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Aula 8 - Politicas de saúde

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Políticas de Nutrição e 
Alimentação na Saúde I 
Universidade Paulista - UNIP 
Curso: Nutrição 
Docente: Renata Tavares Beschizza Pini 
 
Ações para a prevenção 
e controle diabetes 
mellitus tipo 2 e 
hipertensão arterial 
sistêmica na população 
brasileira 
Ações para a prevenção e controle diabetes mellitus tipo 2 
e hipertensão arterial sistêmica na população brasileira 
Ministério da saúde 
Estratégias para o cuidado da pessoa com doença 
crônica – Hipertensão arterial sistêmica (HAS) 
Cadernos de atenção básica 2013 
Estratégias para o cuidado da pessoa 
com doença crônica - Diabetes mellitus 
Cadernos de atenção básica 2013 
Frequência e determinantes de hipertensão arterial 
sistêmica na população brasileira 
Hipertensão arterial 
sistêmica (HAS) 
PA ≥ 140 x 90 mmHg 
Às alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-
alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) 
Às alterações metabólicas, com aumento do risco de 
eventos cardiovasculares fatais e não fatais 
Associa-se 
Condição clínica multifatorial 
Prevalência no Brasil 
Entre 22% e 44% para 
adultos (32% em média) 
75% em indivíduos com 
mais de 70 anos 
Mais de 50% para indivíduos 
com 60 a 69 anos 
Frequência e determinantes de hipertensão arterial 
sistêmica na população brasileira 
HAS VIGITEL (2011) 
No Brasil, a prevalência HAS na população acima de 18 anos 
é de 22,7%, sendo 25,4% em mulheres e 19,5% homens 
BRASIL (2012) 
Mulheres - associação inversa – nível de 
escolaridade e diagnóstico da doença 
Maior para mulheres, mais de 50% na 
faixa etária de 55 anos ou mais 
Frequência e determinantes de hipertensão arterial 
sistêmica na população brasileira 
HAS 
 Alimentação adequada (consumo de sal e controle do peso) 
 
