A água utilizada para o consumo direto ou no preparo dos alimentos deve ser controlada independente das rotinas de manipulação dos alimentos. É obrigatório a existência de reservatório de água. O reservatório deve estar isento de rachaduras e sempre tampado, devendo ser limpo e desinfetado nas seguintes situações: quando for instalado a cada 6 meses na ocorrência de acidentes que possam contaminar a água (animais, sujeira, enchentes) A água para consumo deve ser límpida, transparente, insípida e inodora. As águas de poços, minas e outras fontes alternativas só devem ser usadas desde que não exista risco de contaminação (fossa, lixo, pocilga) e quando submetidas a tratamento de desinfecção. Após a desinfecção da água deve ser realizada análise bacteriológica em laboratório próprio ou terceirizado. A utilização de sistema alternativo de abastecimento de água deve ser comunicada à Autoridade Sanitária. O gelo para utilização em alimentos deve ser fabricado com água potável, de acordo com os Padrões de Identidade e Qualidade vigentes. O vapor, quando utilizado em contato com produtos ou superfícies que entram em contato com alimentos, não pode representar riscos de contaminação. Para higiene (lavagem e desinfecção) dos reservatórios, devem ser utilizadas metodologias oficiais. 3.10.2 Resíduos e Lixo Deve estar disposto adequadamente em recipientes com tampas, constituídos de material de fácil higiene. O lixo fora da cozinha deve ficar em local fechado, isento de moscas, roedores e outros animais. O lixo não deve sair da cozinha pelo mesmo local onde entram as matérias primas. Na total impossibilidade de áreas distintas, determinar horários diferenciados. O lixo deve estar devidamente adicionado, de modo que não represente riscos de contaminação. É indicado aplicação de coleta seletiva. 3.10.3 Controle Integrado de Pragas Devem ser implantados procedimentos de boas práticas de modo a prevenir ou minimizar a presença de insetos e roedores. A aplicação de produtos só deve ser realizada quando adotadas todas as medidas de prevenção, só podendo ser utilizados produtos registrados no Ministério da Saúde. 3.11 Relações Humanas 3.11.1 Dimensionamento de Pessoal Não há fórmula para cálculo de dimensionamento de pessoal. Tendo em vista a quantidade de mamadeiras produzidas, verificou-se a necessidade de uma Nutricionista e de uma Lactarista, sendo que estará disponível para cobrir folgas da lactarista uma copeira do hospital. A copeira, ficará responsável por distribuir as mamadeiras no período da noite após treinamento especifico. 3.11.2 Cargos e funções Cargo: Nutricionista Funções: Administrar UND e Lactário, Treinar colaboradores, supervisionar lactarista, recolher informações sobre quadro médico dos pacientes, para preparação das fórmulas lácteas. Cargo: Lactarista Funções: Preparar as fórmulas lácteas, identificar, distribuir, higienizar mamadeiras, aplicar treinamentos para os pais de pacientes. Cargo: Copeira da UND Funções: Distribuir mamadeiras, pré-preparadas pela lactarista, em turno que a mesma estará ausente do lactário, ou seja, à noite. 3.11.3 Recrutamento e seleção Os funcionários que atuam no lactário são admitidos após seleção pelo departamento de recursos Humanos do Hospital, conforme necessidade de substituição ou aumento do quadro operacional. Quadro operacional: Cargo/Função Nº Sexo Qualificação Lactarista 01 F Curso de Lactarista fornecido pelo Hospital Há uma copeira do Hospital treinada para cobrir as folgas da Lactarista. A responsável pela supervisão do trabalho do Lactário é a Nutricionista. Para Cargo de Nutricionista será exigido graduação em Nutrição e Dietética, um ano de experiência em lactário. A seleção será através de prova escrita e entrevista com psicólogos da UND. Para o cargo de Lactarista será exigido Ensino Médio completo, Curso para lactarista, um ano de experiência em lactário. A seleção será através de prova escrita e entrevista com psicólogos da UND. 3.11.4 Organograma � 3.11.5 Desenvolvimento e aplicação de Programa de Treinamento Método utilizado para treinamento dos funcionários, relativo a higiene pessoal e higiene na manipulação do produto. O treinamento é realizado para a lactárista através de palestras ministrado pelo técnico em nutrição ou pela própria nutricionista. A lactárista é informada sobre os cuidados de higienização e manipulação durante o preparo e distribuição das mamadeiras no setor de pediatria do hospital. Os treinamentos são realizados periodicamente ou conforme necessidade. Os funcionários que compõe o quadro de Serviço de Nutrição e Dietética recebem desde a admissão instruções sobre normas de funcionamento e rotinas do setor. Os treinamentos basicamente englobam: Normas de boas práticas de higiene; Técnicas de manipulação de alimentos; Higiene pessoal e das mãos; Higiene do local e utensílios; Importância do aleitamento materno; Padronização de fórmulas lácteas. Paramentação A paramentação deve ser feita sempre antes de o funcionário entrar na área de preparo de fórmulas, cada vestimenta é de uso exclusivo de uma única pessoa e deve ser substituída a cada jornada de trabalho, e toda vez em que o funcionário se retirar e ao retornar ao local. Ao entrar na área de preparo de fórmulas o funcionário deve: Colocar a touca descartável (sobre a touca do uniforme); Colocar o pro - pé; Vestir o avental; Dirigir-se a pia e higienizar as mãos de acordo com a rotina estabelecida. Higiene das mãos A assepsia das mãos é uma etapa obrigatória para todos os funcionários que trabalham em um lactário; a fim de assegurar boas condições de higiene pessoal, e evitando assim o risco de contaminação por vias bacterianas . Regras para lavagem e assepsia das mãos: Primeiramente o funcionário deve certificar-se que suas mãos e punhos estão livres de adornos (relógios e jóias); Abre a torneira e lava as mãos e antebraços com sabão líquido anti-séptico fazendo movimentos circulares com as pontas dos dedos sobre as palmas da mão até a altura do punho; Realiza o enxágüe esfregando bem as mãos pra retirar todo o resíduo do sabão; Enxuga as mãos com papel toalha; Fecha a torneira utilizando papel toalha para não re-contaminar as mãos, pois não há instalação de lavatórios com pedal. A unidade do lactário compete: - Preparar fórmulas destinadas à alimentação infantil, dentro dos princípios da Nutrição; - Observar o sistema de distribuição da alimentação infantil em todas as áreas do hospital; - Controlar a produção das fórmulas infantispara fins estatísticos; - Realizar sistemas de higienização de frascos, vidros e mamadeiras, acessórios, materiais, equipamentos e área de trabalho; - Desenvolver programas de treinamento e Educação em serviço Condutas na área de preparo de fórmulas Todo o funcionário, antes de dirigir-se à área de manipulação e preparo de fórmulas deve: Retirar adornos (anéis, correntes, relógios) e demais pertences; Realizar a higienização das mãos até a altura do antebraço com sabão anti-séptico e água corrente. Não é permitido durante o preparo das fórmulas infantis; Falar, cantar, tossir, espirrar; Entrar no lactário com alimentos, mascar goma, chupar balas ou similares. Entrar no lactário sem o uniforme específico; Experimentar as fórmulas com as mãos; Fumar; Manipular dinheiro. A nutricionista supervisiona o cumprimento das rotinas de limpeza e sanitização da área, instalações, equipamentos, utensílios e materiais empregados. Fórmulas infantis industrializadas Na etapa de recebimento o material deve ser avaliado qualitativa e quantitativamente, seguindo critérios pré-definidos para cada tipo de produto: Observar a data de validade e fabricação; Observar as condições da embalagem: devem estar limpas, íntegras (sem estar amassadas, livre de sinais de ferrugens ou violadas ); Conferir a rotulagem: deve constar o nome e a composição do produto, lote, data de fabricação e validade, número de registro no órgão oficial, endereço do fabricante. Leite Materno O leite materno é envasado em nosso lactário somente para crianças que não apresentam boa sucção e apresentam necessidades especiais; Sendo um excelente meio de cultura, em nosso lactário só é envasado o leite que é proveniente do Banco de leite de nossa região, a fim de garantir que o mesmo esteja livre de contaminações. O leite materno chega ao lactário diariamente em vidros fechados com tampa plástica (vidros vazios de maionese) congelado acondicionada em uma caixa térmica específica para esta finalidade. A caixa térmica é identificada com o nome do hospital e possui termômetro na parte interna para controle da temperatura. Rotina para o envase do leite materno O