 Prática de atividade física 
 
 Abandono do tabagismo 
 
 Redução do uso excessivo de álcool 
O MS preconiza modificações de estilo de vida, fundamentais no processo 
terapêutico e na prevenção da hipertensão 
Frequência e determinantes de hipertensão arterial 
sistêmica na população brasileira 
HAS 
Os profissionais da AB têm importância nas estratégias de prevenção, 
diagnóstico, monitorização e controle da hipertensão arterial 
Espera-se que este Caderno de AB auxilie no 
processo de educação dos profissionais de Saúde 
E apoie na construção de protocolos locais que 
organizem a atenção à pessoa com doença crônica 
A importância da alimentação na prevenção de 
hipertensão arterial sistêmica 
HAS Tratamento não medicamentoso 
É parte fundamental no controle da HAS e de outros fatores de risco para 
doenças cardiovasculares, como obesidade e dislipidemia 
Tratamento envolve mudanças no estilo de vida que 
acompanham o tratamento do paciente por toda a sua vida 
Alimentação saudável Consumo de álcool 
Prática de atividade física Tabagismo 
Controle de peso 
A importância da alimentação na prevenção de 
hipertensão arterial sistêmica 
HAS Alimentação 
O estilo de vida é claramente um dos maiores responsáveis 
pela patogenicidade e alta prevalência da HAS 
Fatores que influenciam na HAS 
Obesidade 
Peso corporal 
Deficiência ou excesso de nutrientes 
Consumo energético 
Alimentos industrializados 
A importância da alimentação na prevenção de 
hipertensão arterial sistêmica 
Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com HAS 
Recomenda-se para hipertensos 4 g de sal por dia (uma 
colher de chá), considerando todas as refeições 
1. Procure usar o mínimo de 
sal no preparo dos alimentos 
2. Para não exagerar no consumo de 
sal, evite deixar o saleiro na mesa 
3. Leia sempre o rótulo dos alimentos 
verificando a quantidade de sódio presente 
4. Prefira temperos naturais 
Evite o uso de temperos prontos, como caldos de carnes e sopas industrializadas. Atenção para 
o aditivo glutamato monossódico, utilizado em alguns condimentos, pois esses alimentos 
contêm muito sódio 
A comida já contém o sal necessário 
limite diário: 2.000 mg de sódio 
alho, cebola, limão, cebolinha, salsinha, açafrão, orégano, manjericão, 
coentro, cominho, páprica, sálvia 
A importância da alimentação na prevenção de 
hipertensão arterial sistêmica 
Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com HAS 
5. Evitar alimentos industrializados 
6. Diminua o consumo de gordura 
7. Procure evitar a ingestão excessiva de 
bebidas alcoólicas e o uso de cigarros 
embutidos (salsicha, salame, presunto, linguiça e bife de hambúrguer), enlatados (milho, 
palmito, ervilha etc.), molhos (ketchup, mostarda, maionese etc.) e carnes salgadas (bacalhau, 
charque, carne seca e defumados) devem ser evitados, porque são ricos em gordura e sal 
Use óleo vegetal com moderação e dê preferência aos alimentos 
cozidos, assados e/ou grelhados 
Contribuem para a elevação da 
pressão arterial 
A importância da alimentação na prevenção de 
hipertensão arterial sistêmica 
Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com HAS 
8. Consuma diariamente pelo menos 
três porções de frutas e hortaliças 
9. Procure fazer atividade física 
10. Mantenha o seu peso saudável 
(uma porção = 1 laranja média, 1 maçã 
média ou 1 fatia média de abacaxi) 
Dê preferência a alimentos integrais como pães, cereais e 
massas, pois são ricos em fibras, vitaminas e minerais 
Com orientação de um 
profissional capacitado 
O excesso de peso contribui para o 
desenvolvimento da hipertensão arterial 
A importância da alimentação na prevenção de 
hipertensão arterial sistêmica 
Redução de peso é a medida não farmacológica mais efetiva para controlar a HAS 
Pequenas reduções 
diminuem PA 
Diminuição de 5% – 10% do peso corporal inicial já é suficiente para reduzir a PA 
É desejável atingir um IMC inferior a 25 kg/m2 para menores de 60 anos e inferior 
à 27 kg/m² para maiores de 60 anos 
Diminuem riscos cardiovasculares graças à 
melhoria do perfil lipídico e da tolerância à glicose 
Melhoram a resposta à terapia de drogas anti-
hipertensivas 
Frequência e determinantes de diabetes mellitus tipo 2 na 
população brasileira 
Diabetes mellitus 
tipos 2 
Transtorno metabólico de etiologias 
heterogêneas 
É um problema de saúde considerado 
Condição Sensível à Atenção Primária 
Caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no 
metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras 
Resultantes de defeitos da 
secreção e/ou da ação da insulina 
Evidências demonstram que o bom manejo deste problema 
ainda na Atenção Básica evita hospitalizações e mortes por 
complicações cardiovasculares e cerebrovasculares 
Frequência e determinantes de diabetes mellitus tipo 2 na 
população brasileira 
Diabetes mellitus 