leite materno é descongelado na área de preparo de fórmulas infantis do lactário. A funcionária retira os vidros com o leite congelado da caixa térmica, verifica com a enfermeira supervisora quais as mães doadoras de leite e os respectivos bebês que receberão o leite materno. O degelo dos vidros de leite materno é feito em Banho-Maria, é extremamente proibido aquecer o leite materno diretamente em utensílios sob ação do fogo. Após o degelo, a funcionária agita o vidro para misturar bem o leite, retira a tampa e com auxílio de seringa descartável punciona o volume de leite a ser oferecido para cada criança de acordo com o mapa de dietas que é atualizado diariamente pela nutricionista. Geralmente o leite materno é envasado em copinhos graduados com tampa. Uso de chuquinhas só quando solicitado pela fonoaudióloga ou pediatra. Com o término do envase do leite nos copinhos graduados procede-se a identificação e os mesmos são acondicionados em caixas plásticas com tampa e encaminhados à geladeira dos setores. Identificação das fórmulas infantis A funcionária recebe da nutricionista ou enfermeira do setor as requisições de alimentos infantis a serem preparados; Anota o nome da criança, setor, tipo de fórmula, freqüência de horário, volume por mamadas e solicitante em um instrumento. Após preparar as fórmulas infantis, de acordo com as prescrições dietéticas, a funcionária faz o envase e a identificação das dietas utilizando etiquetas de uso exclusivo do lactário. Existem dois tipos de etiquetas para identificação de fórmulas infantis: Etiquetas para uso comum nas alas de Pediatria e UTI-Pediátrica. Modelo: LA: ____________ Nome: ___________ _________________ Dieta: ___________ _________________ Horário: _________ Etiquetas para fórmulas destinadas à recém nascidos, geralmente da UTI - Neo Natal; onde se usa o nome da mãe para identificação. Modelo: Nome do Hospital Identificação de fórmulas infantis Data: ___/___/ Ala: ___________ RN: ________ Fórmula: _______ Horário:_____ Diluição: _______ Válido até: ___________ Rotina de armazenamento de leites infantis As fórmulas infantis em pó são armazenadas à temperatura ambiente. As latas são dispostas nos armários do lactário obedecendo a data de fabricação, sendo que os produtos de fabricação mais antiga são posicionados a serem consumidos em primeiro lugar (PEPS) ; É extremamente proibido entrar nas áreas do lactário: caixas de papelão ou de madeira; Os alimentos que necessitam ser transferidos de suas embalagens originais devem ser acondicionados de forma que se mantenham protegidos; em contendores de material plástico, descartável ou de vidro devidamente higienizados e identificados; Nunca utilizar produtos vencidos; Os produtos descartáveis (seringas, papel-toalha entre outros) devem ser armazenados separadamente dos gêneros alimentícios. Os produtos de limpeza são armazenadas em armário específico para esta finalidade na área de higienização de mamadeiras e utensílios. Rotina de armazenamento de produtos e material de limpeza Os produtos e material de limpeza usado são armazenados em armário próprio para esta finalidade, separados dos gêneros alimentícios e utensílios do lactário. As vassouras, rodos e baldes ficam dispostos em um armário para material de limpeza localizado no vestiário do lactário. Copinhos graduados e tampinhas Após recolher os utensílios, a funcionária separa os copinhos das tampinhas; Procede a lavagem sob água quente para retirar o excesso de sujidades; Lava os utensílios com água e detergente líquido; Esfregar com auxílio de esponja; Enxaguar; Aos enxágüe, retirar o acúmulo de sujidades que se acumulam no fundo dos frascos com escova específica para esta finalidade; Enxaguar novamente até retirar todo o resíduo de sabão; Colocar os utensílios sob imersão em solução clorada, utilizando hipoclorito de sódio à 1% dentro de uma caixa plástica com tampa própria para esta finalidade por um período de 30 minutos. Vidros para armazenamento do leite humano É realizada a lavagem sob água quente para retirar o excesso de sujidades; Verifica-se se o invólucro de papel que fica aderido na tampa dos vidros foi retirado; Lava os vidros com água e detergente líquido; Esfregar com auxílio de esponja; Enxaguar; Se pega os vidros e os coloca em uma panela com água sob fervura por um período de 05 minutos; Retiram-se os vidros da panela; Coloca os utensílios sob imersão em solução clorada, utilizando hipoclorito de sódio à 1% dentro de uma caixa plástica com tampa própria para esta finalidade por um período de 30 minutos Observação: Para controle das rotinas de desinfecção descritas é utilizado uma etiqueta para controle próprio do Lactário conforme modelo a seguir: Nome do Hospital Serviço de Nutrição e Dietética Controle da etapa de desinfecção de vidros e mamadeiras. Solução: Hipoclorito de Sódio Data de uso: __/__/__ Horário da imersão ________ Válido até ________ Diluição do Hipoclorito de Sódio à 200 PPM Volume de água Quantidade de Produto Para 01 litro de água 15 ml de hipoclorito de sódio Para 05 litros de água 75 ml de hipoclorito de sódio Para 10 litros de água 150 ml de hipoclorito de sódio Para 20 litros de água 300 ml de hipoclorito de sódio Padronização e sua importância A técnica dietética aplicada à alimentação da criança, determina a seleção dos alimentos adequados e estuda as modificações a que devem ser submetidos para melhor atender às necessidades nutricionais da criança.Como já descrito o aleitamento materno será sempre a nossa primeira alternativa, pois as propriedades deste serão sempre incomparáveis quando nos deparamos com todas as vantagens que o leite humano traz para o desenvolvimento da criança. Na impossibilidade do leite humano (casos especiais) são prescritas fórmulas dietéticas baseadas na diluição do leite de vaca fresco, ou em pó. Desde quando há manipulação, é necessário estabelecer-se métodos e regras para que, cumpridos os objetivos da técnica dietética, a criança receba seu alimento em condições adequadas, ou seja, tanto do ponto de vista nutricional quanto higiênico-sanitário. Para preservar o valor nutricional das fórmulas dietéticas destinadas à criança é necessário obedecer a prescrição dietética que indica quantidade dos ingredientes a serem usados e como prepará-los de forma adequada. Nas fórmulas com leite em pó, obedecemos a proporção entre alimentos sólidos e líquidos e as diluições que são geralmente expressas em porcentagem do pó, o que representa a reconstituição aproximada de leites frescos, integrais e materno. A maneira de obter uma preparação adequada do ponto de vista sanitário e higiênico é pela cocção dos componentes básicos das misturadas e desinfecção apropriada de todos os utensílios e vasilhas que entram em contato com a fórmula. Com o objetivo de auxiliar o profissional lactarista apresentamos na tabela a seguir o receituário padrão das fórmulas comumente utilizadas em nosso lactário. Preparo de Formulas Na impossibilidade do aleitamento materno são prescritas fórmulas dietéticas baseadas na diluição do leite industrializado em pó ou leite de outras origens. Desde quando há manipulação é necessário estabelecer-se rotinas e regras, para que a criança receba seu alimento em condições adequadas. Diluição A diluição é feita com água fervida e o substituto do leite, segundo a indicação do médico ou nutricionista, de acordo com a idade da criança. Nas fórmulas com leite em pó, deve-se obedecer a proporção entre os elementos sólidos e líquidos e as diluições são geralmente de 10 à 16,3 % do pó o que representa a reconstituição aproximada. Em nosso lactário a maneira de obter uma preparação adequada do ponto de vista higiênico-sanitário é pela cocção dos componentes básicos das misturas e da desinfecção apropriada de todos os vasilhames e utensílios que entram em contato com a fórmula. Normalmente as fórmulas industrializadas vêm com uma colher medidora para a reconstituição do leite, porém pode-se fazer o cálculo da quantidade de pó a ser utilizada através de porcentagens definidas para cada tipo de fórmula. Observação: É importante ressaltar que há possibilidade de, em casos excepcionais, se preparar mamadeiras suplementares, pedidos extras, substituições de mamadeiras utilizadas ou fórmulas não utilizadas na padronização, desde que o requisitante tenha motivos relevantes para tal, que serão analisados pela nutricionista. Padronização A padronização de fórmulas infantis no lactário hospitalar, consiste na pesquisa, avaliação e implantação de um número restrito de formulações, uniformizando-as para que atendam às necessidades dos pacientes atendidos pelo hospital. Volume diário de mamadeiras produzidas; Tipos de formulações mais utilizadas; Necessidades nutricionais por faixa etária; Condições físico-funcionais do lactário; Vantagens da Padronização Uniformização das marcas, tipos e diluições das fórmulas lácteas e hidratantes; Racionalização do trabalho no lactário e enfermagem; Diminuição de custos; Melhora do serviço prestado no lactário; Diminuição do tempo de preparo; Ao terminar a produção, a funcionária deve se dirigir a ante-sala, retirar a paramentação e encaminhar a roupa ao setor de lavanderia. 