tipos 2 
Prevalência no Brasil 
É estimado que o Brasil passe da 8ª posição, com prevalência 
de 4,6%, em 2000, para a 6ª posição, 11,3%, em 2030 
Prevalência de diabetes autorreferida na população acima de 
18 anos aumentou de 5,3% para 5,6%, entre 2006 e 2011 
Ocorrências são mais comuns 
em pessoas com baixa escolaridade 
Os fatores de risco relacionados aos hábitos alimentares e estilo 
de vida da população estão associados ao aumento de diabetes 
VIGITEL (2011) 
Frequência e determinantes de diabetes mellitus tipo 2 na 
população brasileira 
Diabetes mellitus 
tipos 2 
Prevalência no Brasil 
O DM e a HA são responsáveis pela primeira causa de mortalidade 
e de hospitalizações no Sistema Único de Saúde (SUS) 
Representam mais da metade do diagnóstico primário em 
pessoas com insuficiência renal crônica submetidas à diálise 
As complicações agudas e crônicas do diabetes causam alta 
morbimortalidade, acarretando altos custos para os sistemas de saúde 
Gastos relacionados ao diabetesmundialmente, em 2010, foram 
estimados em 11,6% do total dos gastos com atenção em saúde 
A importância da alimentação na prevenção de diabetes 
mellitus 
Diabetes mellitus 
tipos 2 
Tratamento não medicamentoso 
É parte fundamental no controle glicêmico, além de atuarem no 
controle de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares 
Tratamento envolve mudanças no estilo de vida que 
acompanham o tratamento do paciente por toda a sua vida 
Alimentação saudável Consumo de álcool 
Prática de atividade física Tabagismo 
Controle de peso 
A importância da alimentação na prevenção de diabetes 
mellitus 
Diabetes mellitus 
tipos 2 
Tratamento não medicamentoso 
Diversos estudos sobre programas para mudança do estilo de vida em 
pessoas com DM tipo 2 que obtiveram melhora na glicemia e peso 
corporal, foram apoiados com estratégias cognitivo-comportamentais 
A entrevista motivacional, uma estratégia que visa desencadear 
mudança de comportamento auxiliando a pessoa a explorar e 
resolver o sentido da mudança, aumenta a aderência a 
recomendações e melhora o controle glicêmico e perda de peso 
A importância da alimentação na prevenção de diabetes 
mellitus 
Diabetes mellitus 
tipos 2 
Alimentação 
A terapia nutricional é importante na prevenção 
do DM e no retardo das complicações associadas 
Fatores que influenciam no DM 
Excesso de 
peso 
Dislipidemia 
Consumo gordura 
saturada Consumo de frutas e vegetais 
A importância da alimentação na prevenção de diabetes 
mellitus 
Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com DM tipo 2 
Evite “beliscar” alimentos entre as refeições e 
permanecer longos períodos sem se alimentar 1. Realize 5 a 6 refeições diárias 
2. Evite o consumo de alimentos ricos em açúcar, 
preferindo aqueles sem açúcar como os diet, zero ou light 
3. Evite o consumo excessivo de alimentos ricos em 
carboidratos complexos, preferindo os integrais 
Utilize adoçante em substituição ao açúcar, em 
quantidades moderadas! Leia os rótulos dos 
alimentos para verificar se eles possuem açúcar 
O ideal é consumir seis porções diárias (uma 
porção = 1 pão francês ou 2 fatias de pão de 
forma ou 4 colheres de sopa de arroz) 
A importância da alimentação na prevenção de diabetes 
mellitus 
Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com DM tipo 2 
Recomenda-se ingerir, pelo menos, três porções 
diárias (uma porção de verduras = 3 colheres de 
sopa; e de legumes = 2 colheres de sopa) 
4. Consuma diariamente verduras e 
legumes preferencialmente crus 
5. Consuma frutas diariamente. 
O ideal são três porções diárias 
6. Evite consumir alimentos ricos em sal como embutidos, 
temperos prontos e alimentos industrializados 
Para evitar o aumento da glicemia, prefira consumir as frutas 
acompanhadas com leite, aveia, linhaça, granola diet ou como 
sobremesa após as refeições, sendo preferencialmente com casca 
ou bagaço, por possuírem maiores quantidades de fibras 
Prefira temperos naturais como alho e ervas 
aromáticas. Use pouco sal para cozinhar 
A importância da alimentação na prevenção de diabetes 
mellitus 
Dez passos para uma alimentação saudável para pessoas com DM tipo 2 
Prefira leite semidesnatado ou desnatado e 
carnes magras (músculo, acém, lombo etc.) 
7. Diminua o consumo de 
alimentos ricos em gordura 
9. Reduza a quantidade de óleo utilizado na preparação 
dos alimentos e evite o uso da banha de porco 
Prefira alimentos cozidos, assados 
e preparados com pouco óleo 
8. Consuma peixe, assados e cozidos 
pelo menos, uma vez por semana 
10. Pratique atividade física regularmente, sob a supervisão de um 
profissional capacitado, mas realize um lanche 30 minutos antes 
para ter energia suficiente para realizar o exercício 
HIPERDIA – Sistema de cadastramento e acompanhamento 
de hipertensos e diabéticos 