3.11.6 Avaliação do Treinamento desenvolvido 3.11.7 Programa de Educação Nutricional para pais de pacientes do Lactário 3.12 Legislação 3.12.1 Legislação trabalhista Segue-se o cumprimento da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), a qual estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, criada em 1942, no governo de Getúlio Vargas. Tempo de contrato de trabalho Pode-se dividir em dois tipos: contratos de duração determinada e contratos de duração indeterminada. Contrato de duração determinada: é o contrato no qual o empregado e o empregador decidem fixar, antecipadamente, o momento final do trabalho. Isso ocorre através: De um prazo previamente combinado pelas partes. De execução de um serviço especificado. Ressalta-se: O contrato de experiência, cujo prazo máximo para sua duração é de 90 dias, integra esta modalidade de contrato. Contrato de duração determinada: é o contrato de trabalho que inicia-se com a admissão do empregado pelo empregador e continua através do tempo, sem que as partes estabeleçam previamente um prazo final para sua existência. Em nossa sociedade, a maioria dos contratos de trabalho é de duração indeterminada. A característica dos contratos desse tipo é prolongar-se indefinidamente pelo tempo até que uma das partes decida interrompê-los. Salário e Remuneração. Salário é o pagamento realizado diretamente pelo empregador para o empregado, como retribuição pelo seu trabalho. Não compõem o salário ao pagamento de natureza indenizatória como a ajuda de custo, para cobrir despesas do trabalho, os pagamentos de natureza previdenciária, os pagamentos realizados por direitos intelectuais (direito do autor); a participação nos lucros e as gratificações não-eventuais. - Jornada de trabalho: a duração do trabalho normal não pode ser superior a oito horas diárias e 44 semanais, totalizando 220 horas mensais, sendo permitida a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. - Trabalho noturno: considera-se noturno o trabalho executado entre 22h00 até 5h00. Neste período a remuneração terá um acréscimo mínimo de 20 5 calculado sobre a hora diurna. Conforme legislação trabalhista, a hora noturna é menor do que a diurna, sendo computada a cada 52 minutos e 30 segundos. - Hora extra: denomina-se hora extra a que se excede à jornada máxima legal ou a estabelecida por contrato. Além do limite fixado, para jornada normal de trabalho, o serviço extraordinários será remunerado conforme acordo sindical. Vale lembrar que inúmeras empresas utilizam o banco de horas, ou seja, o empregado poderá usar as horas excedentes em folgas. Faltas ao trabalho: Havendo falta não justificada, o e empregador está autorizado a descontar do salário os valores referente ao dia da ausência. As causas de justificação são aquelas expressamente previstas no contrato de trabalho, na convenção coletiva, no regulamento da empresa e na lei. São consideradas faltas justificadas: Até dois dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua CTPS, viva sob sua dependência econômica. Até três dias consecutivos, em virtude de casamento; No caso de nascimento de filho, por cinco dias (homens); Por 1 dia, ema cada 12 meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue; Ate dois dias, para alistamento ou transferência eleitoral; Para cumprir as exigências do Serviço militar obrigatório; Para realizar exame vestibular de ingresso em estabelecimento de ensino superior; Por motivo de doença do empregado, comprovada por atestado medico; Para servir com testemunha em juízo; Para servir como jurado; Para comparecer na Justiça do trabalho, quando necessário; Férias: é o período mais ou menos prolongado de tempo destinado a recomposição física e mental do trabalhador pelo lazer e descanso. Direito de férias: Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejudicar o seu salário. O tempo que o empregado leva para adquirir esse direito denomina-seperíodo aquisitivo, tendo a duração de 12 meses. Após cada período, de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na proporção, a saber: - 30 dias corridos, se não faltou ao trabalho mais de 5 vezes; - 24 dias corridos, se possuir de 6 a 14 faltas; - 18 dias corridos, se obteve de 15 a 23 faltas; - 12 dias corridos, se obteve de 24 a 32 faltas. As férias serão concedidas pelo empregador, nos 12 meses seguintes ao termino do período aquisitivo. Esse prazo que o empregador possui para conceder as férias é denominado período concessivo. A concessão das férias devera ser comunicada, por escrito ao empregado com antecedência mínima de 30 dias. Em geral, a época de concessão das férias será aquela que melhor se adapte a disponibilidade do empregador. Porem aponta-se como exceção a esta regra, o direito do estudante, menor de 18 anos, em coincidir suas férias de trabalho com as férias escolares. As férias devem ser concedidas de preferência em um único bloco. Excepcionalmente a lei admite a divisão em dois períodos, não podendo ser inferior a 10 dias corridos. Essa divisão é proibida para empregados menores de 18 anos e maiores de 50 anos. Férias coletivas: A CLT permite que a empresa conceda férias coletivas a seus empregados, mediante comunicação ao Ministério do Trabalho e ao Sindicato respectivo. As férias coletivas serão totais, quando englobarem todos os setores da empresa; ou parciais, quando abrangerem alguns setores. Aqueles empregados que ainda não adquiriram o direito a férias integrais gozarão férias proporcionais durante as férias coletivas, iniciando-se após, novo período aquisitivo. O empregador poderá determinar que estes empregados cumpram jornada de trabalho nos dias que excederem sua férias proporcionais. As férias coletivas poderão ser gozadas em dois períodos anuais, desde que nenhum deles seja inferior a 10 dias corridos. Remuneração férias: o empregado recebera durante as férias anuais a remuneração correspondente a, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal. Extinção do contrato de trabalho: O contrato de trabalho, tem caráter transitório. Nasce com a admissão do empregado pelo empregador. Vive por meio do trabalho continuando, remunerado e subordinado do empregado em relação ao empregador. E termina mediante os diversos meios de extinção do contrato de trabalho. Acordo: Ocorre acordo quando o empregado e o empregador combinam amigavelmente, uma forma de encerrar o contrato de trabalho. O acordo, portanto, e o resultado do ajuste entre as partes que, mutuamente, consentem com os seus termos. Em regra, o acordo precisa ser homologado (aprovado), judicialmente para evitar prejuízos a direitos fundamentais do trabalhador (noa é permitida a utilização dos depósitos do FGTS. - Pedido de demissão: Ocorre demissão quando o empregado, por sua própria vontade, decide romper o contrato de trabalho. Nessa hipótese deve o empregado comunicar ao empregador sua decisão, oferecendo-lhe aviso prévio. A falta de aviso prévio por parte do empregado da ao empregador o direito de descontar o salário correspondente ao período. O empregado terá direito ao 13º e as férias proporcionais. Não podendo utilizar o FGTS. - Aviso prévio: é notificação pela qual a parte que deseja encerrar o contrato, comunica antecipadamente, sua decisão. - Dispensa com justa causa: só é justa causa aquela conduta expressamente prevista na lei, que é taxativa. Nos despedimentos com justa causa o empregado sofre diversos prejuízos, perdendo, por exemplo, direito a aviso prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais, utilização dos depósitos do FGTS. 3.12.2 Contrato de trabalho (modelo) ============================================================================= C O N T R A T O D E EX P E R I ÊN C I A ================================================================ Por este instrumento particular, que entre si fazem a XXXXXXXXXX, com sede à cidade de SÃO JOSE DOS CAMPOS, sito a Rua XXXXX, Nº.00- XXX e o XXXXXXXX, portador da CTPS 0000 série 000 SP, doravante chamado EMPREGADO, firmamos presente Contrato Individual e o trabalho em caráter de Experiência, conforme a letra "C" da CLT 2 Par. do art.443,da Consolidação das Leis do Trabalho, mediante as seguintes condições: 1) - O Empregado trabalhará para a Empregadora, exercendo a função XXXXXXX, setor XXXXXXXX mediante a remuneração de R$000,00 ( XXXX REAIS ) por mês, e podendo ainda ser transferido para outra seção sucessivamente, no interesse da Empregadora. 