Destina-se ao cadastramento e acompanhamento de portadores 
de HA e/ou DM atendidos na rede ambulatorial do SUS 
Permite gerar informação para aquisição e distribuição de medicamentos de 
forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados 
Benefícios 
Permite conhecer o perfil epidemiológico da HA e do DM na população 
Orienta os gestores públicos na adoção de estratégias de intervenção 
HIPERDIA – Sistema de cadastramento e acompanhamento 
de hipertensos e diabéticos 
Cadastra e acompanha a situação dos portadores de HA e/ou DM em todo o país 
Funcionalidades 
Gera informações fundamentais para os 
gerentes locais, gestores das secretarias e MS 
Disponibiliza informações de acesso público 
com exceção da identificação do portador 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Estratégia Nacional para redução do consumo de sódio no Brasil 
POF 2008-2009(Consumo Alimentar pessoal) 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Cooperação com a Associação Brasileira das indústrias da Alimentação (ABIA) 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Cooperação com a Associação Brasileira das indústrias da Alimentação (ABIA) 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Cooperação com a Associação Brasileira das indústrias da Alimentação (ABIA) 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Cooperação com a Associação Brasileira das indústrias da Alimentação (ABIA) 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Eixos de atuação: 
- Promoção da alimentação saudável e 
aumento da oferta de alimentos saudáveis 
- Redução voluntária dos níveis de sódio em alimentos processados e 
alimentos vendidos em estabelecimentos de food service e restaurantes 
- Rotulagem e informação ao consumidor 
- Educação e sensibilização para consumidores, indústria, 
profissionais de saúde e outras partes interessadas 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Acordo de cooperação com a ABIA 
- Compromisso para a redução do consumo de sódio a partir da 
seleção de categorias prioritárias de alimentos de acordo com: 
Contribuição para a ingestão de sódio (associando 
consumo do alimento e seu teor de sódio) 
Proteção a grupos vulneráveis (principalmente crianças e adolescentes – ainda 
mais reforçados pelos resultados do Consumo Pessoal da POF 2008-09) 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Acordo de cooperação com a ABIA Pães (francês, de 
forma, bisnaguinha) 
Caldos e temperos 
Laticínios (bebidas lácteas, queijos 
petit suisse e mussarela, requeijão) 
Snacks (batata frita, salgadinhos 
de milho, amendoim) 
Biscoitos (cream cracker, 
recheados, maisena) 
Embutidos (salsicha, presunto, hambúrguer, 
empanados, linguiça, salame, mortadela) 
Margarina Macarrão instantâneo 
Bolos (bolos prontos e 
preparação para bolo) 
Refeições prontas (pizza, lasanha, sopas) 
Derivados de cereais 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Critérios para estabelecimento das metas: 
Linha de base: Informe Técnico 42/2010 (Anvisa) e, 
complementarmente, pesquisas de rotulagem nutricional 
Limite superior da categoria (em mg/100g) 
Metas devem significar impactos em termos do consumo de 
sódio (no mínimo, devem ser menores do que as médias atuais) 
Para 2020: Redução da ingestão de sódio pela 
população para menos de 2000 mg por pessoa ao dia 
Metas intermediárias bianuais e meta final para 2020 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Para alcançar a meta de redução do consumo diário per capita de sal para 
5g até 2020 - metas por categorias, com o seguinte cronograma: 
Metas já definidas: massas instantâneas (2012 - ↓~30% ao ano), 
pães e bisnaguinhas industrializadas (2012 e 2014 - ↓ ~10% ao ano) 
Pão francês meta pactuada no GT: padronização nacional do 
teor de sódio, redução de 2,5% ao ano até 2014 
Pacto para redução do consumo de sódio Metas pactuadas 
Relatório de monitoramento – I termode compromisso 
Pacto para redução do consumo de sódio Metas pactuadas 
Relatório de monitoramento – II termo de compromisso 
Pacto para redução do consumo de sódio Metas pactuadas 
Relatório de monitoramento – III termo de compromisso 
ABIA (2016) – Acordo entre MS e a ABIA já retirou mais 
de 14 mil toneladas de sódio dos alimentos processados 
Pacto para redução do consumo de sódio 
Proposta de sistema de monitoramento da redução do 
consumo de sal no Brasil (em construção): 
Levantamento de rotulagem nutricional de alimentos: 
pesquisa de rótulos e registro eletrônico (Anvisa e 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) 
Eixos: 
Monitoramento das metas bianuais 
 
Compromisso com instancias do controle social (CNS, Consea) 
Levantamento da evolução da utilização dos principais ingredientes 
com sódio pelas indústrias: informações do setor produtivo

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