2) - O horário a ser obedecido será da seguinte maneira: 00:00h às 00:00 h e das 00:00 às 00:00h de Segunda à sexta-feira. Aos sábados o horário será das 00:00 as 00:00h. O descanso semanal remunerado será aos domingos. 3) - Este contrato tem início a partir de xx de xxxxxxxx, vencendo-se em XXXXXXXde 2007, podendo ser prorrogado por mais 45 dias, conforme art.. 445 da C.L.T. 4)- O Empregado se compromete a trabalhar em regime de compensação e de prorrogação de horas, inclusive em período noturno, sempre que as necessidades assim o exigirem, observadas as formalidades legais. 5) - Obriga-se o empregado, além de executar com dedicação e lealdade o seu serviço, a cumprir o regulamento interno da empregadora, as instruções de sua administração e as ordens de seus chefes e superiores hierárquicos, relativas as peculiaridades dos serviços que lhe forem confiados. 6) - Em caso de danos causados pelo empregado, fica a Empregadora autorizada a efetuar o desconto da importância correspondente ao prejuízo, o qual fará com fundamento no Par. 1 do art. 462 da C.L.T.. Os descontos aos quais se refere o art. em questão serão os decorrentes de determinações legais e convencionais, como também os oriundos de dolo, imprudência ou negligência causados pelo empregado no desempenho de suas funções. 7) - Aplicam-se a este contrato todas as normas, em vigor relativas aos contratos a prazo determinado, devendo sua rescisão antecipada por justa causa, obedecer ao disposto nos arts.479 e 480 da C.L.T., conforme o caso. 8) - Vencido o período experimental e continuando o empregado a prestar serviços a Empregadora, por tempo indeterminado ficam prorrogadas todas as clausulas aqui estabelecidas enquanto não rescindir o contrato de trabalho. 9) - Podendo alterar seu horário conforme as necessidades da empresa. E por estarem de pleno acordo,as partes contratantes assinam o presente contrato de experiência em duas vias, ficando a primeira em poder da empregadora e a segunda com o empregado. _________________________________ ___________________________ EMPREGADOR EMPREGADO XXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXX SÃO JOSÉ DOS CAMPOS, 02 DE JANEIRO DE 2007 TERMO DE PRORROGACÃO Por mutuo acordo entre as partes, o presente Contrato de Experiência que vence em 15/02/2007 e fica prorrogado até 01/04/2007. _______________________ _________________________ EMPREGADOR EMPREGADO XXXXXXXXXXXXXXXXXXX XXXXXXXXXXXXXXXXXXX SÃO JOSE DOS CAMPOS, 01 DE ABRIL DE 2007. 4. METODOLOGIA Para elaboração deste projeto foram utilizados como fonte de pesquisa, livros, revistas, sites da Internet, datados no período dos últimos 10 anos. Utilizamos à Biblioteca do SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, fazendo uso dos computadores e livros disponíveis. Foram realizadas duas visitas técnicas em dois Lactários da cidade de São José dos Campos, aplicando check in list apropriado. Realizadas as visitas, elaboramoso projeto de um lactário. 5. RESULTADOS e DISCUSSÕES HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS SIM SIM NÃO NÃO NA Lavatório X X Torneira acionada sem o comando das mãos X X Lixeira com saco plástico e tampa de acionamento por pedal X X ESTERILIZAÇÃO DE MAMADEIRAS e ARMAZENAMENTO Escovas para limpeza de mamadeiras e bicos X X Fervura X X Autoclave de porta única X X AMBIENTE Local para guarda de materiais, de fácil limpeza e desinfecção X X Ralo sifonado/com tampa escamoteável, conforme a RDC n°50/02 X X PRODUÇÃO E ARMAZENAGEM Manipulador exclusivo para fórmulas lácteas X X Produtos com identificação, registro no órgão competente, n° de lote e/ou data de fabricação X X Realiza desinfecção das embalagens metálicas antes de abri-las X X Realiza controle bacteriológico das fórmulas lácteas X X HIGIENIZAÇÃO DE BICOS E UTENSILIOS Os utensílios sofrem Lavagem, desinfecção e esterilização X X Água quente X X Desinfecção com hipoclorito X X Verificou-se que quanto a higienização das mãos, os dois lactários possuem lavatórios específicos, porém sem acionamento de torneira sem comando das mãos, e possuem lixeira com acionamento por pedal. O fato de a lixeira funcionar por acionamento de pedais diminui ou anula o contato do funcionário com a lixeira, evitando contaminação. Como as torneiras são acionadas com o comando das mãos o processo mais seguro, é utilizar uma toalha de papel, para proteger as mãos que já estão higienizadas, para fechá-la. Nas duas unidades visitadas, observou-se que existem escovas próprias para limpeza de mamadeiras e bicos. A esterilização ocorre por fervura, pois nenhum dos lactários possui autoclave. A esterilização através de fervura não é muito recomendável por provocar o escurecimento das mamadeiras, danificando o material e deixando com aparência suja. O método Milton é mais indicado, por sua segurança e melhor conservação das mamadeiras. A autoclave é um equipamento de alto valor econômico, e para utilização em lactários de grande porte, no caso das unidades visitas a quantidade de mamadeiras produzidas diariamente é muito baixa. Em ambos o local para guarda de materiais é de fácil limpeza e desinfecção, Os ralos são sifonados com tampa escamoteável. Por se tratar de alto risco de contaminação deve-se tomar extremo cuidado com ralos, procurando mantê-los sempre fechados e aplicando a higienização no período necessário. Há um manipulador exclusivo para fórmulas lácteas, os produtos estão devidamente identificados. Em ambos são cumpridos os cuidados na manipulação de produtos, desde a desinfecção das embalagens metálicas antes de abri-las. A manipulação por um colaborador específico, no caso a lactarista, evita contaminação dos alimentos, lembrando dos riscos em geral de contaminação que se encontram em um hospital. É realizado controle bacteriológico das fórmulas lácteas. O processo de esterilização tanto de utensílios, como mamadeiras e bicos é feito através de lavagem, desinfecção e esterilização, utilizando-se água quente e hipoclorito. 6. CONCLUSÃO 7. ANEXOS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Arrumar ... Centro de Vigilância Sanitária do Governo do Estado de São Paulo. Portaria CVS 6. Disponível em: http://www.cvs.saude.sp.gov.br Acesso em: 07 de maio de 2007. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Glossário. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/resol/2002/50_02rdc.pdf. Acesso em: 5 de maio de 2007. Portaria nº 34, de 13 de janeiro de 1998 http://www.anvisa.gov.br/divulga/public/alimentos/cartilha_gicra.pdf acesso em 05 de maio de 2007 http://e-legis.bvs.br/leisref/public/showAct.php?id=376 Acesso em: 19 de maio de 2007. http://www.pediatriasaopaulo.usp.br/upload/pdf/681.pdf. Acesso em: 11/08/2007. Fórmula modularizada para o tratamento de lactentes com diarréia crônica e intratável. Francisco R. Carazza, Carmen Augusta de F. Archilla, Vera A. Elias de Fina. Pediatras Aplicar álcool a 70% Secar com uso de rodo Lavagem com água e detergente Retirada de resíduos Nutricionista Copeira da UND Diretor do Hospital Lactarista Armazenar separadamente as peças sob refrigeração Escorrer em escorredor de mamadeiras Desinfecção (Imersão das peças separadas em solução de hipoclorito de sódio em potes fechados) Lavagem com escovas Peças de molho em água morna e detergente Separação das peças Pré-lavagem em água morna Borrifar álcool a 70% Desinfetar por imersão em água fervente por 10 min Lavar com detergente neutro Remontar as peças e borrifar álcool a 70 % Secar com pano descartável Esfregar com esponja e detergente Limpar as frestas e resíduos Retirar peças removíveis Armazenar sob refrigeração, até o momento de distribuir Colocar em estufa para esterilização Medir a quantidade de leite e envasar mamadeiras Medir a quantidade de água morna com medidor graduado Lavar as embalagens de ingredientes Verificar requisições de preparo Higienizar as mãos Higienizar da área Reunir todo equipamento a ser utilizado Identificar com o nome da criança e tipo de preparação Dispor mamadeiras em galheteiros Devolver os cestos na área de coleta Colocar sacos de lixo nos cestos Higienizar cestos Armazenar os sacos na câmara fria ou em caçambas Amarrar os sacos e retirar dos cestos Transportar cestos de lixo à saída própria Paramentar colaborador
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